O dinheiro é o objeto mais comum em
todo o mundo, utilizado para comprar, vender e trocar bens. Sem dinheiro, a
economia global estaria paralisada.
Antigamente, as mercadorias eram
trocadas diretamente, com seu valor avaliado pelo tempo de produção, pela força
de trabalho envolvida e pela importância da troca. Com a introdução da moeda, o
valor do produto não dependia mais da força de trabalho envolvida na produção.
Com o surgimento dos bancos, o dinheiro se tornou a própria mercadoria.
As moedas surgiram quando os metais começaram
a ser usados como padrões de peso e valor. Algumas moedas tinham marcas identificadoras,
referindo-se a regiões, países ou reis específicos.
A criação de um objeto metálico com
valor estipulado pelo Estado, denominado "dinheiro", teve origem na
Grécia no século VII a.C. (600-700 a.C), durante o reinado de Senaqueribe.
Heródoto menciona que Creso, da Lídia
(562-546 a.C.), foi quem introduziu as moedas. Suas moedas de ouro eram
chamadas croesides.
O primeiro rosto a ser gravado em uma
moeda foi o de Alexandre, o Grande.
As moedas judaicas. Antíoco VII
concedeu a Israel o direito de cunhar suas próprias moedas (140 a.C), conforme
descrito em Macabeus 15.16. As moedas eram cunhadas em bronze.
No Novo Testamento, havia quatro
tipos de moedas em circulação na Palestina no século I d.C.
1. Denário: Era a moeda mais comum e tinha um
valor aproximado de um dia de trabalho para um trabalhador comum. Era
frequentemente mencionado nas escrituras, como na parábola dos trabalhadores na
vinha (Mateus 20:2).
2. Dracma: Uma moeda grega que era equivalente
a cerca de um dia de trabalho, mas não era tão comum quanto o denário.
Mencionada no Novo Testamento na parábola da mulher que perdeu uma dracma e a
encontrou (Lucas 15:8-10).
3. Quadrante: Uma moeda de baixo valor, equivalente
a um quarto de um denário. Mencionada no Novo Testamento na história da viúva
pobre que deu duas pequenas moedas (Marcos 12:42).
4. Assário: Uma moeda de cobre de baixo valor,
equivalente a um décimo de um denário. Mencionada no Novo Testamento na história
da oferta da viúva pobre (Lucas 21:1-4).
DINHEIROS MENCIONADOS NA BÍBLIA SÃO:
- Siclo (Êxodo 30.13) - Valia cerca
de três centavos de dólar.
- Dracma (Lucas 15.8) - Moeda de
prata equivalente a aproximadamente onze centavos de dólar.
- Estáter (Mateus 17.27) - Moeda
grega equivalente a cerca de quatro dracmas, ou seja, aproximadamente quarenta
e quatro centavos de dólar.
- Mina (Lucas 19.13) - Não era uma
moeda, mas sim uma unidade monetária grega, equivalente a cem dracmas.
- Talento (Mateus 18.24) - Moeda
grega que valia aproximadamente mil e quinhentos dólares.
- Asse (Mateus 10.29) - Moeda romana
que tinha o valor de um centavo.
- Quadrante (Marcos 12.42) - Moeda
romana de cobre que valia um quarto de centavo.
- Denário (Mateus 18.28) - Moeda de
prata do grande império romano. Em tempos normais, seu valor era de cerca de
vinte centavos, mas durante o domínio de Nero, sofreu uma desvalorização, chegando
a valer apenas onze centavos. Na parábola dos dois devedores, o servo não quis
perdoar seu conservo pelos onze dólares que esse lhe devia; no entanto, o rei
lhe havia perdoado cerca de quinze milhões de dólares.
- O presente que Naamã ofereceu a
Eliseu, do qual Geazi finalmente se apropriou, equivalia a aproximadamente
48.000 dólares.
- Judas vendeu a Jesus por 30 moedas
de prata, equivalentes a cerca de 20 dólares.
- O preço pelo qual os irmãos de José
o venderam correspondia a aproximadamente 13 dólares.
DINHEIRO NO BRASIL
No mundo do papel, no Brasil, surgiu
a emissão de bilhetes bancários pelo Banco do Brasil em 1810 d.C. Inicialmente
em branco, esses bilhetes tinham o valor preenchido à mão, semelhante ao
preenchimento de cheques atualmente. No entanto, essa técnica era insegura,
levando os governos a emitir cédulas com valor pré-determinado para evitar
fraudes e falsificações.
A economia brasileira passou por
diversas fases e crises até a introdução do real. Tanto a primeira como a
última moeda a circular no Brasil foram chamadas de real, de origem portuguesa.
Conheça as principais etapas da evolução do dinheiro no Brasil.
1. Real (R), do Período Colonial, até
1833. Também conhecido popularmente como Réis.
2. Mil Réis (Rs), circulação intensa a
partir do Segundo Império, até 1942.
3. Cruzeiro (Cr$), desde a Segunda
Guerra, quando o mundo sofreu uma inflação até 1967.
4. Cruzeiro Novo (NCr$), o poder de
compra do Cruzeiro diminuiu devido à inflação, e 3 zeros do Cruzeiro são
cortados, até 1970.
5. Cruzeiro (Cr$). Em 1970, o antigo
Cruzeiro Novo voltou a ser chamado de Cruzeiro, até 1986.
6. Cruzado (Cz$). Em 1986, o Plano
Cruzado entra em vigor e 3 zeros existentes no Cruzeiro são cortados, até 1989.
7. Cruzado Novo (NCzr$). No começo do
ano de 1989, o Plano Verão foi criado, houve o congelamento de preços e a
origem do Cruzado Novo, até 1990.
8. Cruzeiro (Cr$), em 1990, o então
presidente Collor bloqueou as aplicações e o dinheiro volta a ser chamado de
Cruzeiro até 1993.
9. Cruzeiro Real (CR$), em 1993 houve
uma inflação de 3.700% e a moeda em vigor era o Cruzeiro Real, tendo a sua
duração de 11 meses, até 1994.
10. Real (R$), em 1994, o presidente do
Brasil Itamar Franco criou o real, cuja moeda é válida como dinheiro até nos
dias atuais.
O dinheiro é um dos objetos mais
comuns e importantes no mundo. Sem ele, a venda e troca de artigos essenciais
para a sobrevivência humana não seria possível. Não existiria riqueza ou
economia, e o fator mais importante relacionado ao poder no mundo não teria
origem pré-histórica e não seria representado pelas cédulas de papel.
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