ESTUDADO DA BÍBLIA

ESTUDO SOBRE A  BÍBLIA

A BÍBLIA É...

O mapa do viajante

O cajado do peregrino

A bússola do piloto

A espada do soldado

O paraíso restaurado

O céu aberto.

(EBESP 2000, p7).[i]


 

"As Escrituras, pelo seu próprio peso, esmagam todos os rivais".

“Dr. George Smith” (STPLM)[ii]

"A bíblia não é um simples livro; É um Ser vivo que tem o poder de conquistar, os seus adversários".

Napoleão Bonaparte[iii]

A palavra "Bíblia" não é encontrada na Escritura. Ela tem origem no termo grego biblos, que se refere à cidade fenícia de Biblos, um importante centro de produção de rolos de papiro utilizados para fazer livros. Com o tempo, biblos passou a significar "livro", e Bíblia é a forma plural dessa palavra. No Novo Testamento, aparece três vezes: "Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma delas fosse escrita, cuidado que nem mesmo o mundo todo poderia conter os livros (biblion) que se escrevessem. Amém!" (Jo 21.25); "Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros (biblion), principalmente os pergaminhos" (2Tm 4.13); "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros (biblion)..." Na verdade, a Bíblia é uma coleção de livros e também é conhecida simplesmente como "o Livro", "o Livro dos Livros" e "o Livro Sagrado”. (SBB 2013).[iv] 

O termo "Bíblia" foi utilizado pela primeira vez para se referir às Sagradas Escrituras pelo teólogo cristão Orígenes, por volta de 250 d.C., embora alguns afirmem que foi João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV. Orígenes usou o termo "Bíblia" pela primeira vez para se referir aos livros do Novo Testamento (NT). Mais tarde, por volta do ano 800 d.C., o termo foi incorporado ao latim para designar o conjunto dos livros sagrados. A partir do latim, o termo se espalhou para outras línguas, como o inglês, onde é chamado de Bible; em alemão, Bibel; em italiano, Bibbia, e assim por diante.

A BÍBLIA

O Autor da Bíblia é Deus. Deuteronômio 10.4; A expressão "Assim diz o Senhor" é como o carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros. E é a palavra de Deus (SI 119.89; Hb 1.1; Jo 10.35; 2Pd 1.21), ela revela os propósitos de Deus (Rm 1.16; 1Pd 2.2; Rm15.4). Apresenta a verdade ao homem (Pv 20.5; SI 119.105; Jo 10.35; 2Tm 3.15-17), apresenta a salvação em Jesus Cristo (Jo 3.16; Hb 1.1,2; At 16.31). Tem autoridade em sim mesma (Is 34.16; 8.20; Mt 5.17,18; At 17.11; Fp 3.16; 2Tm1.13).

A Bíblia é a palavra de Deus, Deuteronômio 10.4; A expressão "Assim diz o Senhor" é como um selo de autenticidade divina, aparecendo mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros. Ela revela os propósitos de Deus (Rm 1.16; 1Pd 2.2; Rm15.4), e apresenta a verdade ao homem (Pv 20.5; SI 119.105; Jo 10.35; 2Tm 3.15-17). Além disso, a Bíblia apresenta a salvação em Jesus Cristo Cristo (Jo 3.16; Hb 1.1,2; At 16.31), e possui autoridade em si mesma (Is 34.16; 8.20; Mt 5.17,18; At 17.11; Fp 3.16; 2Tm1.13).

A própria Bíblia afirma sua infalibilidade e autoridade, algo que nenhum outro livro faz. Essa afirmação é evidenciada em passagens como "Disse o Senhor a Moisés" (Ex 14.1,15,26; 16.4; 25.1; Lv.1.1; 4:1; 11.1; Nm 4.1; 13.1; Dt 32.48), "O Senhor é quem fala" (Is 1.2), "Disse o Senhor a Isaías" (Is 7.3), "Assim diz o Senhor" (Is.43.1), entre outras expressões semelhantes encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. O Antigo Testamento afirma ser a revelação de Deus, e o Novo Testamento também reivindica autoridade, como em 1Co 14.37, 1Ts 2.13, 1Jo 5.10 e outras passagens. Essas escrituras afirmam que as palavras são de origem divina e devem ser recebidas como tal, reconhecendo a autoridade de Deus sobre elas.

A Bíblia é conhecida por diversos nomes e títulos que refletem sua natureza e importância:

 

- Palavra de Deus (Hb 4.12)

- Palavra da Vida (At 7.38)

- Palavra da Verdade (2Tm 2.15)

- Palavra (At 16.6)

- Palavra de Cristo (Cl 3.16)

- Sagradas Letras (2Tm 3.15)

- Escrituras (Lc 24.32)

- Escritura (Tg 4.5)

- Lei do Senhor (SI 1.2)

- Livro do Senhor (Is 34.16)

O Espírito Santo é reconhecido como o intérprete da Bíblia, conforme mencionado em 2 Timóteo 3.16: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça". É o Espírito de Deus quem falou através dos escritores, como evidenciado em passagens como Ezequiel 11.5, 2 Crônicas 20.14 e 24.20. Deus mesmo testemunha a sua Palavra, como visto nos Salmos 78.1, Isaías 51.15-16 e Zacarias 7.9,12. Os próprios escritores demonstram ter inspiração divina, conforme destacado em passagens como 2 Reis 17.13, Neemias 9.30, Mateus 2.15, Atos 1.16, 3.21, 1 Coríntios 2.13, 14.37, Hebreus 1.1 e 2 Pedro 3.2.

A QUESTÃO PRINCIPAL DA BÍBLIA É A PRESENÇA DE JESUS CRISTO

Ele mesmo nos revela isso em Lucas 24.44 e João 5.39 (também mencionado em Atos 3.18, 10.43 e Apocalipse 22.16). Podemos agrupar os 66 livros em quatro categorias que se referem a Ele como centro:

Preparação - ANTIGO TESTAMENTO: Trata da preparação para o advento do Senhor Jesus Cristo.

Manifestação - OS EVANGELHOS: Tratam da encarnação, manifestação e vida de Jesus.

Explanação - EPÍSTOLAS: Dão a explanação da doutrina de Cristo.

Consumação - APOCALIPSE: Trata da consumação de todas as coisas preditas através de Cristo.

