1- Carlos Spurgeon:
O Príncipe dos Pregadores e a História que Mudou Sua Vida
Carlos
Spurgeon (1834-1892, faleceu com 58 anos) é uma das figuras mais icônicas da
história do cristianismo, amplamente conhecido como "O Príncipe dos
Pregadores". Seu ministério, que começou na Inglaterra vitoriana, deixou
uma marca indelével na pregação e na vida da igreja. A história que mais marcou
sua vida foi o momento em que ele enfrentou um desafio significativo em sua
juventude, que não apenas moldou sua abordagem à pregação, mas também
transformou sua compreensão sobre a graça de Deus e o poder da Palavra.
Primeiros Anos: Chamado e
Influência
Nascido
em 19 de junho de 1834, em Kelvedon, Essex, Carlos Spurgeon cresceu em uma
família cristã fervorosa. Desde pequeno, foi exposto à teologia reformada e aos
ensinamentos bíblicos, influenciado principalmente por seu avô e seu pai, ambos
ministros. Durante sua juventude, Spurgeon demonstrou um talento notável para a
oratória, mas sua vida cristã era marcada por uma luta interna com a certeza da
salvação.
Em
sua adolescência, ele experimentou um profundo sentimento de inadequação.
Embora tivesse um forte desejo de servir a Deus, ele lutava contra a dúvida e o
medo de não ser aceito por Deus. Este conflito interno o levou a uma busca por
segurança espiritual, uma busca que culminaria em um encontro transformador.
O Encontro que Mudou Tudo
Em
janeiro de 1850, enquanto caminhava em direção a uma igreja em Colchester,
Spurgeon foi pego em uma nevasca severa. Devido ao mau tempo, ele se viu
forçado a entrar em uma pequena capela metodista, onde uma congregação estava
reunida. Embora o pregador titular estivesse ausente, um leigo tomou o seu
lugar. Este homem simples pregou um sermão baseado em Isaías 45:22: "Olhai
para mim, e sede salvos, vós todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e
não há outro."
A
mensagem impactou profundamente Spurgeon. Ele ouviu com atenção enquanto o
pregador repetia a exortação de que a salvação era oferecida a todos, sem
distinção. Spurgeon sentiu que a mensagem era dirigida diretamente a ele, e,
naquele momento de revelação, entregou sua vida a Cristo. Essa experiência foi
crucial, pois não só selou sua conversão, mas também mudou sua compreensão
sobre a simplicidade e a beleza do evangelho.
A Ascensão ao Ministério
Após
sua conversão, a paixão de Spurgeon pela pregação cresceu rapidamente. Com
apenas 16 anos, ele começou a pregar em uma pequena capela em sua cidade natal
e logo ganhou reconhecimento por sua eloquência e fervor. Em 1854, ele foi
chamado para ser o pastor da Igreja Batista de New Park Street, em Londres. Seu
ministério começou a florescer, e em pouco tempo, ele atraiu multidões,
transformando a igreja em um dos centros de culto mais proeminentes da época.
Spurgeon era conhecido por sua habilidade em comunicar verdades bíblicas de maneira acessível e poderosa. Seu estilo de pregação envolvente, combinado com uma profunda compreensão das Escrituras, cativou os ouvintes. Ele era um defensor ardente da soberania de Deus e da doutrina da graça, temas que permeavam suas mensagens. Sua pregação era tão impactante que ele rapidamente ganhou o título de "O Príncipe dos Pregadores".
A Influência e o Legado de Spurgeon
Spurgeon
não apenas pregou; ele também se dedicou a equipar outros para o ministério.
Fundou o Colégio Teológico de Pastores, que treinou milhares de ministros ao
longo dos anos. Seu compromisso com a formação de novos líderes e a
disseminação do evangelho resultou em um legado duradouro que ainda influencia
a igreja hoje.
Ele
também era um defensor da assistência social, fundando orfanatos e se
envolvendo em várias iniciativas de caridade. Spurgeon acreditava que a
verdadeira fé se manifestava em ações e que os cristãos deveriam ser agentes de
mudança na sociedade. Sua abordagem prática ao evangelho atraiu tanto crentes
como não crentes, impactando vidas de maneiras que iam além do púlpito.
Desafios e Perseverança
A
vida de Carlos Spurgeon não foi isenta de dificuldades. Ele enfrentou críticas
severas, ataques de oponentes e desafios pessoais, incluindo problemas de saúde
que o acompanharam por toda a vida. Em 1856, uma tragédia marcou seu
ministério: durante um culto, uma piada cruel provocou uma corrida em massa,
resultando em várias mortes. Esse evento traumático afetou profundamente
Spurgeon, mas ele se apegou à fé e continuou a pregar com fervor.
Em
suas cartas e sermões, ele frequentemente falava sobre a importância de confiar
em Deus em tempos de adversidade. Sua experiência de vida, marcada por
dificuldades e desafios, trouxe uma profundidade emocional às suas pregações,
permitindo que ele se conectasse com seu público de maneira única.
Conclusão: O Legado do Príncipe dos
Pregadores
A
história que mais marcou a vida de Carlos Spurgeon foi seu encontro
transformador com a graça de Deus em uma capela em Colchester. Esse momento não
apenas selou sua conversão, mas também moldou seu ministério e sua compreensão
da simplicidade do evangelho. Spurgeon nos lembra da importância de confiar em
Deus e da capacidade de Deus de usar pessoas comuns para realizar obras
extraordinárias.
Seu
legado continua vivo hoje, não apenas através de suas pregações e escritos, mas
também na influência que teve sobre a teologia evangélica e o ministério
moderno. Ele inspirou gerações de pregadores e cristãos a serem ousados em sua
fé e a pregar a mensagem da graça de Deus com paixão e clareza. A vida e o
ministério de Carlos Spurgeon permanecem um testemunho poderoso da capacidade
de Deus de transformar vidas e impactar o mundo por meio de um coração disposto
e obediente.
2- Pastor Hsi: O
Amado Líder Chinês e a História que Transformou sua Vida
Pastor
Hsi (Hsi Sheng-mo, 1836-1885, faleceu com 49 anos) é uma figura marcante na
história do cristianismo na China, amplamente conhecido como "O Amado
Líder Chinês". Sua vida e ministério refletem uma jornada de transformação
espiritual e um profundo comprometimento com a obra missionária. A história que
mais marcou sua vida foi sua experiência de conversão, que não apenas moldou
seu caráter, mas também impactou a expansão do evangelho na região.
