ESTUDADO DA BÍBLIA

ESTUDO SOBRE A  BÍBLIA

A BÍBLIA É...

O mapa do viajante

O cajado do peregrino

A bússola do piloto

A espada do soldado

O paraíso restaurado

O céu aberto.

(EBESP 2000, p7).[i]


 

"As Escrituras, pelo seu próprio peso, esmagam todos os rivais".

“Dr. George Smith” (STPLM)[ii]

"A bíblia não é um simples livro; É um Ser vivo que tem o poder de conquistar, os seus adversários".

Napoleão Bonaparte[iii]

A palavra "Bíblia" não é encontrada na Escritura. Ela tem origem no termo grego biblos, que se refere à cidade fenícia de Biblos, um importante centro de produção de rolos de papiro utilizados para fazer livros. Com o tempo, biblos passou a significar "livro", e Bíblia é a forma plural dessa palavra. No Novo Testamento, aparece três vezes: "Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma delas fosse escrita, cuidado que nem mesmo o mundo todo poderia conter os livros (biblion) que se escrevessem. Amém!" (Jo 21.25); "Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros (biblion), principalmente os pergaminhos" (2Tm 4.13); "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros (biblion)..." Na verdade, a Bíblia é uma coleção de livros e também é conhecida simplesmente como "o Livro", "o Livro dos Livros" e "o Livro Sagrado”. (SBB 2013).[iv] 

O termo "Bíblia" foi utilizado pela primeira vez para se referir às Sagradas Escrituras pelo teólogo cristão Orígenes, por volta de 250 d.C., embora alguns afirmem que foi João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV. Orígenes usou o termo "Bíblia" pela primeira vez para se referir aos livros do Novo Testamento (NT). Mais tarde, por volta do ano 800 d.C., o termo foi incorporado ao latim para designar o conjunto dos livros sagrados. A partir do latim, o termo se espalhou para outras línguas, como o inglês, onde é chamado de Bible; em alemão, Bibel; em italiano, Bibbia, e assim por diante.

A BÍBLIA

O Autor da Bíblia é Deus. Deuteronômio 10.4; A expressão "Assim diz o Senhor" é como o carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros. E é a palavra de Deus (SI 119.89; Hb 1.1; Jo 10.35; 2Pd 1.21), ela revela os propósitos de Deus (Rm 1.16; 1Pd 2.2; Rm15.4). Apresenta a verdade ao homem (Pv 20.5; SI 119.105; Jo 10.35; 2Tm 3.15-17), apresenta a salvação em Jesus Cristo (Jo 3.16; Hb 1.1,2; At 16.31). Tem autoridade em sim mesma (Is 34.16; 8.20; Mt 5.17,18; At 17.11; Fp 3.16; 2Tm1.13).

A Bíblia é a palavra de Deus, Deuteronômio 10.4; A expressão "Assim diz o Senhor" é como um selo de autenticidade divina, aparecendo mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros. Ela revela os propósitos de Deus (Rm 1.16; 1Pd 2.2; Rm15.4), e apresenta a verdade ao homem (Pv 20.5; SI 119.105; Jo 10.35; 2Tm 3.15-17). Além disso, a Bíblia apresenta a salvação em Jesus Cristo Cristo (Jo 3.16; Hb 1.1,2; At 16.31), e possui autoridade em si mesma (Is 34.16; 8.20; Mt 5.17,18; At 17.11; Fp 3.16; 2Tm1.13).

A própria Bíblia afirma sua infalibilidade e autoridade, algo que nenhum outro livro faz. Essa afirmação é evidenciada em passagens como "Disse o Senhor a Moisés" (Ex 14.1,15,26; 16.4; 25.1; Lv.1.1; 4:1; 11.1; Nm 4.1; 13.1; Dt 32.48), "O Senhor é quem fala" (Is 1.2), "Disse o Senhor a Isaías" (Is 7.3), "Assim diz o Senhor" (Is.43.1), entre outras expressões semelhantes encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. O Antigo Testamento afirma ser a revelação de Deus, e o Novo Testamento também reivindica autoridade, como em 1Co 14.37, 1Ts 2.13, 1Jo 5.10 e outras passagens. Essas escrituras afirmam que as palavras são de origem divina e devem ser recebidas como tal, reconhecendo a autoridade de Deus sobre elas.