Portanto, a Bíblia sem Jesus seria como a física sem a matéria e a matemática sem os números. (SILVA, 1986, p 9).[v]

Escritores

Acredita-se que as Escrituras foram escritas ao longo de um período de 1.600 anos, por cerca de 40 homens de diferentes profissões e envolvidos em diversas atividades, incluindo reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas e estudiosos, entre outros. Moisés, um líder político que estudou nas universidades do Egito (Atos 7.22-43); Josué, um general (Êxodo 17.11-13; 33.11; Deuteronômio 34.9; Josué 3.15-16); reis como Davi e Salomão; agricultores como Amos (Amós 7.14-15); pastores como Davi (1 Samuel 16.11; 19); advogados como Samuel; um copeiro como Neemias; profetas, como Jeremias, filho de sacerdote (Jeremias 1.1-8); um primeiro-ministro como Daniel (Daniel 6.3); pescadores como Pedro e João (Mateus 4.18); um coletor de impostos como Mateus (Mateus 9.9); médicos como Lucas (Colossenses 4.14); um rabino como Paulo (Atos 22.3). Esses escritores tinham origens culturais e classes sociais diversas, e viveram em países, regiões e continentes distantes uns dos outros, em épocas e condições diversas. No entanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita. A maioria dos escritores da Bíblia era de origem judaica, com exceção do Evangelho de Lucas e, provavelmente, do Livro de Atos.

ESCRITOS EM DIFERENTES CONDIÇÕES:

 - Moisés, no deserto;

- Jeremias, numa masmorra;

- Daniel, numa colina e num palácio;

- Paulo, dentro de uma prisão;

- Lucas, enquanto viajava;

- João, na ilha de Patmos;

- Outros, nos rigores de uma campanha militar.

ESCRITOS EM DIFERENTES CONDIÇÕES:

- Davi, em tempos de guerra;

- Salomão, em tempos de paz.

ESCRITOS SOB DIFERENTES CIRCUNSTÂNCIAS:

Alguns escreveram enquanto experimentavam o auge da alegria, enquanto outros escreveram numa profunda tristeza e desprezo.

ESCRITOS EM TRÊS CONTINENTES:

- Ásia;

- África;

- Europa.

Isso confirma que apenas Deus os guiava no registro da revelação divina.

ÚNICA EM SOBREVIVÊNCIA:

- Aos Tempos – Desde manuscritos a impressos modernos;

- Às Perseguições – Queima, proibição, ilegalidade;

- Às críticas de Incrédulos.

A Bíblia é o livro mais vendido do mundo[1]. Também foi o mais queimado nos Séculos II e III, no reinado de Antíoco Epifânio, rei da Síria (175-164 a.C.), e nos anos 284-305 d.C., durante o reinado do feroz imperador romano, Diocleciano. Este último destruiu quantas cópias das Escrituras encontrou, chegando a acreditar que tivesse destruído todas.

Apesar dos ataques e perseguições ao longo da história, a Bíblia continua sendo o livro mais lido do mundo. Transformou inúmeras vidas e culturas até o presente século, e acreditamos que continuará libertando aqueles que buscarem nela refúgio. Apesar dos questionamentos da ciência, psicologia e movimentos políticos, a Bíblia permanece tão verdadeira e relevante como quando foi escrita.

A Bíblia, de acordo com 2 Timóteo 3.16, é considerada inspirada por Deus e aprovada por Cristo, conforme Mateus 4.4 e João 7.42. Ela foi usada como instrumento de ensino por Cristo (Lucas 24.27) e lida por ele durante sua vida (Lucas 4.14-22), cumprindo assim as escrituras (Mateus 5.17; Atos 8.32). Os apóstolos também a utilizaram para ensinar (Atos 2.16-39).

A Bíblia é descrita como possuidora de um poder incomparável (Salmo 119.11), um valor incomparável (2 Timóteo 3.15), uma procedência incomparável (2 Timóteo 3.16; 2 Pedro 1.21), um objetivo incomparável (2 Timóteo 3.17), um conteúdo incomparável (Salmo 119.13), um resultado incomparável (João 20.31) e uma atuação incomparável (Efésios 6.17).

Ela é considerada um livro eterno (Salmo 19.9; 119.89), santo (Romanos 7.12; 1 Timóteo 6.3), puro (Salmo 19.8; 119.140), verdadeiro (Salmo 19.9; 119.142) e perfeito (Salmo 19.7).

A Bíblia é comparada a diversas lâmpadas: a lâmpada da Lei, que ilumina a consciência (Provérbios 20.27); a lâmpada da graça, que representa o amor (Lucas 15.8); a lâmpada do testemunho, que traz vida (Mateus 5.15); a lâmpada apagada, que simboliza a morte (Jó 18.6); e a lâmpada ultrapassada, que representa a glória (Apocalipse 22.5).

A COLEÇÃO DOS LIVROS

A Bíblia possui diferentes números de livros de acordo com as tradições religiosas: 24 para os judeus, 66 para os protestantes, 73 para os católicos e 78 para a maioria dos ortodoxos. Os livros variam em extensão, podendo ter desde uma única página até dezenas, mas todos são divididos em capítulos, geralmente com cerca de uma ou duas páginas de extensão. Cada capítulo é subdividido em versículos, que consistem em trechos de algumas linhas ou frases curtas. No hebraico, o termo para versículo é "pasuk" (plural "pesukim").

A forma de divisão do texto hebraico é sutilmente diferente daquela usada pelos cristãos, tanto para capítulos quanto para versículos. Por exemplo, o livro de 1Crônicas 5.27-41 nas bíblias em hebraico é numerado como 1Crônicas 6.1-15 nas traduções cristãs. Além disso, existem pequenas variações entre as versões católicas e protestantes.

A Bíblia protestante é composta por um total de 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. A coleção dos 39 livros do Antigo Testamento foi reconhecida provavelmente por Esdras entre 456 a 330 a.C. e mais tarde foi ratificada em Jâmnia, perto da atual Jafa, na Palestina, em um concílio presidido por Joanan Bem Zakai, por volta do ano 90 a.C. Foi também nessa época que os livros apócrifos foram definitivamente rejeitados e o cânon foi fixado.

Jerônimo traduziu o cânon da Septuaginta para o latim entre 385 e 405 d.C., resultando na Vulgata Latina, a versão universal católico-romana. Durante a Reforma, Lutero recorreu ao hebraico e surpreendeu-se ao não encontrar os apócrifos, o que o levou a fazer uma nova versão para o alemão baseada no cânon judaico.

