MATÉRIAS QUE FORAM FEITAS A BÍBLIA

Matérias que foram feitas a bíblia


A Bíblia, desde o seu início, registra os feitos de Deus e adverte sobre o juízo que virá sobre a Terra. Flávio Josefo, em suas obras, menciona brevemente a linhagem de Adão, focando especialmente em um dos filhos, chamado Sete. Criado ao lado de seu pai, Sete foi um homem virtuoso e deixou descendentes que seguiram seus passos, vivendo em harmonia na Terra. Ele é creditado como o precursor da ciência dos astros, pois seus filhos foram instruídos por Adão sobre a iminência de um dilúvio e incêndio que destruiria o mundo. Por precaução, eles erigiram duas colunas, uma de tijolos e outra de pedras, nas quais gravaram seu conhecimento. Se uma fosse destruída, a outra permaneceria para preservar suas descobertas. Essa precaução foi eficaz, e acredita-se que a coluna de pedras ainda exista na Síria até os dias atuais.

Rocha: Muitos registros históricos importantes, tanto no Egito quanto na Babilônia, foram gravados em rochas. Um exemplo notável é quando Deus entregou os Dez Mandamentos a Moisés em tábuas de pedra (Êxodo 31.18), e também quando, após falar com Moisés no monte Sinai, deu-lhe as duas tábuas do Testemunho, feitas de pedra e escritas pelo próprio dedo de Deus (Êxodo 34.1,28). Outros exemplos incluem a Pedra Moabita, datada de aproximadamente 850 a.C., e a Inscrição de Siloé, descoberta no túnel de Ezequias próximo ao Tanque de Siloé, datada por volta de 700 a.C.

Cerâmica: Na Assíria e na Babilônia, o principal material de escrita era a cerâmica, moldada em pequenos tabletes e gravada com símbolos em forma de cunha conhecidos como escrita cuneiforme. Esses tabletes eram então cozidos em fornos ou secos ao sol. Milhares desses tabletes foram descobertos pelas escavações dos arqueólogos.

As tábuas de madeira foram amplamente utilizadas pelos antigos como meio de escrita. Durante muitos séculos, a madeira serviu como uma superfície comum para escrever entre os gregos. Alguns estudiosos acreditam que esse tipo de material de escrita é mencionado em Isaías 30.8 (ARC): "Vai, pois, agora, escreve isso em uma tábua perante eles e aponta-o em um livro; para que fique registrado para o futuro, para sempre e perpetuamente", e Habacuque 2.2 (ARC): "Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a clara em tábuas, para que o possa ler aquele que passa correndo".

Couro: O Talmude judaico especificava que as Escrituras deveriam ser copiadas em peles de animais, ou seja, em couro. É altamente provável, portanto, que o Antigo Testamento tenha sido escrito em couro. Os escribas preparavam rolos costurando juntas as peles, que variavam de alguns metros a até 30 metros, perpendicularmente ao rolo. Esses rolos, com alturas entre 26 e 70 centímetros, eram então enrolados em um ou dois pedaços de pau.

Papiro: É altamente provável que o Novo Testamento tenha sido escrito em papiro, já que este era o material de escrita mais comum na época. O papiro era produzido cortando-se tiras finas da planta de papiro, que eram embebidas em vários banhos de água e sobrepostas umas às outras para formar folhas. Após a sobreposição, as folhas eram prensadas para aderirem umas às outras. As folhas variavam de 15 a 38 centímetros de altura e 8 a 23 centímetros de largura. Os rolos, de qualquer comprimento, eram feitos juntando as folhas, sendo que geralmente tinham cerca de 10 metros de comprimento.

Velino ou Pergaminho

O uso predominante do velino ou pergaminho teve início com os esforços do rei Eumenes II de Pérgamo (197-158 a.C). Ele procurava expandir sua biblioteca, mas o rei do Egito interrompeu o fornecimento de papiro, levando Eumenes a buscar uma alternativa para o tratamento de peles. O resultado foi o desenvolvimento do velino ou pergaminho. Embora os termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, o velino era originalmente preparado com a pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era feito com pele de ovelhas e cabras. Esse processo resultava em um couro de alta qualidade, especialmente tratado e preparado para receber escrita em ambos os lados. O uso desse material remonta a centenas de anos antes de Cristo e, por volta do século IV a.C., ele começou a substituir o papiro. A maioria dos manuscritos conhecidos é feita de velino.

Esta forma de manuscrito. Havia dois formatos

Durante a antiguidade, os manuscritos eram produzidos em dois formatos distintos: códice e rolo.

O códice era um formato de livro feito de pergaminho, caracterizado por folhas que mediam cerca de 65 cm de altura por 55 cm de largura. Esse formato começou a ser amplamente utilizado a partir do século II d.C.

 Por outro lado, o rolo podia ser feito de papiro ou pergaminho e era preso em dois cabos de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. O rolo era enrolado da direita para a esquerda, e sua extensão variava dependendo da quantidade de escrita contida nele.

Instrumentos de escrita

Os instrumentos de escrita desempenharam um papel crucial na produção de registros escritos nos materiais mencionados anteriormente. Um desses instrumentos era o estilo, que consistia em um pontalete triangular com cabeçote chanfrado, utilizado para escrever. Esse instrumento era especialmente empregado para fazer entalhes em tabuinhas de barro ou de cera, e às vezes era referido como "pena" pelos escritores bíblicos. Por exemplo, em Jeremias 17.1, é mencionado: "O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração e nos ângulos dos seus altares" (ARC).

Cinzel

O cinzel era um instrumento utilizado para fazer inscrições em pedra, como registrado em Josué 8.31,32 na Bíblia: "como Moisés, servo do SENHOR, ordenou aos filhos de Israel, conforme o que está escrito no livro da Lei de Moisés, a saber, um altar de pedras inteiras sobre o qual se não movera ferro; e ofereceram sobre ele holocaustos ao SENHOR e sacrificaram sacrifícios pacíficos. Também escreveu ali em pedras uma cópia da lei de Moisés, que já tinha escrito diante dos filhos de Israel" (ARC). Jó se refere ao cinzel chamando-o de "pena de ferro" (19.24), indicando que era com esse instrumento que se poderiam fazer gravações na rocha.

Pena

A pena era um instrumento comumente utilizado para escrever em papiro, pergaminho, velino e couro (3Jo 13 "ARC"): "Tinha muito que escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena". Todos esses instrumentos eram empregados pelos escribas para suas tarefas de escritura.

Jeremias menciona um canivete que foi usado para destruir um rolo: "E sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, cortou-o o rei com um canivete de escrivão e lançou-o ao fogo que havia no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro" (Jr 36.23 "ARC"). O uso desse instrumento indica que o rolo teria sido feito de um material mais resistente do que o papiro, que poderia ser rasgado.

Tinta

A tinta era um componente essencial que acompanhava a pena e ficava armazenada em um tinteiro. Ela era utilizada para escrever em papiro, couro, pergaminho ou velino, sendo esses os materiais e instrumentos disponíveis para os escritores da Bíblia. A composição da tinta utilizada pelos escribas consistia em uma mistura de carvão em pó com uma substância líquida semelhante a goma arábica. Isso pode ser observado em Ezequiel 9.2 "ARC": "E eis que vinham seis homens a caminho da porta alta, que olha para o norte, cada um com as suas armas destruidoras na mão, e entre eles, um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cinta; e entraram e se puseram junto ao altar de bronze". Outras referências que indicam o uso da tinta incluem 2 Coríntios 3.3, 2 João 12 e 3 João 13. O carvão é um elemento que se conserva admiravelmente ao longo dos séculos.

