Aloés – A
árvore mencionada em Marcos 14.4-5 é conhecida como "mezereon", uma
espécie de árvore alta pertencente à família mezereon. Ela é nativa da região
malaia e é conhecida por sua madeira perfumada. A madeira da árvore mezereon é
valorizada por seu aroma agradável e é frequentemente utilizada na fabricação
de móveis, objetos de decoração e produtos de perfumaria. Além disso, a árvore
também é apreciada por suas belas flores, que podem variar em cores como rosa,
branco e vermelho. Sua presença na região malaia a torna uma planta de grande
importância cultural e econômica para as comunidades locais.
Arruda –
Mencionada em Lucas 1.42 como "erva-da-graça". O
coentro é uma das ervas mais antigas, conhecida desde os tempos bíblicos, sendo
mencionada em Êxodo 16.31 e Números 11.7. Essa erva aromática é amplamente
utilizada na culinária de diversas culturas ao redor do mundo, especialmente na
culinária do Oriente Médio, América Latina e Ásia. Suas folhas e sementes são
utilizadas para dar sabor e aroma aos pratos, sendo um ingrediente essencial em
muitas receitas tradicionais. Além disso, o coentro também é conhecido por suas
propriedades medicinais, sendo utilizado na medicina alternativa para tratar
diversos problemas de saúde.
Coentro –O
coentro é uma das ervas mais antigas mencionadas na Bíblia, aparecendo
nos livros de Êxodo 16.31 e Números 11.7. Essa planta é conhecida por suas
folhas aromáticas e sementes, que são amplamente utilizadas na culinária de
diversas culturas ao redor do mundo. O coentro tem um sabor característico e é
frequentemente utilizado para dar um toque especial a pratos salgados, como
sopas, molhos, saladas e carnes. Além disso, o coentro também é valorizado por
suas propriedades medicinais, sendo utilizado para tratar problemas digestivos,
inflamações e como antioxidante. Sua presença na Bíblia destaca a importância
histórica e cultural dessa erva na alimentação e na medicina desde tempos
antigos.
Cominho – O
termo "Cominho" é mencionado no livro de Mateus, capítulo 23,
versículo 23. De acordo com especialistas, o "cominho"
mencionado na passagem se refere à planta conhecida como "endro" nos
dias de hoje. O endro é uma erva aromática e medicinal, amplamente
utilizada na culinária e na medicina tradicional em diversas culturas ao redor
do mundo. Sua presença na Bíblia destaca a importância das ervas e especiarias
na cultura e na alimentação das pessoas naquela época.
Endro – Endro,
também conhecido como jundo ou as mentas aromáticas, é uma erva de sabor
condimentado, mencionada no livro de Isaías 28.25-27 da Bíblia. Essa planta é
utilizada na culinária para adicionar sabor e aroma aos pratos, sendo comumente
encontrada na culinária mediterrânea e em pratos da cozinha grega, turca e do
Oriente Médio. Suas folhas são frequentemente utilizadas frescas ou secas em
saladas, sopas, molhos e pratos de peixe. Além disso, suas sementes são
utilizadas para criar óleo de endro, que também é utilizado na culinária e na
medicina tradicional. O endro é apreciado por seu sabor único e suas
propriedades aromáticas, que o tornam um ingrediente versátil e popular em
diversas culturas culinárias ao redor do mundo.
Hissopo – Hissopo
é uma planta que possivelmente se refere ao manjericão da Síria, mencionado em
várias passagens bíblicas, como Êxodo 12.21-22, Números 19.6 e 18, II Reis 4.33
e Salmo 51.7. O hissopo é conhecido por suas propriedades medicinais e era
frequentemente utilizado em rituais de purificação e como símbolo de limpeza
espiritual. Sua presença na Bíblia indica a importância cultural e religiosa
dessa planta em tempos antigos.
Hortelã – A
hortelã é mencionada nos livros de Mateus 23.23 e Lucas 11.42 da Bíblia. Na
região da Palestina e da Síria, é possível encontrar diversas variedades de
hortelã, sendo a espécie mais comum a Mentha longifolia. A hortelã é conhecida
por suas propriedades aromáticas e pelo seu uso na culinária e na medicina. Ela
é utilizada para dar sabor a pratos, chás e bebidas, além de possuir
propriedades digestivas e refrescantes. Na época em que a Bíblia foi escrita, a
hortelã provavelmente já era conhecida e utilizada pelas pessoas na região,
sendo mencionada como uma planta de importância tanto culinária quanto
medicinal.
Incenso – O
incenso é mencionado cerca de 20 vezes na Bíblia, como em Êxodo 30.34, Levítico
24.7 e Malaquias 2.11, sendo valorizado pela resina que produzia. Trata-se de
uma resina branca queimada como incenso perfumado. Sua presença na Bíblia
destaca sua importância cultural e religiosa na antiguidade, onde era utilizado
em cerimônias religiosas e rituais. O incenso era considerado como um símbolo
de purificação e adoração, sendo queimado para criar uma fragrância agradável
durante as práticas religiosas. Sua presença na Bíblia reflete a sua
significância histórica e espiritual.
Losna – No
Antigo Testamento, refere-se a uma planta e seus frutos excessivamente amargos,
mencionados em várias passagens como Deuteronômio 29.18, Deuteronômio 32.32,
Salmos 69.21, Jeremias 8.14, Jeremias 9.15, Jeremias 23.15, Lamentações 3.5 e
19, e Amós 6.12. É amplamente utilizada na fabricação de licores ou como
medicinal, com muitos ramos e flores amareladas.
Mirra – Mirra
é uma resina árabe que é extraída da casca de uma árvore. Ela é mencionada em
passagens bíblicas como Salmos 45.8, Cantares 3.6 e 4.14, e Malaquias 2.11. A
mirra é conhecida por ser utilizada em óleos sagrados e perfumes, sendo
considerada uma substância valiosa e de grande importância em contextos
religiosos e culturais. Sua presença em textos sagrados e sua utilização em
rituais religiosos demonstram a relevância e significado atribuídos a essa
resina ao longo da história.
ERVAS AMARGAS NA BÍBLIA
Agrião
– O agrião é mencionado na Bíblia como uma erva amarga em passagens como Êxodo
12.8 e Deuteronômio 32.2. Essas passagens indicam que o agrião era conhecido e
utilizado na época bíblica, possivelmente como alimento ou erva medicinal. O
agrião é uma planta comestível de sabor amargo e é conhecido por suas
propriedades nutricionais e medicinais, sendo rico em vitaminas e minerais. Sua
menção na Bíblia pode indicar sua relevância na alimentação e na medicina das
antigas civilizações.
Alface
– O alface é citado na Bíblia como uma erva amarga em Êxodo 12.8 e Números
9.11. Trata-se de uma planta semelhante a uma erva daninha, com sabor amargo.
Essa descrição indica que o alface era conhecido na época como uma planta com
características amargas. O alface é uma hortaliça de folhas verdes e é
comumente consumido em saladas, sanduíches e outros pratos. Porém, é
interessante notar que a referência bíblica destaca o sabor amargo da planta, o
que pode indicar que a variedade de alface naquela época era diferente das que
conhecemos atualmente.
Linguinha
de Vaca – Linguinha de Vaca é uma planta, também conhecida como "Erva
de Ouriço", que ficou famosa por ser mencionada na Bíblia, nos livros
de Êxodo 9.25 e Números 9.11, onde é relatado que os israelitas a utilizavam
como alimento. Ela é uma planta comestível e possui propriedades medicinais,
sendo utilizada em algumas culturas para diversos fins, como tratamento de
problemas respiratórios e digestivos. A menção na Bíblia deu notoriedade a essa
planta, que é reconhecida por seu sabor amargo e pelas suas folhas pequenas e
pontiagudas.
Chicória
– Chicória é uma planta conhecida por suas propriedades benéficas para o
fígado, sendo chamada de "amiga do fígado", como descrito
em Números 9.11 na Bíblia. Ela é rica em nutrientes como vitaminas A, C e K,
além de minerais como cálcio, potássio e magnésio. A chicória também
contém compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, que
contribuem para a saúde do fígado. Seu consumo pode ajudar na desintoxicação
do fígado, na regulação dos níveis de colesterol e na melhoria da digestão.
Além disso, a chicória é utilizada na culinária em saladas, sucos e chás,
sendo uma opção saudável para incluir na dieta.
Dente-de-Leão
– O Dente-de-Leão é uma planta conhecida por suas propriedades medicinais e
alimentares. Suas folhas são ricas em nutrientes e eram utilizadas como
vegetal, podendo ser consumidas cruas em saladas ou cozidas como verdura.
Já a raiz do Dente-de-Leão era usada na produção de medicamentos, devido às
suas propriedades diuréticas e digestivas. Ela também é conhecida por auxiliar
na desintoxicação do fígado e na regulação do sistema digestivo. Essa planta é
amplamente utilizada na medicina natural e na culinária, sendo apreciada por
suas múltiplas utilidades.
