Sempre
me questionei sobre a existência da sorte.
Será que as coisas boas e ruins que
acontecem em nossas vidas são resultado da sorte, ou da falta dela? A Bíblia oferece alguma orientação sobre
esse assunto?
Caro
leitor, para responder à sua pergunta,
vamos analisar o que geralmente é dito em nosso mundo e nos nossos dicionários
sobre a sorte e depois comparar com o que a Bíblia Sagrada nos diz sobre esse
assunto. Com essa comparação, estou
confiante de que chegaremos a uma conclusão. Sorte, o que as pessoas e o dicionário dizem:
A
questão da sorte é realmente interessante e a Bíblia oferece uma
perspectiva única sobre isso. Aqui estão algumas reflexões sobre o tema:
1.Conceito de sorte: O entendimento comum da sorte é muitas vezes
associado ao acaso ou ao destino, como algo que acontece sem controle humano ou
intervenção divina direta. No entanto, como mencionado na análise, a Bíblia
apresenta uma visão diferente, onde a sorte é vista como um meio pelo
qual a vontade soberana de Deus é manifestada em situações específicas.
2.Uso dos sorteios na
Bíblia: Os exemplos bíblicos de sorteios,
como aqueles mencionados nos textos de Levítico, Provérbios e Atos, mostram
como os sorteios eram utilizados como um meio de discernir a vontade de
Deus em determinadas situações. Em vez de confiar no acaso, as pessoas lançavam
sortes buscando a orientação divina.
3.Vontade soberana de
Deus: A ênfase na vontade
soberana de Deus é central na compreensão bíblica da sorte. Embora os sorteios
fossem usados, acreditava-se que a decisão final vinha do Senhor. Isso reflete
a crença na providência divina, ou seja, que Deus governa e dirige todas as
coisas de acordo com o Seu propósito.
4.Interpretação cristã: Para os cristãos, a compreensão da sorte está
enraizada na confiança na soberania de Deus e na Sua capacidade de guiar e
dirigir as circunstâncias da vida. Em vez de depender da sorte no
sentido secular, os crentes confiam na providência divina e buscam discernir a
vontade de Deus através da oração, da sabedoria e da orientação do Espírito
Santo.
Portanto, embora o conceito de sorte possa ser
interpretado de maneiras diferentes, a perspectiva bíblica oferece uma
compreensão profunda e significativa que reconhece a intervenção soberana de
Deus na vida das pessoas e na condução dos eventos. Em vez de confiar no acaso,
os cristãos confiam na vontade soberana e na orientação de um Deus amoroso e
sábio.
Aqui
estão as referências bíblicas mencionadas no texto:
1.Levítico 16:8 - "Lançará
sortes sobre os dois bodes: uma, para o SENHOR, e a outra, para o bode emissário."
2.Provérbios 18:18 - "Pelo lançar da sorte, cessam os pleitos, e se decide a causa entre os
poderosos."
3.Números 26:55 - "Todavia,
a terra se repartirá por sortes; segundo os nomes das tribos de seus pais, a
herdarão."
4.Atos 1:26 - "E
os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então,
votado lugar com os onze apóstolos."
5.Provérbios 16:33 - "A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor."
No livro de Atos 1.18,
Judas morreu ao se jogar de um barranco, enquanto em Mateus 27.5, Ao
comparar os textos de Mateus 27:5 e Atos 1:18, é evidente que
ambos descrevem o evento da morte de Judas, mas com diferentes níveis de
detalhes. Aqui estão algumas observações sobre esses textos:
1.Objetividade vs.
Detalhamento: Mateus é mais sucinto em
sua narrativa, concentrando-se no ato principal de Judas, que é o suicídio por
enforcamento. Ele não entra em detalhes sobre os eventos que se seguiram após o
enforcamento. Por outro lado, Lucas, em Atos, fornece mais detalhes
sobre as circunstâncias da morte de Judas, incluindo o adendo sobre o campo
adquirido com o dinheiro da traição e o resultado da queda de Judas.
2.Complementaridade das
Narrativas: Embora os detalhes
adicionais fornecidos por Lucas em Atos possam parecer diferentes da
narrativa de Mateus à primeira vista, na verdade eles complementam a história.
Enquanto Mateus se concentra no ato de Judas, Lucas esclarece os detalhes do
resultado desse ato, explicando como o corpo de Judas foi encontrado e as
consequências da sua queda.