A caligrafia dos manuscritos

A caligrafia dos manuscritos da Bíblia era distinguida por dois estilos principais: Uncial e Cursivo.

O estilo Uncial consistia na escrita de letras maiúsculas, sem separação entre as palavras. (EISQUEDEUSEAMINHASALVAÇÃO). Por outro lado, o estilo Cursivo utilizava letras minúsculas, com espaçamento entre as palavras. (Então, orou Ana). 

Os manuscritos originais da Bíblia, abreviados como MS, eram rolos ou livros da antiga literatura escritos à mão. A preservação e transmissão do texto bíblico foram realizadas por meio desses manuscritos, abreviados como MSS ou MSs.

A escrita dos manuscritos era realizada de acordo com regras rigorosas, demonstrando o quão sagradas as escrituras eram consideradas pelos judeus.

Aqui estão alguns exemplos das regras rigorosas seguidas pelos escribas ao copiar os manuscritos:

1) Quando o pergaminho se tornava caro, os escribas às vezes raspavam a escrita dos manuscritos para poder reutilizá-los, criando assim um "palimpsesto" ou um manuscrito reescrito.

2) O pergaminho deveria ser feito de pele de animais considerados cerimonialmente limpos, e as peles eram costuradas umas às outras com cordões feitos de animais igualmente limpos, um trabalho que só podia ser realizado por um judeu.

3) Cada coluna do manuscrito não podia ter mais de 60 linhas e não menos de 48.

4) A tinta usada, feita de acordo com uma fórmula especial, era sempre preta.

5) O escriba deveria copiar diretamente de um manuscrito autêntico e nunca de memória.

6) Antes de escrever a palavra "Deus", o escriba tinha que limpar sua pena com reverência, e era absolutamente necessário que todo o corpo fosse banhado antes de escrever a palavra "Jeová".

7) Existiam regras estritas para a forma das letras, o espaçamento entre elas, a cor do pergaminho, o uso da pena, entre outros aspectos.

8) O rolo do manuscrito precisava ser revisado dentro de 30 dias após sua conclusão, caso contrário, seria considerado sem valor. Um erro em uma folha condenava apenas essa folha; três erros em uma folha condenavam todo o manuscrito; e três palavras escritas fora da linha resultavam na rejeição completa do manuscrito.

9) Cada palavra e cada letra eram contadas, e qualquer falta ou excesso de letras, ou mesmo se uma letra tocasse na outra, resultaria na condenação e queima do manuscrito. Havia muitas outras regras além dessas, embora não houvesse sinais de pontuação, o que discutiremos mais adiante.

Durante a época de Noé, por volta de 3.500-2.700 a.C., a Bíblia era escrita em pictográficos, desenhados em tábuas de barro.

Tamanho e o formato das letras

O tamanho e o formato das letras também fornecem evidências para determinar a data de um manuscrito. O formato mais antigo das letras hebraicas se assemelhava ao formato de garfo das letras fenícias, prevalecendo até a época de Neemias (por volta de 444 a.C). Posteriormente, a escrita aramaica começou a ser usada, pois se tornou a língua falada em Israel durante o século V a.C. A partir do ano 2000 a.C., o Antigo Testamento era copiado em letras quadradas, no estilo aramaico. A descoberta dos Rolos do Mar Morto em Qumran, em 1947 d.C., contribuiu significativamente para o estudo da paleografia hebraica, revelando a existência de três tipos diferentes de texto, além de diferenças de grafia, regras gramaticais e, em certa medida, vocabulário em comparação com o texto massorético.

 Os manuscritos gregos do período do Novo Testamento geralmente eram produzidos em dois estilos: literário e não-literário. Durante os primeiros três séculos, o Novo Testamento provavelmente circulava fora dos canais regulares do comércio de livros, devido ao caráter político do cristianismo. Durante esse período de formação da igreja e do cânon do Novo Testamento, várias tradições orais e escritas refletiam as idiossincrasias dos intérpretes e as tendências da época, criadas pelos escribas. Somente a partir do século IV é que foram feitos esforços sérios para revisar os manuscritos.

O estilo das letras

O estilo das letras usadas nessas revisões e nos manuscritos primitivos é chamado de uncial (maiúsculo). As letras eram copiadas separadamente, sem espaço entre palavras e frases. Esse processo lento de copiar um manuscrito foi utilizado até o século X. Por volta dessa época, a demanda por manuscritos era tão alta que um estilo de escrita mais rápido foi desenvolvido. Esse estilo cursivo utilizava letras menores, ligadas entre si com espaços entre as palavras e as frases. Esses manuscritos foram chamados de minúsculos, estilo que se tornou dominante na era de ouro da cópia manuscrita, do século XI ao XV.

A Bíblia Hebraica

A Bíblia Hebraica é composta por 24 livros, organizados em três seções principais: Lei (Torah), Profetas (Nebiim) e Escritos (Ketubim). Essas divisões já são mencionadas em Lucas 24.44, onde Jesus fala sobre a necessidade de cumprir o que foi escrito sobre ele na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos, embora a terceira seção seja aqui referida como "Salmos". A Torah consiste nos cinco livros de Moisés. Os Profetas são subdivididos em profetas anteriores, como Josué, Juízes, Samuel e Reis, e profetas posteriores, como Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze Profetas Menores. Os Escritos incluem Salmos, Provérbios, Jó, os Megilot (Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester), Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas.

Esses 24 livros correspondem aos 39 livros encontrados nas edições protestantes da Bíblia. A diferença numérica decorre da contagem separada dos doze Profetas Menores e da subdivisão de alguns livros, como os dois livros de Samuel, Reis, Crônicas e Esdras-Neemias.

No Antigo Testamento, os 39 livros são agrupados em quatro categorias principais de acordo com seus temas: LEI, HISTÓRIA, POESIA e PROFECIA. O grupo de Poesia também é conhecido como Devocional.

A divisão dos livros do Antigo Testamento segue uma organização específica em quatro grupos principais:

a. LEI (TORÁ) - Compreende os cinco livros de Gênesis a Deuteronômio, também conhecidos como Pentateuco. Esses livros tratam da origem de todas as coisas, da Lei e do estabelecimento da nação israelita. A Torah é dividida em cinco rolos de tamanho quase igual para facilitar sua manuseabilidade, originando o nome Pentateuco. Os cinco livros são Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

b. HISTÓRIA - Constituída por 12 livros, de Josué a Ester, que narram a história de Israel em diferentes períodos: a teocracia sob os juízes, a monarquia com Saul, Davi e Salomão, a divisão do reino e o cativeiro, e o período pós-cativeiro com Zorobabel, Esdras e Neemias, em conjunto com os profetas contemporâneos.

c. POESIA - Composta por 5 livros, de Jó a Cantares de Salomão, conhecidos como poéticos devido ao gênero do seu conteúdo. São também chamados devocionais.

d. PROFECIA - Contém 17 livros, de Isaías a Malaquias, subdivididos em Profetas Maiores (Isaías a Daniel) e Profetas Menores (Oséias a Malaquias). Essa divisão não se refere ao mérito ou notoriedade dos profetas, mas sim ao tamanho dos livros e à extensão do respectivo ministério profético.