Escarola
– A escarola é uma planta de sabor amargo que é mencionada na Bíblia em Gênesis
2.5, Êxodo 12.8 e Números 9.11. Essas referências bíblicas indicam que a
escarola era conhecida e consumida na antiguidade. Ela é conhecida por
suas folhas verde-escuras e é frequentemente utilizada em saladas e
pratos cozidos. Sua presença na Bíblia pode indicar a importância que
essa planta tinha na alimentação e cultura das pessoas naquela época.
Na Bíblia,
encontramos muitos exemplos de figuras de linguagem, que são recursos retóricos
utilizados para tornar a linguagem mais expressiva e impactante. Aqui estão
alguns exemplos:
- Símile:
Um símile é uma figura de linguagem que estabelece uma comparação direta entre
duas coisas, usando palavras como "como" ou "assim".
Por exemplo, no livro de Provérbios da Bíblia, encontramos o símile "neve
no verão, chuva na sega" (Provérbios 26:1), que compara a inadequação
de certas situações, como a presença de neve no verão ou chuva na época da
colheita. Essa comparação ajuda a transmitir uma ideia de improbabilidade ou
inadequação, utilizando elementos conhecidos para ilustrar a situação em questão.
O uso de símiles enriquece a linguagem e ajuda a criar imagens vívidas na mente
do leitor ou ouvinte.
- Metáfora:
Metáfora é uma figura de linguagem que consiste na comparação implícita entre
duas coisas, sem o uso de "como" ou "assim".
Ela é frequentemente utilizada para enriquecer a linguagem, transmitir emoções
e criar imagens vívidas na mente do leitor ou ouvinte.
Um exemplo
de metáfora pode ser encontrado na passagem bíblica de Lucas 13.22, que
menciona "aquela raposa". Neste contexto, a palavra "raposa"
é utilizada para descrever alguém astuto, esperto ou até mesmo malicioso, sem a
necessidade de fazer uma comparação explícita com outra coisa.
A metáfora é uma ferramenta poderosa
na comunicação, pois permite transmitir significados complexos de forma concisa
e impactante. Ela pode ser encontrada em diversos contextos, desde a literatura
e poesia até o discurso político e publicitário. Ao compreender e utilizar
metáforas de forma eficaz, é possível enriquecer a comunicação e criar conexões
mais profundas com o público-alvo.
-Hipocatástase: é uma figura de linguagem menos conhecida que também faz comparações diretas. Quando Davi disse: "Cães me cercam..." (SI 22.16), ele estava se referindo aos seus inimigos, chamando-os de cães. Da mesma forma, os falsos mestres são chamados de cães em Filipenses 3.2 e de lobos vorazes em Atos 20.29. As diferenças entre um símile, uma metáfora e uma hipocatástase podem ser identificadas nas seguintes frases.
Símile: "Vocês, ímpios, são comparáveis a cães,"
Metáfora: "Vocês, ímpios, são cães,"
Hipocatástase: "Seus cães."
Em João 1.29, João Batista usou uma hipocatástase: "... Eis o Cordeiro de Deus...". Se ele tivesse dito: "Jesus é semelhante a um Cordeiro", estaria fazendo uso de um símile. Mas se tivesse dito: "Jesus é um Cordeiro", estaria empregando uma metáfora. Quando Cristo disse a Pedro: "Cuide das minhas ovelhas" (Jo 21.17), ele se referia aos seus seguidores como ovelhas, utilizando uma hipocatástase.
O contexto precisa ser considerado para compreender o significado da hipocatástase. Por exemplo, Jeremias disse: " ... um leão subiu da sua ramada" (Jr 4.7). O contexto deixa evidente que o leão mencionado está relacionado à Babilônia.
- Metonímia:
A metonímia é uma figura de linguagem que consiste na substituição de uma
palavra por outra com base em uma relação de proximidade ou associação. Um exemplo bíblico desse recurso de linguagem pode ser visto em Lucas 16.29, onde está escrito "têm Moisés e os profetas". Nesse caso,
"Moisés e os profetas" são utilizados para representar as Escrituras,
demonstrando a relação de proximidade entre esses termos. A metonímia é uma
forma de enriquecer o discurso e transmitir significados de forma mais
simbólica e expressiva.
- Sinédoque:
é uma figura de linguagem que consiste no uso de uma parte para representar o
todo, ou vice-versa. Um exemplo disso pode ser encontrado na passagem bíblica
de Lucas 2:1, onde se menciona "todo o mundo" para se referir
ao império romano. Nesse caso, a expressão "todo o mundo" é utilizada
para representar a extensão do domínio e poder do império romano sobre vastas
regiões. A sinédoque é uma forma de linguagem figurativa que pode ser
encontrada em diversos contextos, incluindo textos literários, discursos
políticos e até mesmo no cotidiano das pessoas.
-Litotes: A litotes é uma figura de linguagem em que se utiliza uma negação para expressar uma afirmação de forma suavizada ou atenuada. Vejamos alguns exemplos de litotes na Bíblia:
Paulo sobre Tarso - Atos 21:39: "... Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante..." Neste caso, ao dizer que Tarso era "não insignificante", Paulo quer enfatizar que Tarso era de fato uma cidade importante.
Israelitas sobre sua própria aparência - Números 13:33: "Éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos, e assim também o éramos aos seus olhos." Aqui, os israelitas usam uma litotes para descrever sua própria aparência de forma depreciativa.
Lucas sobre o alvoroço entre os soldados - Atos 12:18: "houve não pouco alvoroço entre os soldados." Lucas utiliza a litotes para indicar que houve um grande alvoroço entre os soldados.
Lucas sobre o lucro em Éfeso - Atos 19:24: "não pouco lucro." Neste caso, Lucas usa a litotes para indicar que houve um lucro considerável em Éfeso.
Lucas sobre a tempestade no mar - Atos 27:20: "não pequena tempestade." Aqui, Lucas usa a litotes para descrever a intensidade da tempestade no mar.
Paulo sobre sua própria posição entre os apóstolos - 1 Coríntios 15:9: "Porque eu sou o menor dos apóstolos..." Neste caso, Paulo utiliza a litotes para expressar humildade ao se considerar o menor dos apóstolos.
Esses exemplos demonstram como a litotes é usada na Bíblia para transmitir uma ideia de forma mais sutil, muitas vezes para enfatizar um ponto ou expressar humildade.
-Merisma: O merisma é uma figura de linguagem que consiste em usar uma parte para representar o todo, ou vice-versa, com o objetivo de enfatizar contrastes ou oposições. No Salmo 139:2, o salmista emprega o merisma ao dizer "Sabes quando me assento e quando me levanto", indicando que Deus conhece todos os seus movimentos, desde os mais simples até os mais significativos. Nesse contexto, o salmista não está limitando o conhecimento de Deus aos momentos específicos de sentar e levantar, mas está usando essas ações como representações simbólicas de toda a sua vida e atividades. O merisma destaca a abrangência e a profundidade do conhecimento de Deus sobre o salmista, ressaltando a compreensão divina de todos os aspectos da vida humana.
-Reticência: A reticência é uma figura de linguagem que consiste na interrupção abrupta do discurso, como se o falante não conseguisse concluir seus pensamentos. Geralmente, essa interrupção ocorre devido a emoções intensas, como surpresa, hesitação, tristeza ou emoção.
No exemplo de Moisés em Êxodo 32:32, ele expressa sua súplica a Deus pela misericórdia ao povo de Israel, mas sua frase é interrompida abruptamente, indicando sua angústia e incerteza sobre o que aconteceria. Da mesma forma, o apóstolo Paulo, em Efésios 3:1-2, parece iniciar um pensamento, mas não o conclui, sugerindo talvez uma pausa para reflexão ou para enfatizar a importância do que estava prestes a dizer.
O exemplo de Jesus em Lucas 19:42, onde ele chora por Jerusalém, também ilustra a reticência. Sua declaração é interrompida pela emoção do momento, demonstrando seu profundo pesar pela situação da cidade.
Essas interrupções repentinas no discurso adicionam uma camada de realismo e intensidade emocional à linguagem, capturando a complexidade e a profundidade dos sentimentos humanos.
- Ironia:
é uma figura de linguagem que consiste em expressar o oposto do que se quer
realmente dizer. Ela pode ser utilizada para transmitir sarcasmo, humor ou
crítica de forma indireta. Um exemplo clássico de ironia é a frase "convosco
morrerá a sabedoria" (Jó 12.:2), em que o sentido real é que a
sabedoria não está presente naquela situação. A ironia é uma ferramenta
poderosa na comunicação, pois permite transmitir mensagens complexas de forma
sutil e muitas vezes impactante.
A ironia é uma figura de linguagem em que se expressa o oposto do que se quer dizer, muitas vezes de forma humorística ou sarcástica. Na Bíblia, a ironia pode ser identificada através do contexto e das intenções do falante. Aqui estão alguns exemplos de ironia na Bíblia:
Mical para Davi - 2 Samuel 6:20: "Que bela figura fez o rei de Israel, desvendando-se hoje, aos olhos das servas de seus servos, como sem se cobrir descobre qualquer dos vadios!" Nesta situação, Mical está sendo sarcástica ao condenar a atitude de Davi de dançar diante do Senhor, sugerindo que ele agiu de maneira inadequada. O contexto indica que sua intenção era o oposto do que suas palavras expressavam.