3.Interpretação não
contraditória: Não há contradição entre
os dois relatos, mas sim uma complementaridade que fornece uma compreensão mais
completa do evento. Ambos os autores estavam interessados em transmitir a
mensagem central, mas abordaram a narrativa de maneiras ligeiramente
diferentes, de acordo com seus propósitos e estilos individuais de escrita.
4.Questões não
respondidas: Existem algumas incertezas em relação aos detalhes precisos da morte de Judas, como o momento exato em que ele morreu durante o enforcamento ou a queda subsequente, bem como os detalhes específicos do mecanismo da queda. No entanto, essas questões menores não comprometem a integridade ou a consistência dos relatos bíblicos. Em resumo, ao examinar os textos de Mateus e Atos, não encontramos uma contradição, mas sim uma complementaridade que enriquece nossa compreensão do evento da morte de Judas Iscariotes. Ambos os relatos são consistentes entre si e oferecem perspectivas diferentes sobre o mesmo acontecimento.
A passagem de Mateus 27:9 menciona a profecia de Zacarias 11:13, que diz: "Tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor", que é erroneamente identificada como uma predição de Jeremias. O autor do primeiro evangelho talvez tivesse em mente os trechos de Jeremias 18:1-4; 19:1-3 e 32:6-15, mas a profecia é claramente aquela feita por Zacarias. Lucas (em Atos 1:20) cita os trechos de Salmos 69:25 e 109:8; e assim todo o incidente da morte de Judas Iscariotes é vinculado às profecias messiânicas, o que é visto como prova da validade das reivindicações messiânicas de Jesus, pois ele cumpriu, em sua vida terrena, até mesmo profecias obscuras e de ordem secundária.
A passagem em questão, 1 Pedro 3:19, é realmente
complexa e tem gerado diferentes interpretações ao longo da história do
cristianismo. Vou tentar resumir algumas das principais interpretações e
abordagens sobre esse versículo:
1.Interpretação Tradicional:
Alguns intérpretes entendem que os "espíritos em prisão" são
pessoas espirituais que pecaram nos dias de Noé e foram submetidas a algum tipo
de prisão espiritual. Jesus, após Sua morte, teria pregado a eles,
possivelmente oferecendo-lhes uma segunda chance de arrependimento e salvação.
Essa visão é baseada em uma interpretação literal do texto e em tradições
teológicas antigas.
2.Interpretação dos Anjos Caídos:
Outra interpretação sugere que os "espíritos em prisão" são
anjos caídos que pecaram nos dias de Noé, conforme mencionado em Gênesis 6:1-4.
Esses anjos teriam sido aprisionados como punição por sua rebelião. Jesus teria
proclamado Sua vitória sobre eles após Sua morte e ressurreição, demonstrando
Sua autoridade sobre os poderes espirituais malignos.
3.Interpretação Alegórica:
Alguns estudiosos propõem uma interpretação alegórica ou simbólica da passagem,
argumentando que os "espíritos em prisão" representam a
humanidade perdida ou cativa pelo pecado. Nessa visão, a pregação de Jesus aos
espíritos em prisão simboliza Sua proclamação da salvação a todas as pessoas,
tanto vivas quanto mortas, demonstrando o alcance universal de Sua obra
redentora.
4.Interpretação Apocalíptica:
Outra interpretação sugere que os "espíritos em prisão" são
seres espirituais malignos que foram derrotados por Cristo em Sua morte e
ressurreição. Esses espíritos estariam sujeitos à autoridade de Cristo e seriam
demonstrações do Seu triunfo sobre as forças do mal.
Segundo Brauch (1984), não está claro o que Pedro quer dizer quando menciona que Cristo pregou aos espíritos em prisão. Será que isso significa que Cristo está dando uma segunda chance para as pessoas que já morreram? O que será que esses seres estão fazendo na prisão? Poderá existir algum tipo de purgatório após a morte, onde as pessoas recebem uma segunda oportunidade?