A Juventude e o Contexto Cultural
Nascido
em 1836, na província de Zhejiang, Hsi cresceu em uma família rica e influente,
mas sua infância foi marcada por conflitos e descontentamento. Desde jovem, ele
lutava com questões existenciais e buscava um propósito em meio a uma cultura
predominantemente confucionista. O sistema de valores e crenças tradicionais
que o cercava deixou uma sensação de vazio, fazendo com que ele se voltasse
para a busca de respostas em diversas fontes espirituais.
Hsi
estudou as escrituras confucionistas e, mais tarde, foi exposto a ideias
budistas e taoístas, mas nada parecia satisfazer sua busca interior. Essa
insatisfação o levou a um estilo de vida promíscuo e indulgente, que apenas
aumentou sua sensação de desespero e alienação.
A Conversão Transformadora
A
história que mais mudou a vida de Hsi ocorreu em 1854, quando ele começou a
trabalhar como funcionário público. Durante esse período, ele conheceu um
missionário britânico chamado George McClure, que estava compartilhando a
mensagem cristã em sua região. Hsi, inicialmente cético, começou a ouvir as
pregações de McClure e a se interessar pela mensagem do evangelho.
Um
evento crucial aconteceu quando ele recebeu um Novo Testamento. Ao lê-lo, Hsi
foi profundamente impactado pelas verdades contidas nas escrituras. A passagem
que mais o tocou foi a de João 3:16, que fala sobre o amor de Deus pelo mundo e
a oferta da vida eterna. Ele finalmente reconheceu sua necessidade de redenção
e aceitou a Cristo como seu Senhor e Salvador. Esse momento de conversão foi
transformador, levando-o a deixar para trás seu antigo modo de vida e a se
comprometer com a fé cristã.
O Chamado ao Ministério
Após
sua conversão, Hsi começou a pregar o evangelho e a compartilhar sua nova fé
com outros. Sua experiência pessoal de transformação o tornou um evangelista
fervoroso e apaixonado, e ele logo se tornou conhecido em sua comunidade. Ele
fundou várias igrejas e liderou grupos de oração, sempre enfatizando a
importância de uma vida transformada por Cristo.
A
sua abordagem missionária era única; ele utilizava métodos simples, baseados na
comunicação clara e acessível do evangelho. Hsi acreditava que a verdadeira fé
deveria ser acompanhada por ações e serviço, e ele se dedicou a atender às
necessidades práticas da sua comunidade. Seu coração para o povo chinês e sua
vontade de se identificar com eles o tornaram um líder respeitado e amado.
Desafios e Perseverança
Apesar
do crescimento do seu ministério, Pastor Hsi enfrentou muitos desafios. A
oposição ao cristianismo era intensa, especialmente em um contexto cultural que
valorizava as tradições confucionistas e taoístas. Ele teve que lidar com
críticas e perseguições, mas sua fé e determinação permaneceram firmes. Hsi
frequentemente enfatizava a importância da oração e do apoio mútuo entre os
cristãos como forma de enfrentar as adversidades.
Um
dos desafios mais significativos foi a Rebelião Taiping, que aconteceu na China
entre 1850 e 1864. Durante esse tempo de turbulência, Hsi trabalhou
incansavelmente para trazer consolo e esperança às pessoas em meio ao caos. Ele
viu muitos perderem a vida e a segurança, mas também viu como a crise poderia
abrir portas para a pregação do evangelho. Em tempos de crise, Hsi sempre
encontrou oportunidades para compartilhar o amor de Cristo.
O Legado do Pastor Hsi
O
legado de Pastor Hsi é notável. Ele não apenas fundou várias igrejas e
comunidades de fé, mas também inspirou muitos outros líderes a se dedicarem ao
ministério. Seu compromisso com o evangelho e seu amor pelo povo chinês
contribuíram para o crescimento do cristianismo na China. Ele escreveu sobre
suas experiências e ensinamentos, deixando um impacto duradouro na teologia e
na prática missionária.
Hsi
também destacou a importância da auto-sustentação nas igrejas que fundou. Ele
incentivou os novos crentes a se tornarem responsáveis pelo próprio sustento e
pelo sustento de suas comunidades. Isso ajudou a criar um senso de
pertencimento e empoderamento entre os cristãos que se uniam em torno da fé.
Conclusão:
Um
Amado Líder e Evangelista
A
história que mais marcou a vida de Pastor Hsi foi sua conversão transformadora
ao evangelho e sua determinação em viver para Cristo. Sua jornada de um homem
perdido e desiludido a um líder respeitado e amado entre os chineses ilustra o
poder transformador da graça de Deus.
O
impacto de Hsi na missão cristã na China é inegável, e seu legado continua a
inspirar missionários e líderes cristãos ao redor do mundo. Sua vida é um
testemunho poderoso de como a fé, a perseverança e o amor podem mudar vidas e
transformar comunidades. Pastor Hsi permanece uma figura querida na história do
cristianismo, lembrado por sua dedicação inabalável ao evangelho e ao povo que
amava.
3- Dwight Lyman
Moody: O Célebre Ganhador de Almas e a História que Mudou sua Vida
Dwight
Lyman Moody (1837-1899, faleceu com 62 anos) é amplamente reconhecido como um
dos evangelistas mais influentes do século XIX, sendo carinhosamente lembrado
como "O Célebre Ganhador de Almas". Seu impacto sobre o cristianismo
na América e na Inglaterra foi vasto, mas uma experiência transformadora em sua
vida o levou a se tornar um dos maiores evangelistas da história moderna. Essa
história, de profunda entrega a Deus e compromisso com a evangelização, é o que
marcou sua trajetória.
Primeiros Anos: Uma Infância
Difícil
Moody
nasceu em 5 de fevereiro de 1837, em Northfield, Massachusetts, em uma família
de condições muito humildes. Aos quatro anos de idade, ele perdeu seu pai, o
que deixou sua mãe com nove filhos para sustentar. As dificuldades financeiras
forçaram Moody a começar a trabalhar desde cedo para ajudar a sustentar sua
família, o que significava que ele recebeu apenas uma educação escolar básica.
Com
17 anos, ele deixou sua cidade natal e se mudou para Boston, onde começou a
trabalhar como vendedor em uma loja de sapatos. Foi durante esse tempo que o
jovem Moody teve seu primeiro contato significativo com a fé cristã. Seu
professor de Escola Dominical, Edward Kimball, compartilhou com ele a mensagem
do evangelho de forma pessoal, e, em 1855, Moody entregou sua vida a Cristo.
