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70 SEMANAS DE NANIEL O Calendário da Profecia
Introdução
Neste artigo,
vamos explorar o conteúdo do livro de Daniel, mais especificamente, o capítulo
9, versículos 24 a 27. Esses versículos falam sobre o calendário da profecia e
as 70 semanas mencionadas. Vamos analisar a interpretação literal e futurista
dessas semanas e entender como elas se relacionam com a história e o futuro de
Israel.
O
Contexto da Visão
No início
do capítulo 9, Daniel revela que descobriu pela leitura do livro do profeta
Jeremias que o tempo do cativeiro seria de 70 anos. Ele estava na Babilônia,
como príncipe e conselheiro do rei, mas não se esqueceu das promessas de Deus e
da aliança com seu povo. Ao perceber que o tempo do cativeiro estava se
cumprindo, Daniel iniciou um período de oração e jejum, buscando o
arrependimento do povo de Judá.
A Oração
de Daniel
A oração
de Daniel está registrada nos versículos 4 a 19 do capítulo 9. Durante essa
oração, Daniel exalta a Deus, expressa arrependimento pelo pecado da nação,
confessa seus próprios pecados e clama ao Senhor por misericórdia. Ele busca a restauração
de Jerusalém e a reconstrução do templo, para que o povo de Israel volte a
adorar a Deus de acordo com a Lei.
A
Revelação do Anjo Gabriel
No
versículo 23, um anjo chamado Gabriel se aproxima de Daniel e diz que, desde o
início de suas orações, uma ordem foi emitida para a restauração de Jerusalém e
a reconstrução do templo. O anjo então revela a Daniel o significado das 70
semanas proféticas.
Interpretação
das 70 Semanas
Existem
várias formas de interpretar as 70 semanas mencionadas nos versículos. Uma
interpretação literal e futurista defende que essas semanas são semanas de anos
e que cada período de tempo possui um significado específico. As primeiras sete
semanas se referem à restauração de Jerusalém e a reconstrução do templo, que
ocorreu aproximadamente 49 anos após a emissão da ordem por Ciro. As 62 semanas
seguintes se referem ao período entre a inauguração do templo e a morte de
Jesus na cruz. A última semana, conhecida como a septuagésima semana, se refere
à tribulação e ao fim dos tempos.
A Última
Semana e o Arrebatamento da Igreja
A
interpretação literal e futurista também sugere que a igreja será arrebatada
antes do início da septuagésima semana, antes da tribulação e do período final.
Isso é baseado na ideia de que a igreja é o grande mistério do plano de Deus e
que nenhum profeta do Antigo Testamento teve visões específicas sobre a igreja
em suas profecias.
O
Cumprimento da Profecia
O
cumprimento das 70 semanas proféticas ainda está em andamento. A restauração de
Jerusalém e a reconstrução do templo são sinais claros de que estamos nos
aproximando do fim dos tempos. O mundo está trabalhando em direção a uma
aliança entre judeus e árabes, o que é um sinal importante para o cumprimento
da septuagésima semana. Quando essa aliança for estabelecida, o anticristo
surgirá e restaurará o culto no templo. A primeira metade da septuagésima
semana será um período de tribulação, seguido pela grande tribulação.
Conclusão
O
entendimento e a interpretação das 70 semanas proféticas de Daniel são complexos
e têm gerado muitas discussões ao longo da história. No entanto, é importante
lembrar que Deus tem um plano para Israel e para a igreja. Enquanto a igreja
aguarda o retorno de Jesus, devemos permanecer vigilantes e buscar a Deus em
oração e arrependimento. Que possamos estar preparados para os eventos futuros
e firmes na nossa fé.
Agradecemos por ter lido o nosso blog e esperamos que tenha encontrado estas informações úteis. Se tiver alguma questão ou quiser partilhar a sua opinião, não hesite em entrar em contato conosco pelo Email.
Que Deus abençoe a sua vida e continue a guiá-lo na sua jornada espiritual. Não se esqueça de gostar e partilhar o nosso blog e, sempre que possível, confira os nossos livros (Jarbas Epifanio) disponíveis na UICLAP, AMAZON e na VISEU.
7 RAZÕES PARA ACREDITAR NO ARREBATAMENTO DA IGREJA
Introdução:
O Arrebatamento da Igreja é um tema de grande interesse e debate entre os estudiosos da Escritura. Uma das perspectivas mais discutidas é a visão pré-tribulacionista, que defende a ideia de que o Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação. Neste estudo, exploraremos os fundamentos bíblicos
Razão 1: O Arrebatamento será num piscar de olhos
Razão 2: Ninguém viu o arrebatamento
Assim como ninguém viu os animais entrando na arca de Noé, o arrebatamento da igreja também será secreto. A salvação de Noé e sua família tipifica o arrebatamento pré-tribulacional. Perceba que Noé avisou o povo sobre o dilúvio iminente, mas ninguém deu ouvidos. Os animais entraram na arca, mas ninguém os viu. Da mesma forma, o arrebatamento da igreja será discreto e invisível aos olhos do mundo.
Razão 3: Apenas os discípulos viram Jesus sendo levado aos céus
Se pensarmos bem, apenas os discípulos testemunharam Jesus sendo levado aos céus. Nenhum incrédulo teve a oportunidade de ver Jesus ressuscitado e ascendendo ao céu. A ressurreição de Jesus foi testemunhada pelos discípulos e por mais de quinhentos irmãos, mas nenhum incrédulo presenciou esse evento. Assim como Jesus foi levado aos céus secretamente, acreditamos que a igreja também será levada secretamente para o céu.
Razão 4: Os justos foram tirados antes do dilúvio
A história de Noé nos ensina que os justos foram tirados da Terra antes do dilúvio acontecer. Eles foram colocados dentro da arca, que ficou sobre as águas do dilúvio. Da mesma forma, acreditamos que a igreja estará acima da grande tribulação, guardada por Deus. Enquanto a Terra experimenta a tribulação, a igreja estará segura no céu.
Razão 5: Ló e sua família foram tirados antes da destruição de Sodoma e Gomorra
Ló e sua família foram salvos da destruição de Sodoma e Gomorra. Apesar da esposa de Ló ter sido destruída por sua incredulidade, eles foram retirados da cidade antes da destruição ocorrer. Esse exemplo mostra que Deus é capaz de tirar os justos antes do juízo. Da mesma forma, acreditamos que a igreja será preservada da hora da grande tribulação, sendo levada para estar com o Senhor.
Razão 6: A igreja será guardada da hora da tribulação
A Bíblia menciona que a igreja será guardada da hora da grande tribulação, que será uma tribulação sem precedentes. Alguns argumentam que os santos serão perseguidos e martirizados durante esse período, mas se a igreja for verdadeiramente guardada por Deus, isso não faria sentido. Acreditamos que a igreja será arrebatada e levada para o céu antes da tribulação, sendo preservada da ira vindoura.