Elias e os profetas de Baal - 1 Reis 18:27: "Clamai em altas vozes, porque ele é deus; talvez esteja falando, ou ocupado, ou de viagem, ou quem sabe dorme e precise ser despertado." Aqui, Elias está sendo irônico ao zombar dos profetas de Baal, sugerindo que talvez Baal esteja ocupado ou dormindo e precise ser acordado. Esta ironia serve para destacar a ineficácia dos deuses falsos em contraste com o poder do Deus verdadeiro.
Paulo certamente empregou a ironia em suas cartas, como podemos ver em diversas passagens. Aqui estão alguns exemplos:
1 Coríntios 4:8: "Chegastes a reinar..." - Paulo usa a ironia ao sugerir que os coríntios estavam agindo como reis, quando na verdade não estavam vivendo de acordo com os princípios do evangelho. Ele subverte essa suposta "realeza" ao desejar que eles realmente reinassem, mas não no sentido mundano, e sim como verdadeiros seguidores de Cristo.
1 Coríntios 4:10: "...vós [sois] sábios em Cristo..." - Nesta passagem, Paulo utiliza a ironia ao questionar a suposta sabedoria dos coríntios em questões espirituais, mostrando que, na realidade, eles não estavam agindo com sabedoria verdadeira.
2 Coríntios 11:19: "Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos" - Aqui, Paulo novamente emprega a ironia ao criticar os coríntios por sua suposta tolerância com os falsos apóstolos. Ele usa o elogio aparente de sua sensatez para destacar a sua insensatez ao aceitar e tolerar aqueles que estavam ensinando falsas doutrinas.
- Hendíade: A hendíade é, de fato, uma figura de linguagem na qual um único conceito é expresso por meio de dois termos coordenados, geralmente conectados pela conjunção "e". A ideia é que os dois termos trabalham juntos para definir ou enfatizar o mesmo conceito. No exemplo que você deu, "sacrifício e serviço" em Filipenses 2:17 é um bom exemplo de hendíade.
Em Filipenses 2:17 (NVI), o versículo diz: "E, mesmo que seja oferecido como libação no sacrifício e serviço provenientes da vossa fé, regozijo-me e com todos vós me congratulo." Aqui, "sacrifício e serviço" estão interligados para expressar a ideia de serviço que envolve sacrifício, e vice-versa.
Outro exemplo é "ministério e apostolado" em Atos 1:25, que se refere ao "ministério apostólico". Essa construção linguística é uma maneira de destacar a natureza específica do ministério, enfatizando a sua natureza apostólica.
- Hipérbole:
é uma figura de linguagem que consiste no exagero intencional para enfatizar
uma ideia. Ela é usada para criar impacto e chamar a atenção do ouvinte ou
leitor. Um exemplo disso pode ser encontrado na passagem bíblica Deuteronômio
1:22, onde se diz "até aos céus", indicando um exagero para
enfatizar a grandeza ou magnitude de algo. Essa técnica é comumente utilizada
na literatura, na poesia e na linguagem cotidiana para transmitir sentimentos e
impressões de forma mais intensa.
- Apóstrofe:
O apóstrofe é uma figura de linguagem que consiste na invocação de algo ou
alguém ausente como se estivesse presente. Um exemplo clássico dessa figura de
linguagem é encontrado na Bíblia, mais especificamente no livro de 1Coríntios
15:55, onde se lê: "ó morte, ó inferno". Nesse contexto, o
apóstrofe é utilizado para expressar uma emoção intensa, como um chamado direto
à morte e ao inferno, como se estivessem presentes e sendo interpelados. Essa
figura de linguagem é comumente utilizada na literatura para criar um impacto
emocional e dar ênfase ao discurso.
- Onomatopeia: A onomatopeia é uma figura de linguagem em que uma palavra imita o som do objeto que ela representa. Exemplos comuns incluem murmúrio, sussurro, cicio, chiado, tique-taque, entre outros. No livro de Jó 9.26, o verbo "lançar" é um exemplo de onomatopeia no hebraico. O verbo hebraico é יְסַע (yəsaʿ), cuja pronúncia imita o som da águia (ou do falcão peregrino) quando se lança sobre a presa a uma velocidade elevadíssima. Outro exemplo é o termo hebraico para "botija", em Jeremias 19.1 e 10, que é בַּקְבֻּק (baqbuq), cuja pronúncia imita o som de água gorgolejando de uma botija. Jeremias também empregou esse termo como uma paranomásia, pois, no versículo 7, a palavra para "ruína" ou "arruinarei", conforme se encontra na NVI, é בָּקַק (baqaq), cujo som é semelhante ao da palavra que tem o significado de botija.
Às vezes, duas figuras de linguagem se misturam. Quando Miquéias escreveu: "prestai atenção, ó terra..." (1.2), ele usou uma apóstrofe, referindo-se à terra como se estivesse presente, e uma personificação, atribuindo-lhe o sentido humano da audição. Essas mesmas duas figuras de linguagem aparecem em Salmos 114.5: "Que tens, ó mar...?".
-Oxímoro: Um oxímoro é uma figura de linguagem que consiste na combinação de termos opostos ou contraditórios para criar um efeito poético ou retórico. Aqui estão alguns exemplos de oxímoros na Bíblia:
"Silêncio eloquente": Esta expressão combina "silêncio", que normalmente denota ausência de som ou comunicação, com "eloquente", que sugere expressão fluente e persuasiva. A ideia é que o silêncio pode ser tão poderoso e expressivo quanto as palavras.
"Covarde valentia": Aqui, "covarde" e "valentia" são termos que se opõem, pois "covarde" denota medo ou falta de coragem, enquanto "valentia" sugere bravura e audácia. A combinação dos dois termos cria uma imagem de alguém que age corajosamente de uma maneira que parece covarde.
"Inocente culpa": Nesta expressão, "inocente" e "culpa" são opostos diretos, pois "inocente" sugere falta de culpa ou responsabilidade, enquanto "culpa" denota responsabilidade por um erro ou crime. O oxímoro destaca a ironia de alguém ser considerado culpado quando na verdade é inocente.
"Cópia original": Aqui, "cópia" geralmente denota uma reprodução ou duplicata de algo, enquanto "original" sugere autenticidade e singularidade. A combinação dos dois termos cria uma imagem paradoxal, destacando uma aparente contradição entre ser uma cópia e ser original.
"Dores de parto da morte" (Atos 2:24): Nesta expressão, "dores de parto" e "morte" são experiências opostas, sendo que as dores de parto geralmente estão associadas ao nascimento, enquanto a morte é o fim da vida. A combinação destes termos destaca a intensidade da dor e sofrimento experimentados por Jesus antes de sua morte.
"Glória na infâmia" (Filipenses 3:19): Aqui, "glória" geralmente denota honra ou reconhecimento, enquanto "infâmia" sugere desonra ou má reputação. A combinação destes termos destaca a ironia de alguém se orgulhar de algo que deveria ser motivo de vergonha.
"Sacrifícios vivos" (Romanos 12:1): Nesta expressão, "sacrifícios" sugere renúncia ou abnegação, enquanto "vivos" denota vitalidade ou existência. A combinação destes termos destaca a ideia de oferecer a própria vida como um sacrifício vivo, estando plenamente vivo enquanto se dedica ao serviço de Deus.
- Personificação: A personificação, também chamada de prosopopeia, é uma figura de linguagem que envolve atribuir características humanas a seres inanimados ou abstratos. Um exemplo clássico desse recurso é encontrado na passagem bíblica
de Lucas 7.55, onde é mencionado "filhos da sabedoria",
personificando a própria sabedoria. Nesse caso, a sabedoria é tratada como se
fosse uma entidade capaz de gerar descendentes, atribuindo-lhe características
humanas, como a capacidade de procriar. Essa figura de linguagem é
frequentemente utilizada na literatura e na poesia para dar vida e
expressividade a conceitos e objetos, tornando-os mais próximos da experiência
humana.
-Pleonasmo: Um pleonasmo é uma figura de linguagem que envolve a repetição desnecessária de palavras ou termos semelhantes, resultando em redundância. Aqui estão alguns exemplos de pleonasmo na Bíblia:
Jó 42:5: "Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi" - Neste verso, Jó está expressando sua compreensão de que agora ele realmente conhece a Deus, enfatizando a profundidade de sua experiência. No entanto, a repetição das palavras "ouvir" e "ouvidos" é redundante na língua culta.
Atos 2:30: "Deus lhe havia jurado com juramento" - Este é outro exemplo de pleonasmo, onde a repetição da palavra "juramento" é redundante na língua culta. Uma tradução mais fluida pode simplificar para "Deus lhe havia jurado..."
