DIVÓRCIO: Você já se casou com alguém que já foi divorciado ou está atualmente em um novo casamento?



    Não posso responder a esta pergunta. Afinal, isto é entre você, seu cônjuge em potencial, e principalmente, Deus. O único conselho que posso dar é que você ore a Deus pedindo sabedoria a respeito do que Ele quer que você faça (Tiago 1.5). Ore com a mente aberta, e verdadeiramente peça ao Senhor que coloque Seu desejo em seu coração (Salmos 37.4). Busque a vontade de Deus (Provérbios 3.5-6) e siga Sua orientação. Este é o melhor conselho que posso dar. O sangue de Cristo nos purifica de todo pecado (1 João 1.7).

Quando os discípulos ouviram que para os casados não existia nenhuma regra de exceção, que “o que Deus ajuntou não o separe o homem”, que Deus deu apenas uma mulher para Adão (Mateus 19.4-6), disseram:

“...Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.” Mateus 19.10.

Jesus continuou:

“Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.” Mateus 19.11.

Baseado nisto, eu compreendo por que alguns não compreendem e nem aceitam esta questão.

Mas continuou o Mestre:

“Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.” Mateus 19.12.

Eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino do Céu. Ou seja, se não se tornassem eunucos, se casassem novamente, perderiam o reino de Deus! Somente na igreja de Deus se encontra tais eunucos!

"Quem puder receber isso, que o receba!"

1) O divórcio foi permitido.

Mateus 19.8 - Jesus respondeu: "Moisés permitiu isso por causa da dureza dos corações de vocês; mas desde o princípio da criação não era assim."

- Foi uma permissão

- Não é a vontade

Vejamos um exemplo: Se um dos seus filhos decidir sair de casa. Você permite que ele vá, mas isso não é o que você deseja?

Você responderá: claro que não! Isso é o que Deus também pensa. Você pode conceder o divórcio, mas não é o que Ele quer. Jesus começa dizendo o seguinte: no versículo 4 "Jesus respondeu: Vocês não leram que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher?"

Versículo 5 - E Deus disse: "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne." Versículo 6 - "Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe."

Tornam-se uma só pessoa. "Carne" - ARC. Voltamos ao momento em que está escrito em Gênesis 2.22 "Então, da costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe até ele." Versículo 23 - "E disse o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada."

2)  Tempo da ignorância

Deus já ordenou em Sua lei, por intermédio de Moisés, "não adulterarás" (Êxodo 20.14), o sétimo mandamento que simboliza a perfeição (Levítico 20.10). Sabemos com certeza que Deus detesta o divórcio (Malaquias 2.16).

No Novo Testamento, está escrito: "Filhinhos, eu vos escrevo estas coisas para que não pequeis" (1 João 2.1); Todos os adúlteros não herdarão o reino de Deus (1 Coríntios 6.9-10): "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas" (Apocalipse 22.15): "Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira".

Observe os últimos versículos acima, que se referem àqueles que vivem na prática do mal. A Bíblia diz: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 João 2.1); "Mas, se andarmos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 João 1.7); "Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8.36); "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5.17); "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Romanos 8.1); "Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam" (Atos 17.30).

Alguém pode dizer que o arrependimento envolve abandonar práticas pecaminosas, incluindo a renúncia ao adultério. Os coríntios foram purificados quando abandonaram suas práticas pecaminosas ("Tais eram alguns de vocês" - 1 Coríntios 6.9-11). O Evangelho sempre exige separação do pecado. O alcoólatra deve separar-se da bebida, o idólatra dos ídolos, o homossexual do seu parceiro, o adúltero do seu parceiro ilícito.

O pecado é pecado e tem suas consequências, mas também há perdão (exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo - Mateus 12.31). O passado está além do nosso alcance; não podemos alterá-lo nem desfazer nossos pecados, mas o sangue de Cristo pode cobrir nosso passado e nos purificar do pecado. As qualificações para o serviço na igreja de Cristo são colocadas no tempo presente. (E quem dentre nós alcançaria uma nota perfeita em todas as qualificações?) Apesar do passado, Deus lida conosco no presente com base em nossa realidade atual.