Essa conversão seria o ponto de partida de uma das maiores jornadas
evangelísticas da história.
O Encontro que Mudou Tudo
O
verdadeiro ponto de virada na vida de Moody, porém, ocorreu anos depois, quando
ele já estava envolvido em ministérios de Escola Dominical e evangelismo.
Durante o início de seu ministério, Moody estava determinado a servir a Deus,
mas sentia que faltava algo em seu trabalho. Ele trabalhava com grande esforço,
mas o impacto parecia limitado. Foi então que ele conheceu duas mulheres que
começaram a orar fervorosamente por ele para que experimentasse o "poder
do Espírito Santo" de maneira mais profunda.
Essas
orações culminaram em uma experiência transformadora em 1871. Moody descreveu
que, enquanto caminhava pelas ruas de Nova York, após um incêndio devastador em
Chicago que destruiu grande parte de sua missão e sua cidade, ele sentiu uma
poderosa presença de Deus. Naquele momento, ele se entregou completamente à
vontade de Deus e pediu que o Senhor o enchesse de Seu Espírito. Moody relata
que, depois daquela experiência, seu ministério foi totalmente transformado. A
partir desse ponto, ele pregava com uma nova unção, e as respostas a suas
pregações foram incrivelmente amplificadas.
A Ascensão como Evangelista
Depois
desse evento, Moody começou a pregar com um fervor renovado e um poder
extraordinário. Ele foi convidado a pregar em várias cidades nos Estados
Unidos, atraindo multidões cada vez maiores. Em 1873, Moody viajou para a
Inglaterra com o cantor gospel Ira Sankey, onde iniciaram uma série de
campanhas evangelísticas que atraíram dezenas de milhares de pessoas. O impacto
dessas cruzadas foi profundo, não apenas em termos de conversões, mas também em
despertar um novo movimento de evangelismo em massa.
O
estilo de pregação de Moody era simples e direto, o que o tornava acessível
tanto para pessoas instruídas quanto para aquelas de origem humilde. Ele
evitava o uso de terminologias teológicas complicadas, preferindo focar na
mensagem central do evangelho: a salvação por meio da fé em Jesus Cristo. Sua
capacidade de comunicar essa mensagem de forma clara e cativante, combinada com
sua paixão pelo evangelismo, fez dele uma figura atraente e carismática.
Fundando Ministérios Duradouros
Além
de suas cruzadas evangelísticas, Moody também tinha um profundo compromisso com
a educação cristã. Ele fundou várias instituições que continuam a ter um
impacto global até hoje. Em 1879, ele fundou o Northfield Seminary para
mulheres, e em 1881, o Mount Hermon School para rapazes. Mais tarde, em 1886,
ele fundou o que hoje é o Moody Bible Institute, uma instituição dedicada ao
treinamento de líderes cristãos para o ministério.
Moody
acreditava profundamente que a educação bíblica era crucial para a propagação
do evangelho e a capacitação de novos líderes. Seu instituto em Chicago foi um
dos primeiros a oferecer treinamento formal para leigos, capacitando-os a se
tornarem evangelistas e pastores, algo revolucionário para sua época.
Desafios e Determinação
Apesar
do sucesso no ministério, Moody enfrentou muitos desafios ao longo de sua vida.
O incêndio de Chicago em 1871 foi um dos eventos mais devastadores para ele, já
que destruiu a missão que ele havia construído na cidade. No entanto, em vez de
desistir, ele viu isso como um chamado para redobrar seus esforços na
evangelização. Ele acreditava que Deus estava chamando-o para algo maior, e foi
essa mentalidade que o motivou a se expandir internacionalmente.
Moody
também lidou com críticas e ceticismo de alguns líderes religiosos
estabelecidos que se opunham aos seus métodos de evangelismo em massa, alegando
que eram muito simplistas ou sensacionalistas. No entanto, ele permaneceu fiel
à sua convicção de que o evangelho era para todos e que deveria ser pregado de
maneira acessível a qualquer pessoa.
O Legado Duradouro de Moody
A
influência de Dwight L. Moody se estende muito além de sua própria vida. Ele
ajudou a moldar o movimento evangelístico moderno e foi pioneiro no uso de
cruzadas em larga escala, algo que inspiraria pregadores futuros, como Billy
Graham. O Moody Bible Institute continua a treinar pastores e missionários que
espalham o evangelho em todo o mundo.
Além
disso, suas cruzadas deixaram um legado espiritual que impactou milhões de
vidas. Moody é lembrado por sua profunda humildade e sua confiança total no
poder transformador de Deus. Ele acreditava que cada pessoa tinha o potencial
de se tornar uma "alma vencedora" e que a responsabilidade de cada
cristão era compartilhar o evangelho com os perdidos.
Conclusão: Um Coração para Almas
A
história que mais marcou a vida de Dwight Lyman Moody foi sua experiência de
entrega total ao Espírito Santo, que transformou não apenas sua pregação, mas o
próprio curso de seu ministério. Esse encontro profundo com Deus fez dele o
"Célebre Ganhador de Almas" que conhecemos hoje, alguém que não
apenas pregou o evangelho, mas viveu para vê-lo transformar vidas.
Moody
deixou um legado de compromisso com a evangelização, serviço cristão e fé
inabalável na obra de Deus. Sua vida é um testemunho poderoso de que, quando
alguém se rende completamente a Deus, Ele pode usar essa pessoa para impactar o
mundo de maneira extraordinária.
4- Jônatas Goforth:
"Por Meu Espírito" e a História que Transformou Sua Vida
Jônatas
Goforth (1859-1936, faleceu com 77 anos), conhecido como um dos maiores
missionários no interior da China, exemplifica a obra poderosa do Espírito
Santo em missões. Seu lema, “Por Meu Espírito”, não era apenas uma frase, mas
um princípio central que norteou toda sua vida e ministério. A história que marcou
profundamente sua vida e moldou seu ministério foi um avivamento impactante na
China, no qual ele testemunhou o poder transformador de Deus de maneira
inegável e viu centenas de pessoas serem tocadas e transformadas.
O Chamado Missionário
Nascido
em 10 de fevereiro de 1859, em Ontário, Canadá, Jônatas Goforth foi criado em
uma família cristã. Desde jovem, ele demonstrou um desejo profundo de servir a
Deus. Foi durante seus anos no Colégio Knox, em Toronto, que ele ouviu falar
sobre a necessidade de missionários na China, o que mexeu profundamente com
ele. Inspirado pelas histórias de missionários como Hudson Taylor, Goforth
sentiu o chamado irresistível de levar o evangelho ao interior da China, um
lugar vasto e espiritualmente inexplorado.
