O Inferno: Origem, Significados e Interpretações Religiosas e Culturais

 

Introdução

O inferno é um conceito amplamente conhecido, transcendente do contexto religioso, incorporado na literatura, arte e expressões populares. Neste estudo, vamos explorar a origem do termo "inferno", suas diferentes interpretações ao longo da história e seu significado em várias religiões. Também discutiremos como o conceito de inferno se expandiu além de suas raízes teológicas para representar estados de espírito e condições humanas.

Origem do Termo "Inferno"

A palavra "inferno" deriva do latim "infernum", que significa a passagem para o mundo destinado às almas perdidas, assim como o próprio mundo dos mortos. O adjetivo latino "inferus" significa inferior, relacionado ao termo "infra", que se refere ao que está por baixo. Historicamente, "inferno" descrevia um lugar ou estado abaixo da superfície da Terra, destinado às almas dos mortos.

Significados Contemporâneos

Hoje, a palavra "inferno" possui uma gama de significados além do religioso:

  • Religioso: Lugar de punição para os condenados após a morte.
  • Mitológico: Morada das almas depois da morte.
  • Popular: Desordem, lugar de sofrimento, coisa desagradável ou desassossego.
  • Figurado: Estado de espírito ou sofrimento terreno.

Inferno na Literatura e Arte

O conceito de inferno tem inspirado uma vasta produção artística e literária. Poetas, escritores, dramaturgos e filósofos frequentemente utilizam o inferno em sentido figurado para descrever estados de angústia e sofrimento humanos. Um exemplo clássico é a frase de William Shakespeare: "O inferno está vazio, e todos os demônios estão aqui," sugerindo que o mal pode estar presente na Terra e nas ações humanas.

Inferno nas Religiões

  • Cristianismo: A crença no inferno como um lugar de punição eterna para os pecadores é central. A interpretação tradicional vê o inferno como um lugar de sofrimento físico, com a alma do pecador ardendo em um lago de fogo. No entanto, a doutrina moderna enfatiza mais o aspecto espiritual do inferno como separação definitiva de Deus. Existem divergências sobre a eternidade do castigo, com figuras como Santo Agostinho defendendo sua eternidade, enquanto Orígenes e outros defendem a misericórdia infinita de Deus.
  • Judaísmo: O conceito de inferno, ou "Geena", é diferente do cristianismo. O inferno é visto mais como um processo de purificação do que um lugar de tormento eterno. As almas passam pelo inferno para limpar suas máculas, sentindo vergonha das ações passadas. No paraíso, as almas estão mais próximas de Deus e encontram respostas para suas dúvidas.
  • Mitologia Grega: Hades é tanto o deus do submundo quanto o nome do reino dos mortos. O Tártaro, uma parte mais profunda do Hades, é reservado para os perversos, enquanto os Campos Elísios são o lugar de repouso das almas virtuosas.

Desenvolvimento Histórico do Conceito de Inferno

Na antiguidade, muitas culturas desenvolveram suas próprias ideias sobre o que acontece após a morte. No judaísmo antigo, "Sheol" era o destino dos mortos, não necessariamente um lugar de punição. Com o advento do cristianismo, o conceito de inferno evoluiu para incluir a ideia de punição eterna, influenciado por teólogos como Santo Agostinho.

Reflexões Filosóficas e Sociais

A frase de Shakespeare levanta uma questão filosófica: o inferno existe após a morte ou é algo que experimentamos em vida? A existência humana, repleta de sofrimentos como guerras, miséria e injustiças, pode ser vista como uma forma de inferno terrestre. Essa visão sugere que o inferno não é apenas uma condição pós-vida, mas também uma realidade presente na sociedade.

Conclusão

O inferno é um conceito complexo com raízes profundas na religião, mitologia e cultura. Sua evolução ao longo dos séculos reflete mudanças na compreensão humana sobre a vida após a morte, a justiça divina e a natureza do sofrimento. Embora suas representações variem, o inferno continua a ser um tema poderoso na arte, literatura e filosofia, simbolizando tanto o castigo eterno quanto as dificuldades e desafios da vida.

Reflexão Final

E para você, o que é o inferno? É uma realidade pós-vida ou uma condição presente na Terra? Deixe seus comentários e compartilhe sua opinião sobre este fascinante e misterioso conceito. Espero que tenha gostado deste estudo e que ele tenha ampliado sua compreensão sobre o inferno e suas múltiplas interpretações.

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Introdução

Os termos "Seol" e "Hades" são cruciais para a compreensão bíblica do estado intermediário dos mortos. Apesar de suas origens distintas, com "Seol" sendo hebraico e "Hades" sendo grego, ambos os termos expressam a mesma ideia no contexto das escrituras. Este estudo examina suas ocorrências na Bíblia, seus significados, e o que eles revelam sobre a condição das almas entre a morte e a ressurreição.

Significados e Ocorrências

  • Seol: Aparece 65 vezes no Antigo Testamento. É o termo hebraico para o lugar dos mortos, frequentemente traduzido como "sepultura", "além-túmulo" ou "inferno".
  • Hades: Aparece 10 vezes no Novo Testamento. É o termo grego que corresponde ao hebraico "Seol", usado para descrever a morada dos mortos.

Equivalência de Termos

A equivalência entre "Seol" e "Hades" é clara em passagens como Atos 2:27, que cita Salmo 16:10. No Salmo, a palavra usada é "Seol", enquanto em Atos, Lucas usa "Hades" na tradução grega. Ambos os termos indicam o mesmo conceito de uma habitação dos mortos, um estado intermediário entre a morte e a ressurreição.

O Estado dos Mortos

A Bíblia sugere que o "além-túmulo" é mais um estado ou condição do que um lugar físico específico. Em Gênesis 37:35, Jacó expressa a crença de que encontraria seu filho José no Seol, indicando uma visão de continuidade após a morte.