Essa classificação dos livros do Antigo Testamento por assunto segue a versão Septuaginta, através da Vulgata, e não segue a ordem cronológica dos eventos, o que pode causar confusão para os leitores menos familiarizados, especialmente ao tentar agrupar os assuntos cronologicamente. Na Bíblia hebraica, a ordem dos livros é diferente.

A divisão dos livros do Novo Testamento

A divisão dos livros do Novo Testamento segue uma organização em quatro grupos principais, de acordo com o assunto:

a. BIOGRAFIA - Compreende os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Esses livros descrevem a vida terrena de Jesus Cristo e seu glorioso ministério. Os três primeiros são chamados Sinópticos devido ao paralelismo entre eles. Os Evangelhos são considerados os livros mais importantes da Bíblia, pois todos os que os precedem tratam da preparação para a manifestação de Jesus Cristo, enquanto os que seguem explicam sua doutrina.

b. HISTÓRIA - O livro de Atos dos Apóstolos registra a história da igreja primitiva, seu desenvolvimento e a propagação do Evangelho através do ministério dos apóstolos, tudo isso sob a orientação do Espírito Santo.

c. EPÍSTOLAS - Compreende as 21 cartas ou epístolas, que vão de Romanos a Judas. Essas cartas contêm a doutrina da Igreja e estão divididas da seguinte forma:

   - 9 são dirigidas a igrejas específicas (Romanos a 2 Tessalonicenses)

   - 4 são dirigidas a indivíduos específicos (1 Timóteo a Filemom)

   - 1 é dirigida aos hebreus cristãos

   - 7 são dirigidas a todos os cristãos, sem distinção (Tiago a Judas). As últimas sete também são chamadas de universais ou gerais, embora duas delas (2 e 3 João) sejam dirigidas a pessoas específicas.

d. PROFECIA - O livro de Apocalipse ou Revelação trata da volta pessoal de Jesus à Terra e dos eventos que precederão esse glorioso evento. O Apocalipse descreve a destruição do poder mundial sob o reinado da Besta, a libertação de Israel durante a Grande Tribulação, o julgamento das nações e o estabelecimento do reino milenar de Cristo. Este livro inspira o desejo pela vinda do Senhor.

Assim como no Antigo Testamento, os livros do Novo Testamento não estão dispostos em ordem cronológica, mas organizados por assunto, seguindo uma tradição estabelecida ao longo do tempo.

A introdução dos pontos nas vogais

A introdução dos pontos nas vogais ocorreu entre os séculos V e VI d.C. (entre 500 e 600 d.C.). Nesse período, os escribas começaram a utilizar a pontuação de forma mais frequente. Por volta do século VIII, além do uso do espaço entre as palavras, foram adotados o ponto final, a vírgula, o ponto e vírgula e acentos, e posteriormente, o ponto de interrogação. Esse processo gradual foi concluído por volta do século X e foi aplicado nas escrituras cursivas durante a era da cópia de manuscritos.

 Os primeiros livros do Antigo Testamento escritos com essas divisões textuais foram Lamentações e alguns trechos, como o Salmo 119. Além disso, foram criadas seções adicionais no texto, chamadas de "sedarim", antes do período do cativeiro na Babilônia.

A Bíblia Sagrada foi inicialmente dividida em capítulos no século XIII, entre 1234 e 1242 d.C., pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França. Outros atribuem a divisão em capítulos ao cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras, no ano de 1250.

Divisão em versículos

Quanto à divisão em versículos, foi realizada em duas ocasiões diferentes. No Antigo Testamento, ocorreu em 1445 d.C., pelo Rabi Nathan, enquanto no Novo Testamento, foi feita em 1551 d.C., por Robert Stevens, um impressor de Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555 d.C. O Antigo Testamento possui 929 capítulos e 23.214 versículos, enquanto o Novo Testamento tem 260 capítulos e 7.959 versículos. No total, a Bíblia possui 1.189 capítulos e 31.173 versículos. (Lembrando que nos dias atuais já não é). O número de palavras e letras varia de acordo com o idioma e a versão, mas em média são cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras. 

Até o século XVI, muitas Bíblias eram publicadas apenas com a divisão em capítulos. A primeira Bíblia a incluir integralmente a divisão em capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suíça. Os editores da Bíblia de Genebra optaram pela divisão em capítulos e versículos devido à sua grande utilidade para memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. No contexto da língua portuguesa, a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida, em 1681, já foi publicada com essa divisão.

O QUE É SALVAÇÃO

 

A Salvação em Cristo: Uma Perspectiva Profunda

A salvação em Cristo é muito mais do que uma simples liberação da condenação do inferno. É uma transformação espiritual milagrosa que afeta a alma, a vida e o caráter da pessoa que, pela fé, aceita Jesus Cristo como seu único Salvador pessoal. Esta transformação não só resulta em uma nova vida, mas também em um novo caráter íntegro. (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5). Preste atenção às declarações bíblicas sobre "ser uma nova criatura" (conversão) e "tudo se tornou novo" (nova vida, novo e íntegro caráter).

A Abrangência da Salvação

A salvação abrange todos os atos redentores e transformadores de Deus para com o ser humano e o mundo, tanto nesta vida quanto na vindoura, através de Jesus Cristo, (Rm I3.I I; Hb 7.25; 2 Co 3.18; Ef 3.19). Isso inclui a regeneração espiritual do crente, a redenção do seu corpo no futuro (Rm 8.23; I Co 15.44); e a glorificação completa do crente também no futuro, (Cl 3.4; Ef 5.27).

O Processo de Receber a Salvação

Para receber a salvação, há três passos fundamentais. Primeiro, o reconhecimento, através do evangelho, de que somos pecadores (Romanos 3.23). Segundo, a fé em Jesus como nosso Salvador pessoal (Atos 16.31). Terceiro, a confissão de Jesus como nosso Senhor e Salvador, reconhecendo-o publicamente como tal (Romanos 10.10).

Plena Consciência da Salvação

A expressão "uma tão grande salvação", mencionada em Hebreus 2.3, denota as riquezas imensuráveis, as bênçãos subseqüentes, a eternidade infinita, o alcance imensurável e a sublimidade da salvação. Se os crentes tivessem plena consciência disso, suas atitudes e perspectivas seriam profundamente transformadas.

Ter uma compreensão profunda da salvação levaria a uma vida de regozijo, motivação, entusiasmo e convicção. Além disso, aumentaria o desejo pelo céu e diminuiria a vulnerabilidade às tentações do inimigo. Infelizmente, muitos crentes não percebem a grandiosidade da salvação, tornando-se assim mais suscetíveis às ciladas do Tentador.

Portanto, é essencial que os crentes busquem uma compreensão cada vez mais profunda da salvação em Cristo, para que possam viver de acordo com a verdade e desfrutar plenamente das bênçãos e promessas que ela proporciona.

Salvação em Cristo a uma Vida Transformada

Muitos crentes enfrentam uma vida espiritualmente comprometida, negligente e sem amor devido a uma visão atrofiada da salvação em Cristo. Para uma jornada espiritual significativa, é essencial seguir os passos fundamentais de uma vida salva, que incluem a regeneração espiritual, a plenitude do Espírito Santo, a maturidade espiritual e a dedicação ao Senhor no trabalho.

