A instituição do casamento é uma parte
fundamental do plano divino, concebido por Deus para suprir a necessidade
humana de companheirismo e complementação. Segundo a narrativa bíblica, a
mulher foi criada por Deus a partir de uma parte do homem, simbolizando a ideia
de complementaridade entre ambos os sexos. O livro de Gênesis 2:18 expressa
esse conceito ao afirmar que a mulher foi feita para ser uma companheira
adequada para o homem, uma verdadeira parceira que complementa sua vida. O
casamento é considerado sagrado e digno de honra, conforme ressaltado em
Hebreus 13:4, onde é enfatizado que Deus julgará aqueles que violam a santidade
do matrimônio.
CASAMENTO
A - Conceito:
O casamento é uma parceria em que os parceiros compartilham valores semelhantes
e se esforçam para se complementarem mutuamente. É mais do que uma simples
união física; é uma comunhão plena entre duas pessoas. A passagem de Gênesis
2:24 destaca essa união, afirmando que o homem deixará seus pais para se unir à
sua esposa, tornando-se uma só carne. A santidade do casamento é enfatizada em
Efésios 5:31, que adverte contra a imoralidade e a avareza entre os crentes.
B - Origem: O primeiro casamento foi instituído por Deus no jardim
do Éden, no início da criação. Ao ver o homem solitário no esplendor do Éden,
Deus reconheceu que não era bom que o homem estivesse só e decidiu criar uma
ajudadora adequada para ele. Assim, Ele formou a mulher e a apresentou ao homem
como sua companheira. Essa união matrimonial é vista como a base da família,
que é ampliada pela chegada dos filhos.
AS BASES DO CASAMENTO (Gênesis 2.24-25)
No plano original de Deus, encontramos quatro pilares fundamentais que
são essenciais para a construção de um casamento feliz. Cada um desses pilares
é vital para garantir harmonia e felicidade na união matrimonial.
A primeira coluna é o "deixar" - conforme descrito em
Gênesis 2.24: "Por isso, deixará o
homem seu pai e sua mãe". Para que o novo relacionamento matrimonial
prospere, é necessário um desprendimento emocional por parte dos cônjuges. É
fundamental que tanto o homem quanto a mulher cortem os laços de dependência
emocional com seus pais.
A segunda coluna é a "união" - como diz o versículo:
"e se unirá à sua mulher". Aqui, a palavra "unir"
denota a ideia de cimentar, indicando a natureza permanente do casamento. Os
dois se tornam uma só carne, o que significa uma união indivisível, espiritual,
mental, emocional e física. O casamento é concebido como uma instituição
permanente aos olhos de Deus, até que a morte os separe.
A terceira coluna é "uma só
carne" - esta expressão refere-se à intimidade sexual entre marido e
mulher. O casamento é não apenas um compromisso legal, mas também um pacto
espiritual e físico. A consumação do casamento acontece na cama, através do ato
conjugal, que é reservado exclusivamente para o casal que se "deixou"
e se uniu através dos laços matrimoniais sagrados.
A Bíblia descreve este ato em Gênesis 4.1: "e conheceu Adão a Eva, sua mulher".
Aqui, o termo "conhecer" vai além do aspecto físico, envolvendo
também aspectos emocionais, mentais e espirituais.
A quarta coluna é a "intimidade"
- conforme o versículo: "E estavam
ambos nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam". A intimidade
é a chave para um amor duradouro e verdadeiro. No entanto, antes de alcançar
essa intimidade, o casal deve seguir a ordem estabelecida por Deus:
"deixar", "unir-se" e "tornar-se". Essa sequência
é essencial e não deve ser alterada.
IV AS TRÊS FASES DO CASAMENTO
A - Encantamento: Na fase do encantamento,
o casal experimenta uma sensação de estar nas nuvens, onde tudo é romântico,
fascinante e idealizado. Existe uma adoração e admiração mútua, e o
relacionamento parece perfeito.
B – Desilusão: Esta fase é uma das mais
difíceis no casamento e é onde ocorrem a maioria das separações e divórcios.