  • Antigo Testamento: "Seol" é a habitação dos mortos, o antônimo da "Terra dos Viventes". Jó e outros livros poéticos referem-se ao Seol como um lugar de espera. Em 1 Samuel 2:6, o Senhor é descrito como capaz de fazer descer à cova (Seol) e tornar a subir.
  • Novo Testamento: "Hades" mantém a mesma ideia de um estado de espera. Em Lucas 16:23, o rico, em tormento no Hades, contrasta com Lázaro no seio de Abraão, sugerindo que Hades inclui tanto o tormento para os ímpios quanto o consolo para os justos.

Condição dos Justos e dos Ímpios

  • Justos: No Antigo Testamento, os justos veem o Seol como um lugar de refúgio em tempos de aflição (Jó 14:13). No Novo Testamento, Paulo expressa o desejo de estar com o Senhor após a morte, considerando isso melhor do que a vida terrena (Filipenses 1:23).
  • Ímpios: Para os ímpios, o Seol e o Hades são lugares de sofrimento. Salmos 116:3 e Eclesiastes 8:6 descrevem a angústia e o tormento associados a esse estado. Em Lucas 16:19-31, o rico é atormentado no Hades, sem alívio, e preocupado com os vivos.

Ressurreição e Juízo

A Bíblia fala de um dia em que Hades entregará os mortos para o julgamento final, como descrito em Apocalipse 20:13-14. No julgamento, os mortos serão lançados no Lago de Fogo, um destino final de tormento eterno para os ímpios.

Conclusão

"Seol" e "Hades" são termos que, embora de origens linguísticas diferentes, referem-se ao mesmo conceito de um estado intermediário dos mortos. Eles não especificam um local físico, mas sim uma condição em que as almas esperam a ressurreição e o julgamento final. Para os justos, é um estado de consolo, enquanto para os ímpios é de tormento. Compreender esses termos é essencial para uma interpretação mais profunda e precisa dos textos bíblicos e da teologia cristã sobre a vida após a morte.

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Introdução

A Bíblia contém diversos termos que se referem a conceitos de morte, punição e tormento. Esses termos incluem "inferno", "hades", "tártaro" e "lago de fogo". Embora possam parecer intercambiáveis, cada um tem um significado específico e é usado em contextos distintos nas escrituras. Este estudo examinará esses termos para esclarecer suas diferenças e significados, com base nas passagens bíblicas e suas interpretações.

Inferno

A palavra "inferno" não aparece nos textos originais do Novo Testamento grego. Ela é de origem latina, retirada da Vulgata de Jerônimo, e possui múltiplos significados, frequentemente associando-se a lugares de tormento e punição. No entanto, é crucial entender que o "inferno" na tradução latina é um termo abrangente que não distingue entre os diferentes lugares de tormento mencionados na Bíblia.

Hades

"Hades" é uma palavra grega que se refere ao mundo dos mortos ou à habitação dos mortos. No Novo Testamento, "hades" é usado para descrever um lugar de tormento prévio para aqueles que estão espiritualmente mortos. Um exemplo significativo é encontrado em Lucas 16:23, onde Jesus fala sobre o rico e Lázaro. O rico, em tormento no hades, vê Lázaro ao lado de Abraão em um lugar de conforto, mostrando uma divisão entre os justos e os injustos no estado intermediário dos mortos.

Tártaro

O termo "tártaro" aparece apenas uma vez no Novo Testamento, em 2 Pedro 2:4. Derivado da literatura grega, "tártaro" era o lugar onde os titãs e semideuses eram aprisionados. Na Bíblia, é descrito como o local onde anjos caídos estão presos até o dia do julgamento. Estes anjos são considerados ainda mais terríveis que Satanás, que, por sua vez, está solto até ser finalmente julgado e lançado no lago de fogo.

Lago de Fogo

O "lago de fogo" é mencionado várias vezes no Apocalipse, especificamente em Apocalipse 19:20, 20:10, e 20:14-15. Este termo refere-se ao destino final de Satanás, a besta, o falso profeta, a morte, o hades e todos os que não estão inscritos no livro da vida. O lago de fogo é descrito como um lugar de tormento eterno, inaugurado após a grande tribulação e o julgamento final.

Geena

"Geena" é uma forma grega do hebraico "Ge-Hinom", ou Vale de Hinom. Originalmente, era um local fora de Jerusalém onde crianças eram sacrificadas ao deus Moloque. Após a reforma de Josias, que pôs fim a essas práticas abomináveis (2 Reis 23:10), o vale tornou-se um símbolo de juízo e punição divina. No Novo Testamento, "geena" é frequentemente usado por Jesus para descrever um lugar de punição final para os ímpios, um "lago de fogo" (Marcos 9:43-48).

Abismo

O "abismo" é mencionado em Apocalipse 9:1-11 como um lugar profundo onde demônios estão aprisionados. Diferentemente do lago de fogo, o abismo não é um lugar de punição eterna para humanos, mas um local de confinamento temporário para seres demoníacos, incluindo Satanás durante o milênio.

Conclusão

A compreensão correta dos termos "inferno", "hades", "tártaro", "geena" e "lago de fogo" é essencial para uma interpretação precisa das escrituras bíblicas:

  • Inferno: Termo geral, derivado do latim, usado para descrever lugares de punição e tormento.
  • Hades: O mundo dos mortos ou lugar de tormento prévio, especificamente para os espiritualmente mortos.
  • Tártaro: Lugar de aprisionamento para anjos caídos, mencionado uma única vez no Novo Testamento.
  • Geena: Originalmente um vale associado ao sacrifício de crianças, usado no Novo Testamento como símbolo de punição final.
  • Lago de Fogo: Destino final de Satanás, a besta, o falso profeta, a morte, o hades e todos os ímpios, um lugar de tormento eterno.
  • Abismo: Local de confinamento temporário para demônios, distinto do lago de fogo.

Essas distinções ajudam a esclarecer os diferentes aspectos do juízo e do estado dos mortos na teologia bíblica, proporcionando uma compreensão mais profunda dos ensinamentos das escrituras.