Razão 7: A igreja será levada para o céu
Diferentemente da visão pós-tribulacionista, que afirma que a igreja não irá para o céu, acreditamos que a igreja será levada para estar com o Senhor. Na visão pós-tribulacionista, a igreja apenas sobe até os ares e depois volta à Terra. No entanto, na visão pré-tribulacionista, a igreja é arrebatada e levada para o céu. Essa visão é apoiada pelo fato de que, na segunda fase, todo olho verá o Senhor Jesus Cristo vindo com a igreja.
Essas são apenas algumas das razões pelas quais acreditamos no arrebatamento secreto e pré-tribulacional da igreja. Embora haja diferentes interpretações e visões sobre esse assunto, é importante estudar a Palavra de Deus e buscar a compreensão do Espírito Santo.
Conclusão:
Com base nas referências bíblicas e argumentos apresentados, deixa claro que a visão pré-tribulacionista do Arrebatamento da Igreja possui uma base sólida na Escritura. Embora haja diferentes interpretações e visões sobre esse assunto, é importante estudar a Palavra de Deus e buscar a orientação do Espírito Santo para uma compreensão mais profunda desse evento escatológico crucial.
Que Deus abençoe a sua vida e continue guiando você em sua caminhada espiritual. Não se esqueça de curtir e compartilhar em nosso blog e, quando puder, confira nossos livros (Jarbas Epifanio) disponíveis. na UICLAP, AMAZON E NA VISEU.
QUAIS SÃO AS AÇÕES QUE JESUS TOMARÁ APÓS O SEU RETORNO?
Após o retorno de Jesus à Terra,
acredita-se que Ele executará uma série de atos significativos, conforme
descrito na Bíblia. Estes atos incluem:
Triunfar sobre o Anticristo e suas
forças malignas (Apocalipse 19.19-21).
Este evento será uma manifestação da
justiça divina, onde aqueles que se opuseram a Deus serão derrotados. O texto
fala sobre a batalha final entre as forças do mal e o exército celestial
liderado por Jesus Cristo. Neste momento, o Anticristo e seus seguidores serão
derrotados e lançados no lago de fogo, simbolizando a vitória final do bem
sobre o mal. Este evento é considerado como o cumprimento da justiça divina,
onde aqueles que se opuseram a Deus enfrentarão as consequências de suas ações.
É um momento de triunfo e libertação para aqueles que permaneceram fiéis a Deus
e um momento de derrota para aqueles que escolheram seguir o caminho do mal.
Reunir o Israel fiel para restaurá-lo
(Romanos 11.26).
O processo de reunião teve início em
1948, com o estabelecimento do Estado de Israel, e culminará na Segunda Vinda
de Cristo. Isso significa que a reunião do povo de Israel é um evento de grande
importância e que faz parte do plano divino para a história da humanidade. A
promessa de reunir o Israel fiel para restaurá-lo é vista como um cumprimento
das profecias bíblicas e um sinal do cuidado de Deus para com o seu povo
escolhido.
Durante o período da Tribulação,
Israel passará por sua última dispersão (Zc 14.1-2), e na Segunda Vinda de
Cristo, Ele reunirá os judeus crentes para restaurá-los como Seu povo (Is
11.11-16; Ez 39.25-29). O livro de Mateus 24 descreve a dispersão dos judeus
durante a Tribulação (24.15-21) e sua subsequente reunião sob o Messias: “Então
aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se
lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande
glória. E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes
reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos
céus” (Mt 24.30-31).
Julgar os vivos (Mateus 25.31-46).
Durante o julgamento final, conforme
descrito em Mateus 25.31-46, todas as nações passarão por avaliação para
determinar quem será admitido no reino de Cristo. Esse evento é conhecido como
a "separação das ovelhas dos bodes". Além disso, Cristo reunirá os
judeus vivos no deserto para decidir quem terá acesso ao Seu reino, conforme
descrito em Ezequiel 20.33-38.
Ressuscitar os mortos (Apocalipse
20.4-6).
Após o retorno de Cristo, Ele
ressuscitará os crentes do Antigo Testamento e da Tribulação para reinar com
Ele. No entanto, os crentes da Era da Igreja não participarão dessa
ressurreição, pois já terão ressuscitado no momento do Arrebatamento. Os crentes
do Novo Testamento que fazem parte da Era da Igreja não estarão incluídos nessa
ressurreição, pois aqueles que morrerem durante esse período já terão
ressuscitado no momento do Arrebatamento, que ocorrerá sete anos antes (ver
também Dn 12.1-4).
Prender o Diabo (Apocalipse 20.1-3).
Após retornar, Jesus tomará a
primeira ação de lançar o poderoso anjo (Satanás) que o agarrará, enviando-o para o
abismo por mil anos. Após esse período, o anjo será solto brevemente.
Estabelecer Seu reinado (Apocalipse
19.16).
Jesus voltará como o Rei supremo e
Senhor absoluto, estabelecendo Seu trono e governando com justiça e amor sobre
toda a Terra. Ele se assentará em Sua majestosa posição de liderança e reinará
sobre a Terra (Daniel 2.44; Mateus 19.28; Lucas 1.32-33).
Esses eventos representam a
consumação do plano divino de redenção e restauração, conforme revelado nas
Escrituras. O retorno de Jesus será um momento de grande importância e
esperança para os crentes, marcando o início de um novo e glorioso período na história
da humanidade.
“Eis que ele vem com as nuvens, e
todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da
terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém” (Ap 1.7).
Qual é a razão pela qual o Milênio é considerado a última dispensação?
Entendendo o Dispensacionalismo:
O
dispensacionalismo é uma abordagem teológica que muitas vezes é mal
compreendida e até mesmo ridicularizada por alguns. No entanto, é importante
reconhecer que o dispensacionalismo tem suas bases na interpretação cuidadosa
das Escrituras e no respeito pelo texto sagrado.
Princípio Fundamental:
Um dos
princípios fundamentais do dispensacionalismo é respeitar o sentido do texto
bíblico dentro do contexto em que foi escrito. Isso significa que os
dispensacionalistas buscam entender e aplicar as Escrituras de acordo com seu
contexto histórico, cultural e literário.
O Milênio como Última Dispensação:
Além
disso, o dispensacionalismo enfatiza a ideia de que o milênio é a última
dispensação antes da eternidade. Isso significa que o milênio, como descrito na
Bíblia, é um período especial que representa a plenitude dos tempos e a
realização das promessas de Deus.
Divergências e Diálogo:
Embora
haja diferentes interpretações sobre o início e o fim da dispensação da Graça,
os dispensacionalistas geralmente concordam que o milênio é um período
único na história da redenção, no qual Cristo reinará sobre a terra por mil
anos.