Aqui está uma comparação dos livros da Bíblia Hebraica, do Antigo Testamento e da Bíblia Grega (LXX):

Pentateuco:

- Bíblia Hebraica: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Profetas anteriores:

- Bíblia Hebraica: Josué, Juízes, 1–2 Samuel, 1–2 Reis

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Josué, Juízes, Rute, Sobre os Reinos 1–2 (1–2 Samuel), Sobre os Reinos 3–4 (1–2 Reis), Esdras 1 (pseudepígrafo), Esdras 2 (Esdras-Neemias), Ester (com fragmentos gregos), Judite (apócrifo), Tobias (apócrifo), Macabeus 1–2 (apócrifos), Macabeus 3–4 (pseudepígrafos), Salmos e Odes (Odes: pseudepígrafo), Sabedoria de Salomão (apócrifo), Sirácida (= Eclesiástico: apócrifo), Salmos de Salomão (pseudepígrafo)

Profetas posteriores:

- Bíblia Hebraica: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Daniel (com adições apócrifas: 3.24-90; 13 e 14)

Escritos:

- Bíblia Hebraica: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Lamentações, Daniel, Esdras, Neemias, 1–2 Crônicas

- Antigo Testamento: Os mesmos livros

- Bíblia Grega (LXX): Isaías, Jeremias (inclui Lamentações, Baruque e Carta de Jeremias. Os dois últimos são apócrifos), Ezequiel, Daniel (com adições apócrifas: 3.24-90; 13 e 14)

Aqui está a ordem dos livros na Bíblia Católica em comparação com a Bíblia Protestante:

Pentateuco:

Bíblia Católica: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Bíblia Protestante: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio

Livros Históricos:

Bíblia Católica: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (hebraico + grego), 1 Macabeus, 2 Macabeus

Bíblia Protestante: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester (hebraico)

Livros Sapienciais:

Bíblia Católica: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (Coélet), Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico (Sirácida)

Bíblia Protestante: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes (Coélet), Cântico dos Cânticos

Livros Proféticos:

Bíblia Católica: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel (Grego e Hebraico), Doze Profetas Menores (2 livros)

Bíblia Protestante: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel (hebraico), Doze Profetas Menores (12 livros)

 TERMO CÂNON

 O termo cânon foi inicialmente utilizado por Orígenes (185-254 d.C) para se referir aos livros da Bíblia. A origem da palavra grega "kanon" remonta ao hebraico "kaneh", que tem o significado de junco ou vara de medir, conforme descrito em Apocalipse 21.15.

 O termo também aparece no original em Ez 40.5. No contexto religioso, cânon significa norma ou regra, e é utilizado com esse sentido em vários textos do Novo Testamento (Gl 6.16; 2Co 10.13, 15; Fp 3.16). A Bíblia é o nosso guia para a fé e a conduta cristã.

TRADUÇÃO

A primeira tradução da Bíblia foi realizada entre 200 e 300 anos antes de Cristo, por 70 sábios conhecidos como "Septuaginta" (ou Tradução dos Setenta). A cópia mais antiga da Septuaginta está na Biblioteca do Vaticano, datada de 325 d.C. Os 39 livros do Antigo Testamento (excluindo os apócrifos) foram codificados por volta de 400 a.C. e são aceitos pelo cânon judaico, protestantes, católicos ortodoxos, Igreja Católica Russa e parte da Igreja Católica tradicional.

 

Os livros apócrifos, que não faziam parte da coleção hebraica quando foram elaborados pelos setenta, foram estabelecidos no final do Século I d.C. e começaram a ser desenvolvidos por novos cristãos em traduções coptas (Egito), etíopes (Etiópia), siríacas (norte da Palestina) e em latim. Em 382 d.C., o bispo de Roma nomeou Jerônimo para fazer a tradução oficial das Escrituras, conhecida como "Vulgata", escrita na língua do povo comum.

 O critério de beatificação do Novo Testamento foi estabelecido em dois Concílios: o Concílio Damasino de Roma em 382 d.C. e o Concílio de Cartago em 397 d.C. Alguns comentaristas consideram este último como o terceiro. 

Em 1546, durante o Concílio de Trento, a Igreja Católica ratificou a autoridade da Vulgata Latina e condenou aqueles que a rejeitavam como parte do movimento da Contrarreforma.

algumas informações sobre os idiomas com escritura e traduções da Bíblia em inglês ao longo do tempo:

IDIOMAS COM ESCRITURA:

África: 918 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 928 idiomas com Bíblia completa, totalizando 2.212 idiomas.

Ásia: 223 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 236 idiomas com Bíblia completa, totalizando 589 idiomas.

Austrália, Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico: 155 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 224 idiomas com Bíblia completa, totalizando 417 idiomas.

Europa: 112 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 35 idiomas com Bíblia completa, totalizando 208 idiomas.

América do Norte: 41 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 28 idiomas com Bíblia completa, totalizando 76 idiomas.

Ilhas do Caribe, México, América Central e América do Sul: 120 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 264 idiomas com Bíblia completa, totalizando 411 idiomas.

Línguas Construídas: 2 idiomas com algumas partes do Novo Testamento, 0 idiomas com Bíblia completa, totalizando 3 idiomas.

TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM INGLÊS:

Traduções em Inglês Antigo (300-1100 d.C):

Os primeiros cristãos chegaram à Bretanha por volta de 300 d.C.

Anglos, Saxões e Jutos chegaram à Bretanha por volta de 400 d.C.

Evangelização dos Anglos, Saxões e Jutos ocorreu entre 500 e 700 d.C.

Apenas trechos da Bíblia foram traduzidos para o "inglês antigo" entre 700 e 1100 d.C.

TRADUÇÕES EM INGLÊS MÉDIO (1100-1500)

A invasão normanda estabeleceu a influência francesa no desenvolvimento da língua e criou o "inglês médio" em 1066.

Personagens importantes: John Wycliffe — faleceu em 1384. Ele queria levar o evangelho aos plebeus e começou a traduzir do latim para o inglês em 1380. Foi auxiliado por Nicholas de Hereford, cuja tradução seguia de perto a Vulgata latina, e John Purvey, cuja revisão da tradução de Nicholas usava expressões mais idiomáticas.