Antes
de partir, ele conheceu Rosalind Bell-Smith, que se tornaria sua esposa e fiel
parceira no trabalho missionário. Em 1888, Jônatas e Rosalind Goforth
embarcaram para a China, onde se dedicaram ao trabalho missionário,
especialmente entre os habitantes do interior.
Desafios Iniciais no Campo
Ao
chegar à China, Goforth e sua esposa enfrentaram muitos desafios. As barreiras
culturais e linguísticas eram grandes, e a aceitação do cristianismo por parte
do povo local era difícil. Além disso, a China estava passando por grandes
turbulências políticas e sociais, o que tornava o trabalho missionário ainda
mais árduo. No entanto, Jônatas Goforth persistiu com uma fé inabalável.
Nos
primeiros anos de seu ministério, o sucesso foi limitado. A oposição ao
evangelho, a doença e a falta de recursos humanos eram obstáculos constantes.
Apesar disso, Jônatas sempre acreditou no poder do Espírito Santo para
transformar corações e mudar vidas. Ele dedicava longas horas em oração,
pedindo a Deus que trouxesse avivamento à China.
A História que Mudou Tudo: O
Avivamento na China
A
história que mais marcou a vida de Jônatas Goforth aconteceu em 1908, quando
ele vivenciou um avivamento extraordinário na província de Manchúria. Após anos
de oração fervorosa, Goforth começou a ver sinais de que Deus estava se movendo
de maneira poderosa. Durante uma de suas campanhas evangelísticas, ele começou
a pregar sobre arrependimento e a obra do Espírito Santo.
De
maneira inesperada, a resposta do povo foi esmagadora. Pessoas começaram a
confessar publicamente seus pecados, pedindo perdão a Deus. O Espírito Santo
moveu-se de maneira tão forte que as reuniões, que começaram com apenas algumas
dezenas de pessoas, rapidamente cresceram para centenas, depois milhares. Os
crentes, antes apáticos, foram renovados, e aqueles que não conheciam a Cristo
se renderam ao evangelho.
Goforth
descreveu essas reuniões como sendo inteiramente dirigidas pelo Espírito Santo.
Não havia manipulação emocional, nem pressão humana; era evidente que Deus
estava agindo de forma sobrenatural. Esse avivamento se espalhou por outras
regiões da China, levando muitos ao arrependimento e à fé em Cristo. Jônatas
Goforth foi um instrumento nas mãos de Deus, e ele sempre reconheceu que não
foi por sua habilidade ou persuasão, mas pelo Espírito Santo que esse grande
movimento ocorreu.
"Por Meu Espírito": A
Centralidade do Espírito Santo
Após
testemunhar o poder do avivamento, Goforth ficou profundamente convencido de
que todo o trabalho missionário bem-sucedido dependia da obra do Espírito Santo.
Ele adotou o lema “Por Meu Espírito”, baseado em Zacarias 4:6: “Não por força
nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”. Esse
versículo tornou-se uma força motriz em seu ministério.
Goforth
percebeu que nenhum esforço humano, por mais bem-intencionado, poderia causar
uma mudança duradoura nos corações das pessoas. Era necessário que o Espírito
Santo estivesse presente e trabalhando. Ele começou a enfatizar a importância
da oração e da completa dependência de Deus, encorajando outros missionários a
se entregarem totalmente ao poder de Deus em suas vidas e ministérios.
A Expansão do Ministério
Nos
anos seguintes, Goforth continuou a liderar campanhas evangelísticas e a ver
avivamentos acontecendo por toda a China. Ele viajou extensivamente, pregando
não apenas para os chineses, mas também para missionários e líderes cristãos em
várias partes do mundo, compartilhando as lições que aprendeu sobre o poder do
Espírito Santo. Seu ministério foi marcado por uma ênfase constante na oração, arrependimento
e renovação espiritual.
Rosalind
Goforth também teve um papel fundamental no ministério de seu marido,
registrando muitos dos eventos que testemunharam e escrevendo sobre suas
experiências na China. Seus livros, como "Goforth da China", ajudaram
a inspirar uma nova geração de missionários a seguir o exemplo de dedicação e
fé do casal Goforth.
Desafios e Perseverança
Apesar
dos grandes avivamentos que presenciaram, os Goforths também enfrentaram muitos
desafios. Eles sobreviveram à Rebelião dos Boxers em 1900, um movimento
antiocidental e anticristão na China, no qual muitas missões e igrejas foram
destruídas, e missionários foram mortos. Durante essa rebelião, o casal teve
que fugir para salvar suas vidas, enfrentando grande perigo.
Além
disso, Jônatas perdeu a visão em seus últimos anos de vida, o que o impediu de
continuar seu trabalho evangelístico da mesma maneira. No entanto, mesmo assim,
ele continuou a pregar e escrever, confiando que Deus ainda estava no controle
e que o Espírito Santo continuaria a mover-se poderosamente, independentemente
de suas limitações físicas.
Conclusão: Um Homem Movido pelo
Espírito
A
história que mais marcou a vida de Jônatas Goforth foi o avivamento em
Manchúria, que o confirmou na certeza de que o poder para transformar vidas
vinha somente do Espírito Santo. "Por Meu Espírito" não era apenas um
lema em sua vida, mas a base de todo o seu ministério. Ele viveu e trabalhou em
total dependência de Deus, e o fruto de sua fé é visto no impacto duradouro de
seu ministério na China e em todo o mundo.
Jônatas
Goforth nos deixa um legado de fé e de confiança absoluta no poder do Espírito
Santo. Seu exemplo nos desafia a viver vidas de oração e a confiar que Deus
pode realizar grandes coisas quando nos rendemos inteiramente ao Seu Espírito.
5- Daniel Berg e
Gunnar Vingren: Pioneiros do Pentecostalismo no Brasil
Daniel
Berg e Gunnar Vingren foram missionários suecos responsáveis por uma das
maiores revoluções espirituais do século XX no Brasil: a introdução e expansão
do movimento pentecostal, que deu origem à fundação das Assembleias de Deus no
país. O encontro desses dois homens e sua obediência ao chamado de Deus
transformaram para sempre a história do cristianismo no Brasil.
O Chamado Missionário
A
história que marcou profundamente a vida de Daniel Berg e Gunnar Vingren foi o
chamado missionário que ambos receberam para pregar o evangelho no Brasil,
particularmente no Norte do país, em Belém do Pará. Ambos eram imigrantes
suecos que, nos Estados Unidos, tiveram uma experiência marcante com o batismo
no Espírito Santo durante a explosão do movimento pentecostal no início do
século XX.