É
importante reconhecer que o dispensacionalismo é uma abordagem teológica
complexa que requer estudo e reflexão cuidadosa das Escrituras. Embora
possa haver divergências de opinião dentro do próprio dispensacionalismo,
é essencial manter um diálogo respeitoso e buscar uma compreensão mais profunda
das verdades bíblicas.
O Milênio ocorrerá na Terra
De
acordo com a interpretação dispensacionalista, o milênio descrito na Bíblia
ocorrerá na terra, e não no céu. Isso é fundamentado em passagens como 1
Coríntios 6:2, que menciona que os santos julgarão o mundo. Esse julgamento
não se refere apenas a uma avaliação judicial, mas também ao governo e
liderança sobre as nações, semelhante ao que os juízes faziam no livro de
Juízes do Antigo Testamento.
Portanto,
a crença é que a igreja, como o corpo de Cristo, participará desse governo e
liderança durante o milênio, em colaboração com Cristo. Isso sugere que o
milênio não será uma experiência exclusivamente celestial, mas sim uma era
terrena na qual a igreja reinará com Cristo sobre as nações.
Essa
interpretação é parte da visão dispensacionalista sobre os eventos
escatológicos e o papel da igreja na consumação final da história.
O Diabo estará preso durante o Milênio
Vamos começar analisando Apocalipse 20:1-7, onde é descrito que o diabo será aprisionado por mil anos antes do início do milênio. Esse período é essencialmente um reinado literal e universal de Jesus Cristo sobre todas as nações, no qual toda oposição a Deus será neutralizada. Durante o Milênio, Cristo reinará diretamente na terra, estabelecendo uma teocracia completa. Esse período prepara o cenário para o reino eterno, onde se cumprirá a profecia de que todos os joelhos se dobrarão e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
Além
disso, durante o Milênio, haverá um governo total de Cristo, onde os
ímpios que já estiverem mortos serão ressuscitados para comparecer diante do
justo Juiz. Qualquer rebelião será prontamente punida, refletindo a autoridade
absoluta de Jesus sobre todos. Esses aspectos são fundamentais para compreender
o papel do Milênio na escatologia bíblica.
Haverá dois tipos de povos no Milênio
Durante
o Milênio, haverá dois grupos distintos na terra. O primeiro grupo será
composto pelos crentes glorificados, formado pelos salvos que foram arrebatados
e aqueles que sobreviveram ao período da tribulação. Esses crentes
glorificados, incluindo os mártires do período da tribulação, governarão
com Cristo durante esse período. Por outro lado, o segundo grupo será
constituído pelos povos naturais, que são aqueles que permanecerão em seus
estados físicos normais. Este grupo incluirá os judeus que sobreviveram ao
período da tribulação, os gentios poupados no julgamento das nações conforme
descrito em Mateus 25, e também aqueles que nascerem durante o Milênio.
É
importante ressaltar que Israel desempenhará um papel central entre esses povos
naturais, pois terá posse de toda a terra prometida, estendendo-se desde o Mediterrâneo.
Este período representa uma era única em que a igreja glorificada
reinará com Cristo, enquanto os povos naturais experimentarão o governo
de Deus de maneira tangível e direta.
Israel será protagonista no Milênio
Durante
o Milênio, Jerusalém assumirá um papel central na administração das leis
e na disseminação da piedade. De acordo com as profecias em Isaías 2:2 e
Miqueias 4, a lei e a palavra de Deus emanarão de Jerusalém,
estabelecendo a piedade como norma entre as nações. Durante esse período, a
impiedade, a incredulidade e a rebelião não serão toleradas, ao contrário do
que ocorre na era atual da graça, onde muitas vezes as pessoas se rebelam
contra Deus.
Os
textos bíblicos são claros em afirmar que qualquer forma de rebelião
será prontamente reprimida, e os pecadores não terão liberdade para pecar
impunemente. Ao contrário das leis favoráveis aos pecadores que existem
atualmente, no Milênio o justo Juiz estará presente para julgar com rigor, não
havendo tolerância ao pecado. Embora Deus nunca force ninguém a servi-Lo,
aqueles que optarem por desobedecer enfrentarão as consequências, conforme
descrito em Deuteronômio 28.
Nesse
contexto de paz e justiça, prevalecerá a autoridade de Cristo, e as nações
desfrutarão de um período de tranquilidade, sem guerras, onde a paz e a justiça
serão características marcantes das transações e relações entre os povos.
Não haverá guerras no Milênio
Conforme
Zacarias 12:10, a Bíblia profetiza que o Espírito de Súplica será
derramado sobre os judeus, trazendo consigo renovação e restauração para toda a
terra. Este versículo sugere uma intervenção divina especial para o povo de
Israel, indicando um período de restauração espiritual e renovação das relações
entre Deus e Seu povo escolhido. Esse derramamento do Espírito de Súplica pode
ser interpretado como um momento de despertar espiritual para os judeus,
marcando uma fase de reconciliação e fortalecimento da fé entre eles. Essa
renovação espiritual não se limitaria apenas aos judeus, mas teria impacto em
toda a humanidade, trazendo bênçãos e restauração para toda a face da terra.
A Terra será renovada no Milênio
A Bíblia
também menciona que um rio fluirá debaixo do templo, o qual irá revitalizar
toda a área ao redor. Inclusive a região do Mar Morto, conhecida como arabá,
tem sido afetada pelo ressecamento, resultando na formação dos bolaines. Isso
ocorreu devido à exploração mineral e extração de água do Jordão e afluentes
menores do Mar Morto. Esses bolaines são pequenos lagos secundários que
passaram a abrigar alguma forma de vida. Embora algumas pessoas considerem isso
como o cumprimento da profecia, na verdade, o verdadeiro cumprimento ocorrerá
no Milênio, quando a região será totalmente revitalizada, com a presença de
peixes no Mar Morto e florestas ao redor. Isso será a prova definitiva
de que a terra está sendo restaurada, e a vida será prolongada como no
princípio.
Haverá um novo Templo no Milênio
Haverá
um novo período, e este será verdadeiramente distinto em todos os aspectos.
Quando menciono "novo", não me refiro apenas à sua sequência
temporal, mas à sua natureza renovada. Ao comparar o Templo de Salomão
com o Templo de Babel, podemos observar que o segundo não alcançou o esplendor
do primeiro. Assim, está claro que haverá um terceiro templo durante o período
relacionado, para que as profecias de Mateus 24:15 se cumpram. Jesus faz
referência a Daniel ao mencionar a abominação da desolação, indicando que o
templo estará de pé durante o período do anticristo. Paulo também aborda esse
tema em 2 Tessalonicenses, e Apocalipse 13 alude indiretamente à
profanação do templo, que será realizada pelo anticristo e pelo falso profeta,
sob o controle de Satanás, conforme descrito em Apocalipse 16:13.