Mateus 2:10: "Alegrem-se com grande e intenso júbilo" - Aqui, a expressão "grande e intenso" é redundante, já que ambos os termos transmitem a ideia de uma grande alegria. Uma forma mais concisa poderia ser "alegraram-se com grande júbilo".
Outros exemplos comuns: Expressões como "ele respondeu e disse" e "elevou os olhos e viu" também são consideradas pleonasmos, já que a ação de responder geralmente implica falar, e a ação de levantar os olhos geralmente implica ver.
Esses exemplos ilustram como o pleonasmo pode ocorrer na linguagem bíblica, muitas vezes refletindo o estilo poético e a ênfase característica de muitos textos sagrados.
-Eufemismo: O eufemismo consiste em substituir uma expressão desagradável ou injuriosa por outra mais suave ou inócua. Um exemplo disso é quando falamos sobre a morte utilizando termos como "passou para o outro lado", "bateu as botas" ou "foi para uma melhor". Na Bíblia, a morte dos cristãos é descrita como um adormecimento, como mencionado em Atos 7:60 e 1 Tessalonicenses 4.13-15. Essa prática de suavizar termos desagradáveis ou dolorosos é comum em diversas culturas e contextos, visando amenizar o impacto emocional de certas situações.
-Elipse: Elipse é a omissão de uma ou mais palavras que, ao faltar, deixa a estrutura gramatical incompleta. Às vezes, um adjetivo ligado a um substantivo substitui ambos. Em português, "a capital" significa "a cidade capital". "Os doze" representa "os doze apóstolos" (1 Co 15:5). Em 2 Timóteo 4:18, temos, literalmente: "O Senhor [...] me preservará para o seu reino celestial". A ideia é que o Senhor preservaria Paulo e o conduziria para o seu reino celestial. As palavras "me levará" precisam ser introduzidas pelo leitor para completar a estrutura gramatical da frase.
- Antropopatismo:
Na passagem de Jeremias 15:6, o profeta descreve Deus como tendo "dor
no coração", atribuindo a Ele um sentimento humano de tristeza e
sofrimento. Essa linguagem antropomórfica é comum na Bíblia, onde Deus é
descrito usando características humanas para que as pessoas possam entender melhor
Suas ações e emoções. No entanto, é importante ressaltar que essa linguagem não
deve ser interpretada literalmente, mas sim como uma forma de expressar a
compaixão e o cuidado de Deus pelo Seu povo. Deus é transcendente e não está
sujeito às mesmas limitações e emoções humanas, mas Sua compaixão e amor são
representados por meio dessas metáforas.
- Antropomorfismo:
Atribuição de características físicas humanas a Deus. Por exemplo, Jeremias
1:19 descreve Deus como colocando "sua mão" sobre o profeta. Essa
figura de linguagem é comum em textos religiosos e serve para facilitar a
compreensão e a comunicação de conceitos divinos para os seres humanos, que têm
uma compreensão limitada do divino. O uso do antropomorfismo permite que as
pessoas se identifiquem e se relacionem com Deus de uma maneira mais tangível,
mesmo que seja por meio de metáforas e simbolismos.
-Zoomorfismo: O zoomorfismo é uma forma de atribuir características animais a Deus ou a outras entidades. É uma maneira expressiva e original de destacar certos atos e qualidades do Senhor. Um exemplo disso é quando o salmista disse: "[Deus] Cobrir-te-á com as suas penas, sob suas asas estarás seguro..." (SI 91:4). Essa imagem evoca a ideia de pintinhos ou passarinhos protegidos debaixo das asas da galinha ou do pássaro-mãe.
Outro exemplo é quando Jó descreveu o que considerou ser a ira de Deus contra ele, ao dizer: "[Deus] contra mim rangeu os dentes..." (Jó 16:9). Nesse caso, a imagem transmitida é a de um ser divino expressando sua ira de forma semelhante a um animal, no caso, rangendo os dentes.
Essas figuras de linguagem são poderosas formas de expressar a relação entre o divino e o humano, utilizando elementos da natureza e do reino animal para ilustrar aspectos da divindade.
-Zeugma:O zeugma é uma figura de linguagem em que um verbo ou outro termo relacionado é compartilhado por dois ou mais elementos, geralmente substantivos ou frases, em uma construção sintática onde normalmente apenas um desses elementos seria exigido logicamente pelo verbo. Essa figura cria uma economia de palavras e, muitas vezes, um efeito estilístico ou humorístico.
Em Lucas 1:64, a expressão "Sua boca se abriu e sua língua" ilustra o zeugma. O verbo "abriu" normalmente seria seguido por apenas um substantivo, como "boca", pois é a parte do corpo que fisicamente se abre. No entanto, a língua também está sendo mencionada aqui, e embora não seja algo que se "abre" da mesma forma que a boca, o zeugma permite que o verbo seja compartilhado por ambos os elementos. Em português, a expressão "Sua boca se abriu e sua língua" pode parecer incompleta ou estranha, então adicionamos a palavra "desimpedida" para tornar a frase mais fluente e compreensível, como mencionado na tradução em português.
-Pergunta retórica: Uma pergunta retórica é uma figura de linguagem que não espera uma resposta direta, mas sim pretende provocar reflexão ou reforçar uma ideia. Geralmente, é utilizada para enfatizar um ponto de vista, transmitir uma mensagem ou fazer uma declaração de forma mais dramática. Vejamos alguns exemplos de perguntas retóricas na Bíblia:
Deus para Abraão - Gênesis 18:14: "Acaso para Deus há cousa demasiadamente difícil?" Essa pergunta retórica destaca o poder e a soberania de Deus.
Deus para Jeremias - Jeremias 32:27: "... acaso haveria cousa demasiadamente maravilhosa para mim?” Essa pergunta retórica enfatiza a força e o domínio de Deus. de realizar milagres e intervenções sobrenaturais.
Paulo em Romanos - Romanos 8:31: "... Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Essa pergunta retórica enfatiza a segurança e a proteção que os cristãos têm em Deus.
Jesus para as multidões - Mateus 26:55: "... Saístes com espadas e cacetes para prender-me, como a um salteador?” Essa pergunta retórica enfatiza a injustiça da prisão de Jesus ao contrastá-lo com um criminoso.
Jesus sobre dar boas dádivas - Lucas 11:11-12: "Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [...] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?” Essas perguntas retóricas destacam a bondade e a generosidade de Deus em oposição à maldade humana.
-Paradoxo: Um paradoxo é uma afirmação que parece contraditória ou absurda à primeira vista, mas que, na verdade, contém uma verdade profunda. Aqui está um exemplo de paradoxo na Bíblia:
"Quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, salvá-la-á" (Marcos 8:35): Este é um paradoxo porque, geralmente, quando alguém perde algo, não o salva ao mesmo tempo. No entanto, Jesus está enfatizando que aqueles que estão dispostos a sacrificar suas vidas por Ele e pelo evangelho experimentarão uma vida mais plena e significativa. Perder a vida para o mundo pode levar à salvação espiritual e à vida eterna em Cristo. Este paradoxo reflete a ideia de que, ao renunciarmos aos nossos próprios desejos e nos entregarmos a Cristo, encontramos verdadeira vida e propósito.
"Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos" (Mateus 20:16): Este paradoxo é encontrado na parábola dos trabalhadores na vinha, onde aqueles que foram contratados por último aqueles que trabalharam o dia inteiro receberam o mesmo pagamento. Jesus usa essa frase para ilustrar como o Reino dos Céus opera de maneiras que frequentemente desafiam as normas sociais e expectativas humanas.
"Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará" (Marcos 8:35): Neste paradoxo, Jesus está ensinando que aqueles que estão dispostos a renunciar aos seus próprios desejos e conforto terão uma vida mais plena e eterna. É uma inversão das expectativas humanas sobre a busca da felicidade e realização pessoal.
"Porque, quando sou fraco, então é que sou forte" (2 Coríntios 12:10): O apóstolo Paulo expressa esse paradoxo ao falar sobre sua própria fraqueza e dependência de Deus. Ele reconhece que é na fraqueza humana que a força de Deus é mais evidente, mostrando que o poder de Deus se manifesta de maneiras que vão além da compreensão humana.
- Paronomásia: é o uso de palavras semelhantes para criar diferentes significados. Ela é às vezes chamada de "jogo de palavras" ou "trocadilho". Por exemplo, Jesus disse a alguém: "... Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mt 8.22), usando "mortos" com dois sentidos diferentes. Em 2 Samuel 7, a palavra "casa" é usada para se referir a um templo e à dinastia de Davi. Miquéias também usou jogos de palavras, como em Miquéias 1.10-15, quando falou aos moradores de Bete-Le-Afra. Isaías usou palavras de sons parecidos para criar impacto verbal em Isaías 5.7. No Novo Testamento, os autores também usaram aliteração, como em Lucas 21.11 e Romanos 1.29. Em Filipenses 2.15, a aliteração das palavras gregas "irrepreensíveis", "sinceros" e "inculpáveis" acrescenta impacto ao texto. Em 1 Coríntios 15.58, a aliteração de "trabalho" e "vão" também é usada para enfatizar a mensagem.