Gunnar
Vingren, nascido em 1879 na Suécia, e faleceu com 53 anos, era pastor batista
quando, em 1909, recebeu o batismo no Espírito Santo durante reuniões
pentecostais nos Estados Unidos. Daniel Berg, nascido em 1884, faleceu com 79
anos em 1963, também experimentou o mover do Espírito Santo e se sentiu chamado
a uma obra missionária. Os dois homens se conheceram em uma reunião de oração
em Chicago e, durante esse encontro, receberam uma direção divina clara:
deveriam ir para o Brasil.
A Viagem para o Brasil
A
decisão de ir ao Brasil não foi fácil. Daniel Berg e Gunnar Vingren enfrentaram
muitos desafios financeiros e de saúde. Contudo, eles estavam firmes na
convicção de que Deus os estava chamando para uma grande obra. Em novembro de
1910, os dois missionários partiram dos Estados Unidos para Belém do Pará, sem
saber exatamente o que encontrariam, mas confiando plenamente na direção
divina.
Ao
chegarem ao Brasil, a comunicação era difícil, pois ambos falavam apenas sueco
e inglês. No entanto, com o tempo, começaram a aprender o português, um
processo que foi facilitado pela convivência com os brasileiros. Eles
inicialmente frequentaram uma igreja batista local, onde compartilharam suas
experiências sobre o batismo no Espírito Santo.
O Avivamento Pentecostal em Belém
do Pará
O
evento mais marcante na vida desses dois missionários foi o início do
avivamento pentecostal em Belém. Gunnar Vingren e Daniel Berg começaram a
compartilhar as doutrinas pentecostais, que incluíam o batismo no Espírito
Santo com evidência de falar em línguas, conforme descrito no livro de Atos.
Esse ensino encontrou resistência em algumas partes da comunidade batista, mas
também despertou interesse em muitas pessoas.
Em
junho de 1911, alguns membros da Igreja Batista em Belém receberam o batismo no
Espírito Santo durante uma série de reuniões de oração lideradas por Berg e
Vingren. Isso resultou em um conflito dentro da igreja batista, levando à
exclusão dos missionários e de seus seguidores.
Esse
momento de ruptura, no entanto, marcou o nascimento de um novo movimento. Em 18
de junho de 1911, Daniel Berg e Gunnar Vingren, juntamente com outros crentes,
fundaram a Missão de Fé Apostólica, que mais tarde seria conhecida como
Assembleia de Deus. Esse foi o marco do início do movimento pentecostal no
Brasil, que se espalharia rapidamente por todo o país.
A Expansão do Movimento Pentecostal
O
impacto desse avivamento foi extraordinário. A mensagem do pentecostalismo —
que enfatizava o poder do Espírito Santo, os dons espirituais e a vida de
santidade — tocou profundamente os corações de muitos brasileiros. Em poucos
anos, a Missão de Fé Apostólica cresceu de forma exponencial, expandindo-se
para outras regiões do Brasil. Daniel Berg e Gunnar Vingren, com uma fé
inabalável e dedicação incansável, viajaram para várias cidades e estados,
levando a mensagem pentecostal para onde quer que fossem.
A
pregação de milagres, curas, libertações e o poder do Espírito Santo era algo
novo para muitos brasileiros, e isso trouxe uma renovação espiritual que mudou
o cenário religioso do país. Em menos de duas décadas, o movimento iniciado por
esses dois missionários suecos se espalhou por toda a nação, ganhando milhares
de convertidos.
O Legado de Daniel Berg e Gunnar
Vingren
Daniel
Berg e Gunnar Vingren deixaram um legado duradouro no Brasil. A fundação da
Assembleia de Deus não foi apenas o início de uma nova denominação, mas a
gênese de um dos maiores movimentos cristãos do país. Hoje, a Assembleia de
Deus é a maior denominação pentecostal do Brasil e uma das maiores do mundo,
com milhões de membros.
O
impacto do trabalho desses missionários transcendeu fronteiras geográficas e
denominacionais. Sua disposição em obedecer ao chamado de Deus e enfrentar os
desafios de um país estrangeiro resultou em uma colheita espiritual sem
precedentes.
Gunnar
Vingren faleceu em 1933, mas Daniel Berg continuou seu trabalho missionário até
sua morte em 1963. Eles são lembrados não apenas como pioneiros do
pentecostalismo no Brasil, mas como exemplos de fé, perseverança e dedicação ao
serviço de Deus.
Conclusão: Os Pioneiros do
Pentecostalismo no Brasil
A
história que mais marcou a vida de Daniel Berg e Gunnar Vingren foi sua
obediência ao chamado missionário de pregar o evangelho no Brasil. Sem saber
exatamente o que enfrentariam, esses dois homens confiaram plenamente em Deus e
deram início a um dos maiores movimentos religiosos da história do Brasil.
Sua
jornada de fé e coragem continua a inspirar milhões de cristãos até hoje, e o
impacto de seu trabalho missionário ainda é sentido em todo o mundo. Daniel
Berg e Gunnar Vingren são, sem dúvida, nomes indeléveis na história do
cristianismo mundial, homens que trouxeram uma mensagem de avivamento e
transformaram a espiritualidade de uma nação.
6- Paulo Leivas
Macalão: O Pioneiro da Música Pentecostal no Brasil
Paulo
Leivas Macalão (1903–1982, faleceu com 73 anos) é uma figura central na
história do pentecostalismo no Brasil. Conhecido como o fundador do Ministério
de Madureira da Assembleia de Deus, ele também se destacou como um dos maiores
compositores de hinos pentecostais, sendo o principal responsável pela criação
da Harpa Cristã, o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil. Sua vida
foi marcada por um profundo compromisso com o evangelho e pelo desejo de
promover a adoração a Deus por meio da música.
Um Chamado para a Evangelização
Paulo
Leivas Macalão nasceu em 1903, em uma família com fortes raízes no Exército Brasileiro.
Seu pai, general da brigada João Batista Macalão, nutria o sonho de que seu
filho seguisse carreira militar. No entanto, Paulo tinha outros planos, já que
sentia o chamado de Deus para servir ao evangelho de Cristo.
O
encontro decisivo com o pentecostalismo aconteceu em 1924, quando foi batizado
no Espírito Santo e começou a participar dos cultos pentecostais realizados na
Assembleia de Deus do Rio de Janeiro, fundada por missionários suecos como
Daniel Berg e Gunnar Vingren. Esse encontro com o movimento pentecostal mudou
radicalmente o rumo de sua vida.