Durante
o Milênio, a cidade de Jerusalém será significativamente
expandida, estendendo-se em todas as direções. Seu território será ampliado, e
dentro desta nova extensão da cidade, conforme explicado por Ezequiel, haverá
outra cidade. Este novo período trará uma renovação e restauração completas em
toda a face da terra, como indicado em Zacarias 12:10, e um rio fluirá
do templo, revitalizando toda a região ao redor, incluindo o Mar Morto. Assim,
o Milênio trará uma transformação total, marcando uma nova era de paz e justiça
sob o reinado de Cristo.
No Milênio, Jesus reinará de modo
presencial
Fica
claro, então, que o próprio Senhor Jesus estará pessoalmente reinando na
terra. Embora isso possa ser difícil de entender para nós hoje, a palavra de
Deus é clara. O Mestre Antônio Gilberto costumava dizer que o mais
difícil de acontecer foi Deus se tornar homem e habitar entre nós, e o
Deus-homem morrer em nosso lugar. Jesus morreu em nosso lugar para que Deus não
morresse, mas o Deus-homem, no sentido de que Jesus, ao se tornar homem, nunca
deixou de ser Deus. Ele entregou sua vida por nós. Assim, se o Verbo que se fez
carne habitou entre nós e chegou ao ponto de morrer em nosso lugar, isso é
muito mais difícil de acreditar do que o fato de que ele reinará pessoalmente
na terra, conforme as profecias afirmam.
Sempre
cito, e vou citar novamente, Romanos 8:18, onde Paulo diz que as
aflições do tempo presente não se comparam com a glória que há de ser revelada
em nós. Tudo o que acontece após o arrebatamento é um mistério para nós. A
Bíblia descreve os eventos que ocorrerão, mas como perceberemos isso e como nos
sentiremos é algo em outra dimensão. No caso do Milênio, onde a igreja
estará reinando com Cristo e já estará glorificada, será uma experiência
completamente nova. Cristo reinará literalmente na terra, mas não há nenhuma
referência clara de que ele será visto por todos os povos naturais. Jesus
estará reinando em poder, e sua presença será manifestada de maneiras que ainda
não podemos compreender totalmente.
É
claro, pois a Bíblia diz que quando ele vier em glória para o seu reino.
Portanto, se Jesus estiver em glória, é difícil para as pessoas em corpos
naturais contemplarem Jesus em sua glória, a menos que ele queira se revelar a
elas. Apenas o Todo-Poderoso detém controle sobre o seu próprio poder. Então,
se Jesus quiser diminuir sua glória para que as pessoas possam vê-lo, somente
ele tem esse poder. Durante o Milênio, se ele desejar se apresentar aos
povos naturais e falar com eles diretamente, ele poderá fazer isso. No entanto,
na condição de glória, somente a igreja glorificada poderá vê-lo. A Bíblia
afirma que nós o veremos como ele é (1 João 3). Os povos naturais, se
Jesus estiver se apresentando com sua glória, não poderão olhar para ele.
Portanto, penso que, considerando a analogia da Bíblia, somente a igreja
glorificada verá Jesus como ele é. Os povos naturais terão conhecimento de que
Jesus está reinando e terão contato com as leis que emanam de Jerusalém, mas
não poderão vê-lo em sua glória, a menos que ele escolha limitar sua própria
glória, como fez aos discípulos após a ressurreição. Em alguns casos, eles nem
o reconheceram até que ele se revelou a eles e então desapareceu de sua vista.
Se ele quiser fazer isso, ele pode, mas se estiver em glória, acredito que os
povos naturais não terão a possibilidade de vê-lo.
Haverá sacrifícios no Templo do Milênio
Então,
haverá uma nova forma de adoração, especialmente significativa para os judeus,
pois Deus fez uma aliança com Abraão e outra com Israel. Essa aliança começa
com Abraão e tem suas ramificações, sendo a principal a aliança abraâmica.
Além disso, há a aliança davídica, a nova aliança mencionada em Jeremias e a
aliança mosaica, que é condicional. No entanto, a aliança davídica está ligada
à aliança abraâmica e é incondicional. O que Deus prometeu ali será
cumprido, e é por isso que haverá a preservação de um remanescente. Deus sempre
preserva aqueles que obedecem, mesmo que apenas um pequeno grupo obedeça. Deus
começará o Milênio com esse pequeno grupo, o remanescente israelita que
entrará no Milênio. Claro, ao longo dos mil anos, muitas coisas
acontecerão, incluindo nascimentos e outras mudanças. O próprio povo de Israel,
como povo natural, se multiplicará, assim como todos os outros povos.
Apresentei essas informações para que você entenda que o Milênio será
algo diferente do que é hoje.
Então,
durante o Milênio, haverá povos naturais, mas eles estarão sob o governo
literal de Cristo, que reinará na terra. A própria Terra será abençoada como
nunca antes, e Israel, em particular, será muito mais abençoado, pois Jerusalém
será a sede do governo milenial. A Bíblia menciona em Ezequiel sobre ofertas
sacrificiais, o que pode gerar dúvidas, pois alguém pode perguntar: "Se
Cristo já morreu de uma vez por todas, por que haveria sacrifícios?".
Entendemos, pela analogia geral da Bíblia, que esses sacrifícios serão
principalmente um memorial do sacrifício de Cristo. No entanto, discordo dessa
interpretação, porque em Ezequiel está claro que Deus perdoará os pecados.
Alguns afirmam equivocadamente que as pessoas do Antigo Testamento eram
perdoadas por meio das obras da lei ou dos sacrifícios de animais. No entanto,
a salvação sempre foi pela graça, e os sacrifícios eram apenas figuras ou
representações do sacrifício de Jesus. Quando lemos em Apocalipse 13:8 que
Jesus é o Cordeiro de Deus morto desde a fundação do mundo, isso significa que
desde o momento em que Deus criou o mundo e colocou o primeiro casal, Adão e
Eva, todos os sacrifícios de animais realizados tinham como propósito
simbolizar o sacrifício futuro de Jesus.
No caso do Cordeiro, como vemos em Isaías 53, é
um símbolo. A diferença entre tipo e símbolo é clara: o tipo tem uma
representação específica, um antítipo. O tipo só existe por causa do antítipo.
O Cordeiro Pascal é um tipo de Cristo, que é o antítipo do Cordeiro
Pascal. O símbolo é mais geral. O Cordeiro simboliza Jesus, pois como
mencionado em Isaías, ele é descrito como um Cordeiro mudo. Se observarmos um
Cordeiro ou uma ovelha sendo tosquiada, veremos que ela permanece em silêncio
total, mesmo quando está prestes a ser morta. Essa característica faz do
Cordeiro uma representação de Jesus. Quanto ao sacrifício de animais no futuro,
como mencionado nas profecias bíblicas, embora seja difícil de entender, não
cabe a nós questionar. Se está na profecia bíblica, devemos aguardar para ver.