A Bíblia é conhecida por diversos nomes e títulos que refletem sua natureza e importância:

 

- Palavra de Deus (Hb 4.12)

- Palavra da Vida (At 7.38)

- Palavra da Verdade (2Tm 2.15)

- Palavra (At 16.6)

- Palavra de Cristo (Cl 3.16)

- Sagradas Letras (2Tm 3.15)

- Escrituras (Lc 24.32)

- Escritura (Tg 4.5)

- Lei do Senhor (SI 1.2)

- Livro do Senhor (Is 34.16)

O Espírito Santo é reconhecido como o intérprete da Bíblia, conforme mencionado em 2 Timóteo 3.16: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça". É o Espírito de Deus quem falou através dos escritores, como evidenciado em passagens como Ezequiel 11.5, 2 Crônicas 20.14 e 24.20. Deus mesmo testemunha a sua Palavra, como visto nos Salmos 78.1, Isaías 51.15-16 e Zacarias 7.9,12. Os próprios escritores demonstram ter inspiração divina, conforme destacado em passagens como 2 Reis 17.13, Neemias 9.30, Mateus 2.15, Atos 1.16, 3.21, 1 Coríntios 2.13, 14.37, Hebreus 1.1 e 2 Pedro 3.2.

A QUESTÃO PRINCIPAL DA BÍBLIA É A PRESENÇA DE JESUS CRISTO

Ele mesmo nos revela isso em Lucas 24.44 e João 5.39 (também mencionado em Atos 3.18, 10.43 e Apocalipse 22.16). Podemos agrupar os 66 livros em quatro categorias que se referem a Ele como centro:

Preparação - ANTIGO TESTAMENTO: Trata da preparação para o advento do Senhor Jesus Cristo.

Manifestação - OS EVANGELHOS: Tratam da encarnação, manifestação e vida de Jesus.

Explanação - EPÍSTOLAS: Dão a explanação da doutrina de Cristo.

Consumação - APOCALIPSE: Trata da consumação de todas as coisas preditas através de Cristo.

Portanto, a Bíblia sem Jesus seria como a física sem a matéria e a matemática sem os números. (SILVA, 1986, p 9).[v]

Escritores

Acredita-se que as Escrituras foram escritas ao longo de um período de 1.600 anos, por cerca de 40 homens de diferentes profissões e envolvidos em diversas atividades, incluindo reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas e estudiosos, entre outros. Moisés, um líder político que estudou nas universidades do Egito (Atos 7.22-43); Josué, um general (Êxodo 17.11-13; 33.11; Deuteronômio 34.9; Josué 3.15-16); reis como Davi e Salomão; agricultores como Amos (Amós 7.14-15); pastores como Davi (1 Samuel 16.11; 19); advogados como Samuel; um copeiro como Neemias; profetas, como Jeremias, filho de sacerdote (Jeremias 1.1-8); um primeiro-ministro como Daniel (Daniel 6.3); pescadores como Pedro e João (Mateus 4.18); um coletor de impostos como Mateus (Mateus 9.9); médicos como Lucas (Colossenses 4.14); um rabino como Paulo (Atos 22.3). Esses escritores tinham origens culturais e classes sociais diversas, e viveram em países, regiões e continentes distantes uns dos outros, em épocas e condições diversas. No entanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita. A maioria dos escritores da Bíblia era de origem judaica, com exceção do Evangelho de Lucas e, provavelmente, do Livro de Atos.

ESCRITOS EM DIFERENTES CONDIÇÕES:

 - Moisés, no deserto;

- Jeremias, numa masmorra;

- Daniel, numa colina e num palácio;

- Paulo, dentro de uma prisão;

- Lucas, enquanto viajava;

- João, na ilha de Patmos;

- Outros, nos rigores de uma campanha militar.

ESCRITOS EM DIFERENTES CONDIÇÕES:

- Davi, em tempos de guerra;

- Salomão, em tempos de paz.

ESCRITOS SOB DIFERENTES CIRCUNSTÂNCIAS:

Alguns escreveram enquanto experimentavam o auge da alegria, enquanto outros escreveram numa profunda tristeza e desprezo.

ESCRITOS EM TRÊS CONTINENTES:

- Ásia;

- África;

- Europa.

Isso confirma que apenas Deus os guiava no registro da revelação divina.

ÚNICA EM SOBREVIVÊNCIA:

- Aos Tempos – Desde manuscritos a impressos modernos;

- Às Perseguições – Queima, proibição, ilegalidade;

- Às críticas de Incrédulos.