Durante esse período, muitos casais começam a enxergar as imperfeições que não
foram percebidas durante o namoro e noivado. Surgem decepções, irritações,
amarguras, cobranças, ofensas e um desconforto significativo no lar.
C – Maturidade: Os casais que conseguem
alcançar esta fase são aqueles que se comprometem com os votos matrimoniais até
que a morte os separe. Nesta fase, há uma consciência da realidade, as
necessidades são atendidas mutuamente e existe disponibilidade para ajudar,
encorajar, confortar, expressar gratidão e promover o crescimento conjunto.
Caro casal, em que fase se encontram atualmente? Talvez estejam a enfrentar um período de desilusão na vossa relação. Entretanto, é
importante refletir sobre essa fase e considerar como superá-la. Sugiro que
cada um de vocês, tanto como indivíduos quanto como casal, compartilhem suas
perspectivas e ofereçam sugestões para lidar com os desafios presentes. Em
seguida, dialoguem e trabalhem juntos para fortalecer o relacionamento e
alcançar a maturidade conjugal.
V - VERDADES ACERCA DO CASAMENTO
1 - A IDEIA DE HOMEM E MULHER FOI DE DEUS (Gênesis 1.27): Deus criou o Homem e a
Mulher conforme seus propósitos pessoais (Gn
1.27), demonstrando seu amor criativo e surpreendente. Essa diversidade de
gênero foi projetada para enriquecer a vida e evitar a monotonia de um mundo
com um único sexo.
2 - O CASAMENTO ALIVIA A SOLIDÃO:
Deus percebeu que não era bom que o Homem estivesse só e criou a Mulher como
companheira adequada para ele, tanto espiritual, intelectual, emocional quanto
fisicamente (Gn 2.18). O propósito do casamento é aliviar a solidão
fundamental que todo ser humano experimenta. O casamento é uma instituição
criada por Deus para aliviar a solidão do ser humano. A Bíblia nos ensina que
Deus percebeu que não era bom que o Homem estivesse só, e por isso criou a
Mulher como companheira adequada para ele. Essa parceria é completa, abrangendo
aspectos espirituais, intelectuais, emocionais e físicos.
O propósito do casamento vai além da simples união de duas pessoas. Ele tem a função de suprir a solidão fundamental que todo ser humano experimenta em algum momento da vida. A presença de um parceiro amoroso e comprometido pode trazer consolo, companheirismo e apoio nos momentos difíceis, tornando a jornada da vida mais leve e significativa.
Portanto, o casamento é uma dádiva que visa proporcionar a cada cônjuge uma fonte de amor, cuidado e companheirismo, contribuindo para a redução da solidão e o fortalecimento mútuo. É um compromisso sagrado que, quando vivido com amor e respeito, pode trazer grande satisfação e plenitude para ambos os parceiros.
3 - O CASAMENTO PROPORCIONA FELICIDADE: Adão, ao encontrar Eva, expressou alegria e surpresa, reconhecendo-a como complemento perfeito para ele (Gn 2.23). O casamento foi destinado a trazer alegria e felicidade, um design que permanece inalterado. Este encontro de Adão e Eva simboliza a união e a complementaridade entre homem e mulher, uma parceria que visa à felicidade mútua e ao crescimento conjunto. A alegria de encontrarem-se um ao outro mostra a importância de compartilhar a vida com alguém que nos completa e nos faz mais felizes. Assim, o casamento continua a ser um símbolo de amor, companheirismo e alegria, mantendo-se como um dos pilares da sociedade e da realização pessoal. FELICIDADE E NÃO TRISTEZA “E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23).
Ao primeiro encontro com Eva, Adão deve ter se expressado com grande surpresa e alegria. Ah! Finalmente tenho alguém semelhante a mim! E palpando-a concluiu é “osso dos meus ossos e carne da minha carne”. E certamente ele fez uma declaração de amor com estas palavras: encontrei finalmente aquela, que pode completar-me que enche a minha solidão, que me será tão cara quanto a minha própria carne. Ela é linda! E perfeitamente adequada para mim. “É tudo que preciso”.
O casamento foi destinado a proporcionar-mos alegria, felicidade, e o designo de Deus nunca mudou.