A Importância do Estudo da Soteriologia

A compreensão da salvação é o alicerce da vida cristã (I Tm 2:4b) e um fator terminante para uma experiência espiritual profunda. A Palavra de Deus nos lembra a importância desse conhecimento em Hebreus 5:12-14, destacando a necessidade de buscar um entendimento mais profundo da salvação.

Bênçãos Gloriosas da Salvação

As bênçãos da salvação são vastas e incluem a experiência do batismo com o Espírito Santo, o desenvolvimento dos dons espirituais, o amadurecimento na fé e o chamado para o ministério. Portanto, é crucial priorizar o estudo da Soteriologia para compreender plenamente essas bênçãos e seu impacto na vida cristã. Em Efésios 6.17, é mencionado inicialmente o capacete da salvação e a espada do Espírito. Em Lucas 1.77, está escrito: "para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados". É importante observar que, aqui, a ênfase está no "conhecimento da salvação" em primeiro lugar, e não no "sentimento da salvação". Portanto, é necessário conhecer e continuar a conhecer a salvação.

A Primeira Epístola de João aborda esse tema - a sua mensagem para os salvos é: "nós sabemos", "nós conhecemos". Nos Salmos 46.10 e 100.3, está escrito: "Sabei", e não "Senti". E Jó, em meio a muitas lutas, proclamou: "Eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19.25). Ao compararmos Hebreus 8.10 com 10.16, podemos observar que essas passagens mostram que a lei divina deve estar em primeiro lugar na mente do crente e depois no seu coração.

Porque este é 0 concerto quer depois daqueles dias, farei com a casa de Israel diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo. Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos...

O Capacete da Salvação na Armadura Espiritual

Ao discutir a armadura espiritual, o apóstolo Paulo enfatiza o capacete da salvação como uma proteção vital para a mente do crente. Assim como o capacete protege a cabeça, o conhecimento bíblico da salvação protege contra os ataques mentais do inimigo e das influências corruptoras do mundo.

A Importância do Conhecimento da Salvação

A ênfase nas Escrituras está no conhecimento da salvação, não apenas no sentimento. Devemos buscar conhecer e prosseguir em conhecer a salvação para resistir às dúvidas e astúcias do Diabo, que sempre procurará minar nossa confiança na obra redentora de Cristo.

Fortalecendo a Mente com a Verdade de Deus

Assim como Jesus resistiu às tentações no deserto, podemos resistir às artimanhas do Diabo ao ter as leis de Deus em nossa mente e coração. A Palavra de Deus é nossa arma contra as ciladas do inimigo, capacitando-nos a permanecer firmes na verdade da salvação em Cristo.

Nossa jornada espiritual é enriquecida quando compreendemos plenamente a salvação em Cristo e aplicamos esse conhecimento em nossa vida diária, mantendo-nos firmes na verdade e resistindo às tentações do inimigo.

A Essência da Salvação em Cristo

A salvação é o completo trabalho de Jesus Cristo para reconciliar uma humanidade pecadora com um Deus santo. Envolve a redenção do homem do poder do pecado (1 Pedro 1:18-19), a libertação do cativeiro espiritual (Romanos 8:2), a remoção do pecador das trevas do pecado (Colossenses 1:13) e o retorno do exílio espiritual para a comunhão com Deus (Efésios 2:13). Em suma, é a restauração do relacionamento entre o homem e Deus.

A Natureza da Salvação

É fundamental compreender que o homem não pode realizar sua própria salvação nem contribuir para isso. Como afirmado em Efésios 2:8-9 e Tito 2:11, a salvação é um ato gracioso de Deus, não baseado em méritos humanos. O salmista reconheceu essa verdade ao proclamar: "A salvação vem do Senhor" (Salmo 3:8), enfatizando a fonte divina da salvação.

Embora a salvação seja pela graça de Deus, os salvos são chamados à prática de boas obras (Efésios 2:10). Isso reflete a transformação interior causada pela salvação, resultando em uma vida caracterizada pela piedade e serviço ao próximo.

O Novo Nascimento e a Ressurreição Espiritual

A salvação é comparada ao novo nascimento (João 3:5) e à ressurreição (Colossenses 3:1). Assim como um bebê não pode fazer nada para nascer e um morto não pode ressuscitar por si mesmo, o pecador depende inteiramente do poder de Cristo para experimentar a salvação. É Jesus Cristo quem concede vida espiritual ao pecador, ressuscitando-o dentre os mortos no pecado e fazendo-o nascer de novo.

Conclusão

Em conclusão, a salvação é um ato exclusivo e gracioso de Deus, que restaura a comunhão entre o homem e Deus mediante a fé em Jesus Cristo. O homem, por si só, é incapaz de efetuar sua própria salvação, mas pode responder à graça de Deus por meio da e da prática das boas obras, conforme guiado pelo Espírito Santo.

O QUE E PECADO

 


A palavra "pecado" na Bíblia é associada a várias outras palavras que descrevem diferentes aspectos e manifestações do pecado. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, existem diversos termos que ampliam o conceito de pecado em suas múltiplas facetas.

No Antigo Testamento

1) Hatta’t:

Este termo, encontrado 522 vezes no Antigo Testamento, sugere a ideia de "errar o alvo" ou "desviar-se do caminho", como um arqueiro que erra seu alvo ao disparar uma flecha. No entanto, também implica em errar intencionalmente o alvo proposto por Deus, indicando tanto uma disposição quanto um ato de pecado deliberado. Foi pela sua liberdade de escolha, pelo seu livre arbítrio. (Lv 16.21; SI I.I; 51.4; 103.10; Is 1. 18; Dn 9.16; Os 12.8).

2) Pesha:

Esta palavra tradicionalmente significa "transgredir", "rebelar" ou "revoltar-se", mas também pode denotar ultrapassar limites estabelecidos, indo além do permitido. O termo refere-se a alguém que ultrapassou os limites estabelecidos (Gn 31. 36; I Rs 12.19; 2 Rs 3.5; SI 51.13; 89.32; Is 1.2; Am 4.4).

3) Raa:

Essa palavra hebraica, com equivalente grego como "kakos" ou "poneros", sugere a ideia de quebrar, causar dano ou ser malicioso e planejado, provocando dor ou tristeza. Também é associada a pecados de violência. Transmite a ideia de "ser maligno" (Gn 8.21; Ex 33.4; Jr 2.11; Mq 2.1-3). Também indica algo insultuoso e moralmente errado. São os pecados expressos pela violência (Gn 3.5; 38.7; Jz 11.27). O profeta Isaías profetizou que Deus criou a luz e as trevas, a paz e o mal (Is 45.7).

4) Rama:

Significa "enganar" e implica em armar uma armadilha para fazer alguém cair, agindo de forma traiçoeira. É um método de enganar e agir de forma traiçoeira (SI 32.2; 34.13; 55.11; Jó 13.7; Is 53.9).

5) Pata:

Refere-se a seduzir ou abrir espaço para o pecado, como Adão e Eva foram seduzidos pela serpente no Éden, (Gn 3.4-7).

6) Sbagag:

Sugere o ato de extraviar-se ou errar, como uma ovelha ou um bêbado (Is 28.7), implicando em responsabilidade pelo erro cometido (Lv 4.2; Nm 15.22). 