A Bíblia é o livro mais vendido do mundo[1]. Também foi o mais queimado nos Séculos II e III, no reinado de Antíoco Epifânio, rei da Síria (175-164 a.C.), e nos anos 284-305 d.C., durante o reinado do feroz imperador romano, Diocleciano. Este último destruiu quantas cópias das Escrituras encontrou, chegando a acreditar que tivesse destruído todas.

Apesar dos ataques e perseguições ao longo da história, a Bíblia continua sendo o livro mais lido do mundo. Transformou inúmeras vidas e culturas até o presente século, e acreditamos que continuará libertando aqueles que buscarem nela refúgio. Apesar dos questionamentos da ciência, psicologia e movimentos políticos, a Bíblia permanece tão verdadeira e relevante como quando foi escrita.

A Bíblia, de acordo com 2 Timóteo 3.16, é considerada inspirada por Deus e aprovada por Cristo, conforme Mateus 4.4 e João 7.42. Ela foi usada como instrumento de ensino por Cristo (Lucas 24.27) e lida por ele durante sua vida (Lucas 4.14-22), cumprindo assim as escrituras (Mateus 5.17; Atos 8.32). Os apóstolos também a utilizaram para ensinar (Atos 2.16-39).

A Bíblia é descrita como possuidora de um poder incomparável (Salmo 119.11), um valor incomparável (2 Timóteo 3.15), uma procedência incomparável (2 Timóteo 3.16; 2 Pedro 1.21), um objetivo incomparável (2 Timóteo 3.17), um conteúdo incomparável (Salmo 119.13), um resultado incomparável (João 20.31) e uma atuação incomparável (Efésios 6.17).

Ela é considerada um livro eterno (Salmo 19.9; 119.89), santo (Romanos 7.12; 1 Timóteo 6.3), puro (Salmo 19.8; 119.140), verdadeiro (Salmo 19.9; 119.142) e perfeito (Salmo 19.7).

A Bíblia é comparada a diversas lâmpadas: a lâmpada da Lei, que ilumina a consciência (Provérbios 20.27); a lâmpada da graça, que representa o amor (Lucas 15.8); a lâmpada do testemunho, que traz vida (Mateus 5.15); a lâmpada apagada, que simboliza a morte (Jó 18.6); e a lâmpada ultrapassada, que representa a glória (Apocalipse 22.5).

A COLEÇÃO DOS LIVROS

A Bíblia possui diferentes números de livros de acordo com as tradições religiosas: 24 para os judeus, 66 para os protestantes, 73 para os católicos e 78 para a maioria dos ortodoxos. Os livros variam em extensão, podendo ter desde uma única página até dezenas, mas todos são divididos em capítulos, geralmente com cerca de uma ou duas páginas de extensão. Cada capítulo é subdividido em versículos, que consistem em trechos de algumas linhas ou frases curtas. No hebraico, o termo para versículo é "pasuk" (plural "pesukim").

A forma de divisão do texto hebraico é sutilmente diferente daquela usada pelos cristãos, tanto para capítulos quanto para versículos. Por exemplo, o livro de 1Crônicas 5.27-41 nas bíblias em hebraico é numerado como 1Crônicas 6.1-15 nas traduções cristãs. Além disso, existem pequenas variações entre as versões católicas e protestantes.

A Bíblia protestante é composta por um total de 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. A coleção dos 39 livros do Antigo Testamento foi reconhecida provavelmente por Esdras entre 456 a 330 a.C. e mais tarde foi ratificada em Jâmnia, perto da atual Jafa, na Palestina, em um concílio presidido por Joanan Bem Zakai, por volta do ano 90 a.C. Foi também nessa época que os livros apócrifos foram definitivamente rejeitados e o cânon foi fixado.

Jerônimo traduziu o cânon da Septuaginta para o latim entre 385 e 405 d.C., resultando na Vulgata Latina, a versão universal católico-romana. Durante a Reforma, Lutero recorreu ao hebraico e surpreendeu-se ao não encontrar os apócrifos, o que o levou a fazer uma nova versão para o alemão baseada no cânon judaico.