Não devemos relativizar ou tentar explicar de forma mais leve só porque não
conseguimos entender completamente. Algumas pessoas tendem a alegorizar ou dar
explicações simplificadas aos textos sagrados quando algo não faz sentido para
elas. No entanto, o sacrifício de animais no templo pode ser entendido como um
memorial, assim como a ceia do Senhor é um memorial.
Hoje
em dia, não participamos mais do ritual de sacrifício de animais, mas ao comer
o pão e beber o cálice, estamos realizando esses atos em memória do sacrifício
que Jesus fez pelos israelitas. Essa prática tem uma grande importância dentro
da tradição judaica. Durante o Milênio, conforme mencionado na Bíblia,
haverá sacrifício de animais. No entanto, isso não será para fins de salvação
em si, embora o texto indique que haverá perdão. É importante ressaltar que o
perdão não é concedido por causa do sacrifício em si, mas é um memorial da obra
que Jesus realizaria. No Antigo Testamento, durante o Yom Kipur, ou Dia
da Expiação, o perdão não era concedido devido aos sacrifícios de animais, mas
sim pela graça de Deus. Esses sacrifícios eram apenas uma representação do
perdão que viria por meio da obra de Jesus. No Milênio, mesmo com a prática do
sacrifício animal, a salvação continua sendo pela graça. É essencial reconhecer
e entender as profecias bíblicas, mesmo que algumas delas sejam difíceis de
compreender. Não podemos simplesmente alegorizar o que está claramente descrito
como literal nas Escrituras, apenas porque não conseguimos compreender
completamente.
O
contexto de Ezequiel é bastante claro e não permite interpretações
alegóricas. É explicitamente afirmado que Israel habitará em sua própria terra
e que haverá a reconstrução do templo. As profecias detalham com clareza os
eventos que ocorrerão durante esse período. Portanto, não temos permissão para
simplificar ou reinterpretar essas profecias de acordo com nossa conveniência.
Muitos
tentam simplificar ou reinterpretar passagens proféticas, especialmente aquelas
relacionadas ao Milênio, como se não fossem literais. Por exemplo, há debates
sobre a duração de mil anos mencionada no Apocalipse, ou sobre a
natureza das ressurreições. No entanto, tais tentativas de reinterpretar o
texto sagrado geralmente carecem de base sólida e parecem ser motivadas pela
vontade de alterar a mensagem original das Escrituras.
Com
base em tudo isso que foi exposto, é evidente que durante o Milênio, a terra
estará sob condições diferentes, e haverá uma manifestação da soberania divina
de maneira tangível.
Haverá uma nova ordem mundial no Milênio
No
atual contexto, o termo "novo normal" é frequentemente utilizado para
descrever mudanças e adaptações decorrentes de diversos acontecimentos,
incluindo pandemias e transformações sociais. No entanto, também se fala em uma
"nova era", envolvendo uma gama de conceitos que muitas vezes se
contrapõem aos princípios da fé cristã.
No
entanto, quando nos referimos ao Milênio, estamos falando de uma verdadeira
transformação positiva e duradoura. Durante esse período, haverá uma nova ordem
mundial, caracterizada pela paz genuína e pela soberania de Cristo. Enquanto o
diabo tenta distorcer esses conceitos, usando termos como "novo
normal" e "nova ordem mundial" para promover sua agenda, é
importante lembrar que a verdadeira manifestação dessas ideias ocorrerá somente
quando Cristo estiver reinando.
Quanto
à questão da saúde durante o Milênio, é importante entender que haverá
dois grupos distintos de pessoas: a igreja glorificada e os povos naturais. A
igreja glorificada, conforme descrito em 1 Coríntios 15, estará revestida da
incorruptibilidade e imortalidade, livres de dor, tristeza e morte. Por outro
lado, os povos naturais, embora vivendo sob o reinado de Cristo, ainda terão
corpos sujeitos aos efeitos do pecado. Esses corpos não serão glorificados e,
portanto, estarão sujeitos aos problemas de saúde comuns à condição humana.
Assim,
enquanto o "novo normal" e a "nova era" do mundo atual
podem ser distorcidos por agendas contrárias à fé, o verdadeiro novo normal e a
nova era serão estabelecidos apenas durante o reinado de Cristo no Milênio,
trazendo paz e justiça verdadeiras para toda a humanidade.
Embora
os corpos dos povos naturais durante o Milênio possam estar sujeitos aos
efeitos do pecado, incluindo doenças e enfermidades, é importante reconhecer
que a vida humana nesse período será abençoada de maneira especial pela
presença e soberania de Cristo. Embora permaneçam sujeitos às limitações e
fraquezas inerentes à condição humana, a influência restauradora do reinado de
Cristo e as bênçãos divinas sobre a terra contribuirão para mitigar os efeitos
negativos do pecado.
É
fundamental compreender que, apesar de estarem sob a mesma condição humana que
experimentamos hoje, os povos naturais do Milênio desfrutarão de um ambiente de
paz, justiça e harmonia, decorrente da presença direta de Cristo reinando sobre
a terra. Portanto, embora possam enfrentar desafios e dificuldades, a vida
durante o Milênio será marcada por uma nova era de bênçãos e restauração,
refletindo os propósitos redentores de Deus para toda a humanidade.
Haverá longevidade no Milênio
Os
textos bíblicos em Isaías 65 e Zacarias 8, indicam claramente que
durante o Milênio a vida humana será prolongada, assim como no princípio da
história, como registrado em Gênesis. Vemos exemplos como o de Adão, que viveu
séculos, e Noé, além de outros homens que alcançaram longevidade. Essa longevidade
pressupõe uma condição especial de saúde, que era presente mesmo após a entrada
do pecado no mundo.
É
importante notar que, apesar dos avanços na medicina atualmente, a longevidade
registrada na Bíblia, como no caso de Matusalém, não se deve apenas aos
recursos médicos disponíveis. Naquele tempo, as pessoas viviam em condições
especiais que Deus permitia, mesmo sem os avanços tecnológicos atuais.
Acredita-se que no Milênio essa condição especial será restaurada, e pode-se
até inferir que haverá vantagens adicionais em relação ao primeiro período da
história humana.
No Milênio,
haverá vários fatores que contribuirão para a longevidade e para uma melhor
qualidade de vida. Entre esses fatores estão as bênçãos especiais de Deus sobre
a terra, uma vez que o próprio Senhor Jesus estará reinando pessoalmente. Além
disso, é esperada uma redução do efeito do pecado, embora as pessoas ainda
estejam sujeitas ao germe do pecado que passou a todos os homens.