O livro do Apocalipse menciona a presença de muitas
harpas no céu, simbolizando louvor e adoração a Deus. Em diversos trechos, menciona
inúmeras harpas:
1Aqui temos 28 harpas
e harpistas (Ap 14,8);
2Em Apocalipse
14.2,144 mil harpas;
3Em Apocalipse 15.2,
inúmeras harpas.
A presença de instrumentos musicais nas igrejas é uma
prática comum, usada para acompanhar os cânticos e louvores durante os cultos.
A decisão de utilizar esses instrumentos nas igrejas é baseada na tradição e
nos princípios de cada comunidade religiosa.
- Os Instrumentos Musicais na Bíblia
SALTÉRIO- O
instrumento de cordas mencionado em Salmo 33.2 e 144.9 é conhecido como
"saltério". Ele era utilizado para acompanhar a voz durante cânticos
e louvores. O saltério consistia em uma espécie de alaúde, similar à viola,
porém com uma forma triangular ou trapezoidal. Sua estrutura triangular ou
trapezoidal contribuía para a produção de sons harmoniosos e melodiosos. O uso
do saltério era comum na música religiosa e cerimonial, sendo um instrumento
muito apreciado na cultura da época.
CÍMBALOS- Os
instrumentos de percussão compostos por dois pratos são conhecidos como "pratos
de choque" ou "pratos de choque". Eles consistem em
dois pratos metálicos que são tocados batendo um contra o outro para produzir
som. Esses pratos são comumente usados em conjuntos de bateria, orquestras e
bandas de música para adicionar ritmo e textura às composições. Eles podem
variar em tamanho, espessura e material para produzir diferentes tons e
qualidades sonoras.
ALAÚDE- Oalaúde é um instrumento de cordas similar à viola, que
tem origem na palavra hebraica comum "nebel". Este instrumento
é frequentemente traduzido como saltério. As cordas do "nebel" eram
tocadas com os dedos, conforme descrito em passagens bíblicas como Isaías 5.12,
14.11, Amós 5.23 e 6.5. Sua presença na Bíblia indica que o "nebel"
era um instrumento musical significativo na cultura e prática religiosa dos
povos antigos.
TAMBORINS- Os pequenos tambores e a tradição das
mulheres do Oriente em dançar ao som do tamborim. Essa prática é mencionada na
Bíblia, nos livros de Êxodo 15.20, 2 Samuel 6.5 e Jó 21.12. A menção desses
versículos destaca a importância cultural e religiosa dessa prática ao longo da
história. A dança ao som do tamborim é uma tradição que perdura até os dias de
hoje, demonstrando a continuidade e relevância dessa expressão cultural.
HARPA- Reconhecido
como o instrumento musical mais antigo, existente até antes do dilúvio,
conforme mencionado em Gênesis 4.1. A palavra hebraica "kinnor",
traduzida como harpa, provavelmente se refere à lira. Os hebreus utilizavam a
harpa não apenas em suas devoções, mas também em seus momentos de lazer. Em
suas formas primitivas, era feita de osso e conchas de tartaruga. A leveza da
harpa é evidenciada pelo fato de Davi ter dançado enquanto tocava, assim como
os levitas (1 Samuel 16.23 e 18.10). No entanto, não era usada em ocasiões de
tristeza, como mencionado em Jó 30.31 e Salmo 137.2.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
MENOS CONVENCIONAIS:
GAITA DE FOLES – A
gaita de foles é um instrumento musical de sopro, composto por um fole, que é
uma bolsa de ar, e tubos, geralmente três ou mais, que emitem o som. Ela é
mencionada na Bíblia, no livro de Daniel 3.5 e 15, em referência à música que
deveria ser tocada quando todos se prostrassem diante da estátua de ouro do rei
Nabucodonosor. A gaita de foles é um instrumento antigo e muito popular em
algumas culturas europeias, especialmente na Escócia, Irlanda e Galícia. Ela é
conhecida por produzir um som característico e é frequentemente associada à
música tradicional e folclórica.
PÍFARO – O termo "pífaro" é mencionado na
Bíblia em Jó 21.12 e também em Daniel 3.5. Em Jó 21.12, a referência é feita em
um contexto que descreve a vida dos ímpios, enquanto em Daniel 3.5, o termo é
mencionado em relação a uma ordem do rei Nabucodonosor para que, ao som de
diversos instrumentos musicais, todos se prostrassem diante da estátua de ouro
que ele havia erguido. O pífaro é um instrumento musical de sopro, semelhante a
uma flauta, e era comumente utilizado na música da época. Essas referências
bíblicas destacam a presença do pífaro como parte da cultura e práticas
musicais da antiguidade.
BUZINA – A palavra "buzina" é mencionada na
Bíblia, nos livros de Jó 21:12 e 30:31. A referência a "buzina" pode
ser encontrada em passagens que descrevem a tristeza e o lamento de Jó, um
personagem bíblico que enfrentou grandes dificuldades e sofrimentos. A menção
da "buzina" pode estar relacionada ao som ou à imagem de um
instrumento musical usado para expressar tristeza e aflição. Este termo pode
evocar uma sensação de lamento e sofrimento, refletindo as experiências
difíceis enfrentadas por Jó.
TROMBETAS – As trombetas são descritas em vários trechos
da Bíblia, incluindo Números 10.9-10, 2 Crônicas 5.12 e Isaías 27.13. Elas
desempenhavam um papel importante nas práticas religiosas e cerimônias do povo
de Israel. As trombetas eram usadas para convocar as pessoas para as
assembleias, anunciar festas e cerimônias, bem como para sinalizar o início de
batalhas e outras atividades importantes.
No contexto de
Números 10.9-10, as trombetas são mencionadas como um meio de comunicação
utilizado pelos sacerdotes para convocar a congregação e preparar o acampamento
para a jornada. Em 2 Crônicas 5.12, as trombetas são citadas como parte da
cerimônia de dedicação do Templo de Salomão, onde os sacerdotes tocaram
trombetas juntamente com outros instrumentos musicais enquanto louvavam e
adoravam a Deus. Já em Isaías 27.13, as trombetas são associadas à convocação
do povo de Israel para adorar no monte santo de Jerusalém.
Essas passagens
bíblicas destacam a importância das trombetas como instrumentos de comunicação
e adoração no contexto religioso do Antigo Testamento. Eles desempenhavam um
papel significativo na vida espiritual e prática do povo de Israel, servindo
como um meio de convocação, celebração e adoração a Deus.
CÍTARA – A cítara é um instrumento musical de
cordas mencionado no livro de Daniel, capítulo 3, versículo 5, na Bíblia.
A passagem descreve a ocasião em que o rei Nabucodonosor ordenou que
todos se prostrassem e adorassem a estátua de ouro que havia feito, ao som de
vários instrumentos musicais, incluindo a cítara.
A cítara é um instrumento
de cordas dedilhadas, semelhante a uma harpa, com origens antigas e amplamente
utilizado em diversas culturas ao longo da história. Geralmente, é composta por
um corpo em forma de caixa de ressonância e um braço onde as cordas são
esticadas. A cítara pode ser tocada com os dedos ou com o auxílio de plectros.
PANDEIRO – O pandeiro é um instrumento musical de
percussão, também conhecido como tamborim, composto por um aro
circular e uma pele esticada sobre ele. Ele é referido na Bíblia no livro de 2
Samuel 6.5, onde é mencionado como um dos instrumentos musicais tocados
durante a celebração da arca da aliança sendo trazida de volta a Jerusalém.
O pandeiro é um instrumento popular em diversas culturas ao redor do
mundo e é frequentemente utilizado em ritmos de samba e música folclórica
brasileira.
TAMBOR – O tambor é um instrumento musical de
percussão que é mencionado na Bíblia em Gênesis 31.27 e 1 Samuel 10.5. Ele é
conhecido por produzir sons ritmados e é frequentemente utilizado em diversas
culturas ao redor do mundo para acompanhar danças, cerimônias religiosas
e festividades. Na passagem de Gênesis, o tambor é mencionado em um
contexto de despedida, enquanto em 1 Samuel, é associado a uma prática
profética. Essas referências bíblicas mostram a presença do tambor como um elemento
cultural e religioso importante na antiguidade.
A Técnica Musical
é bem vista na Bíblia e é valorizada em várias passagens. No Salmo 47.7, é
mencionado o ato de cantar harmoniosamente como uma forma de louvor a Deus. Em
1 Samuel 17.18, Saul busca por alguém habilidoso na música, destacando a
importância dada a pessoas talentosas nessa área. Além disso, em 1 Crônicas
15.22, é mencionado que havia pessoas treinadas em música, como Kenanias, que
tinha o encargo de dirigir o canto devido ao seu entendimento musical.
O Salmo 33.3 também
destaca a importância de tocar habilmente para o Senhor, enfatizando a
qualidade e a excelência na música dedicada a Deus. Essas passagens ressaltam a
valorização da técnica musical na adoração e no louvor, demonstrando que a
habilidade e a dedicação na música são consideradas importantes na fé cristã.