O primeiro passo para compreender esta passagem é analisá-la no contexto. O texto está dirigido aos cristãos que enfrentam a possibilidade de perseguição. Pedro está dando o exemplo de Cristo, que também foi perseguido. Este facto é importante, pois os cristãos estão a ser encorajados a identificar-se com a experiência de Cristo. Jesus também sofreu. Na verdade, ele foi "condenado à morte no corpo" (NVI) ou "na carne" (RSV), mas "vivificado pelo Espírito" ou "no espírito". Embora seja difícil de compreender, parece que se estão a descrever duas esferas diferentes da vida. Na esfera da vida humana ("carne" - a tradução da Bíblia é lamentável por não deixar isso claro), Jesus foi condenado à morte. Aos olhos do mundo, ele estava morto para sempre, executado como um criminoso. No entanto, a igreja sabia que na Páscoa ele ressuscitou, não apenas na esfera humana, mas na esfera espiritual. Assim, o seu corpo foi ressuscitado, mas não como um corpo humano natural (como o de Lázaro), mas como um corpo imortal.
Assim, encontramos relatos sobre o Cristo ressuscitado sendo capaz de realizar feitos que não podia antes da sua morte, como aparecer e desaparecer e entrar em salas fechadas. Foi nesta esfera espiritual da vida (uma tradução mais precisa do que a do NIV "através de quem" seria a do NSRV, "no qual") que Jesus foi para os "espíritos em prisão". No versículo seguinte, aprendemos que esses espíritos "desobedeceram nos dias de Noé". Quem poderiam ser então? Existem duas possibilidades. Nos dias de Noé, a terra estava cheia de violência, porque as pessoas eram muito más (ver Génesis 6:3-6, 11). Todas essas pessoas morreram no dilúvio. Será que estes espíritos poderiam ser essas pessoas? Ao analisarmos o uso do termo espírito no Novo Testamento, verificamos que quase nunca é utilizado para se referir a pessoas falecidas. Quando é usado para se referir a pessoas falecidas, é sempre qualificado de alguma forma para deixar claro que se trata de pessoas sobre as quais se está a falar (por exemplo, Hebreus 12:23). Normalmente, os seres humanos falecidos são referidos como "almas". Uma vez que não há nada neste texto que deixe claro que se trata de seres humanos sobre os quais se está a falar, é pouco provável que sejam pessoas falecidas.
Outra hipótese é que eles sejam os "filhos de Deus" mencionados em Gênesis 6:2, ou talvez a sua descendência. A expressão "filhos de Deus" refere-se a seres espirituais do conselho divino. No Novo Testamento, são referidos como anjos que "abandonaram a sua própria morada" (Judas 6) ou que "pecaram" (2 Pedro 2:4). Aqui, temos verdadeiramente espíritos rebeldes e desobedientes. Além disso, existe uma longa tradição, tanto no Novo Testamento como noutros escritos judaicos, de que estes anjos caídos foram mantidos numa prisão (ver 1 Enoque 10-16; 21 para uma discussão sobre o castigo destes "Vigilantes", como são chamados). Assim, parece ser a identificação mais provável destes "espíritos em prisão". Não estamos apenas a falar de seres geralmente designados como "espíritos", mas também de seres conhecidos pelos judeus por estarem numa "prisão".
Jesus estava a pregar o evangelho a estes "espíritos"? Estaria Ele a dar-lhes uma "segunda chance"? O termo "pregar" é comumente usado no Novo Testamento para se referir à proclamação do evangelho, mas também pode significar "anunciar" ou "declarar" (Lc 12: 3; Rom 2:21; Ap 5: 2). Portanto, não necessariamente se refere à proclamação do evangelho. Existem outras passagens na literatura judaica ou cristã em que algo é anunciado ou pregado a estes espíritos? Mais uma vez, voltamos a 1 Enoque (que era conhecido pela igreja primitiva, pois é citado em Judas) e descobrimos que Enoque declara a estes espíritos a sua condenação.
Será que esta interpretação se encaixa nesta passagem? A passagem termina com um tom triunfante, com a apresentação de todos os "anjos, autoridades e poderes" a Jesus exaltado. Embora o Novo Testamento não fale em nenhum lugar sobre pregar o evangelho aos espíritos, fala sim da vitória de Cristo sobre o mundo espiritual (por exemplo, 2 Coríntios 2:14; Efésios 6: 11-12; Col 2:15; Ap 12: 7-11). Assim, uma referência nesta passagem à proclamação dessa vitória encaixa-se bem com o tom tanto da passagem quanto do Novo Testamento em geral.