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Introdução

A interpretação e tradução de termos bíblicos do hebraico e do grego para outras línguas têm gerado debates significativos entre teólogos e estudiosos da Bíblia. Um exemplo notável é a palavra "geena", frequentemente traduzida como "inferno" no Novo Testamento. Este estudo visa esclarecer o significado de "geena", sua origem e os contextos em que é utilizada na Bíblia, abordando também as diferenças entre "geena" e outros termos relacionados a lugares dos mortos, como "sheol" e "hádes".

Origem e Significado de "Geena"

A palavra "geena" tem suas raízes no hebraico "Gehinom", que significa "Vale dos Filhos de Hinom". Este vale, localizado a sudoeste de Jerusalém, é mencionado em várias passagens do Antigo Testamento, como Josué 15:8; 18:16 e Jeremias 19:2. Durante um período de grande apostasia em Judá, reis como Manassés usaram este local para sacrificar crianças ao deus Moloque (2 Crônicas 33:6; Jeremias 7:31-32; 32:35). O rei Josias, em uma reforma religiosa, pôs fim a essas práticas abomináveis, como relatado em 2 Reis 23:10.

No período do profeta Jeremias, o Vale de Hinom tornou-se um símbolo do juízo divino, um local associado ao castigo e à destruição. Esse simbolismo foi levado ao Novo Testamento e é mencionado 12 vezes, incluindo passagens em Mateus (5:22, 29-30; 10:28; 18:9; 23:15, 33), Marcos (9:43-47), Lucas (12:5) e Tiago (3:6).

"Geena" e a Tradução como "Inferno"

A tradução de "geena" como "inferno" no Novo Testamento pode causar confusão devido às diferenças de significado entre esses termos. A palavra "inferno" tem sua origem no latim "ínferos" ou "infernos", que significa regiões inferiores. No contexto bíblico latino, "inferno" foi utilizado para traduzir termos como "sheol" e "hádes", além de "geena". Esta falta de distinção entre os termos originais hebraicos e gregos pode alterar significativamente a interpretação dos textos bíblicos.

Diferenças Entre "Geena", "Sheol" e "Hádes"

  • Geena: Um lugar específico associado ao julgamento e punição final, usado no Novo Testamento para simbolizar o destino final dos ímpios.
  • Sheol: Um termo hebraico usado no Antigo Testamento para descrever o lugar dos mortos, sem conotações específicas de punição ou recompensa.
  • Hádes: O equivalente grego de "sheol", também referindo-se ao lugar dos mortos, mas com nuances adicionais no contexto da mitologia grega.

Outros Termos Relacionados à Sepultura

Além de "sheol" e "hádes", a Bíblia utiliza outros termos para descrever a sepultura:

  • Qever: Um termo hebraico que se refere diretamente ao túmulo ou cova.
  • Mnemeion: A palavra grega para sepulcro, usada 67 vezes no Novo Testamento, referindo-se ao local de enterro físico.

Exemplo Bíblico

Em Atos 2:27, Pedro cita um salmo de Davi: "Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu santo veja corrupção" Salmos 49:15. Aqui, "sheol" é usado no contexto de não abandonar a alma na morte, mostrando que, biblicamente, "sheol" não é meramente a sepultura física, mas um estado intermediário dos mortos.

Conclusão

A palavra "geena" e o termo "inferno" no contexto bíblico. Enquanto "geena" está ligado a um vale específico com significados históricos de julgamento divino, "inferno" é mais abrangente e carrega consigo diferentes associações de punição eterna. Compreender essa diferença é fundamental para uma interpretação precisa das Escrituras, evitando assim a confusão entre conceitos teológicos distintos. Além disso, a distinção entre "geena", "sheol" e "hádes" possibilita uma leitura mais fiel aos contextos originais das escrituras, enriquecendo assim o entendimento das passagens bíblicas.


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O apóstolo Pedro pretende ensinar que o Universo (Céus e Terra que hoje existem) será destruído pelo fogo como forma de purificação e renovação

 

Introdução

Se houvesse apenas um texto falando sobre o dia do Senhor e, em seguida, Pedro mencionasse a destruição do céu e da terra para dar lugar a novos céus e uma nova terra, não haveria dúvida de que tudo aconteceria de uma vez só naquele dia. Jesus viria, e tudo seria destruído e renovado ao mesmo tempo. Mas, ao lermos o terceiro capítulo de 2 Pedro, percebemos que Pedro não detalha a volta de Cristo e seu reino milenar, mas dá ênfase à destruição do universo sem especificar quando isso ocorrerá.

Objetivo de Pedro

O objetivo de Pedro, especialmente nos versículos 1 a 18 do terceiro capítulo de sua segunda carta, é incentivar-nos a viver de maneira santa. Ele não pretende fornecer detalhes específicos sobre o futuro. Por isso, esse texto não deve ser interpretado isoladamente do contexto escatológico geral. Se houvesse apenas essa passagem, pensaríamos que tudo aconteceria de uma vez só no dia da vinda de Jesus, como argumentam os pós-tribulacionistas.

Quero enfatizar que, embora Pedro não apresente uma sequência de eventos, ele também não afirma que tudo ocorrerá simultaneamente. No próprio texto, ele indica isso, embora não com a mesma clareza de Paulo, que detalha os eventos escatológicos em 1 Tessalonicenses 4 e 5 e 2 Tessalonicenses 2. Pedro não está preocupado com uma ordem sequencial, mas isso não significa que tudo acontecerá de uma vez.

A doutrina escatológica segue o princípio da prioridade, ou seja, Deus trabalha com uma ordem e prioriza certos eventos. Por exemplo, a ressurreição é um evento prioritário. A Bíblia diz que Cristo inaugurou a primeira ressurreição (1 Coríntios 15:23), seguido pelos que são de Cristo em sua vinda. Em 1 Tessalonicenses 4:13-18, Paulo esclarece que não precederemos os que dormem.