Aqui está uma comparação dos livros da Bíblia Hebraica, do Antigo Testamento e da Bíblia Grega (LXX):

Pentateuco:

- Bíblia Hebraica: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Profetas anteriores:

- Bíblia Hebraica: Josué, Juízes, 1–2 Samuel, 1–2 Reis

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Josué, Juízes, Rute, Sobre os Reinos 1–2 (1–2 Samuel), Sobre os Reinos 3–4 (1–2 Reis), Esdras 1 (pseudepígrafo), Esdras 2 (Esdras-Neemias), Ester (com fragmentos gregos), Judite (apócrifo), Tobias (apócrifo), Macabeus 1–2 (apócrifos), Macabeus 3–4 (pseudepígrafos), Salmos e Odes (Odes: pseudepígrafo), Sabedoria de Salomão (apócrifo), Sirácida (= Eclesiástico: apócrifo), Salmos de Salomão (pseudepígrafo)

Profetas posteriores:

- Bíblia Hebraica: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Daniel (com adições apócrifas: 3.24-90; 13 e 14)

Escritos:

- Bíblia Hebraica: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Lamentações, Daniel, Esdras, Neemias, 1–2 Crônicas

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Isaías, Jeremias (inclui Lamentações, Baruque e Carta de Jeremias. Os dois últimos são apócrifos), Ezequiel, Daniel (com adições apócrifas: 3.24-90; 13 e 14)

Aqui está a ordem dos livros na Bíblia Católica em comparação com a Bíblia Protestante:

Pentateuco:

Bíblia Católica: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Bíblia Protestante: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Livros Históricos:

Bíblia Católica: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (hebraico + grego), 1 Macabeus, 2 Macabeus

Bíblia Protestante: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester (hebraico)

Livros Sapienciais:

Bíblia Católica: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (Coélet), Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico (Sirácida)

Bíblia Protestante: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (Coélet), Cântico dos Cânticos

Livros Proféticos:

Bíblia Católica: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel (Grego e Hebraico), Doze Profetas Menores (2 livros)

Bíblia Protestante: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel (hebraico), Doze Profetas Menores (12 livros)

 TERMO CÂNON

 O termo cânon foi inicialmente utilizado por Orígenes (185-254 d.C) para se referir aos livros da Bíblia. A origem da palavra grega "kanon" remonta ao hebraico "kaneh", que tem o significado de junco ou vara de medir, conforme descrito em Apocalipse 21.15.

 O termo também aparece no original em Ez 40.5. No contexto religioso, cânon significa norma ou regra, e é utilizado com esse sentido em vários textos do Novo Testamento (Gl 6.16; 2Co 10.13, 15; Fp 3.16). A Bíblia é o nosso guia para a fé e a conduta cristã.

TRADUÇÃO

A primeira tradução da Bíblia foi realizada entre 200 e 300 anos antes de Cristo, por 70 sábios conhecidos como "Septuaginta" (ou Tradução dos Setenta). A cópia mais antiga da Septuaginta está na Biblioteca do Vaticano, datada de 325 d.C. Os 39 livros do Antigo Testamento (excluindo os apócrifos) foram codificados por volta de 400 a.C. e são aceitos pelo cânon judaico, protestantes, católicos ortodoxos, Igreja Católica Russa e parte da Igreja Católica tradicional.

 

Os livros apócrifos, que não faziam parte da coleção hebraica quando foram elaborados pelos setenta, foram estabelecidos no final do Século I d.C. e começaram a ser desenvolvidos por novos cristãos em traduções coptas (Egito), etíopes (Etiópia), siríacas (norte da Palestina) e em latim. Em 382 d.C., o bispo de Roma nomeou Jerônimo para fazer a tradução oficial das Escrituras, conhecida como "Vulgata", escrita na língua do povo comum.

 O critério de beatificação do Novo Testamento foi estabelecido em dois Concílios: o Concílio Damasino de Roma em 382 d.C. e o Concílio de Cartago em 397 d.C. Alguns comentaristas consideram este último como o terceiro. 

Em 1546, durante o Concílio de Trento, a Igreja Católica ratificou a autoridade da Vulgata Latina e condenou aqueles que a rejeitavam como parte do movimento da Contrarreforma.

algumas informações sobre os idiomas com escritura e traduções da Bíblia em inglês ao longo do tempo:

IDIOMAS COM ESCRITURA:

África: 918 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 928 idiomas com Bíblia completa, totalizando 2.212 idiomas.

Ásia: 223 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 236 idiomas com Bíblia completa, totalizando 589 idiomas.

Austrália, Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico: 155 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 224 idiomas com Bíblia completa, totalizando 417 idiomas.