A Expansão do Ministério e o
Avivamento
A
história mais marcante da vida de Paulo Leivas Macalão foi sua fundação e
liderança do Ministério de Madureira, que se tornaria uma das maiores divisões
da Assembleia de Deus no Brasil. Em 1930, após sentir o chamado para expandir a
obra de evangelização, ele fundou a Assembleia de Deus em Madureira, bairro do
Rio de Janeiro, que se tornaria o centro de um grande movimento de crescimento
da igreja pentecostal no país.
Sob
sua liderança, o Ministério de Madureira cresceu significativamente, enviando
missionários para várias partes do Brasil e até para o exterior. Macalão tinha
uma visão de crescimento e unidade, e ele dedicou sua vida a expandir o
movimento pentecostal por meio da pregação e do ensino bíblico.
A Música como Ferramenta de
Adoração
Além
de sua atuação como pastor e líder, um dos legados mais duradouros de Paulo
Leivas Macalão foi sua contribuição à música sacra no Brasil. Ele compreendia o
poder que a música tinha para tocar os corações das pessoas e conectar a igreja
com Deus. Foi por meio dessa convicção que ele se dedicou à tradução,
composição e organização de hinos que se tornaram o pilar do culto pentecostal
no Brasil.
Em
1932, a Assembleia de Deus do Brasil oficializou a Harpa Cristã, um hinário que
se tornaria um ícone entre os evangélicos pentecostais. Embora o hinário já
tivesse começado a ser elaborado anteriormente, foi Paulo Leivas Macalão quem
tomou a iniciativa de ampliar e enriquecer a coletânea com novas composições e
traduções. Ele compôs mais de 100 hinos, muitos dos quais se tornaram hinos
clássicos, entoados até hoje nas igrejas pentecostais.
Hinos
como "Ao Passar o Jordão", "A Alma Abatida" e "O
Grande Dia" refletem sua profunda experiência espiritual e revelam seu
talento não apenas como músico, mas como alguém que compreendia o papel central
da adoração no culto cristão. A Harpa Cristã passou a ser o símbolo da adoração
pentecostal no Brasil, e sua influência sobre a cultura musical evangélica é
incalculável.
O Pastor, O Líder, O Compositor
Paulo
Leivas Macalão era um homem multifacetado. Como pastor, ele era conhecido por
sua forte liderança e pela maneira como orientava seu ministério com base nos
princípios bíblicos. Sua abordagem equilibrada e firme contribuiu para o
crescimento exponencial do Ministério de Madureira, que se espalhou por várias
partes do Brasil.
Como
líder, ele era um visionário, sempre focado na expansão do evangelho. Sob sua
liderança, foram criados vários novos campos e igrejas, consolidando o
pentecostalismo como um movimento influente no Brasil. Ele também era um
defensor fervoroso da unidade entre os crentes, acreditando que o movimento
pentecostal poderia transformar vidas ao se manter fiel aos ensinos do Novo
Testamento e à prática da vida cheia do Espírito Santo.
Por
outro lado, como compositor e amante da música sacra, ele não apenas contribuiu
com a criação de hinos, mas transformou a adoração nas Assembleias de Deus. A
Harpa Cristã, por ele ampliada, ainda é um dos hinários mais usados e
respeitados entre os evangélicos no Brasil, especialmente nas igrejas
pentecostais, marcando gerações com sua mensagem profunda e melodias
cativantes.
O Legado de Paulo Leivas Macalão
Paulo
Leivas Macalão faleceu em 1982, deixando um legado imenso tanto no aspecto
espiritual quanto no cultural do pentecostalismo brasileiro. Ele é lembrado
como um pioneiro da música evangélica e um dos maiores responsáveis pela
consolidação da Assembleia de Deus no Brasil. Seu impacto na igreja e na vida
de milhões de cristãos ainda é sentido até hoje.
Sua
vida foi um testemunho de como Deus pode usar uma pessoa dedicada para
influenciar uma nação inteira. Através de sua liderança pastoral e suas
contribuições musicais, Paulo Leivas Macalão desempenhou um papel crucial na
construção do pentecostalismo no Brasil. Suas composições continuam a ser
cantadas em todo o país, e seu nome é lembrado com reverência por aqueles que
seguem os caminhos abertos por sua fidelidade ao chamado de Deus.
Conclusão: O Pioneiro da Música
Pentecostal
A
história mais marcante da vida de Paulo Leivas Macalão foi sua dedicação em
unir a pregação do evangelho com o poder da adoração através da música. O
pastor Paulo Leivas Macalão adaptou e traduziu 246 hinos da Harpa Cristã. Ele
acreditava que a adoração era uma maneira poderosa de se conectar com Deus, e
suas composições refletiam essa convicção. O impacto de sua vida e ministério
ainda reverbera nas Assembleias de Deus e em muitas outras denominações que
foram tocadas por sua visão.
Paulo
Leivas Macalão não apenas moldou a maneira como os evangélicos pentecostais
adoram, mas também pavimentou o caminho para uma geração de crentes que buscam
viver uma vida cheia do Espírito Santo. Sua vida é um testemunho duradouro do
poder transformador da fé e da música no culto a Deus.
7- Billy Graham: O
Evangelista que Levou o Evangelho ao Mundo
Billy
Graham (1918–2018), que faleceu aos 100 anos, foi um dos homens mais longevos
mencionados nesta coleção de homens de fé, é amplamente reconhecido como um dos
evangelistas mais influentes do século XX. Sua vida e ministério são um
testemunho do impacto que uma pessoa, totalmente comprometida com o evangelho,
pode ter no mundo. Pregando para milhões de pessoas em dezenas de países,
Graham ficou conhecido por sua mensagem clara de salvação em Jesus Cristo e por
seu caráter íntegro, que marcou gerações de crentes ao redor do globo.
O Chamado de Billy Graham
A
história mais marcante na vida de Billy Graham foi o seu chamado para pregar o
evangelho. Nascido em uma fazenda na Carolina do Norte, Estados Unidos, ele
teve uma criação tradicional, mas foi só durante uma série de reuniões
evangelísticas, conduzidas pelo evangelista Mordecai Ham em 1934, que Graham se
entregou verdadeiramente a Cristo. Aos 16 anos, ele teve uma experiência de
conversão que o impactou profundamente, levando-o a buscar a vontade de Deus
para sua vida.