 Deus e a Ordem Divina

Vamos examinar uma passagem específica, 2 Pedro 3:7-14, para entender melhor o que Pedro quis dizer e qual era seu objetivo. Esta análise também responderá à pergunta sobre o significado da expressão "a terra será destruída pelo fogo".

Considerações sobre os Céus e a Terra

O versículo 7 menciona que "os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra, estão reservados para o fogo". Pedro deixa claro que os céus e a terra atuais estão destinados a uma destruição e renovação subsequente. Para nós, pode parecer estranho que Deus destrua algo para depois refazer, mas para Deus, isso ocorrerá de maneira rápida, como uma renovação. O texto afirma que haverá essa destruição, indicando que um evento sucederá ao outro.

Pedro também especifica que isso ocorrerá após o dia do juízo. Assim, entendemos que Deus trabalha com uma ordem, onde a destruição e renovação da terra se darão após o julgamento final.

O Dia do Juízo e os Julgamentos Escatológicos

O dia do juízo mencionado em 2 Pedro 3:7-14 refere-se claramente ao Juízo Final. No entanto, é importante entender que existem diferentes julgamentos escatológicos na Bíblia, cada um com características distintas.

Aspectos Diferenciadores dos Juízos

Os julgamentos escatológicos não ocorrem todos de uma vez, pois cada um possui público, critérios, local e resultados diferentes. Por exemplo, o Tribunal de Cristo ocorre imediatamente após o Arrebatamento. Jesus disse: "Eis que venho em breve, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra." Este tribunal, destinado a recompensar os crentes, não é o mesmo que o Juízo Final.

A Bíblia deixa claro que o Juízo Final acontece após o Milênio e a última revolta de Satanás, conforme descrito em Apocalipse 20:7-10. Após essa revolta, ocorre o julgamento do Grande Trono Branco, onde os mortos são julgados de acordo com suas obras.

Outros Julgamentos na Bíblia

Existem vários outros julgamentos na Bíblia, além do Tribunal de Cristo e do Juízo Final. Estes incluem:

1. Julgamento dos Gentios ou das Nações: Descrito em Mateus 25:31-46, onde as nações são julgadas por como trataram "os menores destes meus irmãos".

   2. Julgamento dos Anjos: Mencionado em 1 Coríntios 6:3, onde os crentes julgarão os anjos.

  3. Julgamento de Satanás: Após a sua última revolta, Satanás será julgado e lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:10).

  4. Julgamento de Israel: Este ocorre durante o período tribulacional e está relacionado ao retorno de Cristo e o cumprimento das promessas feitas a Israel.

Cada um desses julgamentos tem seu próprio contexto e propósito, e não devem ser confundidos com o Juízo Final. Assim, compreendemos que Deus trabalha com uma ordem específica, e cada evento escatológico ocorre no seu devido tempo.

O Juízo Final

O Juízo Final é assim chamado porque é o último dentre todos os julgamentos. Pedro, ao mencionar o "dia do juízo" e a destruição dos céus e da terra, está de acordo com a narrativa de Apocalipse. A sequência de eventos em Apocalipse 19:11 até o início do capítulo 22 descreve essa ordem claramente.

Referência a Isaías

No versículo 7 de 2 Pedro 3, Pedro faz referência ao profeta Isaías. Em Isaías 34:4 e 51:6, é dito que "todo o exército do céu se dissolverá como um pergaminho" e que "os céus desaparecerão como fumaça". Isso confirma que a profecia sobre a destruição dos céus e da terra já estava prevista nas Escrituras.

O Conceito de Tempo para Deus

Pedro menciona em 2 Pedro 3:8 que "um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia". Isso sugere que os eventos descritos por Pedro não ocorrerão de uma só vez, como em um dia de 24 horas. Ele está respondendo a uma questão levantada no versículo 3, onde escarnecedores questionam a promessa da vinda de Jesus, alegando que nada mudou desde que os pais deles morreram.

Pedro está ensinando que o tempo de Deus não é como o nosso, e os eventos profetizados não seguirão necessariamente uma sequência rápida e imediata do ponto de vista humano. Ele enfatiza que os céus e a terra estão reservados para destruição até o dia do juízo, alinhando sua mensagem com a profecia de Isaías e a narrativa do Apocalipse.

Resumo

Pedro nos ensina que a destruição dos céus e da terra ocorrerá no Juízo Final, conforme a ordem estabelecida nas Escrituras. Ele destaca que devemos entender o tempo de Deus de forma diferente da nossa percepção humana. Além disso, Pedro reforça que essa destruição foi prevista pelos profetas e faz parte do plano divino, lembrando-nos de viver em santidade enquanto aguardamos o cumprimento dessas promessas.

A Iminência do Arrebatamento

Há muita confusão sobre o que significa a iminência do arrebatamento. Muitos acreditam que iminência implica que o evento deve ocorrer em breve, mas na verdade, tem mais a ver com nossa preparação do que com o tempo de Deus. A iminência sugere que devemos estar prontos a qualquer momento, independentemente de quando exatamente acontecerá.

A Percepção do Tempo para Deus

Pedro enfatiza que para Deus, "um dia é como mil anos, e mil anos como um dia" (2 Pedro 3:8). Isso nos ensina que Deus não opera dentro das mesmas restrições temporais que nós. Nosso tempo é cronológico e quantitativo, enquanto para Deus, o tempo é mais qualitativo e Ele vê tudo como um eterno presente. Deus é onisciente e tudo está sob Seu controle, sem a divisão clara de passado, presente e futuro que nós percebemos.

Interpretação Correta do Texto

É errado forçar o texto bíblico a dizer que todos os eventos acontecerão de uma vez quando Jesus voltar. Pedro não sugere isso. Ele esclarece que a destruição e renovação dos céus e da terra não ocorrerão necessariamente em um único dia de 24 horas. Assim como João, em 1 João 2:18, menciona a "última hora", que não deve ser entendida literalmente como uma hora de 60 minutos, Pedro também indica que o "dia do Senhor" não se limita a um período cronológico de 24 horas.