É
importante mencionar que haverá mudanças climáticas e uma redução na influência
maligna, já que Satanás estará preso e a ação dos demônios será anulada. Com o
príncipe dos demônios fora de ação, muitos males que ocorrem hoje não serão
presentes durante o Milênio. Além disso, espera-se melhores condições de vida,
incluindo melhor nutrição e saúde.
Com
essas condições favoráveis, é provável que haja um aumento na longevidade e na
taxa de natalidade, enquanto os óbitos serão reduzidos. Esses aspectos são
destacados por estudiosos como o mestre Antônio Gilberto em seu livro,
que fornece informações ricas sobre o Milênio.
É extraordinário que o mestre Antônio
Gilberto afirme que no Milênio apenas aqueles que cometeram pecados
dignos de morte morrerão, incluindo aqueles que forem afetados por
enfermidades, mas somente os desobedientes. Essa afirmação é baseada na
analogia geral da Bíblia, embora não seja uma conclusão definitiva. Isaías 65
também lança luz sobre esse assunto.
Essa
posição resolveria um problema levantado por muitas pessoas sobre quando os
crentes ressuscitarão, uma vez que a Bíblia só menciona uma ressurreição antes
do início do Milênio, mencionada no Apocalipse 20. Se os justos viverem
durante todo o Milênio, não haveria necessidade de uma nova ressurreição,
exceto a ressurreição dos ímpios no final do período milenar.
Entretanto,
ainda surgirá um desafio, pois a Bíblia indica que haverá sobreviventes
rebeldes mesmo durante o Milênio, pois Satanás será solto no final do período e
enganará muitas pessoas, que se rebelarão contra Deus. Essas pessoas não terão
passado pelo Milênio na condição de santas e só se rebelarão após o período
milenar.
É
evidente que essas pessoas já tinham uma inclinação e estavam seguindo um
caminho errado antes mesmo de se rebelarem no final do Milênio.
Portanto, é crucial confrontar essas diferentes posições e entender que há
aspectos que não podem ser completamente esclarecidos no momento presente.
O que
podemos afirmar com certeza é que o Milênio ocorrerá, povos naturais
habitarão a Terra e haverá morte durante esse período, como claramente descrito
em Isaías 65. Como mencionado pelo mestre Antônio Jorge, a morte será uma
consequência do pecado, e é importante reconhecer que os povos naturais poderão
sofrer enfermidades e morte, embora as bênçãos de Deus, a longevidade, a saúde
plena e outras condições favoráveis possam reduzir significativamente esses
eventos.
A
profecia sobre a saúde das nações mediante a árvore da vida também é relevante
nesse contexto, sugerindo que as condições de saúde durante o Milênio serão
muito favoráveis e que será difícil para as pessoas morrerem de enfermidades.
Não haverá árvore da vida no Milênio
A
profecia sobre a saúde das nações mediante a árvore da vida, mencionada em Apocalipse
22:2, não se refere ao Milênio, mas sim ao estado eterno que ocorrerá após
o Milênio, quando Deus restaurará todas as coisas. Nesse estado eterno, não
haverá doenças, dores ou morte. Então, surge a questão sobre por que as nações
precisariam comer da árvore da vida para ter saúde, já que o próprio estado
eterno será um estado de glorificação.
Embora
essa seja uma questão que pode não ter uma resposta definitiva, é interessante
observar como teólogos, como o mestre Antônio Gilberto, abordam esse assunto.
Ele era conhecido por sua comunhão íntima com Deus e sua capacidade de lançar
luz sobre questões complexas. Embora algumas de suas ideias possam ser
consideradas sugestões e não afirmações dogmáticas, ele sempre abordava esses
temas com humildade e respeito pela Palavra de Deus. Seu livro "O
Calendário da Profecia" é uma fonte valiosa de insights sobre o
Milênio e a eternidade, oferecendo uma perspectiva única e enriquecedora sobre
esses assuntos.
Essa
interpretação proposta pelo mestre Antônio Gilberto levanta algumas
questões intrigantes. Ele sugere que a passagem de Apocalipse 22 se refere aos
sobreviventes do Milênio, que não serão glorificados como a igreja e, portanto,
precisarão comer da árvore da vida para viver para sempre. No entanto, isso cria
um dilema, pois se eles deixarem de comer da árvore da vida, deixarão de viver
eternamente. Isso levanta a questão de por que Deus manteria duas classes de
pessoas na eternidade, especialmente quando a Bíblia afirma claramente que não
haverá morte para nenhum grupo de salvos.
Essa
interpretação pode parecer contraditória com a ideia de uma única classe de
salvos desfrutando da vida eterna sem morte. Além disso, sugere a possibilidade
de morte mesmo na eternidade, o que não condiz com as promessas bíblicas de
vida eterna e imortalidade para os salvos. Portanto, essa posição pode ser
questionada à luz das escrituras e da coerência teológica.
Nesse
contexto, os teólogos começam a adentrar no campo da filosofia, ao comparar as
folhas da Árvore da Vida a "vitaminas sobrenaturais". Essa analogia
sugere que as vitaminas não são tomadas para curar doenças, uma vez que não
haverá doenças no céu, mas sim para promover a saúde em geral. A vida celestial
será completamente energizada, e, segundo essa perspectiva, todos os salvos
precisarão se alimentar da Árvore da Vida para alcançar uma condição cada vez
melhor e progredir.
Stanley
Horton oferece uma perspectiva que parece mais alinhada com a
analogia geral da Bíblia. Ele sugere que não haverá duas classes de
pessoas na eternidade, mas que todos estarão no mesmo estado quando Deus criar
novos céus e nova Terra. Nesse estado renovado, todos os salvos, incluindo
aqueles provenientes do Milênio, serão glorificados e farão parte de um único
povo de Deus. Essa visão elimina a necessidade de duas categorias distintas de
salvos e sugere uma unidade entre todos os redimidos.
Quanto
à explicação de Mark Hitchcock sobre a cura, ele aponta para a origem do
termo grego "terapia", que deu origem à nossa palavra
"terapia" e "terapêutica". Segundo ele, as folhas da árvore
da vida representam uma espécie de terapia ou cura para as nações. Isso sugere
que, mesmo na eternidade, haverá uma provisão divina para a saúde e o bem-estar
das pessoas, simbolizada pelas folhas da árvore da vida. Essa interpretação
destaca a continuidade do cuidado de Deus para com Seu povo ao longo de toda a
eternidade.
Contudo,
diante dessas considerações, é importante adotar uma postura de espera e
observação. O tempo presente e suas aflições não podem ser comparados à glória
que será revelada. A profecia mencionada em Apocalipse 22:2 sobre as
folhas da Árvore da Vida sendo para a saúde das nações não se refere ao
Milênio, mas sim à eternidade. Aqui reside o problema da interpretação.