Há graça e perdão para os pecados, mas isso não nos livra das consequências nesta vida. Existe uma diferença entre pecados cometidos antes e depois da conversão. Paulo explica que, embora tenha perseguido os crentes até a morte, ele recebeu graça e um ministério porque o fez "ignorantemente, na incredulidade" (1 Timóteo 1.12-14). Após se converter, ele disciplinava seu corpo para não ser desqualificado (1 Coríntios 9.27). O pecado pode desqualificar alguém para o ministério, como mencionado em 1 Timóteo 3.1-12.

Em relação ao divórcio, em Malaquias, "o SENHOR odeia o divórcio" é mencionado no contexto do castigo aos sacerdotes que se divorciaram de suas esposas. Deus afirma que não mais olhará para as ofertas deles por causa disso (Malaquias 2.13-14). Parece indicar que Deus não deseja que sacerdotes e pastores se divorciem e reterá Sua bênção se insistirem nisso (ainda pior se divorciarem após a conversão).

Existem casos extremos de abuso, inclusive criminoso, em que a separação pode ser necessária para proteger a vida de um dos cônjuges. A violência pode justificar a separação, mas não um novo casamento. Infelizmente, muitas vezes as piores consequências do pecado recaem sobre terceiros inocentes. Devemos confiar na graça de Deus e perseverar na corrida da fé, olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.2).

A Bíblia não faz exceções à Lei do divórcio. Embora a expressão "viver em adultério" não seja usada, a Bíblia é clara ao dizer que o adultério é um pecado. Embora haja exemplos de pessoas que Deus perdoou, como Perez, Raabe e Davi, isso não significa que o adultério e o divórcio sejam aceitáveis. A história de Davi e Batseba é uma exceção, mas não é um modelo para seguir. Deus abençoou a união deles, mas isso não significa que o adultério e o assassinato sejam justificáveis.

Se alguém está vivendo fielmente com um segundo cônjuge, é importante lembrar que a Bíblia ensina que o divórcio é uma violação do plano original de Deus para o casamento. Embora a segunda união exista, ela não é equivalente à primeira e não pode ser vista como tal. A Bíblia ensina que o casamento deve ser uma união permanente entre um homem e uma mulher (Mateus 19.4-6).

De acordo com Deuteronômio 24.1-4, uma mulher que se casa com um segundo homem não pode voltar ao primeiro, mesmo que ele tenha falecido. O texto bíblico proíbe esse procedimento. Exigir que uma mulher recém-convertida, que já teve duas ou mais uniões, volte ao primeiro marido vai contra o ensinamento bíblico e só traz desgraça.

Deus é contra o divórcio, a menos que seja no tempo da ignorância, quando não tínhamos conhecimento da Palavra de Deus, a Lei. Quando Jesus veio e trouxe a lei, não tivemos mais desculpas para os pecados cometidos (João 15.22). Romanos 7.7 afirma que a lei nos mostra o pecado: "Que diremos então? A lei é pecado? De maneira nenhuma! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás". Se alguém deixa o cônjuge por não conhecer a lei de Deus e se casa com outra pessoa, ele não está em pecado. No entanto, se essa pessoa é cristã e já conhece a lei, como mencionado em Hebreus 6.4-7, recair no pecado após esse conhecimento é considerado uma rejeição do sacrifício de Jesus e é uma atitude grave.

Agora vejamos-nos na versão Bíblia Viva:

“Não adianta nada procurar novamente trazê-los de volta ao Senhor, se já uma vez vocês compreenderam a Boa Nova e experimentaram por si próprio ás coisas boas do céu, e participaram do Espírito Santo, v5 - e sabem como é boa a Palavra de Deus, e sentiram as forças poderosas do mundo que está para vir, v6 - e depois vocês se voltaram contra Deus. Vocês não podem tornar a se arrepender se pregaram novamente o Filho de Deus na cruz ao rejeitá-lo, exibindo-O à zombaria e a vergonha pública” (Hb 6.4-7).

Hebreus 10.26 “ARC”: “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mais uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas”; (Romanos 10.4) “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.”