Graham
passou a frequentar uma escola bíblica e, mais tarde, estudou no Wheaton
College, onde aprofundou seu entendimento da teologia e sentiu o peso do
chamado para o ministério. Seu compromisso inabalável com a pregação do
evangelho levou-o a se dedicar integralmente à evangelização, e, em 1947, ele
já estava realizando grandes cruzadas evangelísticas, que se tornariam o traço
distintivo de seu ministério.
As Grandes Cruzadas e o Impacto
Mundial
O
evento que mais marcou a vida de Billy Graham e o colocou no cenário mundial
foi a cruzada que realizou em Los Angeles em 1949. Na época, Graham era
relativamente desconhecido, mas uma combinação de apoio da imprensa e um forte
mover espiritual transformou aquela série de pregações em um marco na
evangelização moderna. As reuniões, que inicialmente estavam programadas para
durar três semanas, se estenderam por mais de oito semanas, atraindo milhares
de pessoas todos os dias. A partir daí, o nome de Billy Graham ficou conhecido
nacionalmente e internacionalmente.
O
que se seguiu foi uma carreira evangelística sem precedentes. Graham viajou por
mais de 185 países, pregando para multidões que somam mais de 215 milhões de
pessoas. Uma de suas características mais notáveis era a simplicidade e a
clareza com que pregava o evangelho. Seu apelo era direto: arrependimento, fé
em Jesus Cristo e uma nova vida em Cristo. Ele evitava controvérsias teológicas
complexas e focava na mensagem essencial da salvação.
Uma
de suas cruzadas mais emblemáticas foi a realizada no Hyde Park, em Londres, em
1954, que reuniu mais de 120 mil pessoas. Outra cruzada memorável foi em Seul,
na Coreia do Sul, em 1973, onde mais de um milhão de pessoas estiveram
presentes no último dia do evento. Essas cruzadas não apenas trouxeram muitos à
fé, mas também ajudaram a unificar cristãos de diferentes denominações e a
fortalecer igrejas locais.
Inovação na Evangelização: Rádio,
Televisão e Mídia
Outro
aspecto marcante na vida de Billy Graham foi sua capacidade de utilizar os
meios de comunicação de massa para difundir o evangelho. Ele foi um dos
primeiros evangelistas a reconhecer o potencial do rádio e da televisão. Em
1950, fundou a Billy Graham Evangelistic Association (BGEA), que produziu
programas de rádio e, posteriormente, transmissões televisivas de suas
cruzadas. Esses programas levavam a mensagem de Billy Graham para milhões de
lares ao redor do mundo, tornando-o uma figura familiar mesmo para aqueles que
nunca haviam comparecido a uma de suas cruzadas.
O
uso da televisão foi particularmente eficaz, alcançando pessoas que não
frequentavam igrejas ou que viviam em áreas onde não havia fácil acesso a
eventos evangelísticos. As transmissões de suas cruzadas, junto com a
distribuição de literatura cristã e, mais tarde, o uso da internet, mostraram
sua habilidade em adaptar métodos sem comprometer a mensagem.
Relacionamento com Líderes Globais
Além
de sua pregação ao público em geral, Billy Graham também teve uma influência
significativa entre líderes mundiais. Ele foi conselheiro espiritual de vários
presidentes dos Estados Unidos, começando com Harry Truman e continuando com
Dwight D. Eisenhower, John F. Kennedy, Lyndon Johnson, Richard Nixon e muitos
outros até Barack Obama. No entanto, ele nunca quis se envolver diretamente com
política partidária, afirmando que seu objetivo era pregar Cristo, e não
promover ideologias políticas.
Graham
também se encontrou com líderes globais, incluindo a rainha Elizabeth II,
líderes comunistas como Nikita Khrushchev e Mikhail Gorbachev, e até o papa
João Paulo II. Sua capacidade de cruzar fronteiras políticas e religiosas,
enquanto mantinha sua fidelidade ao evangelho, foi uma característica que o
diferenciou de muitos de seus contemporâneos.
O Caráter e a Integridade
Uma
das chaves para o sucesso e o impacto duradouro de Billy Graham foi sua
integridade. Em um período em que muitos líderes religiosos se envolviam em
escândalos financeiros ou sexuais, Graham tomou medidas para garantir que sua
vida fosse irrepreensível. Ele e sua equipe implementaram o que ficou conhecido
como "Modesto Manifesto", que incluía regras para evitar situações de
comprometimento, como nunca estar sozinho com uma mulher que não fosse sua
esposa e ser completamente transparente em questões financeiras.
Essa
ênfase na integridade pessoal e na responsabilidade ajudou a manter a reputação
de Graham intacta ao longo de décadas de ministério público, fazendo com que
ele fosse respeitado até por aqueles que discordavam de sua fé ou de sua
abordagem evangelística.
O Legado de Billy Graham
Billy
Graham faleceu em 21 de fevereiro de 2018, aos 99 anos, mas seu legado continua
vivo. Ele é lembrado não apenas por sua capacidade de pregar para milhões de
pessoas, mas também por seu compromisso inabalável com a simplicidade do
evangelho. A Billy Graham Evangelistic Association continua a operar, e suas
cruzadas ainda são vistas por meio de transmissões e gravações.
Seu
impacto também é visto nas vidas de muitos que foram inspirados por seu exemplo
e seguiram carreiras no ministério ou na evangelização. Seu filho, Franklin
Graham, continua o trabalho de seu pai, enquanto outras organizações cristãs
globais ainda seguem os princípios que Billy Graham estabeleceu.
Conclusão:
O
Grande Ganhador de Almas
A
história que mais marcou a vida de Billy Graham foi, sem dúvida, seu chamado
para pregar o evangelho ao mundo. Ao longo de sua vida, ele foi fiel a esse
chamado, e o impacto de seu ministério ainda é sentido em todas as partes do
globo. Como o "grande ganhador de almas", ele personificou o poder
transformador de Cristo, e seu compromisso com a verdade simples do evangelho
trouxe milhões de pessoas à fé.
Billy
Graham é uma prova de que uma vida dedicada à pregação do evangelho, com
integridade e compaixão, pode transformar o mundo. Sua influência continua a
ser sentida, e seu legado de fé e evangelismo permanece vivo nas gerações que
ele tocou.
8- David M.
Miranda: O Fundador da Igreja Deus é Amor e o Avivamento Pentecostal no Brasil
David
Martins Miranda (1936–2015, faleceu com 79 anos) é amplamente conhecido no
Brasil como o fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor, uma das maiores
denominações pentecostais do país. Sua vida e ministério foram marcados por uma
profunda ênfase na fé, na oração e no sobrenatural, com uma convicção
inabalável no poder curador de Deus. Ele deixou um legado que continua a
impactar milhões de crentes em todo o Brasil e no exterior.