Os Últimos Dias

Os "últimos dias" começaram no dia de Pentecostes, com o derramamento inaugural do Espírito Santo. Desde então, ainda vivemos nesses últimos dias. Embora possa parecer que os últimos dias se prolonguem, devemos entender que o cenário profético está sendo preparado e que as profecias estão se cumprindo gradualmente.

Pedro nos lembra que devemos estar prontos a qualquer momento, pois Deus opera fora das nossas limitações temporais. A iminência do arrebatamento nos chama à preparação constante, independentemente de quando exatamente ocorrerá. A interpretação correta das Escrituras nos ajuda a compreender que os eventos escatológicos têm uma ordem e um tempo estabelecidos por Deus, que podem não coincidir com nossa compreensão humana de tempo.

 Os Últimos Segundos dos Últimos Dias

Muitas vezes brincamos dizendo que já estamos nos últimos segundos dessa última hora ou nas últimas horas desses últimos dias, como a Bíblia menciona.

O Dia do Senhor e o Arrebatamento

Em 2 Pedro 3:9-10, Pedro diz que "o Senhor não retarda a sua promessa... mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se". Ele continua dizendo que "o dia do Senhor virá como ladrão de noite". É crucial entender que o dia do Senhor não é o mesmo que o arrebatamento da igreja.

O arrebatamento é um evento inicial no calendário profético, desencadeando o início do dia do Senhor. Este último não é um dia de 24 horas, mas um período estendido de tempo. Se o arrebatamento ocorrer hoje, ele dará início ao cumprimento do calendário profético, marcando o começo do dia do Senhor.

O Dia do Senhor na Bíblia

Os profetas do Antigo Testamento frequentemente mencionam o dia do Senhor, descrevendo-o inicialmente como um dia de juízo, mas também contendo bênçãos para o povo de Deus. Este período inclui os juízos profetizados sobre as nações que se levantarem contra Israel e sobre o próprio Israel.

Durante o dia do Senhor, a igreja já estará glorificada, tendo sido arrebatada. Este período também inclui o Milênio, que é parte do dia do Senhor, estendendo-se até antes da eternidade. Portanto, o dia do Senhor engloba todos os eventos que ocorrerão a partir do arrebatamento da igreja.

O dia do Senhor é um período profético que começa com o arrebatamento da igreja e inclui uma série de eventos, desde juízos até bênçãos, culminando no Milênio e na preparação para a eternidade. Nossa compreensão do tempo de Deus e o significado da iminência nos ajudam a viver em constante preparação, aguardando o cumprimento das promessas divinas.

O Dia do Senhor vs. o Arrebatamento

Não devemos confundir o dia do Senhor com o dia do arrebatamento da igreja. O dia do Senhor não é a mesma coisa que a vinda de Cristo para buscar sua igreja.

O Dia do Senhor Vem Como Ladrão

O dia do Senhor virá como um ladrão. Paulo, em 1 Tessalonicenses 5:1-3, menciona que "quando disserem: Paz e segurança, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto". A palavra "odim", usada por Paulo e Jesus, refere-se às dores de parto. Esse termo, recorrente na literatura apocalíptica, ilustra as dores que uma mulher sente ao se aproximar do momento do parto. Quanto mais intensas as dores, mais próximo está o momento de dar à luz. Jesus falou sobre o "princípio de dores" (Matthew 24:8), utilizando o termo grego "arche" para indicar o começo das dores, que são mais leves comparadas às dores intensas do trabalho de parto real.

A Destruição Será Repentina

Paulo ensina que a destruição será repentina e inesperada, como as dores de parto, mas a igreja já terá sido arrebatada. Pedro, em 2 Pedro 3:11, fala sobre a destruição da terra, mas não apresenta uma ordem sequencial de eventos como Paulo faz em 1 Tessalonicenses 4-5 e 2 Tessalonicenses 2. Ele destaca que, sabendo que essas coisas vão perecer, devemos viver em santidade e piedade.

Aguardando e Apressando a Vinda do Dia de Deus

Em 2 Pedro 3:12, Pedro fala sobre "aguardando e apressando a vinda do dia de Deus". Algumas versões bíblicas não incluem "apressando vos", mas a versão corrigida está correta ao dizer "apressando vos". Isso significa que devemos ter pressa em nos preparar, não que podemos acelerar a vinda de Deus através de nossas ações.

Preparação para o Dia de Deus

O arrebatamento da igreja é o evento que desencadeia o dia do Senhor. Nós, como igreja, devemos estar sempre preparados e em prontidão, vivendo de acordo com os ensinamentos de Cristo, para que, quando o arrebatamento ocorrer, estejamos prontos. A nossa preparação constante é essencial, pois a cronologia dos eventos está sob o controle de Deus, e não podemos forçar a aceleração do Seu plano.

O dia do Senhor é um período profético que começa com o arrebatamento da igreja e inclui uma série de eventos que culminam no julgamento e nas bênçãos prometidas. Nossa responsabilidade é viver em santidade, aguardando e nos preparando para esses eventos. A iminência do arrebatamento nos chama à vigilância constante e à prontidão espiritual.

O Dia do Senhor e a Iminência do Arrebatamento

Hoje, o arrebatamento da igreja é um evento iminente. A iminência significa que pode ocorrer a qualquer momento, e daqui a pouco explicaremos esse conceito.

Aguardando e Apressando a Vinda do Dia de Deus

Em 2 Pedro 3:12, Pedro fala sobre "aguardando e apressando-vos para a vinda do dia de Deus". Esse "dia de Deus" não é um período de 24 horas, mas sim um período profético que começa com o arrebatamento da igreja, se estende pelo período tribulacional e inclui o Milênio. Pedro foi cuidadoso ao mencionar que "um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia" (2 Pedro 3:8), enfatizando que o tempo de Deus não deve ser entendido como um dia literal de 24 horas.