Se uma pessoa que já tem o conhecimento, casar-se de novo, estará em adultério diante de Deus. Veja à continuação destes versículos: “27 - Não restará mais nada para aguardar, a não ser um terrível castigo e a tremenda ira de Deus, que consumirá todos os seus inimigos. v28 - O homem que se recusasse a obedecer às leis dadas por Moisés era morto sem misericórdia se houvesse duas ou três testemunhas do seu pecado. v29 - Imaginem como será muito mais terrível o castigo daqueles que espezinharam o Filho de Deus e trataram seu sangue purificador como se fosse comum e profano, e insultaram e ultrajaram o Espírito Santo, que traz a misericórdia de Deus ao seu povo. V30 - Porque conhecemos aquele que disse: "A justiça me pertence; eles receberão a minha retribuição"; e aquele que disse também: "O Senhor mesmo cuidará desses casos". V31 - É uma coisa horrenda cair nas mãos do Deus vivo”, (Hb 10.27-31 BV).

Cuidado, já presenciei e ouvi muitos homens que eram usados por Deus, deixaram suas esposas e nunca mais foram os mesmos. Toda ação tem uma reação e isso pode ser visto no exemplo de Davi. Embora Deus tenha perdoado Davi, as consequências surgiram. É importante lembrar que Deus está interessado no seu futuro, não no seu passado. No entanto, isso não significa que devemos usar a liberdade da graça para pecar. A graça divina não nos dá permissão para pecar sem se preocupar com as consequências. Devemos compreender que podemos escolher a quem servir, o pecado (com a morte) ou a obediência (com a absolvição). Aquele a quem nos oferecermos se tornará nosso senhor e seremos escravos dele (Rm 6.1-4).

Além disso, é importante destacar que, de acordo com a Bíblia, se uma jovem perder a virgindade e se casar com outro homem, ela será considerada repudiada. A Bíblia diz que se um homem se divorciar de sua esposa, exceto por infidelidade, ele a faz cometer adultério ao se casar novamente. E aquele que se casar com ela também cometerá adultério (Mt 5.32). Para Deus, ter relações sexuais é como estar casado, como Paulo disse aos coríntios: "Ou vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta torna-se um só corpo com ela?" (1Co 6.16). Portanto, quem se casa com uma pessoa que perdeu a virgindade e não assumiu o compromisso está cometendo adultério. Segundo a lei judaica, uma pessoa prometida em casamento já era considerada casada (Mt 1.18-20 ARA).

No versículo 18, a Bíblia diz que José, o esposo de Maria, era um homem justo e não queria difamá-la, então planejou deixá-la secretamente. No entanto, em um sonho, um anjo do Senhor apareceu a ele e disse para não ter medo de receber Maria como sua esposa, pois o que ela concebeu foi pelo Espírito Santo (Mt 1.18-20).

De acordo com a lei do Antigo Testamento, a virgindade de uma jovem era considerada propriedade do pai e a defloração de uma virgem era um crime contra a lei e contra o direito da propriedade (Êx 22.16-17; Dt 22.28-29).

No entanto, se uma jovem perdeu sua virgindade antes de se tornar cristã, aquele que se casar com ela não cometerá adultério. A Bíblia diz que Deus não leva em conta os tempos da ignorância e que, quando alguém se arrepende e se torna uma nova criatura em Cristo, não há mais condenação (At 17.30; 2Co 5.17; Rm 8.1).

O namoro é a fase do conhecimento, o noivado é a fase da direção e o casamento é a fase da união, como disse o Pr. Antônio Gilberto. Durante o namoro, é importante não se entregar por completo a fim de evitar situações como a de Amnom, filho de Davi (2Samuel 13.1-20).

Para aqueles que conhecem a Cristo, o jugo é maior e o perdão é para aqueles que não conhecem os mandamentos. Paulo falou para os mais sábios pagãos em Roma que havia um Deus Supremo, mas eles se conformavam com a idolatria (Rm 1.21 ARC). É importante santificar o espírito, alma e corpo para a vinda de Jesus Cristo e não se conformar com este mundo (1Ts 5.23 ARC; Ef 2.2 ARF).

Fontes:

EPIFANIO Jarbas. Para os casado vl. 3. “Divórcio o que a bíblia diz”.
Editora visionária, Natal-RN. 1º Edição 2015.


RANIERI Sales, Mestre em Teologia Pastoral. Disponível <
http://centrowhite.org.br/pesquisa/artigos/privilegio-paulino-novo-casamento-apos-abandono-do-conjuge-incredulo/>
em Nov. 2016.








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