Agora podemos resumir o que a passagem está a dizer. Os cristãos da Ásia Menor estavam a enfrentar perseguição e possível martírio. Pedro exorta-os a olharem para o exemplo de Jesus. Ele foi, do ponto de vista humano, morto. No entanto, na realidade, ele ressuscitou, não apenas para uma vida renovada natural, mas para uma vida transformada no mundo espiritual, onde proclamou a sua vitória aos anjos caídos que foram desobedientes nos dias de Noé. Isto pode ter ocorrido durante a sua ascensão, pois embora este texto não nos diga onde esta prisão foi, alguns judeus localizaram-na no "segundo céu" e, portanto, no caminho entre a terra e o céu, onde Deus habita. Seja qual for o caso, no final desta secção em 1 Pedro, Cristo está no céu com todos os seres espirituais que lhe estão sujeitos.
O ponto de Pedro é que os cristãos, ao serem identificados com Cristo através do batismo, serão salvos no juízo final e partilharão o seu triunfo. Eles viverão em exaltação com Cristo, independentemente das perseguições ou condenações dos seres humanos. Quanto aos seus perseguidores, que esperança têm eles, vivendo apenas na esfera humana, se não se arrependerem? Cristo triunfou sobre os seus inimigos e proclamou a sua vitória. Os cristãos da Ásia Menor (hoje) e no futuro farão o mesmo se permanecerem fiéis a Cristo. (Brauch, 1984, pp. 614-616).
É importante notar que nenhuma dessas interpretações é totalmente consensual e que a passagem continua sendo objeto de debate entre os estudiosos da Bíblia. A compreensão exata do significado dos "espíritos em prisão" em 1 Pedro 3:19 pode depender da abordagem hermenêutica e do contexto teológico adotado por cada intérprete.
Bibliografia
Brauch, W. C. (1984). PALAVRAS DIFÍCEIS DA BÍBLIA. Sociedade Bíblica Internacional.
A Bíblia ensina a
honrar pai e mãe, mas neste caso, devo abandonar Jesus e a igreja que tenho
frequentado para obedecer a eles? Estou muito confuso com essa situação, por
favor, me ajude!
Essa é uma questão delicada e complexa que muitas pessoas
enfrentam ao se converterem a uma fé diferente da de seus pais. Aqui estão
algumas maneiras de honrar pai e mãe enquanto se mantém firme na fé em Jesus
Cristo:
1.Respeito e
consideração: Honrar pai e mãe envolve respeitar e considerar suas
opiniões, mesmo que você não concorde plenamente com elas. Você pode expressar
suas próprias crenças com respeito e amor, sem desrespeitar ou menosprezar as
crenças deles.
2.Prioridade
em seguir a Deus: Seguir a Jesus Cristo é um mandamento bíblico e uma
ordem de Deus. Quando os princípios de Deus entram em conflito com os desejos
dos pais, a lealdade a Deus deve prevalecer. Isso não significa desrespeitar ou
desonrar os pais, mas sim colocar Deus em primeiro lugar em sua vida.
3.Diálogo e
paz na família: É importante buscar o diálogo e encontrar maneiras de
manter a paz na família, mesmo diante de discordâncias religiosas. Isso pode
envolver ter conversas honestas e respeitosas sobre suas crenças, mas também estar
disposto a ouvir as preocupações e opiniões dos seus pais.
4.Amor e
oração: Mesmo diante da oposição dos pais, é essencial amá-los e
orar por eles. Ore para que eles possam compreender e aceitar sua fé em Jesus
Cristo, e continue demonstrando amor e respeito em suas interações com eles.
5.Testemunho
pessoal: Seja um exemplo vivo do amor e da transformação que Jesus
trouxe à sua vida. Seja paciente e perseverante, e lembre-se de que o amor de
Deus pode alcançar até mesmo os corações mais obstinados.
Lembre-se de que cada situação é única e pode exigir
abordagens diferentes. O importante é buscar a orientação de Deus, permanecer
firme na fé e buscar maneiras de honrar pai e mãe, mesmo diante das
dificuldades.
Entendo que você esteja passando por um momento desafiador em
seu casamento, especialmente diante da doença de sua esposa e da dificuldade na
área sexual. Aqui estão algumas considerações com base na perspectiva bíblica:
1.Compromisso
no casamento: O casamento é uma aliança sagrada diante de Deus, e você fez
votos de permanecer ao lado de sua esposa na saúde e na doença. É importante
lembrar que o compromisso assumido diante de Deus é incondicional e deve ser
mantido mesmo diante de desafios e dificuldades.
2.Amor
sacrificial: O amor descrito na Bíblia é paciente, bondoso e sacrificial.