Fatos importantes no final desse período: A Renascença — houve um avivamento da cultura que promoveu uma renovação no interesse pelos originais hebraicos e gregos. Também surgiu um novo desafio à autoridade.

A invenção da imprensa (1453) — tornou o material impresso, antes restrito a poucos, disponível para as massas.

A Reforma Protestante (iniciada em 1517) — Martinho Lutero e aqueles que o sucederam desejavam intensamente colocar a Bíblia nas mãos das pessoas comuns.

TRADUÇÕES EM INGLÊS MODERNO (1500-1900)

Em 1525/6, William Tyndale traduziu o Novo Testamento do grego para o inglês. Ele estava trabalhando na tradução do Antigo Testamento quando foi martirizado em 1536.

Em 1535, Miles Coverdale concluiu e publicou a primeira Bíblia completa em inglês, baseada no trabalho de Tyndale, do grego, do hebraico e de outras fontes.

Em 1537, foi criada a Bíblia de Matthew. Uma Bíblia completa em inglês feita por John Rogers a partir das obras de Tyndale e Coverdale. Recebeu aprovação real do rei Henrique VIII.

Em 1538, foi lançada a Great Bible. Uma revisão da Bíblia de Matthew, feita por Coverdale. Foi ordenada pelo rei Henrique que fosse colocada em todas as igrejas da Inglaterra.

Em 1560, foi produzida a Bíblia de Genebra. Elaborada por estudiosos protestantes em Genebra, a partir das línguas originais e do trabalho de Tyndale.

Em 1568, foi lançada a Bishop's Bible. Uma revisão da Great Bible, autorizada pela Igreja Anglicana como sua tradução oficial.

Em 1582, foi lançada a tradução de Rheims/Douai. Uma tradução católica romana do Antigo e Novo Testamento da Vulgata Latina.

Entre 1609-10, foram traduzidos o Antigo Testamento em Douai em 1609-10 e o Novo Testamento em Rheims em 1582.

Em 1611, foi lançada a King James Version ou Authorized Version. Convocada pelo rei Tiago I da Inglaterra e traduzida por alguns estudiosos da Bíblia. Foi uma revisão da edição de 1602 da Bishop's Bible, com o auxílio de textos hebraicos e gregos e dependência do trabalho de William Tyndale.

Em 1885, foi lançada a Revised Edition. Uma revisão da Authorized Version, incorporando manuscritos de descoberta mais recente e usos mais modernos da linguagem. Foi produzida por um grupo de estudiosos britânicos e alguns estudiosos americanos.

TRADUÇÕES DO SÉCULO XX EM INGLÊS (1900-1991)

1901 A Versão Padrão Americana. Uma revisão americana da Versão Autorizada produzida com a participação de estudiosos americanos na Revised Version.

1903 O Novo Testamento em Linguagem Moderna. Tentativa de R. T. Weymouth de verter de maneira cuidadosa as construções gramaticais gregas.

1924 Uma Nova Tradução da Bíblia. Tradução idiomática, coloquial e às vezes com expressões escocesas feita por James Moffatt.

1927 Tradução do Centenário do Novo Testamento. O coração missionário de Helen B. Montgomery produziu uma tradução na linguagem cotidiana.

1937 Novo Testamento Williams. Produzida por Charles B. Williams. Tentativa de um professor batista de traduzir para o inglês as nuances dos verbos gregos.

1936 A Bíblia: Uma Tradução Americana, E. J. Goodspeed e J. M. Powis Smith produziram a primeira tradução Americana moderna com os apócrifos.

1952 A Versão Revisada Padrão. Revisão da American Standard Version e da King James Version feita por uma comissão internacional de tradução, buscando manter a imponência literária para o culto.

1955 A Sagrada Bíblia. Traduzida por Ronald Knox, católico romano, a partir da Vulgata Latina.

1956 A Bíblia de Jerusalém. Primeiramente traduzida para o francês por estudiosos católicos romanos a partir das línguas originais.

1958 O Novo Testamento em Inglês Moderno. Tradução livre de J. B. Phillips, originariamente feita para seu clube de jovens.

1965 A Bíblia Amplificada. Versão da Lockman Foundation, sugerindo várias possibilidades vocabulares em todo o texto.

1970 A Nova Bíblia em Inglês. Tradução com qualidade literária, mas com algumas idiossincrasias. Traduzida por representantes das principais igrejas e sociedades bíblicas britânicas e baseada nas mais recentes provas textuais.

1970 A Nova Bíblia Americana. Uma nova tradução feita por estudiosos católicos romanos (a Comissão de Bispos da Confraternidade de Doutrina Cristã), a partir das línguas originais.

1971 A Nova Bíblia Americana Padrão. Uma revisão da American Standard Version, de 1901, feita pela Lockman Foundation, com o alvo de manter uma tradução literal.

1971 A Bíblia Viva. Paráfrase conservadora feita pelo americano Kenneth N. Taylor, originariamente para seus filhos (iniciada em 1962).

1976 A Boa Nova Bíblia ou Versão em Inglês de Hoje (A Bíblia na Linguagem de Hoje). Tradução feita pela Sociedade Bíblica Americana para o inglês do dia-a-dia.

1979 A Nova Versão Internacional. Tradução fácil de ler feita por estudiosos evangélicos, incorporando as mais recentes provas textuais.

1982 A Nova Versão do Rei James. Uma modernização da King James Version de 1611. Baseada nos textos em língua original de que dispunham os tradutores da King James Version.

1987 A Nova Versão do Século XXI. A International Children's Bible atualizada por uma comissão de tradução.

1989 A Nova Versão Padrão Revisada. Uma comissão de tradução realizou uma atualização da Revised Standard Version.

1989 A Nova Versão do Século XXI. A International Children's Bible atualizada por uma comissão de tradução.

1991 A Versão Contemporânea em Inglês, Novo Testamento. Um texto simplificado, originariamente concebido para crianças e produzido pela Sociedade Bíblica Americana. (Dockery, 2001, p.135).[vi]


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[1] Em 1996, foram distribuídas 20 milhões de Bíblias em todo o mundo. Somente no Brasil, foram quase 7 milhões, e na China circularam cerca de 3 milhões. Podemos afirmar que tudo isso só é possível pela intervenção do Deus Todo-Poderoso agindo para que isso aconteça!



[i] EBESP – Escola Bíblica de Estudo Pentecostal. 1ª Edição – 2000.