7) Rasba:

Relacionada à falta de piedade ou à perversidade, simbolizando o pecado em contraste com a justiça. O sentido figurado é o pecado em oposição à justiça (Êx 2.13; SI 9; SI 16; Pv 15.9; Ez 18.23).

8) Ta a:

Refere-se ao ato de extravio deliberado, não sendo acidental, mas cometido sem perceber totalmente as consequências negativas, (Nm 15.22; SI 58.3; 119.21; Is 53.6; Ez 44.10,15).

Esses termos abrangem diversas nuances do pecado, desde o erro deliberado até a sedução e a transgressão dos limites estabelecidos por Deus. Cada palavra reflete uma faceta específica do pecado e sua complexidade na experiência humana. Ainda existem outras variantes do termo que abordam o pecado no Antigo Testamento, no entanto, focamos apenas em oito delas que demonstram a diversidade e a gravidade do pecado em suas diferentes manifestações.

No Novo Testamento

Na língua grega do Novo Testamento, a palavra "pecado" abrange uma variedade de significados, muitos dos quais estão correlacionados com termos hebraicos. Esses vocábulos bíblicos em grego descrevem o pecado em suas várias dimensões. Apresentaremos aqui uma lista concisa, porém esclarecedora, dos termos mais proeminentes e frequentemente utilizados para descrever o pecado no Novo Testamento.

1) Hamartia:

 Este termo, relacionado com "katta’a" no hebraico, significa "errar o alvo", "perder o rumo" ou "fracassar". No Novo Testamento, é empregado para denotar o pecado humano, indicando tanto uma falha em atingir o padrão divino quanto uma condição de culpa ou responsabilidade (Romanos 5:12; Hebreus 3:13).

2) Kakía:

Relaciona-se com a perversidade ou depravação, o oposto da virtude. Descreve o caráter e a disposição interior, indo além dos atos exteriores. Deriva-se dela a palavra "kakos", que abrange males físicos e morais (Marcos 1:32; Mateus 21:41; Romanos 12:17).

3) Adikía:

Significa injustiça ou falta de integridade, desviando-se do caminho original. Refere-se a qualquer conduta errada ou ofensa, sendo descrita como inimizade para com a verdade (2 Coríntios 12:13; Hebreus 8:12; Romanos 1:18).

4) Anomia ou anomos:

Indicam ilegalidade ou ausência de lei. Quem transgride a lei de Deus pratica a iniqüidade (Mateus 13:41; 24:12; 1 Timóteo 1:9).

5) Apistia:

Deriva de "pistis", que significa "crer" ou "confiar", e denota infidelidade, falta de fé ou resistência (Hebreus 3:12; 1 Timóteo 1:13).

6) Aseheia:

Usado por Paulo com o sentido de impiedade ou irreverência (Romanos 1:18; 2 Timóteo 2:16; Tito 2:12; Judas 15, 18).

7) Aselgeia:

Refere-se ao relaxamento, licenciosidade ou sensualidade, descrevendo uma entrega sem restrições à prática do pecado (Judas 4).

8) Epithymia:

Significa "desejo", mas frequentemente tem conotação negativa, indicando "desejo incontinente" ou "concupiscência" (Gálatas 5:24; Colossenses 3:5).

9) Parahasis:

Denota transgressão, violação ou desvio das leis estabelecidas, como exemplificado por Adão e Eva no Éden (Romanos 5:14; 1 Timóteo 2:14).

10) Paraptoma:

Refere-se a um lapso moral ou ofensa pela qual a pessoa é responsável (Mateus 6:14; Romanos 5:15-20; 2 Coríntios 5:19).

11) Planao:

Tem um sentido subjetivo de pecado, descrevendo aquele que se desgarra culposamente do caminho correto (Mateus 24:5, 6; 1 João 1:8).

Esses termos, embora abrangentes em suas definições, ajudam a compreender a complexidade e a diversidade do pecado na experiência humana, conforme retratada no Novo Testamento.


DEMONOLOGIA NA BÍBLIA

 

ESTUDO SOBRE DEMONOLOGIA

Introdução

A demonologia é uma doutrina que trata dos demônios, ou espíritos malignos, conforme descritos na Bíblia. Este estudo explora quem são os demônios, suas características e influência, com base nas escrituras sagradas.

1. Identidade e Natureza dos Demônios

Os demônios são descritos como espíritos maus que não possuem corpos físicos e podem habitar em pessoas, causando diversos efeitos, como loucura e enfermidades (Marcos 16:9; Lucas 8:2; Mateus 8:33; 12:22; Marcos 5:4-5). No Antigo Testamento, são associados a conceitos de arruinar e destruir (Levítico 17:7), enquanto no Novo Testamento, são referidos como espíritos inferiores a Deus, mas superiores aos homens (Mateus 7:22).

2. Natureza dos Demônios na Bíblia

Qualquer deidade que não seja o Deus verdadeiro é considerada um espírito maligno, oposto a Ele. O diabo, conhecido por diversos nomes, governa sobre os demônios, que são subordinados a ele. Na Bíblia, os demônios são frequentemente descritos como "espírito do mal", "espírito imundo", "espírito de enfermidade" e outros (Atos 19:12-13; Mateus 10:1; Marcos 1:23, 26; Lucas 13:11; Marcos 9:25).

3. Características e Atividades dos Demônios

Os demônios podem possuir diferentes características e manifestações, associadas a diversos pecados ou atitudes contrárias à vontade de Deus, como assassinato, suicídio, medo e mentira. Eles são seres criados, imortais, mas incapazes de restaurar seu relacionamento com Deus. Apesar de possuírem poderes, estes são limitados em comparação ao poder de Deus, e os cristãos têm autoridade sobre eles através de Jesus Cristo.

4. Possessão Demoníaca e Ação dos Demônios

Quando os demônios entram na vida das pessoas, isso é chamado de possessão demoníaca. Muitos relatos na Bíblia descrevem o trabalho de Jesus na Terra envolvendo a expulsão e cura de pessoas possuídas por demônios. Os demônios executam as ordens de Satanás e tentam induzir as pessoas à desobediência a Deus, mas os cristãos que creem no poder de Jesus estão protegidos contra o domínio demoníaco.

5. Características dos Demônios

a) Natureza Espiritual: Os demônios são descritos como espíritos imundos, manifestando-se em diversos relatos bíblicos (Mateus 17:18; Marcos 9:25; Efésios 6:12).

b) Intelecto e Moralidade: Possuem conhecimento sobre Jesus, seu destino final e o plano da salvação, mas sua doutrina é distorcida e leva à conduta imoral (Marcos 1:24; Mateus 8:29; Tiago 2:19; 1 Timóteo 4:1-2).

c) Origem e Hierarquia: São anjos rebeldes liderados por Satanás, que outrora serviam a Deus, mas foram lançados fora dos céus devido ao pecado (Mateus 12:24; João 8:44; 2 Pedro 2:4; Judas 6; Efésios 6:11-12).

6. Atividades dos Demônios

a) Serviço a Satanás: Os demônios servem a Satanás e atuam nas vidas humanas para cumprir seus esquemas e se opor a Deus (Hebreus 1:14).

b) Oposição a Deus e aos Crentes: Tentam enganar, iludir e acusar as pessoas, buscando desviá-las da salvação e atacando os crentes (Marcos 4:15, 17; Gênesis 3:1-5).

c) Atuação nas Vidas Humanas: Podem causar doenças, possuir humanos e animais, se opor ao crescimento espiritual dos filhos de Deus e disseminar doutrinas falsas (Mateus 9:33; Lucas 13:11, 16; Mateus 4:24; Marcos 5:13; Efésios 6:12; 1 Timóteo 4:1).