O Erro de Interpretar o Dia como Literal

É um erro comum interpretar que tudo acontecerá de uma vez no "dia" do Senhor. Jesus mencionou a ressurreição no "último dia", mas a Bíblia explica que a ressurreição dos justos é seletiva e ocorre em diferentes momentos. O livro de Apocalipse, por exemplo, mostra um intervalo de mil anos entre a primeira e a segunda ressurreição (Apocalipse 20:5-6).

O Período Escatológico

O "dia de Deus" compreende todo o período escatológico que será inaugurado pelo arrebatamento da igreja. Em 2 Pedro 3:13, ele menciona que, segundo a promessa, aguardamos "novos céus e nova terra, onde habita a justiça". Esta referência conecta-se com o Apocalipse, mostrando que, embora haja destruição, a promessa de Deus é a renovação e a criação de novos céus e nova terra.

A Necessidade de Preparação

Em 2 Pedro 3:14, Pedro enfatiza a necessidade de estarmos sempre preparados: "Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz". A preparação para o arrebatamento é essencial, pois ele é a "bem-aventurada esperança" da igreja, como descrito em Tito 2:11-14. Essa esperança nos ensina a viver em santidade e a aguardarmos a manifestação de Cristo.

A Bem-Aventurada Esperança

O arrebatamento da igreja é a bem-aventurada esperança. João, em sua primeira carta (1 João 3:2), diz: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser; mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos". Isso reflete a esperança de transformação e glorificação dos crentes na segunda vinda de Cristo.

Portanto, a compreensão correta do dia do Senhor e do arrebatamento é crucial para a fé cristã. Devemos viver em constante preparação e vigilância, sabendo que o arrebatamento é iminente e pode ocorrer a qualquer momento. Nossa esperança está na promessa de novos céus e nova terra, onde habita a justiça, e na manifestação gloriosa de Cristo, que nos transformará para sermos semelhantes a Ele.

A Importância da Esperança e da Pureza

João, em 1 João 3:3, afirma que "todo aquele que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro". Isso corrobora o que Pedro mencionou em 2 Pedro 3:14 sobre a necessidade de estarmos imaculados e irrepreensíveis. A preparação para o arrebatamento é essencial, pois ele representa um grande livramento para os crentes.

Arrebatamento como Livramento

Jesus, em Lucas 21:36, diz: "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando para que sejais havidos por dignos de escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do Homem". Isso destaca o arrebatamento como um escape dos eventos terríveis que ocorrerão no futuro. Paulo reforça essa ideia em 1 Tessalonicenses 1:10, afirmando que Jesus nos livrará da ira futura. Essa "ira futura" refere-se ao período tribulacional, não ao inferno.

A Certeza da Salvação

Jesus afirmou em João 5:24 que "quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em juízo, mas passou da morte para a vida". Isso significa que os crentes já possuem a certeza da salvação e não enfrentarão julgamento quanto à sua salvação.

A Ira de Deus no Período Tribulacional

O período tribulacional será marcado pelo derramamento da ira de Deus e do Cordeiro sobre a Terra. Este é um tempo específico de julgamento e punição divina que não será direcionado à igreja, mas aos ímpios e adoradores do anticristo. A igreja não passará por esse período, pois será arrebatada antes que a ira de Deus seja plenamente derramada.

Distinção entre Tribulações Gerais e a Grande Tribulação

É importante distinguir entre as tribulações gerais que a igreja enfrenta no mundo e a Grande Tribulação, que é um período específico de sete anos de intensos julgamentos divinos. Atualmente, a igreja sofre a ira de Satanás e dos homens, mas na Grande Tribulação, será a ira de Deus que será derramada de maneira intensa sobre a Terra.

A Misericórdia de Deus Hoje e no Futuro

Hoje, Deus ainda age com misericórdia mesmo quando sua ira é derramada. No entanto, no período tribulacional, a ira de Deus será manifesta de modo pleno e justo, sem a atenuação da misericórdia. Para isso, Deus primeiro removerá a igreja da Terra através do arrebatamento.

Conclusão

A esperança no arrebatamento deve motivar os crentes a viverem em pureza e prontidão. O arrebatamento é um livramento da ira futura e um evento iminente que inaugura o período escatológico do Dia do Senhor. A igreja não passará pela Grande Tribulação, pois Deus não derramará sua ira sobre seus filhos. Assim, devemos vigiar, orar e nos preparar continuamente para o retorno de Cristo, mantendo-nos imaculados e irrepreensíveis diante dele.

O Significado do Dia do Senhor e o Arrebatamento da Igreja

O Arrebatamento da Igreja: Mostre crentes sendo levados aos céus, encontrando o Senhor nos ares.
8imagem gerada por inteligecia artificial. 

A interpretação de passagens escatológicas na Bíblia é um tema de grande debate entre diversas tradições cristãs. Este artigo visa esclarecer algumas dessas questões com base em uma análise detalhada das Escrituras.

2 Tessalonicenses 2:1-3 e o Arrebatamento

Primeiramente, 2 Tessalonicenses 2:1-3 é frequentemente interpretado de maneiras diferentes. Alguns acreditam que a Igreja enfrentará o Anticristo, enquanto outros, como os pré-tribulacionistas, argumentam que a Igreja será arrebatada antes desse período de tribulação.

O apóstolo Paulo, ao escrever aos Tessalonicenses, menciona a "vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com Ele". Isso é amplamente entendido como uma referência ao Arrebatamento da Igreja. Paulo havia explicado previamente em 1 Tessalonicenses 4:13-18 que os crentes seriam arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, evitando assim a ira futura mencionada em 1 Tessalonicenses 1:10 e 5:1-9.

A Interpretação do Dia do Senhor

O "Dia do Senhor" é um conceito-chave que precisa ser bem compreendido. Muitos irmãos de outras tradições confundem esse termo com a segunda vinda de Cristo. No entanto, estudiosos como Randall Price, em sua obra "Quando a Trombeta Soar", demonstram que o Dia do Senhor se refere a um período de juízo divino, começando com a tribulação.