É um amor que busca o bem-estar do outro mesmo diante de circunstâncias
difíceis. Nesse momento, é importante que você demonstre esse amor sacrificial
para com sua esposa, apoiando-a e cuidando dela da melhor maneira possível,
mesmo que isso signifique abster-se temporariamente da intimidade sexual.
3.Responsabilidade
do marido: A Bíblia ensina que os maridos devem amar suas esposas como
Cristo amou a igreja, dando-se por ela. Isso significa que você deve priorizar
o bem-estar e a saúde emocional de sua esposa, buscando compreendê-la e
apoiá-la em sua jornada de recuperação.
4.Diálogo e
apoio mútuo: É importante que você e sua esposa possam dialogar
abertamente sobre suas preocupações e dificuldades, buscando apoio mútuo e
compartilhando suas necessidades emocionais. Juntos, vocês podem encontrar
maneiras de fortalecer o relacionamento e superar os desafios que estão
enfrentando.
5.Busca por
ajuda profissional: Além do apoio espiritual, é fundamental buscar ajuda
profissional para lidar com a depressão de sua esposa e encontrar estratégias
para enfrentar essa situação juntos. Um terapeuta ou conselheiro matrimonial
pode oferecer orientação e suporte especializado para ajudá-los a navegar por
esse momento difícil.
Em resumo, é essencial manter o compromisso e o amor no
casamento, buscando apoio espiritual e profissional para enfrentar os desafios
que surgem. Lembre-se de que vocês não estão sozinhos, e Deus está presente
para fortalecê-los e guiá-los em cada passo do caminho.
Porque é que enfrento tantos desafios se a Bíblia afirma que
todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus?
“A Bíblia afirma que
todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus(Rm 8:28).
Se isso é verdade, por que tenho enfrentado tantos desafios e decepções em
minha vida?”
Essa é uma reflexão importante sobre a compreensão do que
significa o bem segundo a perspectiva de Deus, conforme apresentado em Romanos
8:28. Aqui estão algumas considerações adicionais sobre esse tema:
1.Soberania
de Deus: É fundamental reconhecer que Deus é soberano sobre todas as
coisas e que Seus planos muitas vezes ultrapassam nossa compreensão humana.
Mesmo diante de situações difíceis e adversas, (Mateus 8:23-27,Marcos 4:35-41) Podemos
ter a certeza de que Deus está no comando e trabalhando todas as coisas para o
bem daqueles que O amam. Muitas vezes, quando enfrentamos uma
"tempestade" na vida e a nossa fé no Senhor não está tão forte,
tendemos a questionar: "Deus, não te importas?" Nestes momentos, é
essencial lembrar que o Senhor tem o controlo de tudo. Tudo o que está a
acontecer pode estar a contribuir para o nosso bem, mesmo que não compreendamos
no momento.
2.Propósito
divino: O texto de Romanos 8:28 destaca
que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o
propósito de Deus. Isso significa que Deus tem um propósito específico para
cada situação que enfrentamos, mesmo que não possamos compreendê-lo totalmente
no momento. Nosso papel é confiar na sabedoria e na bondade de Deus, sabendo
que Ele está trabalhando para cumprir Seus desígnios em nossas vidas.
3.Confiança
na providência de Deus: Mesmo quando nos deparamos com dificuldades e
desafios, podemos confiar na providência de Deus e na Sua capacidade de
transformar o mal em bem. Deus é capaz de usar até mesmo as circunstâncias mais
adversas para nos ensinar, fortalecer nossa fé e nos conduzir ao Seu propósito
para nossas vidas.
4.Perseverança
na fé: Diante das provações e tribulações, é importante perseverar
na fé e na confiança em Deus. Isso significa continuar buscando a Sua vontade,
mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis, e permanecer firmes na
esperança de que Ele é fiel para cumprir Suas promessas.
5.Aprendizado
e crescimento espiritual: As experiências de vida, sejam elas positivas ou negativas,
podem ser oportunidades para aprendizado e crescimento espiritual. Deus pode
usar as dificuldades que enfrentamos para nos moldar, purificar nossa fé e nos
capacitar a sermos instrumentos em Suas mãos para cumprir Seus propósitos neste
mundo.
Em resumo, ao compreendermos o significado de Romanos 8:28 à
luz da soberania, do propósito e da providência de Deus, somos encorajados a
confiar Nele em todas as circunstâncias e a reconhecer que Ele está trabalhando
ativamente para o nosso bem, de acordo com Seus desígnios e Sua vontade
perfeita.
