Antes do Namoro

 

O que é Namoro?

Namoro é uma fase crucial para a compreensão mútua da natureza, da consistência e da estabilidade dos sentimentos envolvidos, bem como daqueles que os originaram.
A palavra "namoro" por si só é fascinante. Ela vem do verbo "enamorar-se", que significa "sentir amor por alguém e receber amor em retorno". É uma troca mútua. Namorar é buscar o amor; é um período de preparação para o casamento; é uma fase de descoberta e conhecimento mútuo; é um momento de relacionamento social, intelectual, psicológico e espiritual. Durante o namoro, as famílias também começam a interagir, permitindo a descoberta dos valores éticos, morais e comportamentais uns dos outros.


Entretanto, um namoro prematuro ou precipitado, apesar de aparentemente encantador, pode ser extremamente problemático. O envolvimento emocional pode ser excessivo para a maturidade emocional da garota e para o coração do rapaz.


É importante buscar a vontade de Deus em relação ao seu namoro, respeitando tanto o parceiro quanto a si mesmo.

Introdução

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ovens, antes de começarem a namorar, é crucial que tenham certeza do que estão buscando. E para alcançar essa certeza, é fundamental consultar a Deus, pois não adianta sair experimentando diferentes relacionamentos, pois Deus já tem preparado alguém especial para você.

Um exemplo disso é Salomão, que tinha mil mulheres, entre princesas e concubinas, conforme registrado em 1 Reis 11.3. No entanto, dentre todas elas, a Sulamita era a sua esposa por excelência, como indicado em Cantares 6.8-9, onde Salomão declara: "Sessenta são as rainhas, e oitenta, as concubinas, e as virgens, sem número. Mas uma é a minha pomba, a minha imaculada".

Isso nos mostra que, mesmo tendo à sua disposição um grande número de mulheres, Salomão reconheceu a singularidade e a excepcionalidade de sua esposa Sulamita. Essa busca pela certeza e pela vontade de Deus deve guiar também os relacionamentos de hoje.

Obs.: Segundo as pesquisas 50% dos jovens hoje já tem relações sexuais antes do casamento. Isso é um absurdo.

A Bíblia nos orienta claramente sobre o tipo de pessoa com quem Deus deseja que nos casemos. Em 1 Coríntios 5.11, é enfatizado que devemos nos afastar daqueles que se dizem irmãos na fé, mas que vivem uma vida imoral, são avarentos, adoram ídolos, são bêbados, difamadores ou ladrões. A orientação é clara: não devemos nem mesmo compartilhar uma refeição com pessoas que se enquadram nesses padrões.

Essa passagem nos mostra a importância de escolhermos cuidadosamente nossas companhias e potenciais parceiros, garantindo que compartilhem dos mesmos valores e princípios cristãos. Antes mesmo de iniciar um namoro, é fundamental considerar esses critérios estabelecidos pela Palavra de Deus.

Quero ressaltar alguns pontos importantes para os jovens alcançarem sucesso com seu futuro cônjuge:

 

É crucial que seja alguém com quem a pessoa se sinta à vontade, e ambos desfrutem de caminhar juntos. A Bíblia nos lembra em Amós 3.3: "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?"

É essencial que seja alguém que os pais aceitem para o casamento. Embora tenhamos exemplos de homens que desobedeceram a seus pais, a importância do apoio dos pais é inegável e pode contribuir significativamente para a harmonia familiar e o sucesso do relacionamento.

a) Esaú:

Quando Esaú tinha quarenta anos, tomou por mulheres Judite, filha de Beeri, o heteu, e Basemate, filha de Elom, o heteu. No entanto, essas escolhas trouxeram amargura de espírito para Isaque e Rebeca, seus pais (Gênesis 26.34-35).

b) Salomão:

Apesar de Salomão ser amado por Deus e não haver entre muitas nações um rei semelhante a ele, ele pecou ao se envolver com mulheres estrangeiras. Como registrado em Neemias 13.26, Salomão amou muitas mulheres estranhas, o que levou à perdição de seu coração. Primeiro Reis 11.1-2 detalha como Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, indo contra a instrução do Senhor de não se misturar com elas, o que acabou por corromper seu coração e levá-lo à idolatria.

c) Abraão:

Abraão demonstrou uma atitude completamente diferente ao buscar uma esposa para seu filho Isaque. Ele fez seu servo jurar pelo Senhor, o Deus dos céus e da terra, que não tomaria para Isaque uma mulher das filhas dos cananeus, mas iria à sua própria terra e parentela para encontrar uma esposa para ele (Gênesis 24.3-4). Isso demonstra a importância de buscar a bênção dos pais e seguir seus conselhos ao escolher um cônjuge.