[ii] STPLM. Introdução Bíblica, Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão. Editora Visão, p 53.

[iii] Disponível <http://pensador.uol.com.br/poemas_da_biblia/> Acessado em: 17 Nov. 2013.

[iv] SBB. Disponível em: <http://www.sbb.org.br/> Acessado em: 03 Dez 2013.

[v] SILVA. Antônio Gilberto - A Bíblia através dos Séculos, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1986. 15 edição 2004.

[vi] DOCKERY. David S. Manual bíblico vida nova tradução Lucy Yamakami, Hans Udo Fuchs, Robinson Malkomes. — São Paulo : Vida Nova, 200. Título do original: Holman Bible Handbook, publicado pela Broadman & Holman Publishers, uma divisão da Lifeway. Christian Resources of the Southern Baptist Convention, Nashville, TN, EUA.


QUEM SÃO OS LEVITAS

 Texto: 1 Crônicas 6.48 “E seus irmãos, os levitas, foram postos para todo o ministério do tabernáculo da Casa de Deus”.

INTRODUÇÃO

Ser um levita vai muito além de ser um mordomo na casa do Senhor, é participar de um ministério especial que se destaca por diversos fatores:

1. Deus auxilia os levitas: O trabalho dos levitas nunca foi fácil no tempo de Davi, e principalmente nos dias de hoje, onde muitos não têm disponibilidade para servir a Deus em tempo integral, mas ainda assim respondem ao seu chamado. No entanto, os levitas têm a grande vantagem de contar com a ajuda de Deus (I Cr 15.26), que está ao seu lado e sempre lhes fornecerá o suprimento necessário para realizar as tarefas para as quais foram designados.

2. Os levitas também oferecem sacrifícios ao Senhor: Servir ao Senhor não os impede de oferecer sacrifícios a Ele. Devemos entender que ser um levita significa ter mais responsabilidades sem excluir nada da nossa vida com Deus. Não estamos fazendo trocas ou negociando serviços com Deus. Os levitas são ofertantes, dizimistas e oferecem sacrifícios pessoais ao Senhor.

3. Todos os levitas, Davi e todos os levitas estavam vestidos com trajes especiais, simbolizando a pureza requerida para servir ao Senhor. Todos estavam prontos. Não é apenas o líder, o pastor ou o ministro de louvor que deve estar preparado para ministrar. Todos devem estar prontos e vestidos com a mesma pureza do linho.

4. A mesma pureza, santidade e unção são fundamentais para que a glória do Senhor esteja presente nas ministrações dos levitas.

5. Guiados por Davi e os levitas, todo o povo alegremente levou a Arca da Aliança do Senhor (I Cr 15.28). Isso é revelado hoje como o louvor congregacional que acontece nas igrejas, onde todo o povo é conduzido à presença de Deus através do louvor e adoração sob a ministração dos levitas.

6. Os levitas ministravam diante da arca (I Crônicas 16.4), representando o lugar onde os levitas devem sempre servir. Cada um deve permanecer fiel ao seu chamado.

7. Após isso, Davi ordenou a apresentação pública dos levitas (I Cr 16.7). Todos os levitas apresentados já estavam preparados e tinham ministrado junto com Davi, oferecido sacrifícios e tinham comunhão. A ministração pública é uma consequência, não uma necessidade exclusiva. Os levitas não buscam os holofotes, mas sim a presença de Deus. Antes de serem apresentados publicamente, os levitas devem já ter adquirido experiência íntima com Deus, plena comunhão com seus irmãos e maturidade espiritual para exercer dignamente seu ministério;

8. Os levitas eram designados nominalmente para ministrar na casa do Senhor, cantando, tocando e cuidando da arca, segundo as ordens para cada dia (I Cr 16.37-42). Os levitas devem estar sempre em sintonia com a casa do Senhor e suas responsabilidades. Hoje, não vivemos literalmente na casa do Senhor para ministrar, mas nós somos o templo do Senhor e assim podemos continuamente, mesmo não estando na igreja (templo), ministrar ao Senhor e oferecer sempre nosso sacrifício (Hb 13.15). A prática de escalas e turnos para ministração é bíblica e deve ser obedecida e aceita quando for necessário; Turnos e funções dos levitas (1Cr 23.1-5): Havia quatro grupos de levitas: superintendentes, oficiais.

   II.        O QUE É OS LEVITAS NA CASA DO SENHOR?[i]

Os levitas são designados para servir na casa do Senhor, sendo um grupo de pessoas separadas para levar a arca da Aliança do Senhor e estar diante dele para servi-lo e abençoar em seu nome, até os dias de hoje (Dt 10.8). Embora haja uma tendência natural de associar os levitas à música, isso não é totalmente incorreto, uma vez que os levitas mais destacados estavam à frente participando da música. Ao analisar esse grupo de levitas, podemos observar que eles possuíam características específicas que devem ser evidentes nos levitas de hoje. É importante notar que, embora não haja menção do termo "ministério de louvor" ou "levita" nas treze epístolas doutrinárias do Novo Testamento, é possível identificar quatro grupos de levitas: superintendentes e oficiais. Vamos explorar quem são eles:

1.   OS MÚSICOS

A união e a comunhão entre os Levitas eram aspectos fundamentais para o cumprimento de suas responsabilidades no serviço do templo. Eles eram irmãos da mesma família levítica e compartilhavam interesses comuns no que dizia respeito ao serviço religioso. Aqui estão algumas reflexões sobre a importância da união entre os Levitas e sua aplicação nos dias atuais:

Viver em União: Assim como os Levitas no Antigo Testamento, os cristãos hoje devem viver em união, em harmonia e em comunhão uns com os outros. Isso significa reconhecer-se como parte de uma mesma família espiritual e trabalhar juntos para o avanço do Reino de Deus.

 Interesses Comuns: Os Levitas tinham um objetivo comum: servir ao Senhor no templo. Da mesma forma, os cristãos devem compartilhar interesses comuns, como a adoração a Deus, a evangelização, o discipulado e o serviço aos necessitados.

Identificação dos Irmãos: É importante para os cristãos reconhecerem seus irmãos na fé, aqueles que compartilham dos mesmos valores e compromissos espirituais. Isso fortalece os laços de comunhão e permite uma colaboração mais eficaz no serviço do Senhor.