Texto: “O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do
SENHOR” (Pv
18. 22).
Contexto “O Reino dos céus é semelhante ao
homem negociante que busca boas pérolas; 46 e, encontrando uma pérola de grande
valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a”. (Mt 13. 45).
INTRODUÇÃO
Uma
pérola, também conhecida como margarita, é um material esférico e duro de
origem orgânica, produzido por alguns moluscos. Ela é formada quando um corpo
estranho invade o interior de uma ostra, penetrando em seu organismo.
Geralmente, esse corpo estranho é um grão de areia que se aloja entre a casca
da ostra e sua carne.
A pérola é valorizada e utilizada na produção de
joias. As melhores pérolas são encontradas no Golfo Pérsico, também conhecidas
como pérolas do oriente. Além disso, a extração também ocorre na Índia,
Austrália e América Central. No Japão, as pérolas cultivadas são produzidas em
grande quantidade.
Composição: carbonato de cálcio 84-92%, matéria
orgânica 4-13% e água (e 3-4%).
1- A semelhança do reino dos céus
Na parábola tão simples e expressiva, Jesus compara o
reino dos céus a uma pérola de grande valor, ensinando que aquele que a
encontra e reconhece seu valor está disposto a vender tudo o que possui para
adquiri-la. Simbolicamente, a Bíblia nos mostra o valor da família. O livro de
Provérbios diz: "Quem encontra uma esposa encontra algo bom; recebeu a
bênção do Senhor" (Provérbios 18.22). Bênção significa prazer, deleite,
favor, boa vontade. "A mulher virtuosa, quem a encontrará? O seu valor
ultrapassa em muito o das joias mais finas" (Provérbios 31.10). Paulo usa
a família para falar sobre a relação de Cristo com a igreja. Quero aplicar essa
parábola à família, pois ela é uma joia preciosa.
2 - O processo de formação de
uma pérola.
O
processo de formação de uma pérola é um símbolo de grande sabedoria, revelando
o profundo conhecimento de Jesus sobre a pérola, sua formação e seu verdadeiro
valor. Neste contexto, podemos observar alguns aspectos da formação de uma
pérola, aplicados tanto a Cristo quanto à sua igreja ou à família.
A nova
vida a dois pode trazer muita dor e sofrimento, mas é importante lembrar que
após tudo isso vem a alegria. Como está escrito no Salmo 126.1 "Quando o
SENHOR restaurou a sorte de Sião, [Família] ficamos como quem sonha".
Também encontramos no Salmo 30.5 "O choro pode durar uma noite, mas a
alegria vem pela manhã".
E concluímos com o Salmo 126.2-6 "Então, a
nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia
entre as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o
SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres. Faze-nos regressar outra vez do
cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul. Os que semeiam em lágrimas segarão
com alegria. Aqueles que levam a preciosa semente, andando e chorando,
voltarão, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos".
2.1 O
homem pagou pela pérola. Jesus pagou com a sua vida pela igreja.
A
história deixa claro que esse homem reconhecia o valor daquela pérola. Por
isso, ele pagou o preço sem nunca se arrepender do investimento feito para
adquiri-la.
2.2Este homem estava disposto a sacrificar
tudo para ter aquela pérola em suas mãos, brilhante como sua propriedade
exclusiva e particular.
2.3A pérola tornou-se sua propriedade
exclusiva.
Na
época de Jesus, as pérolas eram usadas para adornar as vestes dos monarcas,
representando um símbolo de beleza e glória.
Hoje, em vários países, a pérola é utilizada na
medicina com diferentes propósitos:
·- Na China, a medicina tradicional utilizava exclusivamente a pérola
virgem, não perfurada, acreditando que ela tinha a capacidade de curar todas as
doenças oculares. Um provérbio chinês diz: "O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do
SENHOR" (Pv 18. 22).
·- Na medicina árabe, também se reconhecem virtudes na pérola. As
pérolas queimadas eram usadas para tratar doenças cardíacas, problemas
digestivos, doenças mentais e mau hálito.
·Na árabe a medicina reconhece na pérola virtudes idênticas. As pérolas
queimadas eram usadas nas doenças do coração, dificuldades digestivas, doenças
mentais e mau hálito.