Paulo avisa os Tessalonicenses para não se deixarem enganar pensando que o Dia do Senhor já chegou, sem que antes venha uma grande apostasia e se manifeste o homem do pecado, o Anticristo (2 Tessalonicenses 2:3). A confusão surge quando esses eventos são desconectados do contexto global das Escrituras.

A Grande Apostasia e a Manifestação do Anticristo

Antes do início do juízo divino, haverá uma grande apostasia. Esse período de deserção em massa será seguido pela ascensão do Anticristo, que trará uma falsa paz ao mundo, representada pelo cavalo branco de Apocalipse 6. No entanto, essa paz será de curta duração, pois o juízo de Deus se seguirá.

Paulo enfatiza que, enquanto o Anticristo se manifesta, a Igreja já terá sido arrebatada. Esta sequência de eventos é crucial para entender a cronologia escatológica.

A Última Hora e os Períodos Bíblicos

É importante entender que termos como "última hora" e "últimos dias" referem-se a períodos, e não a dias literais de 24 horas. Por exemplo, no livro de Ezequiel, Deus usa dias para representar anos, o que ilustra como a Bíblia utiliza períodos simbólicos para descrever eventos proféticos.

Portanto, o Dia do Senhor é um período de juízo que começará com a grande apostasia e a manifestação do Anticristo. Esse período não será um único dia literal, mas um tempo prolongado de juízo divino sobre a Terra.

Conclusão

A interpretação correta das passagens escatológicas exige uma visão holística das Escrituras. Desconectar textos e isolar passagens pode levar a conclusões errôneas. A Bíblia, em sua totalidade, apresenta uma harmonia perfeita que deve ser respeitada. Ao entender que o Dia do Senhor é um período de juízo e que a Igreja será arrebatada antes desse tempo, podemos ter uma compreensão mais clara e coerente do plano escatológico revelado por Deus.


Este artigo pode ser usado como base para esclarecer as crenças pré-tribulacionistas e a interpretação do Dia do Senhor, ajudando os leitores a compreenderem melhor a cronologia dos eventos finais conforme descritos na Bíblia.

 

Por que a sétima trombeta do Apocalipse (Apocalipse 11:15) não pode ser a mesma mencionada em 1 Coríntios 15:52 e em 1 Tessalonicenses 4:17?

 Por que a sétima trombeta do Apocalipse (Apocalipse 11:15) não pode ser a mesma mencionada em 1 Coríntios 15:52 e em 1 Tessalonicenses 4:17?

O pós-tribulacionismo defende que a sétima trombeta do livro do Apocalipse Capítulo 11 Versículo de número 15 trata-se da mesma que aparece em primeiro os Coríntios Capítulo 15 versículo 52 e também primeiro aos Tessalonicenses Capítulo 4 Versículo 17 Será que isso é verdade?

Vamos ler os textos

Primeiro os Coríntios Capítulo 15 versículo 52

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

A bem da verdade aqui é Um Piscar de Olhos, A última trombeta porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados

Muito bem, como que tá escrito também em primeira os Tessalonicenses Capítulo 4.17 Vamos ler o 16 e 17

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.  

Existe uma grande controvérsia entre as visões pré e pós-tribulacionistas, principalmente porque ambas são as posições majoritárias. O pré-tribulacionismo é a posição predominante, com a maioria esmagadora sendo pré-tribulacionista. Há uma polarização e uma grande polêmica, com os pós-tribulacionistas defendendo que o Senhor Jesus Cristo voltará depois da grande tribulação, citando o Apocalipse Capítulo 11, Versículo 15 como sendo a mesma trombeta mencionada em primeiro aos Tessalonicenses 4.17 e em primeiro aos Coríntios 15.52. Se estiverem corretos, o Arrebatamento em teoria ocorrerá após a grande tribulação. Por isso, eles afirmam que esta sétima trombeta é a última trombeta mencionada em primeiro aos Coríntios 15.52 e também a trombeta de Deus apresentada em primeiro aos Tessalonicenses 4.17. Por que não pode ser a sétima trombeta do Apocalipse, a primeira a soar? O versículo 15 do capítulo 11 do Apocalipse menciona que ela está dentro do período da grande tribulação. No entanto, gostaria de apresentar algumas razões para questionar essa interpretação.

Primeira

Primeiramente, gostaria de abordar a questão de por que a sétima trombeta do Apocalipse 11.15 não pode ser a mesma mencionada em 1 Coríntios 15.52 e 1 Tessalonicenses 4.17. A principal razão para isso é a falta de harmonia entre essas duas passagens. Para explicar melhor, no toque da sétima trombeta em Apocalipse 11:15, não há menção de ressurreição dos mortos, ao contrário do que é descrito em 1 Coríntios 15:52, onde se fala sobre a ressurreição no momento do toque da última trombeta. “no momento no abrir e fechar de olhos ante a última trombeta” O que vai acontecer quando a trombeta tocar e os mortos ressuscitarem de forma incorruptível? Nós seremos transformados. Isso está registrado em Apocalipse 11.15, onde está escrito: "E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre." Há uma proclamação e uma glorificação aqui, e alguns até dizem que ouvem vozes de anjos e da igreja. No entanto, na visão pós-tribulacionista, a igreja não irá para o céu. Portanto, a ideia de a igreja estar junto com os anjos não tem fundamento. Por exemplo, não há menção da ressurreição dos mortos aqui, mas em 1 Coríntios 15.52, fala-se da ressurreição dos mortos. Além disso, em 1 Tessalonicenses 4.17, diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Então a ressurreição aparece primeiros coros 15.52 aparece primeiro aos Tessalonicenses 4.17 Mas onde está a ressureição dos mortos em Apocalipse Capítulo 11 Versículo 15 simplesmente não aparece. Então esta é a primeira razão.

Segunda

 A segunda razão é que a volta de Cristo não está acontecendo, os vivos não estão sendo transformados ou glorificados, nem os ressuscitados, nem aqueles que estão vivos estão sendo transformados. Isso ocorrerá somente quando o arrebatamento acontecer, de acordo com 1 Tessalonicenses 4.17.