Para
esclarecer, aqueles que participam do Milênio são a igreja glorificada e os
povos naturais. A igreja glorificada já está em um estado inalterável de
glorificação, enquanto os povos naturais requerem uma explicação mais
detalhada.
Os
povos mencionados são aqueles provenientes do período da Grande Tribulação. São
pessoas que, em teoria, foram salvos durante esse tempo, como indicado em Mateus
25, onde Jesus se refere a eles como "benditos de meu Pai, possuí por
herança". É importante ressaltar que o termo "benditos de meu
Pai" não seria aplicado aos ímpios. Portanto, pressupõe-se que esses povos
foram poupados e absolvidos durante o julgamento das nações, que ocorre após o
período da Grande Tribulação e antes do início do Milênio.
Esses
povos entram no Milênio com o status de salvos, pois receberam a salvação. No
entanto, é relevante destacar que a salvação é um conceito complexo, pois
implica uma jornada espiritual contínua. Embora os crentes tenham o Espírito
Santo habitando neles e tenham a certeza da filiação divina, não se adere à
doutrina de uma vez salvo, salvo para sempre. Textos claros, como os
encontrados em Hebreus, enfatizam a necessidade de perseverar na fé. Assim, a
salvação é mantida através da fidelidade e do compromisso contínuo com Deus, e
não apenas por uma doutrina de preservação da salvação.
Com
certeza, essa doutrina é fundamentada nas palavras de Jesus registradas em João
10, versículos 27 e 28. Nesse trecho, Jesus afirma claramente que suas
ovelhas ouvem sua voz, ele as conhece e elas o seguem. Ele promete dar-lhes a
vida eterna e garante que nenhuma delas será perdida ou arrebatada de sua mão.
Essa declaração enfatiza a segurança daqueles que pertencem a Jesus: uma vez
que estão em suas mãos, nada nem ninguém pode separá-los dele. O diabo não tem
poder sobre aqueles que estão nas mãos de Jesus. Portanto, é verdade
que, uma vez salvos, permanecemos seguros na proteção e no cuidado de nosso
Senhor.
O
autor de Hebreus é enfático ao alertar os irmãos sobre a possibilidade
de terem um coração mau e incrédulo, que os levaria ao afastamento do Deus
vivo. Este ensinamento ressalta a importância da vigilância espiritual e da
comunhão diária com Deus para evitar o distanciamento progressivo Dele, como
ocorreu com o povo de Israel, conforme mencionado em Isaías 63:10, onde
o Espírito Santo é descrito como tendo se tornado inimigo do povo de Deus. Isso
não significa que o Espírito Santo seja verdadeiramente um inimigo, mas sim que
Ele rejeita a rebelião e a desobediência.
A
exortação presente em Hebreus 3:12-13 destaca a necessidade de
encorajamento e comunhão entre os irmãos, para evitar que alguém se endureça
pelo engano do pecado. Isso evidencia que, mesmo os salvos, podem sucumbir à
tentação e à dureza de coração, se não estiverem alertas e fortalecidos espiritualmente.
No
contexto do Milênio, os salvos e as conversões continuarão a existir,
pois os povos naturais provenientes do período da tribulação serão formados.
Esses povos, apesar de estarem em um ambiente de paz e prosperidade na Terra,
ainda enfrentarão as tentações provenientes de sua natureza caída, demonstrando
que a carne continua sendo um inimigo a ser dominado. Assim, o Milênio não será
um período de perfeição absoluta, mas sim uma fase em que os desafios
espirituais persistirão, exigindo a vigilância e a fidelidade dos redimidos.
Haverá conversões no Milênio
De
acordo com Mateus 25:31-46, aqueles que entram no período do Milênio são
descritos como salvos, mas é enfatizado que eles devem perseverar e servir a Deus.
Este conceito reflete a necessidade contínua de seguir a paz com todos e buscar
a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor. Assim, a salvação não é um
evento único e estático, mas sim um processo contínuo que requer compromisso e
fidelidade ao Senhor.
Durante
o Milênio, haverá nascimentos e crescimento espiritual daqueles que
nascerem neste período. Eles também precisarão se converter e aceitar Jesus
como seu Salvador pessoal, pois não existe uma garantia automática de salvação
apenas por ser filho de pais crentes. Portanto, o conceito de filho de
"peixinho é peixinho" ou "leãozinho é leãozinho" não se
aplica espiritualmente, pois cada indivíduo deve pessoalmente crer,
arrepender-se e entregar-se a Jesus.
Alguns
praticam o batismo na infância como uma expressão de fé e uma maneira de
receber a bênção da salvação, embora essa prática não seja explicitamente
respaldada pela Escritura. A Bíblia ensina que aqueles que creem
e são batizados serão salvos, mas também ressalta a importância da decisão
pessoal de crer. Aqueles que não tiveram a oportunidade de entender e aceitar o
Evangelho durante suas vidas serão tratados de maneira especial pela graça de Deus.
Conclusão
A
justiça de Deus é evidente em seu tratamento para com todos os indivíduos,
incluindo aqueles que morrem em tenra idade e não tiveram a oportunidade de
compreender plenamente o Evangelho. A Bíblia é clara sobre os tipos de
comportamentos que são condenados, e Deus não condenará ao inferno aqueles que
não tiveram chance de escolher ou praticar o mal conscientemente.
Durante
o Milênio, haverá oportunidades para conversão e crescimento espiritual,
tanto para aqueles que nasceram durante esse período quanto para os que já
estão presentes. A salvação continua sendo alcançada pela fé em Cristo e
pelo arrependimento dos pecados. Portanto, não existe salvação
automática, e cada indivíduo deve pessoalmente se arrepender e crer em Jesus
como seu Salvador para ser salvo.
Bibliografia
Hitchcock,
M. (2019). Recompensas celestiais : vivendo com a eternidade à vista
(1ª ed.). (D. Körber, Trad.) Porto Alegre: Chamada da Meia-Noite.
Horton, S. (2016). Teologia Sistemática - Uma
Perspectiva Pentecostal (18ª ed.). RJ: CPAD.
Silva, A. G. (2007). o Calendario das Profecias
(22a ed.). Rio de Janeiro,: Publicadora das Assembléias de Deus.
O Milênio: Uma Nova Era de Vida e Saúde
Este vídeo aborda os seguintes assuntos:
Introdução
O dispensacionalismo é frequentemente alvo de críticas e piadas, especialmente associado a filmes como "Deixados para Trás". No entanto, aqueles que realmente conhecem o dispensacionalismo sabem que um de seus pilares é o respeito ao texto sagrado e ao seu contexto. O dispensacionalismo se baseia na Bíblia, não em filmes fictícios. É importante ressaltar que o milênio é a última dispensação e ocorrerá na terra. Durante esse período, Cristo reinará e haverá uma nova ordem mundial.
