31 aquilo que, saindo da porta de minha casa, me sair ao encontro, voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso será do SENHOR, e o oferecerei em holocausto. 32 Assim, Jefté passou aos filhos de Amom, a combater contra eles; e o SENHOR os deu na sua mão. 33 E os feriu com grande mortandade, desde Aroer até chegar a Minite, vinte cidades, e até Abel-Queramim; assim foram subjugados os filhos de Amom diante dos filhos de Israel. 34 Vindo, pois, Jefté a Mispa, à sua casa, eis que a sua filha lhe saiu ao encontro com adufes e com danças; e era ela só, a única; não tinha outro filho nem filha. 35 E aconteceu que, quando a viu, rasgou as suas vestes e disse: Ah! Filha minha, muito me abateste e és dentre os que me turbam! Porque eu abri a minha boca ao SENHOR e não tornarei atrás. 36 E ela lhe disse: Pai meu, abriste tu a tua boca ao SENHOR; faze de mim como saiu da tua boca, pois o SENHOR te vingou dos teus inimigos, os filhos de Amom. 37 Disse mais a seu pai: Faze-me isto: deixa-me por dois meses que vá, e desça pelos montes, e chore a minha virgindade, eu e as minhas companheiras. 38 E disse ele: Vai. E deixou-a ir por dois meses. Então, foi-se ela com as suas companheiras e chorou a sua virgindade pelos montes. 39 E sucedeu que, ao fim de dois meses, tornou ela para seu pai, o qual cumpriu nela o seu voto que tinha feito; e ela não conheceu varão. E daqui veio o costume em Israel, 40 que as filhas de Israel iam de ano em ano a lamentar a filha de Jefté, o gileadita, por quatro dias no ano. (ARC)
Resposta.
Existem duas interpretações
sobre este assunto.
A primeira defende que a
vida da jovem foi sacrificada, argumentando que o texto não deixa dúvidas sobre
a morte da filha de Jefté, mas que o voto que levou a esse fato foi impensado e
que Deus, apesar de dar a vitória a Jefté, não aceitou o sacrifício (que se
assemelhava ao usado no culto pagão).
A segunda defende que esse
sacrifício deve ser compreendido à luz do conceito posteriormente desenvolvido
pelo apóstolo Paulo – de que todos devemos nos oferecer a Deus como sacrifício
vivo (Rm 12.1). Vendo a passagem por este ângulo, é possível entender que Jefté
tenha oferecido sua filha ao Senhor para servir em Sua casa pelo resto de sua
vida, permanecendo virgem. Somente entenderemos a amplitude desse sacrifício
considerando-o no contexto judaico daqueles dias. As várias linhagens e as famílias
que delas faziam parte constituíam o centro da vida social. Jefté estaria
destinando sua única filha para o serviço do Senhor com o voto de castidade
perpétua, o que significaria o fim de sua própria linhagem entre os filhos de
Israel.
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