3. Não se pode namorar com quem não se pretende casar, pois é pecado.

Romanos 14.22-23 nos adverte a guardar em nossa consciência aquilo em que acreditamos sobre esse assunto. “Feliz é aquele que não é condenado pela própria consciência ao fazer o que julga ser correto. Entretanto, quem tem dúvidas a respeito do que faz, e age sem fé, é condenado por Deus. E o que não se baseia na fé é considerado pecado”.

A Bíblia nos instrui claramente em Efésios 5.3 a não permitir que a impudicícia, as impurezas ou a cobiça sequer sejam mencionadas entre nós, como convém aos santos. A cobiça é identificada como um tipo de idolatria, como é destacado em Efésios 5.5, e aqueles que a praticam não herdarão o Reino de Cristo e de Deus.

É fundamental lembrar que não devemos mais viver como os pagãos, conforme destacado em Efésios 4:17, pois seus pensamentos são vazios.

Devemos ter cuidado para não agir levianamente, como nos adverte Provérbios 26.18-19. Enganar o próximo e afirmar que foi apenas uma brincadeira é comparado a um louco brincando com uma arma mortal.

Mas você pode estar se perguntando: o que significa ser leviano? De acordo com o dicionário de português, o adjetivo "leviano" descreve alguém que é inconstante nas relações amorosas, volúvel.

4. Aquele que namora com alguém com quem não pretende casar está adulterando.

Jesus nos alerta em Mateus 5:28, afirmando que quem olha para uma mulher com desejo de possuí-la já cometeu adultério em seu coração. Portanto, se alguém decide namorar outra pessoa, é porque nutre o desejo de possuí-la. É uma questão de lógica.

O livro de Provérbios, atribuído a Salomão, nos adverte sobre os perigos de se envolver com uma mulher que não é apropriada. Em Provérbios 7.24-26, o conselho é claro: “não permita que uma mulher desonesta conquiste o seu coração e não siga atrás dela, pois ela tem sido a ruína de muitos homens e tem causado a morte de muitos outros, sem que se possa contar o número exato”. Este aviso nos lembra dos graves danos que podem resultar de relacionamentos impróprios e nos encoraja a sermos prudentes em nossas escolhas amorosas.

Deus lhe dirá com quem deve casar. 

De acordo com o profeta Amós, Deus não realiza nada sem revelar seu propósito aos seus servos, os profetas (Amós 3.7). No entanto, antes de discutir sobre como Deus revela Sua vontade em relação ao casamento, é importante lembrar alguns princípios fundamentais sobre a vontade de Deus: 

1) Deus geralmente não revela Sua vontade de uma só vez, mas gradualmente, à medida que nos submetemos a Ele e crescemos em nossa fé. 

2) Para Deus, é mais importante quem somos do que o que fazemos. Ele está mais interessado em nosso caráter e coração do que em nossas ações externas. 

3) Deus sempre tem mais trabalho a fazer em nós do que através de nós. Ele deseja moldar e transformar nosso caráter para que possamos refletir Sua imagem de maneira mais completa. 

4) Se não estamos obedecendo à vontade geral de Deus revelada em Sua Palavra, Ele pode não revelar Sua vontade específica para nós. Portanto, é essencial buscar viver de acordo com os princípios da Palavra de Deus antes de esperar uma orientação específica em assuntos como o casamento. 

Paulo nos exorta em Romanos 12.2 “a não nos conformarmos com o padrão deste mundo, mas sermos transformados pela renovação de nossa mente, para que possamos discernir qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Isso destaca a importância da busca pela santidade e pela conformidade com a vontade de Deus em todas as áreas de nossas vidas, incluindo nossos relacionamentos e escolhas de casamento.

Para conhecer a vontade de Deus, você pode seguir algumas maneiras:

1. Através dos princípios da Palavra de Deus:

   Assim como Abraão confiou na palavra e promessa de Deus, você pode buscar orientação na Palavra de Deus para discernir Sua vontade (Gênesis 24:7). A Bíblia oferece princípios e diretrizes que podem iluminar seu caminho.