7. Destino Final dos Demônios

Segundo as Escrituras, Deus tomou os anjos que pecaram e os lançou no inferno, reservando-os para o juízo final (2 Pedro 2:4). Jesus ensinou sobre o fogo eterno preparado tanto para o diabo quanto para seus demônios, assim como para aqueles que rejeitam a fé (Mateus 25:41). Conforme profetizado no Apocalipse, Satanás e seus demônios serão lançados no lago de fogo, onde enfrentarão tormento eterno, juntamente com aqueles cujos nomes não estão no Livro da Vida (Apocalipse 20:10, 12-15).

Destino Temporário e Definitivo:

Alguns demônios serão temporariamente lançados no abismo, enquanto outros serão soltos durante a grande tribulação (Lucas 8:31; Apocalipse 9:11; 16:13-14).

O destino definitivo dos demônios é o lago de fogo, também conhecido como Geena (Mateus 25:41).

Observações:

Os demônios se apoderam dos corpos humanos para induzi-los ao pecado e adoração ao diabo, utilizando rituais, dor, falsas promessas e ameaças terríveis.

Os corpos humanos são desejados pelos demônios, pois representam uma nova criatura com dons do espírito maligno, imitando o poder do Espírito Santo.

8. Formas de Atuação dos Demônios

Os demônios operam de várias maneiras, incluindo como espíritos de enfermidade, espíritos sedutores e espíritos imundos, todos usados por Satanás para guerrear contra a humanidade em seu corpo, alma e espírito.

1) De Fora para Dentro:

- Tentação (carne) e Opressão (alma) são formas comuns de ataque demoníaco, como Jesus enfrentou (Mateus 4:1; Isaías 53:7).

2) De Dentro para Fora:

- Possessão envolve a habitação de demônios em uma pessoa, exercendo controle sobre ela (Lucas 8:30, 22:3).

  - Características da possessão incluem doenças físicas e mentais (Mateus 9:32-33; 17:15).

  - Nem toda doença é atribuível à possessão demoníaca (Atos 5:16); a possessão persiste até que o poder do Evangelho de Jesus Cristo intervenha.

3) Espíritos de Enfermidade:

- Afligem os corpos tanto de crentes quanto de incrédulos (Lucas 13:10-17), causando diversas aflições físicas.

4) Espíritos Sedutores:

- Seduzem o espírito humano para crer em doutrinas falsas e se condenar ao castigo eterno (1 Timóteo 4:1), muitas vezes operando por meio de sinais miraculosos enganosos (Apocalipse 16:14).

5) Espíritos Imundos:

- Afetam a alma do homem, levando-o a comportamentos imorais, pensamentos impuros e tentações (Marcos 10:1; 12:43), agindo em níveis individuais e sociais.

9. Opressão e Possessão Demoníaca:

- A opressão demoníaca envolve submissão exterior, causando depressão e inserindo pensamentos malignos na mente (Atos 10:38).

- A possessão demoníaca ocorre quando demônios habitam o corpo humano, assumindo controle total da vontade da vítima (Efésios 1:13). A responsabilidade pela possessão pode ser voluntária ou involuntária.

10. Manifestações:

- Os demônios frequentemente preferem operar ocultamente, utilizando-se de poderes sobrenaturais exibidos através de suas vítimas (Marcos 5:4-5; 9:18-20).

- Jesus frequentemente repreendia os demônios para libertar as pessoas possuídas por eles.

- A possessão demoníaca pode ser resultado de escolhas voluntárias ou contaminação espiritual involuntária, sendo influenciada pelos pecados dos pais ou ações pecaminosas do indivíduo (Êxodo 20:5; 34:7; Deuteronômio 5:9).

11. A Obsessão Demoníaca:

A obsessão demoníaca é uma condição na qual alguém se torna obcecado pelo sobrenatural, demônios e Satanás, sendo controlado por esses interesses de forma ditatorial. Essa obsessão pode levar à possessão pelos demônios.

12. Os Demônios e os Crentes:

Um verdadeiro crente não pode ser possuído por um demônio, pois o Espírito Santo não pode habitar no mesmo templo com um espírito maligno (1 Coríntios 6:19-20). No entanto, os crentes podem ser afetados pelos poderes demoníacos, lutando contra eles e sendo alvo de opressão externa.

13. Como os Demônios Obtêm Controle:

Através das Gerações: Demônios podem afetar descendentes devido à possessão ou opressão de seus pais.

Através da Mente: Satanás busca controlar os pensamentos, levando a ações pecaminosas e perda de poder da vontade.

Através das Ações Pecadoras: Pensamentos e ações pecaminosas abrem portas à atividade demoníaca, como envolvimento com o sobrenatural.

Através do Desejo: Algumas pessoas desejam poder sobrenatural e buscam a influência demoníaca.

Através de uma Casa Vazia: Demônios consideram o corpo onde habitam como sua casa, e se a pessoa não se enche do Espírito Santo, eles podem retornar.

Através de Permissão: Às vezes, Deus permite que os demônios ajam por propósitos especiais, como provação para os crentes ou juízo pelo pecado.

É essencial que os crentes estejam vigilantes contra as influências demoníacas, mantendo-se firmes na fé e buscando a proteção divina através da oração e do poder da Palavra de Deus.

14. Capacitação para Lidar com Poderes Demoníacos

Tratar com poderes demoníacos não é exclusivo de ministros profissionais. Jesus afirmou que todos os crentes teriam a habilidade de vencer tais poderes (Marcos 16:17). Ele concedeu essa capacidade aos Seus seguidores, inicialmente aos discípulos (Mateus 10:1; Marcos 6:7) e, posteriormente, a todos os crentes (Marcos 16:17; Mateus 10:8). Não há restrição bíblica para restringir esse ministério a um grupo específico. Um exemplo é o comum homem Felipe, usado por Deus para expulsar espíritos malignos em Samaria (Atos 8). Contudo, é crucial que os crentes não se precipitem em confrontos com poderes demoníacos sem preparação adequada, como visto no incidente dos filhos de Ceva (Atos 19). Além disso, os crentes não devem se concentrar excessivamente nos demônios; embora não haja um dom espiritual específico para "expulsar demônios", os crentes têm o poder de trazer libertação quando confrontados com a influência demoníaca.

15. Identificando a Presença Demoníaca

Para superar os poderes demoníacos, é crucial reconhecer sua presença e métodos. O Espírito Santo concedeu um dom espiritual específico para esse fim, chamado de "discernimento de espíritos" (1 Coríntios 12:10), que permite ao crente discernir os espíritos operando em outros. Esse dom é fundamental ao lidar com poderes demoníacos, pois ajuda a identificar imediatamente a presença de um espírito maligno em uma pessoa e impede ser enganado por espíritos mentirosos ou sedutores. A detecção da atividade demoníaca pode ser feita observando os sintomas, como a obsessão demoníaca, caracterizada por uma preocupação excessiva com demônios, Satanás ou o sobrenatural. A opressão demoníaca, por sua vez, pode ser reconhecida por sinais físicos, mentais, emocionais e espirituais, enquanto a possessão demoníaca exibe sinais mais evidentes, como a presença de um espírito imundo, força física excepcional, ataques de raiva e mudanças na personalidade e na voz. Além disso, há métodos não bíblicos usados pelos demônios para predizer o futuro ou revelar o desconhecido, como visto na mulher em Atos 16:16. Outros indícios de opressão, possessão ou obsessão incluem comportamentos obsessivos, vícios, experiências espirituais não centradas em Deus e escravidão a emoções negativas.