4 - O CASAMENTO REQUER PRIORIDADE: O vínculo matrimonial requer o abandono de todos os outros relacionamentos, tornando o casamento a prioridade máxima na vida do casal - (Gênesis 2.24).
Nada deve ser mais importante do que o compromisso um com o outro, seja profissão, dinheiro, amigos, ou qualquer outra coisa. O casamento deve ser honrado e priorizado acima de tudo (1Co 7:3, 33).
“O homem deve cumprir o seu
dever como marido, e a mulher também deve cumprir o seu dever como esposa”.
(1Co 7:3 “NTLH”), “mas um homem casado
não pode fazer isso tão bem; ele precisar pensar em suar responsabilidades aqui
na terra e em como agradar a esposa” (1Co 7:33 “BV”). A profissão, o dinheiro os velhos amigos, o esporte, a
televisão, os pais, enfim, nada
deve ser mais importante do que
seu casamento.
VI-TIPOS DE CASAMENTOS
A - CASAMENTOS MORTOS: São aqueles em que ambos os cônjuges estão legalmente casados e vivem sob o mesmo teto, mas não compartilham uma vida em comum. Esses casais estão emocional, física, intelectual e espiritualmente distantes, como ilustrado na seguinte carta:
"Todos os casamentos perdem a graça depois de 25 anos? Isso acontece conosco. Meu marido e eu não temos muito sobre o que conversar. Costumávamos falar sobre nossos filhos, mas eles agora cresceram e foram embora e ficamos sem assunto. Não tenho grandes queixas, mas o antigo entusiasmo se foi. Assistimos muito à televisão e lemos, temos amigos, mas quando ficamos sozinhos, a monotonia se instala. Nós até dormimos em quartos separados agora."
Embora esses casamentos possam parecer sem esperança, eles podem ser ressuscitados.
B - CASAMENTOS EM CRISE: Nesses casamentos, não há mais respeito mútuo e a comunicação é praticamente inexistente. Os conflitos são constantes e não resolvidos, acumulando-se ao longo do tempo. Embora conflitos sejam inevitáveis em qualquer relacionamento, quando não são resolvidos com amor e prontamente, podem se tornar graves problemas. Para esses casamentos, a prescrição eficaz está contida nestas três frases: "Estou errado(a), por favor, me perdoe, amo você!" (Efésios 4.23, 26; Colossenses 3.13-14). Essas atitudes são essenciais para restaurar a comunicação, o respeito e o amor no casamento, fortalecendo os vínculos de união e perdão mútuo.
C - CASAMENTOS INFIEIS: São aqueles em que um ou ambos os cônjuges têm um relacionamento extraconjugal, mesmo vivendo juntos. Geralmente, isso ocorre quando as necessidades básicas do casamento, como carinho, atenção, comunicação e amor, não são atendidas pelo parceiro. Surge então o "mito da grama verde", em que um dos cônjuges começa a enxergar apenas as qualidades do outro parceiro, iludindo-se de que a felicidade está em outro lugar. No entanto, o livro de Provérbios nos aconselha a afastar-nos do adultério, pois ele traz destruição sexual, espiritual e social (Provérbios 5.15). Devemos valorizar nossa própria fonte de amor e fidelidade.
D - CASAMENTOS FELIZES: Embora não exista um casamento perfeito, pois não há pessoas perfeitas, é possível alcançar um casamento feliz. Isso requer um objetivo realista de aprender a desenvolver um relacionamento positivo e amoroso duradouro. Os casais felizes estão dispostos a se esforçar deliberada e inteligentemente para cultivar a intimidade e manter o amor ao longo da vida, mesmo diante das imperfeições e desafios do relacionamento.Concluindo este estudo, é evidente que todo casamento requer uma manifestação
diária de carinho, atenção, comunicação e amor. A chave para um casamento
duradouro e feliz está em descobrir e suprir as necessidades do cônjuge. Que
esta reflexão não apenas ajude a manter seu casamento, mas também fortaleça a
união entre você e seu cônjuge, tornando-a mais bela a cada dia que passa. Que o
amor e o cuidado mútuos sejam a base sólida sobre a qual vocês constroem sua
vida juntos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Compartilhe este conteúdo com os seus amigos