Na Bíblia, um símbolo é uma representação de algo ou algum
fato por meio de outra coisa ou fato familiar, que é considerado apropriado
para servir como uma semelhança ou representação. A Palavra de Deus é rica em
linguagem simbólica, e a compreensão desses símbolos requer hermenêutica e
exegese para garantir uma interpretação real e correta do texto bíblico.
Interpretar os símbolos dentro de seus contextos de origem é
fundamental para compreendê-los adequadamente. Jesus Cristo, o Mestre,
frequentemente utilizava símbolos para ilustrar verdades espirituais
relacionadas à sua missão na Terra, como vemos em passagens como João 6.35,
8.12, 10.9 e 14.6.
A própria Bíblia, como a Palavra de Deus, é representada por
vários símbolos ao longo das Escrituras. Por exemplo, é comparada a uma
lâmpada, que guia o caminho (Salmo 119.105), a uma espada, que penetra até
dividir alma e espírito (Hebreus 4.12), a leite, que nutre e fortalece (1 Pedro
2.2), a alimento, que satisfaz a fome espiritual (Jó 23.12), e a mel, que é
doce ao paladar (Salmo 19.10). Cada um desses símbolos carrega consigo uma
profundidade de significado que enriquece a compreensão da Palavra de Deus e
suas verdades espirituais.
ALGUNS
SÍMBOLOS NA BÍBLIA
A Bíblia
está repleta de símbolos que transmitem significados profundos e universais.
Aqui estão alguns exemplos:
- Alabastro:
O alabastro é uma substância que representa fragrância, quebrantamento e
sacrifício. Essa simbologia está relacionada ao unguento derramado por uma
mulher em Jesus, como descrito nos evangelhos de Marcos 14.3, Mateus 26.7 e
Lucas 7.37. A ação de derramar o unguento de alabastro aos pés de Jesus é vista
como um gesto de adoração, humildade e entrega, simbolizando o amor e devoção
da mulher por Ele. Essa passagem bíblica ressalta a importância do alabastro
como um símbolo de devoção e sacrifício em relação a Jesus.
- Argila:
A argila simboliza a fraqueza da humanidade, representando a vulnerabilidade da
carne humana. Essa simbologia pode ser encontrada em passagens bíblicas como Jó
13.12, Isaías 64.8, 10.9 e Daniel 2.33-45. A referência à argila nessas
passagens remete à fragilidade e limitações inerentes à condição humana,
destacando a dependência do ser humano em relação a Deus e a sua natureza
finita. A argila também pode ser associada à ideia de moldabilidade e
transformação, representando a capacidade do ser humano de ser moldado e
aprimorado por meio da intervenção divina.
- Babilônia:
Babilônia é um termo frequentemente utilizado na Bíblia para representar
confusão e apostasia do pecado. No livro de Gênesis, capítulo 11, é descrita a
construção da Torre de Babel, que simboliza a arrogância e rebelião da
humanidade contra Deus, resultando na dispersão das pessoas e na multiplicação
das línguas.
Já no livro do Apocalipse, capítulos 17 e 18, Babilônia é
retratada como uma grande cidade que representa a corrupção, idolatria e
imoralidade. Ela é descrita como uma grande prostituta que seduz as nações e se
opõe a Deus. No capítulo 14, versículo 3, também do Apocalipse, é mencionado um
cântico que fala da queda de Babilônia e da sua condenação.
Portanto, Babilônia é utilizada como um símbolo da decadência
espiritual e moral, representando a oposição ao plano de Deus e a consequente
condenação.
- Balança:
A balança simboliza a honestidade e o justo juízo, conforme descrito em
Provérbios 11.1 e 16.11, Jó 31.6 e Daniel 5.27. Ela representa a equidade e a
imparcialidade nas relações humanas, tanto em questões comerciais quanto em
julgamentos. A balança é um símbolo de justiça, indicando a importância de agir
com integridade e imparcialidade em todas as situações. Ela nos lembra da
necessidade de pesar cuidadosamente nossas ações e decisões, garantindo que
sejam justas e honestas.
- Cinza:
O cinza é associado a sentimentos de lamentação e tristeza, bem como à ideia de
completa destruição, de acordo com passagens bíblicas como 2 Pedro 2.6,
Malaquias 4.3, Ezequiel 28.18, Jó 2.8, Isaías 58.5 e Mateus 11.21. Essas
referências sugerem que a cor cinza é simbolicamente ligada a momentos de
sofrimento, desolação e ruína.
- Dança:
A dança é uma expressão de alegria e regozijo, conforme mencionado em diversas
passagens bíblicas, como Jó 21.11, Salmo 30.11, Salmo 149.3, Eclesiastes 3.4,
Jeremias 31.13 e Lamentações 5.15. Essas referências destacam a dança como uma
forma de celebração e jubilo, demonstrando a importância desse gesto como parte
integrante da expressão da fé e da gratidão. A dança é vista como uma
manifestação física da alegria interior e da adoração a Deus, sendo uma prática
comum em diversas tradições religiosas ao redor do mundo.
- Enxofre:
O enxofre é um elemento químico que simboliza tormento e punição em diversas
passagens bíblicas, como em Deuteronômio 29:23, Jó 18:15, Provérbios 11:16,
Isaías 30:33, Lucas 17:29, Apocalipse 9:17 e Apocalipse 20:10. Essas
referências indicam que o enxofre está associado a castigos e sofrimentos,
sendo utilizado simbolicamente para representar a punição divina.
- Formiga:
A formiga é um inseto conhecido por sua associação com a sabedoria,
principalmente pela sua preparação e diligência. Segundo o livro de Provérbios
30:25 e 6:6 da Bíblia, a formiga é citada como um exemplo de sabedoria por sua
capacidade de se preparar para o futuro, armazenando alimentos durante o verão
para garantir sua sobrevivência no inverno. Essa característica da formiga
serve como um ensinamento sobre a importância da preparação e do trabalho
diligente para alcançar objetivos e superar desafios.
- Gafanhoto:
O gafanhoto é um inseto que representa poderes destrutivos e força em diversas
passagens bíblicas. Ele é mencionado em Apocalipse 9:3 e 9:7 como parte das
pragas enviadas por Deus, trazendo destruição. Também é citado em Naum 3:17,
Isaías 33:4, Joel 1:4 e 2:25, e Amós 4:9 como um símbolo de força e devastação.
Essas referências destacam a imagem do gafanhoto como um elemento associado a
eventos catastróficos e poderes destrutivos.
- Harpa:
A harpa é um instrumento musical que simboliza louvor e adoração a Deus. Este
simbolismo é derivado de passagens bíblicas como Salmos 150:3, 33:2, 43:4,
71:22, 147:7, bem como do Livro do Apocalipse 14:2-3 e 15:2. A harpa é
associada à música sacra e é frequentemente utilizada em contextos religiosos
para louvar e adorar a Deus. Sua presença nas escrituras e sua associação com a
adoração a Deus a tornam um símbolo poderoso de fé e devoção.
- Incenso:
O incenso tem um significado simbólico importante em várias tradições
religiosas. No contexto bíblico, o incenso representa a intercessão, as orações
e a fragrância. O livro de Levítico 2.1-2 descreve como o incenso era utilizado
como parte das ofertas de cereal no templo. Êxodo 30.34 menciona a receita
específica para o incenso que deveria ser queimado no tabernáculo. Números 5.5
e Cantares de Salomão 3.6 também fazem menção ao uso do incenso em contextos
religiosos.
Além disso, o incenso é mencionado no livro do Apocalipse
18.13 como um dos itens de luxo que serão lamentados quando a Babilônia cair.
E, por fim, no Novo Testamento, o evangelho de Mateus 2.11 relata que o incenso
foi um dos presentes trazidos pelos magos para Jesus após o seu nascimento.
Assim, o incenso é um símbolo significativo de adoração,
intercessão e reverência em várias passagens bíblicas.
- Joias:
o simbolismo das joias, representando tesouros especiais e o povo de Deus como
seu povo peculiar. Essa ideia é baseada em passagens bíblicas como Malaquias
3:17, 1 Coríntios 3:12, Êxodo 19:5, Deuteronômio 14:2, Salmos 135:4, 1 Pedro
2:9 e Tito 2:14. Essas referências destacam a importância do povo de Deus e a
preciosidade que eles representam, comparando-os a joias valiosas e especiais.
- Latão:
o "latão" como um símbolo que representa o julgamento contra o pecado
e o sofrimento. Ele faz referência a passagens bíblicas como Jó 40.18, Daniel
7.19, Números 21.5-10, Deuteronômio 33.25, Apocalipse 1.15, Levítico 26.19 e
Deuteronômio 28.23. Essas passagens da Bíblia associam o latão a temas como
julgamento divino, castigo e sofrimento como consequências do pecado. O latão,
portanto, é utilizado como um símbolo de justiça divina e consequências para as
ações humanas.