Esses sinais podem alertar os crentes para a presença e influência dos poderes demoníacos, capacitando-os a agir com sabedoria e discernimento na libertação daqueles afligidos por tais forças malignas.

Conclusão

A demonologia bíblica revela a natureza e as atividades dos demônios, que são espíritos malignos rebeldes contra Deus. Eles buscam desviar os seres humanos da verdade e do caminho da salvação, opondo-se aos propósitos de Deus e atacando os crentes. No entanto, os cristãos têm autoridade sobre os demônios através de Jesus Cristo e da Palavra de Deus, e podem resistir aos seus ataques por meio da fé e da oração. A demonologia na Bíblia revela a existência e a influência dos demônios, espíritos malignos que se opõem a Deus e buscam prejudicar os seres humanos. No entanto, através do poder de Jesus Cristo, os crentes têm autoridade sobre eles e podem resistir às suas investidas. O estudo das escrituras oferece entendimento sobre a natureza e a atividade dos demônios, bem como sobre a proteção divina disponível para os fiéis.

O ENSINO DE CRISTO SOBRE A ORAÇÃO

 Encontro Íntimo com Deus

imagem no estinho dezenho  Representação visual de uma pessoa dos tempo bíblico, em um ambiente tranquilo e sereno, como um jardim, uma floresta ou uma praia ao pôr do sol, ajoelhada em oração.


I. Oração Sincera e Humilde:

A Busca pelo Ensino: Os discípulos buscaram orientação sobre a oração, reconhecendo Jesus como o mestre perfeito nesse aspecto (Lucas 11:1).

O Perigo da Ostentação: Jesus alertou contra a oração motivada pela busca de reconhecimento humano, destacando a importância da sinceridade e humildade diante de Deus (Mateus 6:5-6).

A Arte de Orar em Público: Embora seja válido orar em público, Jesus instruiu sobre a necessidade de direcionar a oração para Deus, evitando a busca por elogios ou atenção dos homens (Mateus 6:5-6).

II. A Importância da Oração Privada:

O Segredo da Oração: Jesus enfatizou a necessidade de buscar o encontro íntimo com Deus em momentos de privacidade, longe dos olhares alheios (Mateus 6:6).

A Recompensa do Pai Secreto: A promessa de recompensa do Pai celestial está relacionada à sinceridade e devoção na oração em segredo, revelando a profundidade do relacionamento entre o crente e Deus (Mateus 6:6).

III. Encontro com Deus em Qualquer Lugar:

Flexibilidade na Abordagem: A orientação de Jesus não se limita a um local específico para a oração, mas enfatiza a importância de estar em sintonia com Deus, independentemente do ambiente (Mateus 6:6).

A Solitude do Coração: O cerne da mensagem de Jesus é a busca por uma conexão íntima com Deus, seja em um quarto isolado, em meio à natureza ou mesmo no meio de uma multidão, desde que o coração esteja verdadeiramente voltado para Ele (Mateus 6:6).

IIIV. Orar como um Diálogo com Deus

Quando nos dirigimos a Deus em oração, é essencial que haja um diálogo genuíno, no qual não apenas expressemos nossos anseios, mas também estejamos abertos para ouvir Sua voz. Infelizmente, muitas vezes nossas orações se assemelham mais a monólogos, nos quais falamos incessantemente, sem permitir espaço para que Deus nos fale. Esta abordagem é pouco eficaz e pode até mesmo afastar a presença de Deus, assim como evitamos interações com pessoas que monopolizam a conversa.

V. Priorizar a Escuta Divina

É fundamental entender que, ao orar, é mais importante ouvir a Deus do que ser ouvido por Ele. Afinal, o que poderíamos dizer que Ele já não sabe? Por outro lado, temos tanto a aprender, se ao menos nos dispuséssemos a ouvi-Lo. Uma maneira eficaz de fazer isso é combinar a oração com a leitura da Bíblia, permitindo que as Escrituras nos revelem a vontade de Deus. Dessa forma, o Espírito Santo nos guiará à verdade, tornando-a clara em nossas mentes.

VI. Evitar Repetições Vazias

Jesus advertiu contra as "vãs repetições" na oração, destacando que Deus conhece nossas necessidades e anseios (Mateus 6:7). Insistir repetidamente em nossas petições ou tentar persuadir a Deus com palavras vazias revela uma falta de fé e compreensão de Sua natureza amorosa e atenciosa.

VII. Oração Contínua e Perseverante

A Bíblia nos instrui a orar incessantemente, o que não significa passar o dia todo de joelhos, mas manter uma atitude de comunhão constante com Deus em todos os aspectos da vida (Efésios 6:18; 1 Tessalonicenses 5:17). A prática regular da oração cria um hábito espiritual que permeia todas as atividades diárias, levando-nos a uma vida de acordo com a vontade de Deus.

VIII. Orando de Acordo com a Vontade de Deus

O exemplo supremo de oração segundo a vontade de Deus é Jesus Cristo. Ele dedicou longos períodos à oração e ao jejum, não para satisfazer seus próprios desejos ou buscar alívio pessoal, mas para buscar a vontade do Pai. Sua vida foi uma constante expressão de comunhão e submissão à vontade divina, e Ele nos ensinou a orar sem cessar.

IX. Seguindo o Modelo de Jesus

Quando Jesus ensinou sobre a oração em Mateus 6:9-13, Ele não apenas nos forneceu uma fórmula, mas também uma ordem para nossas petições. Ele instruiu a colocar em primeiro lugar as coisas mais importantes, começando com a adoração ao nome de Deus, a vinda do Seu reino e a realização da Sua vontade. Em seguida, devemos trazer nossas próprias necessidades e preocupações diante de Deus. Este modelo nos lembra da primazia da vontade de Deus em nossas vidas e nos ajuda a manter o foco correto em nossas orações.

X. Buscar o Reino de Deus em Primeiro Lugar

Jesus enfatizou a importância de buscar o reino de Deus em primeiro lugar em Mateus 6:33. Quando colocamos as preocupações do reino de Deus acima de nossas próprias necessidades e desejos, estamos alinhados com Sua vontade e propósito. Isso nos permite viver em constante comunhão com Ele, refletindo a vida de Jesus em nossa própria jornada espiritual.

XII. Avaliando Nossa Oração

A eficácia de nossa oração não é medida pelo tempo que gastamos nela, mas sim pela nossa disposição em buscar a vontade de Deus acima de tudo. Ele não está interessado em cronometrar nossas orações, mas em ser Senhor de todas as áreas de nossas vidas. Ao nos dedicarmos ao reino de Deus, Ele promete suprir nossas necessidades, perdoar nossos pecados, proteger-nos do mal e conduzir-nos em Seu caminho de justiça.