O Encontro com Deus e o Chamado
para o Ministério
David
Miranda nasceu em 4 de julho de 1936, no interior de Minas Gerais. Em sua
juventude, sua família mudou-se para São Paulo, onde ele viveu grande parte de
sua vida. Embora criado em uma família humilde, foi durante a década de 1950
que sua vida espiritual teve um reavivamento significativo. David converteu-se
ao cristianismo em uma igreja pentecostal e, logo após sua conversão, começou a
sentir um forte chamado para o ministério.
O
evento mais marcante em sua vida ocorreu em 1962, quando ele afirmou ter
recebido uma visão de Deus. Nessa visão, o Senhor o instruiu a fundar uma
igreja que enfatizasse o poder do Espírito Santo, a cura divina e a pregação
simples e direta do evangelho. Essa experiência transformadora levou ao nascimento
da Igreja Pentecostal Deus é Amor.
O Nascimento da Igreja Pentecostal
Deus é Amor
Em
3 de junho de 1962, David Miranda fundou a Igreja Pentecostal Deus é Amor em
São Paulo, com uma pequena congregação e recursos limitados. Desde o início, a
igreja foi marcada por sua forte ênfase em milagres, cura divina e libertação
espiritual. David Miranda acreditava que a oração e a fé eram os meios pelos
quais Deus operava grandes milagres, e isso tornou-se o núcleo da identidade da
igreja.
A
Igreja Deus é Amor começou a crescer rapidamente, atraindo pessoas de todos os
lugares que vinham em busca de cura física e libertação espiritual. Milagres e
testemunhos de curas foram amplamente divulgados, aumentando a reputação da
igreja como um lugar onde o poder de Deus se manifestava de forma tangível.
O Crescimento e a Expansão
O
ministério de David Miranda se destacou pela sua perseverança e dedicação. Ao
longo das décadas, a igreja cresceu de forma impressionante. Miranda utilizava
rádios e, posteriormente, programas de televisão para alcançar milhões de
pessoas em todo o Brasil e na América Latina. O programa de rádio da Igreja
Deus é Amor, transmitido em várias estações, era uma das principais ferramentas
de evangelização, levando a mensagem pentecostal e de avivamento para os lares
de milhões de brasileiros.
Sob
a liderança de David Miranda, a Igreja Deus é Amor expandiu-se para outros
países, incluindo várias nações da América do Sul, América Central, Europa e
até mesmo África e Ásia. A igreja chegou a contar com mais de 11 mil templos
espalhados pelo mundo. Seu templo central, o "Templo da Glória de
Deus", localizado em São Paulo, é um dos maiores espaços de culto
pentecostais do mundo, com capacidade para mais de 60 mil pessoas.
A Fé em Milagres e a Cura Divina
A
crença de David Miranda na cura divina era central para seu ministério. Ele
pregava que, através da fé e da oração, qualquer pessoa poderia ser curada de
doenças físicas e espirituais. Muitas pessoas testemunharam sobre curas
milagrosas, libertação de vícios e restauração de vidas, o que impulsionou o
crescimento da igreja.
Sua
pregação não envolvia apenas a teologia pentecostal tradicional, mas também um
forte componente de espiritualidade prática. Ele incentivava os crentes a
buscarem uma vida de santidade, oração intensa e jejum, como formas de manter
uma conexão íntima com Deus e de experimentar o poder do Espírito Santo em suas
vidas.
O Legado de David Miranda
David
Miranda faleceu em 21 de fevereiro de 2015, mas seu legado continua vivo
através da Igreja Pentecostal Deus é Amor, que permanece uma das maiores
igrejas pentecostais do Brasil. Sua filha, Débora Miranda, assumiu a liderança
da igreja após sua morte, dando continuidade ao trabalho iniciado por seu pai.
A
contribuição de David Miranda para o pentecostalismo no Brasil é inegável. Ele
foi um dos líderes que ajudaram a moldar o movimento pentecostal no país,
levando o evangelho de forma simples, mas com uma forte ênfase na manifestação
do sobrenatural e no poder de Deus para curar e transformar vidas.
Conclusão: O Evangelista da Cura e
do Poder de Deus
A
história mais marcante na vida de David Miranda foi sua visão e o chamado para
fundar a Igreja Pentecostal Deus é Amor. Essa experiência de encontro com Deus
moldou sua vida e ministério, resultando em décadas de pregação sobre fé,
milagres e a importância da santidade. David Miranda é lembrado como um homem
de fé inabalável, cuja ênfase no poder do Espírito Santo para curar e libertar
tocou milhões de vidas em todo o mundo.
Seu
impacto na história do cristianismo pentecostal no Brasil ainda é sentido nas
igrejas que ele fundou, nos programas de rádio que continuam a ser transmitidos
e nas muitas vidas que foram transformadas através de seu ministério.
Artigo N-1 João Hus: 1369 – 1415 João Gutenberg: 1400 – 1468 Jerônimo Savonarola: 1452 – 1498 Martinho Lutero: 1483 – 1546 Ulrich Zuínglio: 1484 – 1531 João Calvino: 1509 – 1564 João Bunyan: 1628 – 1688 Johann Sebastian Bach: 1685 – 1750 Jonathan Edwards: 1703 – 1758 João Wesley: 1703 – 1791 Marie Durand: 1711 – 1776 George Whitefield: 1714 – 1770.
Artigo N-2 David Brainerd: 1718 – 1747 William Carey: 1761 – 1834 Christmas Evans: 1766 – 1838 (conhecido como o "João Bunyan de Gales") Henry Martyn: 1781 – 1812 Adoniram Judson: 1788 – 1850 Charles Finney: 1792 – 1875 George Müller: 1805 – 1898 David Livingstone: 1813 – 1873 João Paton: 1824 – 1907 Hudson Taylor: 1832 – 1905.
Artigo N-3 Charles Spurgeon: 1834 – 1892 Pastor Hsi (Hsi Shengmo): 1836 – 1896 Dwight Lyman Moody: 1837 – 1899 Jônatas Goforth: 1859 – 1936 Daniel Berg: 1884 – 1963 Gunnar Vingren: 1879 – 1933 Paulo Leivas Macalão: 1903 – 1982 Billy Graham: 1918 – 2018 David M. Miranda: 1936 – 2015.