- Machado:
machado como um símbolo de julgamento e guerra, citando passagens bíblicas como
Lucas 3:9, Jeremias 51:20, Ezequiel 26:9 e Mateus 3:10. Essas passagens indicam
a associação do machado com a ideia de julgamento e destruição, simbolizando a
ação de Deus contra aqueles que não produzem frutos bons. Dessa forma, o
machado é utilizado como uma metáfora para representar a justiça divina e a
guerra espiritual.
- Nuvem e
coluna de fogo: A nuvem e a coluna de fogo são símbolos que representam a
cobertura divina, direção, controle e provisão. Esses elementos são mencionados
em diversas passagens bíblicas, como em Êxodo 13.21-22, Salmos 18.11 e 104.3,
Isaías 19.1, Ezequiel 1.4, Mateus 24.30, Apocalipse 1.7 e 1 Tessalonicenses
4.17.
No Êxodo, a nuvem e a coluna de fogo foram manifestações
visíveis da presença de Deus durante a jornada do povo de Israel pelo deserto.
A nuvem os protegia do calor do dia, enquanto a coluna de fogo os iluminava
durante a noite, simbolizando a cobertura divina sobre o povo escolhido.
Esses símbolos também representam a direção e o controle de
Deus sobre seu povo, guiando-os em sua jornada e mostrando-lhes o caminho a
seguir. Além disso, a nuvem e a coluna de fogo também simbolizam a provisão
divina, mostrando que Deus supre as necessidades de seu povo e está sempre
presente para cuidar e proteger.
Essas representações também são associadas a eventos futuros,
como a segunda vinda de Cristo, conforme mencionado em Mateus 24.30 e
Apocalipse 1.7, onde a vinda do Senhor será acompanhada por sinais no céu,
incluindo a imagem de uma nuvem.
Portanto, a nuvem e a coluna de fogo são símbolos poderosos
da presença e do cuidado de Deus pelo seu povo, tanto no passado quanto no
futuro.
- Oriente:
Oriente simboliza o nascer do sol, representando o início de um novo dia e a
luz de Deus que ilumina o mundo. A referência bíblica de Salmos 103:12 fala
sobre o afastamento dos pecados pelo oriente, mostrando a purificação e
redenção que a luz de Deus traz. Apocalipse 7:21 menciona a glória que vem do
oriente, indicando a origem divina da grandeza e magnificência. Gênesis 3:24
descreve a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, guardada pelo querubim e
pela espada flamejante que se movia para o oriente, simbolizando a separação do
homem do paraíso e o caminho de volta para Deus. Apocalipse 16:12 também faz
menção ao oriente como um ponto de referência para a vinda do juízo divino.
Ezequiel 43:1-2 relata a visão do templo e a glória de Deus vindo do oriente,
destacando a presença e a majestade do Senhor.
- Pulseira:
A pulseira tem um significado simbólico importante em diversas culturas e
tradições. No contexto bíblico, a pulseira representa a promessa de casamento e
também é considerada um penhor. Isso é mencionado em passagens como Gênesis
24:22, 30, 37; 38:18 e Isaías 3:19. Além disso, o livro de Ezequiel 16:11
também faz referência à pulseira como parte da vestimenta e adorno associado à
promessa de casamento.
Essa conexão entre a pulseira e a promessa de casamento
reflete a importância cultural e simbólica desse acessório como um símbolo de
compromisso e fidelidade. Na tradição bíblica, a pulseira é mais do que um
simples adorno, mas sim um sinal tangível da intenção de se unir em matrimônio.
- Ramos
(Palmeira): Os Ramos de Palmeira simbolizam vitória e regozijo, sendo
especialmente associados à Festa dos Tabernáculos, conforme descrito em
Levítico 23.40, Neemias 8.15, João 12.13 e Salmos 7.8. Esses ramos são
utilizados em celebrações e festividades religiosas, representando a alegria e
a vitória espiritual. Eles são um símbolo de triunfo e alegria, marcando
momentos de comemoração e gratidão.
- Sangue:
É símbolo da vida de toda a carne (Lv 17.11; Gn 9.5; 49.11; Hb 2.12; Is 34.3;
Mt 27.25).
- Trapo:
Representa pobreza e desolação (Is 64.6; Pv 23.21; Jr 38.11-12).
- Veneno:
É símbolo de mestres maus e malignidade (Sl 140.3; Dt 32.33; Jó 20.16; Rm 3.13;
Tg 3.8).
Esses símbolos, encontrados na Bíblia, ajudam a transmitir significados
profundos e conceitos espirituais de maneira acessível e visualmente
impactante.
SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Fogo: Representa a purificação e o poder
do Espírito Santo (Lc 3.16). Assim como o fogo remove a escória dos metais, o
Espírito Santo purifica o coração humano.
O fogo é frequentemente usado como
símbolo de purificação e poder espiritual em várias tradições religiosas. No
contexto cristão, o fogo é associado à purificação e ao poder do Espírito
Santo, como mencionado em Lucas 3.16. A analogia é feita entre o fogo que
remove a escória dos metais e o Espírito Santo que purifica o coração humano.
Assim como o fogo é capaz de purificar os metais, o Espírito Santo é
entendido como aquele que purifica a alma e o coração das impurezas
espirituais. Ele remove as impurezas, os pecados e as imperfeições do ser
humano, tornando-o mais próximo da santidade e da perfeição espiritual.
Essa representação do fogo como uma
força purificadora e transformadora está enraizada na crença de que o Espírito
Santo atua de forma poderosa na vida das pessoas, trazendo renovação,
restauração e santificação. É um símbolo do poder divino que transforma e
purifica a vida daqueles que o recebem.
Água: Assim como o fôlego, a água é essencial para a vida. O ESPÍRITO da
Verdade flui da Palavra como águas vivas, nutrindo e revigorando o crente,
capacitando-o (Uma cachoeira - água em movimento - gera energia elétrica que
ilumina uma cidade inteira). Em Isaías 44.3, o Senhor promete derramar água
sobre o sedento e rios sobre a terra seca. O ESPÍRITO da Verdade flui da
Palavra como águas vivas, nutrindo e revigorando o crente, capacitando-o [...].
A água está presente em três regiões do Universo: na expansão dos céus (Gn
1.6-10); sobre a face da terra (Gn 7.11); debaixo da terra (Jo 38.30). Isso é
uma representação real do ESPÍRITO SANTO - Ele opera nas três dimensões da
constituição humana, promovendo a regeneração do espírito, da alma e do corpo
(cf. 1 Ts 5.23). A operação milagrosa do ESPÍRITO no homem resulta em um tipo
de "purificação da regeneração e renovação do ESPÍRITO SANTO".
Pomba: A pomba é um símbolo que representa simplicidade e pureza. Além disso,
ela também é associada ao Espírito Santo, como mencionado em Mateus 3.16 e
10.16. A simplicidade da pomba reflete a pureza e a simplicidade do Espírito
Santo em sua obra. Essa relação simbólica destaca a natureza pura e
descomplicada do Espírito Santo em sua atuação.
Vento: O vento é frequentemente usado como símbolo do Espírito Santo na
Bíblia, representando sua ação poderosa e invisível na vida das pessoas. O
texto faz referência a passagens bíblicas, como João 3.8, que compara o
Espírito Santo ao vento, destacando sua natureza misteriosa e influência
transformadora.
A metáfora do vento também é
associada à ressurreição, como mencionado em Ezequiel 37.9,10, onde o vento é
descrito como capaz de reviver os ossos secos. Da mesma forma, o Espírito Santo
é visto como aquele que traz vida e renovação à igreja, movendo-a com seu poder
e restaurando-a espiritualmente.
Dessa forma, o texto destaca a ação
do Espírito Santo como vital para a vivificação espiritual e renovação da
igreja, comparando-a ao poder do vento que traz vida aos ossos secos. Essa
comparação reforça a importância da presença do Espírito Santo na vida dos
fiéis e na comunidade cristã.
Selo: O selo é um símbolo da autenticidade, confirmação, garantia e segurança
da presença do Espírito Santo na vida do crente (Ef 1.13; 2Co 1.22). Ele também
representa a irrevogabilidade da promessa de Deus e a preservação dos salvos.
No contexto das Escrituras, o selo
representa diversos significados e aplicações:
- Autenticidade (1 Coríntios 9.2)
- Confirmação (João 6.27)
- Fundamento (2 Timóteo 2.19)
- Garantia (Gênesis 38.18)
- Irrevogabilidade (Ester 8.8; Daniel
6.17)
- Juramento (Jeremias 22.24)
- Justiça e Fé (Romanos 4.11)
- Mistério (Apocalipse 5.1)
- Preservação (Apocalipse 9.4)
- Promessa (Efésios 1.13)
- Redenção (Efésios 4.30)
- Segurança (Mateus 27.66; Apocalipse
20.3)
- Vida (Apocalipse 7.2).