Terceiro 

Terceiro ponto: Em Apocalipse 11.15, não há menção do arrebatamento da igreja. Antes do arrebatamento, dois eventos principais ocorrem: a ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos em um piscar de olhos, quando o Senhor arrebatará sua igreja. No entanto, em Apocalipse 11.15, não há menção da ressurreição dos mortos, transformação dos vivos ou do arrebatamento da igreja. Além disso, a trombeta mencionada não é a trombeta de Deus, como descrito em 1 Coríntios 4.16, mas a trombeta do sétimo anjo.

Após o toque da sétima trombeta, ocorre um episódio interessante. Em vez da ressurreição dos mortos, há a transformação dos vivos e o arrebatamento da igreja, desencadeando o derramamento da ira de Deus através das sete taças. Portanto, não podemos considerar a sétima trombeta do Apocalipse como a última trombeta mencionada em 1 Coríntios, nem como a trombeta de Deus em 1 Tessalonicenses 4.17.

No momento em que a sétima trombeta é tocada, algo extraordinário acontece. Em Apocalipse 15:1, lemos: "Vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos com as sete últimas pragas, pois nelas se completa a ira de Deus." É nas sete taças que a ira de Deus é consumada, de acordo com o livro de Apocalipse. “E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus”. Portanto, quando as sete taças são derramadas, elas não são derramadas de uma só vez, assim como há um intervalo para as trombetas e os selos. No toque da sétima trombeta, deveria ocorrer a ressurreição dos mortos, a transformação dos vivos e o arrebatamento da igreja. No entanto, ao contrário, a sétima trombeta anuncia o início das primeiras sete pragas, que representam a consumação da ira de Deus. Há uma outra razão importante para destacar que a sétima trombeta mencionada no Apocalipse, capítulo 11, versículo 15, não se refere ao encontro com os aptos. Essa trombeta não está relacionada ao momento em que Cristo se encontra com a igreja nos ares. Portanto, não podemos associá-la ao encontro com os aptos. A palavra "encontro" está ligada aos aptos, mas a sétima trombeta se refere à Assembleia da reunião, que ocorre na terra e não nos ares. A referência à trombeta da reunião pode ser encontrada em Mateus, capítulo 24, versículo 31.

E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.“ Também em Isaías Capítulo 27 Versículos 12 e 13

E será, naquele dia, que o SENHOR padejará o seu fruto desde as correntes do rio até o rio do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um.  E será, naquele dia, que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo, em Jerusalém.

A trombeta da reunião foi anunciada pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Ele mencionou que essa reunião ocorrerá após a grande tribulação, reunindo os salvos, incluindo os judeus e outros habitantes de Jerusalém. Ele expressou o desejo de reunir o povo, assim como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas, mas eles não quiseram. Ele também profetizou que a casa deles ficaria deserta até que bendito fosse aquele que viesse em nome do Senhor.

Quarto

Quarto é que é importante notar que a trombeta mencionada em Mateus 24:31 e também em Isaías 27:13 não se refere à mesma trombeta mencionada em Apocalipse 11:15. A trombeta em Mateus 24:31 soará no final da grande tribulação, enquanto a trombeta em Apocalipse 11:15 não marca o fim da grande tribulação. Na verdade, ela anuncia o derramamento das sete taças da ira de Deus, indicando que a grande tribulação ainda não terminou, já que a ira de Deus continua sendo derramada.

Portanto, existem diferentes trombetas mencionadas na Bíblia. A trombeta do encontro está em Mateus 24:31 e Isaías 27:13, enquanto a trombeta do arrebatamento é descrita como a última trombeta em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:17. Além disso, em Apocalipse 11:15, há uma trombeta que não está relacionada nem ao arrebatamento nem ao final da grande tribulação, mas que se posiciona entre esses dois eventos.

No entanto, ela está ali como intermediária, por isso essa trombeta de Apocalipse 11.15 mais uma vez não pode ser a mesma. Agora, você pode perguntar o seguinte: "Ah, então, ela não é a última? Se é a última, então é a última de uma série." Não necessariamente. Ela não precisa ser a última de uma série, mas sim a última que vai anunciar, porque ela está anunciando o evento final, o último evento da era da igreja, da dispensação da igreja. Quando essa trombeta é tocada para a igreja, então é o final de tudo, porque logo depois do arrebatamento da igreja, o que acontece? A grande tribulação. Então ela anuncia o fim de um evento que é o arrebatamento, o arrebatamento da igreja, e o início de um outro evento.

Qual é o momento de grande tribulação para a igreja, quando não haverá mais trombeta para tocar. O toque da trombeta marcará a ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos, e a igreja será levada por Cristo para encontrar o Senhor nos céus. Este encontro será seguido pela ida para a casa do Pai.

Conclusão

O apóstolo Paulo fala sobre o último evento da igreja na terra, utilizando a cultura dos Jogos Olímpicos como exemplo. No final dos jogos, um toque de trombeta anunciava o fim do evento, e é isso que está acontecendo para nós que estamos aqui na igreja militante. A igreja triunfante, que já está no céu, experimentará o triunfo final no momento do arrebatamento, quando todos os crentes terão seus corpos transformados em incorruptíveis, imortais e glorificados.

Paulo possuía um amplo conhecimento das questões culturais, incluindo os Jogos Olímpicos, o pugilismo, a maratona, esgrima, astronomia, arquitetura, agricultura e assuntos militares. Ele fazia referência ao livro de Efésios, capítulo 6, para falar sobre armas de combate, mostrando sua conexão com esses eventos. Ele também utilizava uma linguagem atlética, comparando a vida a uma maratona nos Jogos Olímpicos, onde a trombeta anuncia o fim de tudo. Da mesma forma, essa trombeta anunciará o fim da batalha na terra e a vitória da igreja, levando-a para o céu. Portanto, a sétima trombeta do Apocalipse 4:17 não pode ser a mesma que a última trombeta mencionada em 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:17. Essa reflexão deixa uma importante mensagem para todos.