Pertencimento à Família de Deus: Assim como os Levitas pertenciam à família levítica, os cristãos pertencem à família de Deus. Essa consciência de pertencimento cria um senso de responsabilidade mútua e encoraja a solidariedade e o apoio entre os irmãos na fé.

Trabalho em Equipe: Os Levitas trabalhavam em equipe para cumprir suas responsabilidades no templo. Da mesma forma, os cristãos são chamados a trabalhar em equipe na obra do Senhor, reconhecendo e valorizando os dons e talentos de cada membro do corpo de Cristo.

2.   CANTORES

Músicos que tocavam e cantavam com alegria. Devemos sempre expressar a alegria que sentimos ao ministrar (servir) na casa do Senhor. Devemos fazê-lo de forma pública e jubilosa. Os levitas músicos sempre são identificados pela alegria em servir ao Senhor. 

Davi separou um grupo de levitas, filhos de Asafe, para dirigirem os cultos de adoração, sendo eles importantes no culto, mas não a atração principal. Em 1 Crônicas 25.1, o rei Davi e os líderes dos levitas escolheram os seguintes grupos de famílias de levitas para dirigirem os cultos de adoração: Asafe, Hemã e Jedutum. Eles deviam anunciar as mensagens de Deus, acompanhados por música de harpas, liras e pratos. Esta é a lista dos homens escolhidos para este serviço.

Isso quer dizer que eles são importantes no culto, mas não a atração principal, como tem sido feito em algumas igrejas, dando mais prioridade ao louvor do que à palavra. Enquanto a palavra diz: "a fé vem pelo ouvir" (Romanos 10.17). "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus".    

A importância dos músicos levitas no culto é indiscutível, mas é essencial manter o equilíbrio entre a música e a proclamação da Palavra de Deus. Aqui estão algumas reflexões sobre esse equilíbrio e a prioridade da Palavra no culto:

Expressão de Alegria: Os músicos levitas serviam com alegria e entusiasmo no culto ao Senhor, e essa alegria deve ser uma característica marcante dos que ministram na música hoje. A alegria no serviço reflete o amor e a devoção ao Senhor e inspira a congregação a adorar com fervor.

Importância do Culto: Embora os músicos levitas fossem importantes no culto, eles não eram a atração principal. Seu papel era complementar a adoração e preparar o ambiente espiritual para a proclamação da Palavra de Deus. O culto deve centrar-se na exaltação de Deus e na edificação da congregação através da Palavra.

Equilíbrio entre Música e Palavra: Enquanto a música tem o poder de preparar os corações para receber a Palavra de Deus, é fundamental que a proclamação da Palavra seja o foco central do culto. A música e a pregação devem trabalhar juntas para criar uma experiência de adoração completa e transformadora. Lembrando que esse trabalho em conjunto não significa que é necessário estar tocando na hora da palavra, porém a Bíblia recomenda um de cada vez, 1 Coríntios 14:40 “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”.  enfatiza a importância de fazer todas as coisas decentemente e com ordem, o que inclui a organização e o fluxo adequado das diferentes partes do culto. Onde a Palavra de Deus possa ser ouvida, compreendida e respondida de maneira eficaz.

Fé vem pelo Ouvir: A Palavra de Deus é o meio pelo qual a fé é gerada nos corações das pessoas. Portanto, é crucial que haja tempo e espaço suficientes no culto para a proclamação da Palavra, para que os ouvintes possam ouvir, compreender e responder ao chamado de Deus para suas vidas.

Prioridade na Palavra: Embora a música seja uma parte vital do culto, não deve suplantar a importância da Palavra de Deus. A pregação da Palavra deve ser dada prioridade e receber a atenção necessária para que a congregação seja alimentada espiritualmente e cresça na fé.

Em resumo, os músicos levitas desempenham um papel importante no culto, mas é essencial manter o equilíbrio entre a música e a proclamação da Palavra de Deus. A Palavra deve ter prioridade no culto, pois é através dela que a fé é gerada e a congregação é edificada espiritualmente.

3.   PERITOS

Os participantes da música, canto e instrumentos tinham habilidades específicas em seus ofícios e o faziam sob orientação e organização. Precisamos garantir que o serviço na casa do Senhor seja realizado com profissionalismo, sem espaço para amadorismo. Devemos buscar a perfeição para oferecer sempre o melhor. Se vamos cantar, temos que ser peritos em canto. Devemos nos apresentar aprovados (2 Tm 2.15) diante de Deus e dos homens para o serviço na casa do Senhor. Devemos ministrar ao Senhor com arte e perfeição (Sl 33.3). Devemos aperfeiçoar o dom que o Senhor nos deu, estudando e nos especializando. O mundo precisa reconhecer que os mais talentosos estão dedicando seus serviços à obra de Deus. Não é passar a maior parte do tempo em casa na frente da TV ou na internet vendo coisas que não edificam, mas sim passar seu tempo pesquisando e orando, perguntando ao Espírito Santo qual é o hino que Ele quer que cante no culto. Devemos também chegar mais cedo para preparar os instrumentos e ter um pouco de diálogo com os demais que irão louvar.  

Além dos cantores, a Bíblia fala de outro grupo de levitas que da mesma forma foram separados para o serviço na casa do Senhor. Os PORTEIROS.

4.   PORTEIROS

É uma excelente observação. Nem todos os levitas desempenhavam funções ligadas à música ou ao culto direto, mas havia também aqueles dedicados a outras áreas essenciais para o funcionamento e a manutenção do templo e de seus rituais, como o cuidado da arca, a vigilância, a operação dos equipamentos e outras responsabilidades práticas e espirituais.

Esses levitas desempenhavam papéis vitais para garantir que o serviço no templo fosse realizado de forma adequada e ordenada. Eles cuidavam para que o ambiente sagrado fosse preservado, para que nada de inadequado ou profano adentrasse o local onde a presença de Deus habitava de maneira especial.

Os guardiões eram responsáveis por vigiar a arca e cuidar da tenda. Atualmente, é essencial separar pessoas para exercer o ministério de vigília (os porteiros) e intercessão em oração, enquanto outros se dedicam a outras tarefas. Todos são como levitas.

Da mesma forma, nas igrejas hoje, é crucial que haja pessoas dedicadas não apenas à música e ao louvor, mas também à intercessão, ao cuidado pastoral, à administração, à manutenção do espaço físico e a muitas outras áreas (Diáconos “a”) que contribuem para a edificação e o funcionamento saudável da comunidade de fé.