Europa: 112 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 35 idiomas com Bíblia completa, totalizando 208 idiomas.

América do Norte: 41 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 28 idiomas com Bíblia completa, totalizando 76 idiomas.

Ilhas do Caribe, México, América Central e América do Sul: 120 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 264 idiomas com Bíblia completa, totalizando 411 idiomas.

Línguas Construídas: 2 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 0 idiomas com Bíblia completa, totalizando 3 idiomas.

TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM INGLÊS:

Traduções em Inglês Antigo (300-1100 d.C):

Os primeiros cristãos chegaram à Bretanha por volta de 300 d.C.

Anglos, Saxões e Jutos chegaram à Bretanha por volta de 400 d.C.

Evangelização dos Anglos, Saxões e Jutos ocorreu entre 500 e 700 d.C.

Apenas trechos da Bíblia foram traduzidos para o "inglês antigo" entre 700 e 1100 d.C.

TRADUÇÕES EM INGLÊS MÉDIO (1100-1500)

A invasão normanda estabeleceu a influência francesa no desenvolvimento da língua e criou o "inglês médio" em 1066.

Personagens importantes: John Wycliffe — faleceu em 1384. Ele queria levar o evangelho aos plebeus e começou a traduzir do latim para o inglês em 1380. Foi auxiliado por Nicholas de Hereford, cuja tradução seguia de perto a Vulgata latina, e John Purvey, cuja revisão da tradução de Nicholas usava expressões mais idiomáticas.

Fatos importantes no final desse período: A Renascença — houve um avivamento da cultura que promoveu uma renovação no interesse pelos originais hebraicos e gregos. Também surgiu um novo desafio à autoridade.

A invenção da imprensa (1453) — tornou o material impresso, antes restrito a poucos, disponível para as massas.

A Reforma Protestante (iniciada em 1517) — Martinho Lutero e aqueles que o sucederam desejavam intensamente colocar a Bíblia nas mãos das pessoas comuns.

TRADUÇÕES EM INGLÊS MODERNO (1500-1900)

Em 1525/6, William Tyndale traduziu o Novo Testamento do grego para o inglês. Ele estava trabalhando na tradução do Antigo Testamento quando foi martirizado em 1536.

Em 1535, Miles Coverdale concluiu e publicou a primeira Bíblia completa em inglês, baseada no trabalho de Tyndale, do grego, do hebraico e de outras fontes.

Em 1537, foi criada a Bíblia de Matthew. Uma Bíblia completa em inglês feita por John Rogers a partir das obras de Tyndale e Coverdale. Recebeu aprovação real do rei Henrique VIII.

Em 1538, foi lançada a Great Bible. Uma revisão da Bíblia de Matthew, feita por Coverdale. Foi ordenada pelo rei Henrique que fosse colocada em todas as igrejas da Inglaterra.

Em 1560, foi produzida a Bíblia de Genebra. Elaborada por estudiosos protestantes em Genebra, a partir das línguas originais e do trabalho de Tyndale.

Em 1568, foi lançada a Bishop's Bible. Uma revisão da Great Bible, autorizada pela Igreja Anglicana como sua tradução oficial.

Em 1582, foi lançada a tradução de Rheims/Douai. Uma tradução católica romana do Antigo e Novo Testamento da Vulgata Latina.

Entre 1609-10, foram traduzidos o Antigo Testamento em Douai em 1609-10 e o Novo Testamento em Rheims em 1582.

Em 1611, foi lançada a King James Version ou Authorized Version. Convocada pelo rei Tiago I da Inglaterra e traduzida por alguns estudiosos da Bíblia. Foi uma revisão da edição de 1602 da Bishop's Bible, com o auxílio de textos hebraicos e gregos e dependência do trabalho de William Tyndale.

Em 1885, foi lançada a Revised Edition. Uma revisão da Authorized Version, incorporando manuscritos de descoberta mais recente e usos mais modernos da linguagem. Foi produzida por um grupo de estudiosos britânicos e alguns estudiosos americanos.

TRADUÇÕES DO SÉCULO XX EM INGLÊS (1900-1991)

1901 A Versão Padrão Americana. Uma revisão americana da Versão Autorizada produzida com a participação de estudiosos americanos na Revised Version.

1903 O Novo Testamento em Linguagem Moderna. Tentativa de R. T. Weymouth de verter de maneira cuidadosa as construções gramaticais gregas.