2. Através da oração:

   Como exemplificado na história de Abraão e Rebeca, a oração é uma ferramenta poderosa para buscar a vontade de Deus (Gênesis 24:11-15). Ao se comunicar com Deus em oração, você pode encontrar respostas e direção.

3. Através da paz no coração:

   A paz que vem de Deus pode servir como uma confirmação de Sua vontade (Romanos 14:22-23). Se sentir uma paz interior em relação a uma decisão, isso pode indicar que está alinhado com a vontade de Deus.

4. Através das circunstâncias:

   Assim como Deus revelou Sua vontade a Paulo através das circunstâncias (Atos 16:6-10), Ele pode usar eventos e situações em sua vida para mostrar o caminho que Ele deseja que você siga.

Ao buscar discernir a vontade de Deus, é importante estar aberto e receptivo à Sua orientação, confiar em Sua Palavra, buscar-O em oração, prestar atenção à paz em seu coração e observar as circunstâncias ao seu redor.

Outro aspecto importante a considerar é:

- Quando desejamos algo que está alinhado com a vontade de Deus, Ele se agrada em nos conceder esses desejos e realizar nossos sonhos. Como afirmado no Salmo 37:4, "Deleita-te também no Senhor, e Ele te concederá os desejos do teu coração". Isso ressalta a importância de buscar a vontade de Deus em tudo o que fazemos, pois Ele deseja nos abençoar e nos conceder aquilo que é bom para nós.

 

- É vital entender que estar tudo bem não necessariamente indica que estamos na vontade de Deus, e vice-versa. Como demonstrado na passagem de Marcos 4:35-41, onde Jesus acalma a tempestade, nem sempre as dificuldades que enfrentamos significam que estamos fora da vontade de Deus. Às vezes, até mesmo nas tempestades da vida, Deus está conosco, guiando-nos e ensinando-nos valiosas lições de confiança e fé Nele.

Agora Vejamos alguns homens que Deus o revelou

1-          O servo de Abraão, Eliezer, foi usado por Deus para revelar a esposa exata para Isaque (Gênesis 24:12-28).

Rebeca foi caracterizada por:

a) Beleza (Gênesis 24.16).

b) Disposição para servir (Gênesis 24:18-19). Como diz o ditado, "quem não vive para servir não serve para viver".

c) Disposição para trabalhar (Gênesis 24.19). A Bíblia enfatiza a importância do trabalho e da dedicação nas Escrituras (Provérbios 31.27; Salmo 128.2).

Rebeca demonstrou grande esforço ao transportar água para dez camelos, o que teria sido uma quantidade significativa de trabalho, considerando que um camelo adulto pode beber até cem litros de água quando está com sede.

d) Hospitalidade (Gênesis 24.25). Rebeca ofereceu generosamente água, palha e pasto para os camelos e Eliezer, demonstrando sua disposição de acolher e cuidar dos outros.

e) Dedicação (Gênesis 24.57-58). Quando perguntada se queria ir com o servo de Abraão, Rebeca prontamente concordou, mostrando sua disposição e dedicação para seguir a vontade de Deus e unir-se a Isaque.

Esses atributos de Rebeca são valorizados na narrativa bíblica como características de uma esposa virtuosa e comprometida, e Eliezer reconheceu essas qualidades como indicadores da vontade de Deus para a escolha de uma esposa para Isaque.

2-   Deus revelou a Daniel o que iria acontecer após os 70 anos de cativeiro.

No livro de Daniel, capítulo 9, Daniel expressa sua compreensão dos livros proféticos de Jeremias, onde estava registrado que o cativeiro de Jerusalém duraria setenta anos. Daniel, então, se volta para Deus em oração, jejum e súplicas, buscando entender o significado desse período de tempo (Daniel 9.2-3).

Enquanto ainda estava em oração, Gabriel, um anjo, apareceu e tocou Daniel, instruindo-o e revelando-lhe o significado dos eventos futuros (Daniel 9.20-22).

Essa experiência destaca a maneira como Deus pode revelar Seus planos e propósitos aos Seus servos dedicados, como Daniel, através da oração e da busca diligente por compreensão espiritual. É um exemplo poderoso da comunicação divina com aqueles que estão dispostos a ouvir e obedecer à vontade de Deus.

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