 Todos esses indivíduos, independentemente de suas funções específicas, são considerados levitas no sentido espiritual, pois estão dedicados ao serviço do Senhor e ao cumprimento da visão central da igreja, cada um com suas habilidades e dons dados por Deus.

 III.        SALMOS, HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS

Existem três tipos de músicas que os crentes devem entender, conforme listadas em Efésios 5.17-20:

Por esta razão não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho. No qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso  Deus e  Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Há três tipos de música listados aqui: SALMOS, HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS.

1. Salmos, o livro de cânticos do antigo Israel. Existe algo especial sobre cantar Salmos, especialmente quando se trata de guerra espiritual. Os salmos são a Palavra de Deus, escritos por Davi e outros sob a inspiração do Espírito Santo.

Mas os salmos não são apenas os 150 capítulos do livro de Salmos; são também as poesias, cânticos e orações que escrevemos hoje para expressar diante de Deus o que se passa no íntimo de nosso ser. Contudo, conhecendo bem os salmos da Bíblia, podemos expressar com as palavras bíblicas aquilo que sentimos.

Há uma grande energia espiritual liberada quando a congregação começa a cantar os Salmos. Vários salmos abordam as fraquezas dos fiéis, porém todos eles terminam com uma mensagem de esperança e adoração. Vamos aprender de novo como cantar os Salmos.

2. Hinos, Hinos são canções religiosas. Em Deuteronômio 32, Deus inspirou Moisés a escrever uma canção não com a intenção de abençoar os ouvintes daquela época, mas como um registro para ser passado de geração em geração. Esta é a descrição de hino. Hinos parecem ter como objetivo transmitir uma mensagem oficial para a Igreja por meio de uma canção. Enquanto os Salmos são mais uma celebração a Deus, hinos tratam de temas duradouros, verdades eternas. Canções como "Maravilhosa Graça" ou "Quão Grande És Tu" expressam a bondade, a graça e a justiça de Deus. Eles possuem uma certa autoridade que certas músicas, apesar de lindas, não contêm.

3. Canções espirituais são mais do que um tipo subjetivo de canção que todos nós fazemos. Salmo 42.8 diz: "à noite comigo está o seu cântico". Salmo 32.7: "... e me cercas de alegres cantos de livramento”. Essas canções especiais vêm sob a influência e inspiração do Espírito Santo. Talvez seja isso que Paulo relata em 1 Co 14.15: "eu cantarei com o espírito e cantarei com a mente também”. Quando cantamos em línguas, não nos preocupamos com rimas ou palavras, nós apenas expressamos profundos sentimentos do Espírito. Quando esses momentos chegam, o Espírito de profecia vem sobre nós e podemos orar com o nosso entendimento as palavras que nós temos orado em Espírito. Essas são canções espirituais, Palavras especiais de ministração para nós do Senhor.

 IV.        Qual a diferença entre salmos, hinos e cânticos espirituais?

         Existem dois textos no Novo Testamento que mencionam as palavras "salmos, hinos e cânticos espirituais" juntas. Em Efésios 5:18-19, está escrito: "E não nos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais". O apóstolo Paulo, autor de Efésios, também deu instruções muito semelhantes aos colossenses: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração" (Colossenses 3:16).

É importante resistir à tentação de criar distinções artificiais entre palavras semelhantes, e é essencial respeitar o contexto para compreender melhor o significado de cada termo. Ao mesmo tempo, enriquece o nosso entendimento e o nosso serviço observar as diferenças básicas entre essas palavras.

A palavra "salmos" refere-se a cânticos do tipo encontrados no livro de Salmos do Antigo Testamento. Muitos dos Salmos compostos por Davi e outros são poderosas mensagens de louvor e adoração. É provável que alguns cristãos primitivos tenham escrito outros salmos para expressar a glória de Deus.

Hinos são canções que expressam louvor a Deus. O foco está em dirigir esse louvor ao Senhor, diferentemente de outras músicas que podem transmitir mensagens edificantes aos irmãos. A palavra "cânticos" poderia se referir a diversos tipos de canções, mas Paulo adicionou o termo "espirituais" para limitar o significado a canções de natureza espiritual, que refletem a atitude de corações voltados para Deus. Ao adorar a Deus e edificar nossos irmãos com salmos, hinos e cânticos espirituais, devemos escolher canções que expressem a devida reverência a Deus e transmitam mensagens espirituais baseadas nos princípios revelados pelo Senhor. Se um hino não demonstra o respeito e honra que Deus merece, não deve ser usado em nosso louvor. Se a mensagem de uma canção não for espiritual e totalmente alinhada com a palavra de Deus, não devemos cantá-la em nosso louvor. É importante destacar que esses versículos enfatizam uma mensagem que vem de dentro para fora. Cantamos para agradar a Deus e edificar os outros. Enquanto recebemos o benefício do crescimento espiritual (sendo cheios do Espírito), o foco está no louvor e na edificação, não na diversão ou no prazer pessoal.

  V.        Deferência entre louvar e adorar

1. Louvor. Louvor é o ato de exaltar, elogiar e enaltecer a Deus por quem Ele é e pelo que Ele fez.

Envolve expressar gratidão, admiração e reconhecimento pelas obras de Deus em nossas vidas.

No contexto da música e do culto, o louvor geralmente se manifesta através de canções que celebram as virtudes e atributos de Deus.

No tempo de Davi, havia uma tribo inteira, cerca de 4.000 Levitas, os levitas, dedicada ao louvor e à adoração a Deus através da música e do serviço no tabernáculo (1Cr 23.55). Entendamos agora o que é adoração, ainda que possamos praticar adoração enquanto estamos louvando, todavia louvar não é o mesmo que adorar.

2. Adoração

Adoração vai além do louvor e envolve um relacionamento profundo e íntimo com Deus.

É um ato de reverência, submissão e entrega total a Deus, reconhecendo Sua grandeza e santidade.

A adoração inclui um compromisso do coração e da mente em se render completamente a Deus, buscando Sua vontade e Sua presença em todas as áreas da vida.

Enquanto o louvor pode ser expresso de várias maneiras, como música, palavras ou ações, a adoração é essencialmente um estado do coração, uma atitude de reverência e devoção.