1924 Uma Nova Tradução da Bíblia. Tradução idiomática, coloquial e às vezes com expressões escocesas feita por James Moffatt.

1927 Tradução do Centenário do Novo Testamento. O coração missionário de Helen B. Montgomery produziu uma tradução na linguagem cotidiana.

1937 Novo Testamento Williams. Produzida por Charles B. Williams. Tentativa de um professor batista de traduzir para o inglês as nuances dos verbos gregos.

1936 A Bíblia: Uma Tradução Americana, E. J. Goodspeed e J. M. Powis Smith produziram a primeira tradução Americana moderna com os apócrifos.

1952 A Versão Revisada Padrão. Revisão da American Standard Version e da King James Version feita por uma comissão internacional de tradução, buscando manter a imponência literária para o culto.

1955 A Sagrada Bíblia. Traduzida por Ronald Knox, católico romano, a partir da Vulgata Latina.

1956 A Bíblia de Jerusalém. Primeiramente traduzida para o francês por estudiosos católicos romanos a partir das línguas originais.

1958 O Novo Testamento em Inglês Moderno. Tradução livre de J. B. Phillips, originariamente feita para seu clube de jovens.

1965 A Bíblia Amplificada. Versão da Lockman Foundation, sugerindo várias possibilidades vocabulares em todo o texto.

1970 A Nova Bíblia em Inglês. Tradução com qualidade literária, mas com algumas idiossincrasias. Traduzida por representantes das principais igrejas e sociedades bíblicas britânicas e baseada nas mais recentes provas textuais.

1970 A Nova Bíblia Americana. Uma nova tradução feita por estudiosos católicos romanos (a Comissão de Bispos da Confraternidade de Doutrina Cristã), a partir das línguas originais.

1971 A Nova Bíblia Americana Padrão. Uma revisão da American Standard Version, de 1901, feita pela Lockman Foundation, com o alvo de manter uma tradução literal.

1971 A Bíblia Viva. Paráfrase conservadora feita pelo americano Kenneth N. Taylor, originariamente para seus filhos (iniciada em 1962).

1976 A Boa Nova Bíblia ou Versão em Inglês de Hoje (A Bíblia na Linguagem de Hoje). Tradução feita pela Sociedade Bíblica Americana para o inglês do dia-a-dia.

1979 A Nova Versão Internacional. Tradução fácil de ler feita por estudiosos evangélicos, incorporando as mais recentes provas textuais.

1982 A Nova Versão do Rei James. Uma modernização da King James Version de 1611. Baseada nos textos em língua original de que dispunham os tradutores da King James Version.

1987 A Nova Versão do Século XXI. A International Children's Bible atualizada por uma comissão de tradução.

1989 A Nova Versão Padrão Revisada. Uma comissão de tradução realizou uma atualização da Revised Standard Version.

1989 A Nova Versão do Século XXI. A International Children's Bible atualizada por uma comissão de tradução.

1991 A Versão Contemporânea em Inglês, Novo Testamento. Um texto simplificado, originariamente concebido para crianças e produzido pela Sociedade Bíblica Americana. (Dockery, 2001, p.135).[vi]


Página 1



[1] Em 1996, foram distribuídas 20 milhões de Bíblias em todo o mundo. Somente no Brasil, foram quase 7 milhões, e na China circularam cerca de 3 milhões. Podemos afirmar que tudo isso só é possível pela intervenção do Deus Todo-Poderoso agindo para que isso aconteça!



[i] EBESP – Escola Bíblica de Estudo Pentecostal. 1ª Edição – 2000.

[ii] STPLM. Introdução Bíblica, Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão. Editora Visão, p 53.

[iii] Disponível <http://pensador.uol.com.br/poemas_da_biblia/> Acessado em: 17 Nov. 2013.

[iv] SBB. Disponível em: <http://www.sbb.org.br/> Acessado em: 03 Dez 2013.

[v] SILVA. Antônio Gilberto - A Bíblia através dos Séculos, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1986. 15 edição 2004.

[vi] DOCKERY. David S. Manual bíblico vida nova tradução Lucy Yamakami, Hans Udo Fuchs, Robinson Malkomes. — São Paulo : Vida Nova, 200. Título do original: Holman Bible Handbook, publicado pela Broadman & Holman Publishers, uma divisão da Lifeway. Christian Resources of the Southern Baptist Convention, Nashville, TN, EUA.


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