“Mulheres de Jerusalém, eu sou morena, porém sou bela. Sou morena escura
como as barracas do deserto, como as cortinas do palácio de Salomão. 6Não fiquem me olhando assim por causa da
minha cor, pois foi o sol que me queimou. Meus irmãos ficaram zangados comigo e
me fizeram trabalhar nas plantações de uvas. Por isso, não tive tempo de cuidar
de mim mesma” (Ct 1.5-6 “NTLH”).
Para Salomão ela foi a Joia “pérola” de grande valor “Eis que és formosa, ó amiga minha, eis que és formosa; os teus olhos
são como os das pombas” (Ct1. 15
“ARC”).
•
O Japão é reconhecido como uma fonte de energia e cálcio.
•
Na Grécia antiga, era associado ao amor e ao casamento.
•
A união familiar é um dos símbolos mais importantes.
•
A palavra "pérola" tem origem num termo sânscrito que significa
"puro".
A pérola origina-se do sofrimento de uma ostra.
·O que distingue a pérola das
outras pedras preciosas é a forma como é criada. A pérola resulta da presença
de um corpo estranho dentro de uma ostra. Pode ser um grão de areia, um ovo de
molusco ou algum tipo de parasita. Eles penetram na ostra, ferindo sua carne e,
lá dentro, causando sofrimento. Com o passar do tempo, essa partícula rejeitada
se transforma numa pérola de grande valor.
·No livro "Primeiros
Socorros para um Casamento Ferido", Marilyn Phollipps partilha a história
do seu casamento com o meu marido Michael, que foi salvo pelo poder de Jesus.
Há alguns anos, estávamos à beira do divórcio e Michael estava a fazer planos
para se casar com outra pessoa. Os conselheiros matrimoniais não nos davam esperança,
o nosso pastor resignou-se ao facto de que o casamento estava morto, e outros
crentes aconselhavam-nos a juntar os pedaços e seguir em frente com as nossas
vidas.(PHOLLIPPS).
2.3A
formação da pérola é um processo lento. Da mesma forma, o processo de vida
também se desenvolve lentamente.
2.4Embora
pequena, a pérola possui um valor inestimável.
O pequeno grão de areia que se aloja no interior da ostra
pode parecer inicialmente sem perspetiva, mas o resultado é surpreendente.
Jesus conhece as pérolas que forma e é importante limpar o interior para que o
exterior se apresente limpo.
3-Cuidados com a pérola.
As pérolas devem ser
armazenadas separadamente das outras peças, envolvidas em tecido. Limpe-as com
um pano húmido e evite produtos químicos domésticos, produtos capilares,
cosméticos e perfumes, pois retiram o brilho das pérolas.
3.1 O processo de separação da
pérola.
O processo de separação da
pérola nos ensina sobre o trabalho de Deus em nossas vidas. Viver neste mundo
requer vigilância, separação e muito esforço. A natureza pecaminosa travará uma
luta constante com a natureza que herdamos de Deus, sendo um verdadeiro
combate, por isso precisamos estar revestidos e atentos.
3.2 A pérola é gerada num
ambiente corruptível.
A pérola habita numa massa de
carne viva (seu cônjuge), porém corruptível. Sua beleza só pode ser realçada
após ser retirada do local e limpa de toda a impureza produzida pelo ambiente
onde foi gerada.
Muitas
das vezes o lar que foi criada não foi o albiente agradavel.
À semelhança da pérola, o
cônjuge ainda está recoberto por uma massa de carne corruptível e, para se
tornar uma jóia preciosa para o adorno de um monarca, deve ser purificado,
libertando-se das coisas mundanas.
Para isso, é necessário pedir
orientação ao Espírito Santo para ajudar a prepará-lo(a) de forma a tornar-se
um ornamento perfeito, assim como Deus elaborou Sua pérola desconhecida e
oculta, fazendo-a brilhar.
CONCLUSÃO
O processo de formação de uma
pérola pode durar de dez a cinquenta anos, sendo um processo longo e paciente.
Talvez a maior pergunta que nos falta responder seja: em que parte do processo
estamos nós? Como estão as nossas renúncias? Está o nosso coração pronto para
deixar tudo para trás? Nunca esqueçamos que Jesus desceu às mais baixas
profundezas para libertar a pérola de tudo o que a envolvia e fazer dela uma
preciosidade (Efésios 4.9,10).
Bibliografia
PHOLLIPPS, M. (s.d.). Primeiro socorro para um
casamento ferido. SP: Ed. Pompeia,