Jesus ensinou sobre adoração em espírito e em verdade, destacando a importância de uma adoração sincera e genuína que brota do mais profundo do nosso ser, em harmonia com a verdadeira natureza de Deus.

Você pode estar perguntando: O que é adoração? Eu lhe dei uma definição ao pé da letra. Agora vou lhe dar uma definição bem bíblica, bem centrada em Cristo dentro do contexto cristão.

O que é adoração?

 Adoração é, essencialmente, uma atitude do coração, uma expressão pessoal de reverência, submissão e amor a Deus. É uma resposta profunda ao reconhecimento da grandeza, santidade e amor de Deus por nós. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre o que é adoração:

 Atitude do Coração: A adoração não se limita a atividades externas, como cantar ou pregar, mas começa no coração. É uma disposição interior de amor, reverência e submissão a Deus.

 Intimidade e Comunhão: Uma vida de adoração é caracterizada por uma busca contínua por comunhão com Deus através da oração, meditação na Palavra e momentos de intimidade com Ele.

 Guiada pelo Espírito Santo: A verdadeira adoração é inspirada e capacitada pelo Espírito Santo. É Ele quem nos guia, nos enche e nos capacita a adorar a Deus em espírito e em verdade.

 Consciência da Presença de Deus: Na adoração, estamos conscientes da presença manifesta de Deus em nosso meio. É uma experiência profunda de estar na presença do Todo-Poderoso.

 Rendição Total: A adoração envolve uma entrega completa de nós mesmos a Deus, reconhecendo Sua soberania sobre nossas vidas e entregando nossos corações e vontades a Ele.

 Expressão de Gratidão e Amor: Adoramos a Deus porque O amamos e somos gratos por Sua bondade, graça e amor para conosco. Nossa adoração é uma resposta ao Seu amor por nós.

 Vida de Consagração: A adoração transcende os momentos no culto e se estende para todas as áreas de nossa vida. É viver uma vida consagrada a Deus, buscando glorificá-Lo em tudo o que fazemos. João 16.8: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”.

O Levita. É necessário ter compreensão da palavra, Hebreus 4.12 “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Quando o Levita usa a palavra na musica e sabe distinguir o que mencionei sobre: Poesias, cânticos e orações.

Adoração é uma expressão de transbordamento. É algo que começa no íntimo e se manifesta no exterior. Como o salmista expressou: “o meu cálice transborda.” (Sl 23.5);

Adoração é um derramamento:

De alma de pensamento é de espírito diante de Deus. 

1. Quem deve louvar ao Senhor? Gloriaaaaa!

A bíblia tem resposta.

Salmos 135:20: “Casa de Levi, bendizei ao SENHOR!”;

Salmos 146:1: “Louvai ao SENHOR! Ó minha alma”;

Salmo 145. 21: “... e toda a carne louvará o seu santo nome para todo o sempre”;

Salmo 150.6: “Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR!”;

Salmos 113:1 “ Louvai, servos do SENHOR, louvai o nome do SENHOR”;

Salmos 117.1: “Louvai ao SENHOR, todas as nações; louvai-o, todos os povos”;

Salmos 148.7-13 “Louvai ao SENHOR desde a terra, vós, baleias e todos os abismos,

8 fogo e saraiva, neve e vapores e vento tempestuoso que executa a sua palavra;

9  montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros;

10  as feras e todos os gados, répteis e aves voadoras;

11  reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra;

12  rapazes e donzelas, velhos e crianças.

13  Que louvem o nome do SENHOR, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu.

Salmos 150.6: “Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR!”;

2. Quando devemos louvar ao Senhor?

Salmos 119.147:  Antecipei-me à alva da manhã e clamei”;

Salmos 119.62:  À meia-noite, me levantarei para te louvar...”;

Salmo 71.8: “Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia”; não é todos os dias. É todo um dia, isto é o dia todo.

3. Quando devemos louvar ao Senhor?

- Enquanto eu viver – Salmo 146.2: “Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver”.

- Enquanto minha alma estiver abatida – Salmo 42.11: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus”;

- No momento de tribulações – Harpa e Atos

Conclusão:

 Há o processo de evaporação, onde o sol aquece as águas do mar, rios e lagoas. Durante esse processo, a água é evaporada pelo calor do sol, subindo para o céu e se transformando em nuvens. Quando as nuvens ficam pesadas, elas se desfazem e a água cai em forma de gotas, conhecidas como chuva.

Jô disse assim: Porventura, também se poderão entender a extensão das nuvens e os trovões da sua tenda?; Eis que estende sobre elas a sua luz e encobre os altos do mar. 

 

 

 

 



[i] De onde vem o conceito de "levita"? O termo foi emprestado de Israel e do Velho Testamento. Originalmente, "levita" significa "descendente de Levi", um dos 12 filhos de Jacó. Os levitas se destacaram entre as 12 tribos de Israel durante o episódio do bezerro de ouro. Quando Moisés desceu do monte e viu o povo adorando ídolos, os descendentes de Levi se manifestaram para servir somente ao Senhor (Êx 32:26). A partir desse momento, os levitas se tornaram ministros de Deus, com alguns sendo sacerdotes (da família de Aarão) e outros sendo seus auxiliares. Embora os sacerdotes fossem levitas, os dois grupos foram separados. Nos tempos do Velho Testamento, muitas vezes quando se fala sobre os levitas, a referência se aplica aos ajudantes dos sacerdotes, responsáveis por cuidar do tabernáculo e seus utensílios, inclusive durante as viagens pelo deserto (Números capítulos).

     Naquela época, os levitas não eram responsáveis pela música no tabernáculo, já que não havia uma parte musical no culto estabelecido pela lei de Moisés. No entanto, as orações e sacrifícios incluíam louvor, adoração e ações de graças.

     Mais tarde, Davi inseriu a música como parte integrante do culto, atribuindo a alguns levitas a responsabilidade musical. Em I Crônicas, vemos diversas atribuições dos levitas, incluindo porteiros, guardas, padeiros, cantores e instrumentistas.

     Considerando o paralelo entre Israel e a Igreja de Jesus Cristo, podemos até usar o termo "levita", mesmo não sendo descendentes de Levi. Nesse sentido, todos que servem em qualquer ministério podem ser chamados "levitas". O levita é aquele que executa qualquer serviço ligado ao culto. O levita é simplesmente um servo e não alguém que esteja na igreja para ser alvo da glória humana.