Óleo: O óleo tem sido historicamente
usado como um símbolo do Espírito Santo, representando sua capacitação, unção e
cura. O texto bíblico de Zacarias 4.2-6 faz referência a essa simbologia. No
Antigo Testamento, o óleo era utilizado para ungir reis e sacerdotes,
conferindo-lhes autoridade e consagração para o serviço a Deus. Da mesma forma,
o Espírito Santo unge e capacita os crentes, concedendo-lhes os dons
necessários para o cumprimento da vontade divina. A unção do Espírito Santo
representa a consagração e a capacitação para o serviço de Deus, demonstrando a
importância da presença e atuação do Espírito na vida dos crentes.
A descrição da criação na
Bíblia, especialmente no livro do Gênesis, levanta questões sobre como
interpretá-la: como ciência, fábula ou revelação divina?
Não científica na forma: A descrição da criação no
Gênesis não segue os padrões da linguagem científica contemporânea. Isso é
compreensível, pois a utilização de terminologia científica do século XX seria
incompreensível para os leitores de séculos passados e até mesmo para muitos
leitores atuais sem uma preparação científica adequada.
Científica na substância?: Embora não seja científica
na forma, a questão permanece se a descrição do Gênesis é científica em seu
conteúdo. Aqui, houve conflitos entre conclusões prematuras da ciência e
supostas deduções científicas da Escritura. No entanto, estudos posteriores
mostraram que muitas dessas conclusões científicas eram inválidas ou mal
interpretadas.
Não uma fábula: Não é fácil considerar a
narrativa do Gênesis como uma fábula no sentido popular (puramente imaginária)
ou clássico (uma exposição simbólica). A descrição dos eventos é apresentada de
forma simples, mas expressiva, permitindo uma compreensão acessível para todas
as épocas.
Revelação divina: O primeiro capítulo do
Gênesis é considerado uma revelação divina. Essa revelação é anterior a Moisés
e não deve ser vista como uma versão das tradições politeístas dos fenícios ou
babilônicos. A obra criadora de Deus só poderia ser revelada por Deus, e essa
revelação é considerada perfeita e inviolável nos cinco livros de Moisés.
A Teoria
Geológica da Criação (TGC) oferece uma interpretação do relato da criação presente nos capítulos 1
e 2 do Livro do Gênesis, reconhecendo sua relevância teológica e adaptando-a
aos conhecimentos científicos contemporâneos. Aqui estão os principais pontos
dessa teoria:
Interpretação dos dias da semana como divisões do tempo: Os defensores da TGC argumentam que
os dias da criação não devem ser entendidos literalmente, mas sim como divisões
simbólicas do tempo, assim como anos e eras. O objetivo principal do texto é
afirmar a origem divina da criação, não descrever detalhadamente o processo
temporal.
Compatibilidade com a ordem científica da criação: Ao interpretar os dias como fases
prolongadas, os teóricos da TGC afirmam que o relato do Gênesis está de acordo
com a ordem em que o mundo foi criado, conforme entendido pela ciência. Esta
interpretação permite que o relato bíblico seja visto como uma afirmação de fé
sobre quem criou o mundo, em vez de um relato científico preciso.
O tempo na Bíblia como tempo lógico, não cronológico: A TGC argumenta que o tempo
mencionado no Gênesis é mais uma representação lógica do que uma contagem
cronológica literal. Os dias e noites são entendidos como formas literárias que
facilitam a compreensão do processo criativo divino.
Interpretação das fases da criação: Os defensores da TGC dividem as
ações divinas em fases que correspondem aos dias da criação. Por exemplo, a
separação da luz e das trevas no quarto dia é interpretada como a formação do
sistema solar e dos corpos celestes. Essa abordagem permite uma interpretação
mais flexível e simbólica do relato da criação.
A criação do homem como culminância da obra divina: Na sexta fase, Deus cria o homem
como a culminância de sua obra criativa. Isso não é visto como um processo de
evolução natural, mas como uma ação direta de Deus, destacando a importância e
o propósito especial da humanidade na criação.
A Teoria da Lacuna, proposta por alguns comentaristas, sugere
que entre os versículos 1 e 2 do Gênesis houve uma grande catástrofe que
destruiu a criação original de Deus. Segundo essa teoria, o verso 1 descreve a
criação inicial do universo por Deus, enquanto o verso 2 descreve o estado
arruinado desse universo após a catástrofe, e os versículos seguintes descrevem
a reconstituição desse universo por Deus. No entanto, essa teoria é contestada
por argumentos linguísticos e não tem base sólida, sendo desmentida até mesmo
pela geologia.
Por outro lado, a exposição bíblica da criação utiliza
duas palavras hebraicas principais para descrever a ação criadora de Deus:
"bara" (criar) e "asah" (fazer). A palavra "bara"
é usada especialmente nos versículos que enfatizam o início de todos os seres
em geral, dos seres animados e dos seres espirituais. Seu significado exato é
difícil de determinar, mas implica a ideia de trazer à existência algo
inteiramente novo, sem usar materiais preexistentes. Já a palavra
"asah" é mais ampla e pode ser usada para indicar a produção de algo
a partir de materiais preexistentes.
No versículo 1, a ideia de "criação" exclui
a existência de materiais preexistentes, implicando que as coisas foram
produzidas "do nada". Nos versículos 21 e 27, no entanto, não há
restrição quanto ao uso de materiais preexistentes. O importante é destacar que
a palavra "bara" sugere a produção de algo completamente novo que
antes não existia, independentemente do uso de materiais preexistentes.
A narrativa da criação no Livro do Gênesis é rica em simbolismo e profundidade
espiritual, não devendo ser interpretada de forma estritamente literal. Os
"dias" da criação podem ser entendidos de várias maneiras, desde dias
literais de 24 horas até períodos de tempo mais amplos. Alguns argumentam que
os dias da criação representam idades geológicas, enquanto outros sugerem que
são uma representação dramática dos eventos. A interpretação espiritual e
religiosa da narrativa destaca a relação entre Deus e Suas criaturas,
ressaltando a primazia do homem na criação.
O texto bíblico enfatiza a ação criadora de Deus, que é
descrita como uma atividade planejada e ordenada. Deus cria a luz, separa as
águas, forma o firmamento, separa a terra seca das águas, cria a vegetação,
estabelece os luzeiros celestes, cria os animais marinhos e os pássaros, e
finalmente cria o homem à Sua imagem e semelhança. Em cada etapa, Deus declara
que Sua obra é boa, destacando Sua soberania sobre toda a criação.
A expressão "No princípio, Deus criou" enfatiza a origem divina de todas as
coisas e a soberania de Deus sobre o universo. O relato da criação destaca a
bondade intrínseca da criação de Deus e Sua preocupação com a ordem e o
propósito de Sua obra. A descrição poética dos "dias" da criação
ressalta a harmonia e a beleza da obra divina, enquanto a ênfase na tarde e na
manhã sugere a ideia de ordem e progressão na criação.
No geral, a narrativa da criação no Livro do Gênesis é um testemunho da grandeza e da
bondade de Deus como Criador e Senhor do universo. Ela convida os leitores a
contemplarem a beleza e a maravilha da criação divina e a reconhecerem a
soberania de Deus sobre todas as coisas.
A revelação de Deus na Bíblia é descrita como a revelação de um
ser infinito, eterno e auto-existente, que é a causa primária de tudo o que
existe. Deus é apresentado como um ser pessoal que criou o homem à Sua imagem e
semelhança, capacitando-o a comunicar-se e a ter comunhão com Ele. Ele é também
descrito como um ser moral que criou todas as coisas boas e sem pecado. A
entrada do pecado na humanidade ocorreu quando Eva foi tentada pela serpente,
introduzindo o pecado no mundo.
Deus criou todas as coisas nos céus e na terra, trazendo ordem e forma ao universo
a partir de um estado inicial de caos e escuridão. Ele utilizou o poder de Sua
palavra para trazer à existência o que antes não existia, falando e fazendo com
que os céus e a terra existissem. A Trindade divina desempenhou um papel ativo
na obra da criação: o Filho é descrito como a Palavra de Deus, por meio de quem
todas as coisas foram feitas; o Espírito Santo é representado como pairando
sobre a criação, preservando-a e sustentando-a.
A narrativa da criação destaca a soberania de Deus sobre toda
a criação, Sua bondade intrínseca na obra da criação e Sua preocupação com o
propósito e a ordem da criação. O relato da criação convida os leitores a
contemplarem a grandeza e a beleza da obra divina e a reconhecerem a soberania
de Deus sobre todas as coisas.
O propósito da criação, conforme expresso na Bíblia, é
manifestar a glória, a majestade e o poder de Deus. Os céus e a terra,
juntamente com todas as suas maravilhas e belezas, são testemunhos da grandeza
divina. Ao contemplar a vastidão do universo e a complexidade da natureza,
somos levados a reconhecer a grandiosidade do Criador.
Além disso, a criação é projetada para trazer glória e honra
a Deus. Cada elemento da natureza, desde o sol e a lua até os animais e as
plantas, é um testemunho da grandeza e da bondade de Deus, e todos eles louvam
e glorificam o seu Criador. A criação está destinada a refletir a glória de
Deus e a inspirar os seres humanos a renderem-lhe louvor e adoração.