Conclusão:

O ensino de Cristo sobre a oração vai além da simples prática religiosa, destacando a importância da sinceridade, humildade e intimidade com Deus. Seja em público ou em particular, o foco deve ser sempre a comunhão genuína com o Pai celestial, buscando a recompensa da Sua presença e comunhão. Orar é muito mais do que apenas falar com Deus; também envolve ouvir Sua voz e estar em comunhão constante com Ele. Devemos buscar a orientação divina nas Escrituras, submeter-nos à Sua vontade em oração e adorá-Lo em todos os momentos e aspectos de nossas vidas. Ao cultivarmos uma vida de oração autêntica e contínua, nos alinhamos com o plano que Ele tem para nós.

FALSOS CONCEITOS SOBRE DEUS

Introdução:

No estudo acerca da oração e adoração a Deus, deparamo-nos com diversos falsos conceitos que desafiam a existência do Criador. Neste contexto, exploraremos alguns desses equívocos, desmascarando ideias como a inexistência de Deus, a incerteza sobre Sua existência, a recusa em conhecê-Lo e a confusão entre Deus e a natureza.

I. Deus Não Existe:

Ateísmo: Algumas pessoas negam a existência de Deus, chamadas ateus. Diante da complexidade do universo, das flores e do corpo humano, esses indivíduos classificados como insensatos ignoram as evidências claras de um Deus criador.

Ordem Precisa do Universo: A ordem e beleza presentes no universo proclamam, por si só, a existência de um Criador. Comparar o surgimento do mundo a um relógio que se faz sozinho é uma lógica equivocada.

II. Não Podemos Saber ao Certo:

Agnosticismo: Muitas pessoas duvidam da existência de Deus, denominadas agnósticos. Alegam que, mesmo diante da criação evidente, não se pode ter certeza sobre a existência de Deus.

Ceticismo Desnecessário: A incerteza dessas pessoas leva à descrença na eficácia da oração, argumentando que não há certeza de serem ouvidas. A visão agnóstica coloca um véu de dúvida sobre a relação entre o homem e Deus.

III. Não estou interessado em Deus:

Recusa Voluntária: Existem pessoas que reconhecem a presença de Deus, porém escolhem não seguir suas orientações. São conhecidas como réprobos, pois conscientemente rejeitam aquilo que sabem. A recusa em orar evidencia um coração endurecido.

Dia de Ira e Julgamento: O dia chegará em que os réprobos, cegos pelo amor às trevas, clamarão por esconderijo diante da ira divina. Aqueles que preferem as trevas à luz enfrentarão inevitavelmente o julgamento.

IV. A natureza representa a divindade:

Panteísmo: Algumas pessoas acreditam que Deus e a natureza são indissociáveis, uma única entidade. Os panteístas acreditam que Deus está presente em todas as coisas, enxergando árvores, nuvens e até mesmo o homem como expressões da divindade.

Deus Despersonalizado: Para os panteístas, o deus é desprovido de características pessoais, tornando-se uma entidade impessoal. Essa concepção errônea impede a verdadeira oração, pois um Deus sem olhos, ouvidos e coração não pode interagir com Seu povo.

V. Eu Sou Deus:

Egoísmo Religioso: Alguns indivíduos afirmam que cada pessoa tem o direito de acreditar no que desejar, sem se submeter a qualquer autoridade externa. Esses ególatras veem a si mesmos como deuses, recusando-se a aceitar padrões morais que não se encaixem em seus próprios interesses.

Recusa à Autoridade: Para os ególatras, o bem é definido por seus próprios desejos e preferências. Não reconhecem autoridade superior e não veem necessidade em orar, pois não querem submeter-se a qualquer outra vontade além da sua própria.

VI. Qualquer Deus Serve:

Universalismo Religioso: Algumas pessoas acreditam que todas as religiões são igualmente válidas, seguindo caminhos distintos que levam ao mesmo destino. Os universalistas veem Deus como uma mera ideia criada pela mente humana, ignorando Sua realidade e unicidade como Criador.

Perigo na Equivalência Religiosa: A ideia de que qualquer deus é aceitável diminui a importância da verdadeira adoração e nega a singularidade e exclusividade de Deus como Criador. Esta crença é perigosa, pois obscurece a verdadeira natureza de Deus e Sua relação com a humanidade.

VII. Espíritos dos Ancestrais:

Animismo: Muitas pessoas creem na existência de uma vida após a morte, imaginando que os mortos retornam na forma de espíritos que influenciam a vida dos vivos. Os animistas, temerosos do desconhecido, recorrem a rituais e oferendas para aplacar os espíritos dos ancestrais.

Medo e Superstição: O medo do desconhecido domina o pensamento dos animistas, levando-os a acreditar que Deus é distante e indiferente às suas necessidades. Essa crença em espíritos dos mortos gera práticas supersticiosas, mas a verdadeira adoração ao Deus amoroso, que está próximo e atende às orações, lança fora o medo e oferece segurança aos crentes.

Conclusão:

Compreender a verdadeira natureza de Deus e cultivar um relacionamento autêntico com Ele é crucial. Reconhecer a existência de um único e soberano Criador nos traz segurança e significado na adoração e na oração. Na próxima lição, iremos explorar quem Deus realmente é e como podemos nos relacionar com Ele de forma genuína e transformadora. Desvendar esses conceitos falsos é essencial para compreender a verdadeira natureza de Deus. Ao enxergar além das falácias, podemos cultivar um relacionamento autêntico, fundamentado na convicção da existência de um Criador digno de nossa adoração e devoção.


EXPANSÃO DA IGREJA

 

Introdução

Agradeço por compartilhar essa lição sobre a origem da Igreja e sua definição. Aqui estão alguns pontos-chave destacados:

Definição do Termo Igreja:

A palavra "igreja" em português deriva do termo grego "ekklesia" e do latim "ecclesia", ambos significando "uma assembleia de convocados para fora".

Na antiga Grécia, "ekklesia" tinha a conotação de "assembleia popular dos cidadãos da cidade" e, por vezes, significava "convocação extraordinária".

Na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, "ekklesia" é usada para traduzir o termo hebraico "qahal", referindo-se a uma assembléia, congregação ou multidão.

Uso Cristão do Termo Ekklesia:

No Novo Testamento, Jesus usou a palavra "ekklesia" pela primeira vez em Mateus 16:18, referindo-se ao grupo de discípulos ao seu redor. Ele disse: "Edificarei a minha igreja".

"Ekklesia" no Novo Testamento expressa o conceito de "um grupo de cidadãos chamados e reunidos para fora, visando um propósito especial".

Significado Específico de Ekklesia:

Identifica uma reunião de crentes em uma localidade específica, ou seja, uma igreja local.

Pode se referir a igrejas domésticas, ou seja, grupos de crentes reunidos em lares.

Pode identificar grupos de igrejas em determinadas regiões, sem implicar uma organização denominacional.

Em seu sentido mais amplo, refere-se à totalidade da igreja no mundo inteiro.

Ampliação do Significado Atual da "Igreja":

Atualmente, o termo "igreja" pode ter diversos significados, incluindo prédios, denominações e templos. No entanto, o sentido bíblico refere-se primeiramente às pessoas chamadas para a comunhão com Deus através da obra salvadora de Jesus Cristo.

Conclusão

Essas definições e usos refletem a compreensão bíblica da igreja como uma comunidade convocada por Deus para adorá-Lo, viver em comunhão uns com os outros e cumprir Seus propósitos na terra.


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