A Última Dispensação
De acordo com a posição defendida pelos dispensacionalistas, o milênio é a última dispensação, a dispensação da plenitude dos tempos. A dispensação da Graça, em que estamos atualmente, será seguida pelo período tribulacional. Alguns afirmam que a dispensação da Graça termina com o arrebatamento, mas como ainda há um período de sete anos antes do início do milênio, não há uma diferença significativa no tratamento de Deus com a humanidade. Portanto, é preferível associar o período tribulacional à dispensação da Graça.
O Milênio na Terra
O milênio ocorrerá na terra, conforme mencionado em 1 Coríntios 6:2. Durante esse período, os santos, juntamente com a igreja glorificada, governarão as nações. Jesus reinará sobre todas as nações, neutralizando qualquer oposição. Israel desempenhará um papel fundamental durante o milênio, possuindo toda a terra prometida e sendo uma bênção para o mundo. Jerusalém se tornará a capital e a lei partirá de lá.
A Saúde e a Vida no Milênio
No milênio, embora os corpos dos povos naturais ainda estejam sujeitos aos efeitos do pecado, haverá uma redução do impacto negativo. A vida humana será prolongada, assim como era no princípio. Haverá uma melhoria nas condições de saúde e nutrição, e a presença do Espírito Santo será mais abundante. No entanto, é importante ressaltar que potencialmente ainda poderá haver doenças e enfermidades entre os povos naturais.
A Importância das Folhas da Árvore da Vida
Apocalipse 22:2 menciona que as folhas da árvore da vida serão para a saúde das nações. Essa profecia não se refere ao milênio, mas à eternidade. Portanto, é necessário aguardar para entender completamente o significado dessa passagem. Alguns teólogos sugerem que as folhas podem ser semelhantes a vitaminas sobrenaturais, promovendo a saúde em geral.
Esperança para o Futuro
Embora haja diferentes interpretações sobre a saúde e a vida no milênio, é importante lembrar que estamos diante de um mistério. Devemos aguardar e confiar em Deus, pois as aflições deste mundo não podem ser comparadas com a glória que está por vir. No milênio, haverá uma nova era de vida, saúde e paz, preparando o caminho para a eternidade.
QUANTAS ESPOSAS TEVE ESAÚ, 3 OU 5?
Analisando os textos, podemos observar que há uma aparente confusão quanto aos nomes e origens das esposas de Esaú. No entanto, uma análise cuidadosa nos permite entender que Esaú provavelmente teve mais de três esposas.
·
Basemate é mencionada como filha de Ismael em Gênesis
36.3, enquanto Ada é mencionada como filha de Elom, o heteu, no mesmo versículo.
Isso sugere que são mulheres diferentes, com famílias diferentes.
·
Em Gênesis 26.34 e 36.2, Basemate é descrita como
filha de Elom, o heteu, enquanto Ada é mencionada como filha de Ismael em
Gênesis 36.2. Essas diferenças indicam que são mulheres distintas.
·
No capítulo 28.9, há menção a Maalate, filha de
Ismael, como outra esposa de Esaú, o que confirma a presença de pelo menos três
esposas diferentes.
Portanto,
com base nos textos analisados, é razoável concluir que Esaú teve mais de três
esposas, possivelmente quatro ou até mesmo cinco, conforme sugerido pela
presença de Basemate, Ada e Maalate como esposas distintas em diferentes
passagens das Escrituras.
JESUS FICOU SEPULTADO DURANTE TRÊS DIAS E TRÊS NOITES?
“pois,
como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o
Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra,” (Mt 12.40).
Desde já, é importante salientar que
se trata de uma expressão idiomática e não de um relato detalhado de tempo. Vou
apresentar alguns exemplos disso encontrados em outros textos bíblicos.
1 Samuel 30.12-13 – “um pedaço de bolo de figos prensados e dois
bolos de uvas passas. Ele comeu e recobrou as forças, pois tinha ficado três
dias e três noites sem comer e sem beber. Davi lhe perguntou. A quem você pertence e de onde vem”? Ele
respondeu. Sou um jovem egípcio, servo
de um amalequita. Meu senhor me abandonou quando fiquei doente há três dias”.
Ou seja, três dias e três noites = há três dias.
Gêneses 42.17-18 – “E os deixou presos três dias. No terceiro
dia, José lhes disse…”
Neste caso, se eles estiveram presos
durante três dias e José os libertou depois disso, então eles teriam sido soltos
no quarto dia, certo? No entanto, não é isso que acontece. Ele os liberta no
terceiro dia, ou seja, eles ficaram presos durante três dias (de forma
idiomática e expressiva) e foram soltos no terceiro dia (literalmente).
Assim, se analisarmos este texto de
forma literal, poderíamos encontrar uma contradição, uma vez que os irmãos
estariam detidos durante 72 horas, mas o texto também menciona que foram
libertados antes desse período. No entanto, não há contradição, uma vez que se
trata apenas de uma expressão idiomática.
Desta forma, "um dia e uma noite" era uma expressão
idiomática utilizada pelos judeus para se referir a um dia, mesmo que se
tratasse apenas de uma parte do dia, o que também pode ser observado no Velho
Testamento. Em resumo, a expressão "um dia e uma noite" representava
tanto o dia completo como uma parte dele.
Uma maneira diferente de interpretar
"três dias e três noites" é levar em consideração o método judaico de
calcular o tempo. Qualquer parte de um dia era considerada como um dia
completo.
O Talmude de Jerusalém, assim chamado
por ter sido escrito em Jerusalém, afirma: "Temos um ensinamento - 'Um dia
e uma noite são um Onah" (Mishnah, Tratado "J. Shabbath",
Capítulo IX, Parágrafo 3).
Um "Onah" é simplesmente
"um período de tempo".
Portanto, temos a evidência de que a
expressão "três dias e três noites" é "figurativa",
representando três dias consecutivos, independentemente do tempo (horas)
decorrido durante esse período.
Ilustração dos três dias e três
noites entre a morte e ressurreição de Jesus.
A expressão "três dias e três
noites" é usada figurativamente para representar o período entre a morte e
a ressurreição de Jesus. Se Jesus tivesse sido sepultado depois do Shabat
(sexta-feira após as 18 horas), a profecia não teria sido cumprida, pois não poderíamos
contar o dia de sexta-feira. No entanto, como foi sepultado antes do pôr-do-sol
do Shabat, contamos o dia do sepultamento.
Portanto, Jesus não errou ao dizer
que estaria três dias sepultado, pois ele não usou o termo "o filho do
homem ficará três dias sepultado". Ele usou "três dias e três
noites" porque sabia que era uma expressão que indicaria a sua ressurreição
no domingo.
Se não fosse assim, os fariseus
teriam pedido uma guarda até o quarto dia. No entanto, eles solicitaram aos
romanos que tomassem conta do túmulo até o terceiro dia, ou seja, até domingo
ao pôr do sol.
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