Comentários de Romanos Capítulo 7 do versículo 14 até o 25

Paulo, em Romanos 7:14-25, apresenta uma reflexão profunda sobre a futilidade da lei e a luta interna do ser humano. Ele destaca a natureza espiritual da lei em contraste com a condição carnal do homem, evidenciando a incapacidade humana de cumprir plenamente a lei devido à escravidão ao pecado.

A Natureza da Lei e a Condição Humana

No versículo 14, Paulo afirma que "a lei é espiritual" (pneumatikos), significando que é originada e dada pelo Espírito de Deus. Contudo, ele se reconhece como "carnal" (sarkinos), indicando sua natureza de carne e sangue e sua impotência moral diante das tentações. A expressão "vendido sob o pecado" reforça a ideia de escravidão ao pecado, como traduzido por Barrett: "Eu sou um homem de carne, vendido como um escravo para estar sob o poder do pecado".

O Conflito Interno

Paulo expõe sua perplexidade diante de suas próprias ações: "Porque o que faço, não o aprovo; pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço". Esta confissão ressoa com a experiência comum de muitas pessoas, refletindo o conflito entre a razão e as paixões, como observado por filósofos e poetas tanto antigos quanto modernos. Paulo reconhece que, ao fazer o que não quer, ele consente com a bondade da lei, mas identifica que "já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim". Paulo está revelando seus sentimentos mais profundos; ele descreve uma experiência que é fundamental para a condição humana. Ele conhecia o que era certo, desejava fazer o bem, mas muitas vezes falhava. Ele também reconhecia o mal e lutava para resistir a ele. Sentia-se dividido, como se fossem duas pessoas dentro dele. Essa luta interna era conhecida por seus contemporâneos e é familiar para nós também.

Os judeus também tinham uma compreensão semelhante desse conflito interno, acreditando que cada pessoa possuía impulsos bons e maus. Eles viam isso como uma questão de escolha, acreditando que ninguém era obrigado a sucumbir ao impulso mau.

Ben Sirac escreve “que o Senhor odeia todas as formas de abominação e nenhuma é agradável para aqueles que o temem. Ele também menciona que desde o início, Deus criou o homem e o deixou à mercê de suas próprias escolhas”. (Apud. Barclay)[1]

Ovídio, o poeta romano, escreveu a famosa máxima: "Eu vejo as coisas melhores e as passo, mas sigo as piores." (ibid)

Essa luta interior, essa tensão entre o que é certo e o que é errado, é uma experiência universal e atemporal.

A Dualidade do Eu

Paulo distingue entre o "eu" e a "minha carne", reconhecendo a guerra interna entre o desejo de fazer o bem e a realidade de cometer o mal. Ele descreve o "homem interior" como aquele que tem prazer na lei de Deus, mas lamenta que a "lei do pecado" presente em seus membros prevalece. Este conflito é caracterizado pela luta constante entre a natureza caída (carnal) e o desejo espiritual de obedecer a Deus.

A Inutilidade da Vontade Humana

Paulo admite a incapacidade da vontade humana de realizar o bem: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem". Ele descreve a frustração de desejar fazer o bem, mas acabar fazendo o mal, apontando para a natureza escravizadora do pecado.

A Lei e o Pecado

Paulo observa que a lei, embora boa, revela a presença do pecado e sua influência destrutiva. Ele menciona uma "lei" que, ao desejar fazer o bem, encontra o mal presente. Esta luta entre o "homem interior" e os "membros" revela a tensão entre o desejo espiritual de cumprir a lei de Deus e a realidade da natureza pecaminosa.

A Esperança em Cristo

Apesar desta condição desesperadora, Paulo aponta para a esperança fora de si mesmo: a confiança em Jesus Cristo. Ele reconhece que a libertação do poder do pecado não está em sua própria capacidade, mas na fé em Cristo, que oferece a redenção e a vitória sobre o pecado.

Paulo, em Romanos 7:14-25, descreve a futilidade da lei para vencer o pecado e a luta interna do ser humano entre o desejo de cumprir a lei de Deus e a realidade da natureza pecaminosa. Ele conclui que a solução para esta condição reside na fé em Jesus Cristo, que oferece a verdadeira libertação e vida.

O Clamor de Paulo e a Condição Humana

Paulo, em Romanos 7:24, exclama: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Esta expressão reflete o desespero de alguém ciente de sua própria condição pecaminosa e impotente para se libertar por si mesmo. O "corpo desta morte" refere-se ao ser dominado pelo pecado, como Paulo descreve em Romanos 6:6, onde o "corpo do pecado" está entregue à morte. Aqui, "corpo" (soma) representa a existência governada pelo pecado, ou seja, a carne.

A Gloriosa Resposta em Cristo

Em resposta ao seu próprio clamor, Paulo agradece a Deus por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 7:25). Esta declaração, embora gramaticalmente incompleta, antecipa a libertação prometida e será expandida no capítulo 8 de Romanos. Paulo, ao expressar sua gratidão, interrompe sua narrativa para proclamar a solução para o seu dilema.

A Dualidade do Serviço

Paulo resume sua condição dizendo: "Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado". Esta dualidade reflete a tensão contínua entre o desejo de obedecer a Deus e a realidade da fraqueza humana sob o pecado.

A Natureza do Homem Miserável

O homem miserável descrito por Paulo é aquele que, confrontado pela lei, tenta em vão cumprir suas exigências, mas é continuamente frustrado pela carne. Este homem é o "velho homem" mencionado em Romanos 6:6, que morreu com Cristo para que pudesse ser unido a Ele e dar frutos para Deus (Rm 7:4).

A Experiência de Paulo e a Condição Pré-Cristã

Paulo fala de sua própria experiência pré-cristã como fariseu, alguém que sinceramente buscava cumprir a lei de Deus, mas falhava constantemente. Ele descreve este estado como um encontro angustiante com a lei, que revela a incapacidade humana de alcançar a justiça por meio das próprias obras.

A Redenção e a Libertação

A libertação do estado de miséria descrito em Romanos 7 é alcançada por meio de Jesus Cristo e do dom do Espírito Santo. Paulo argumenta que, sob a graça, um homem pode ser liberto do pecado, algo que a lei não podia realizar (Rm 8:3). A transição de Romanos 7 para Romanos 8 marca a passagem do conflito e derrota para a vitória e paz através do Espírito.

A Aplicação para os Crentes

Embora Romanos 7:14-25 descreva principalmente a condição do homem não regenerado, também tem implicações para os crentes que ainda lutam contra as tendências residuais da carne. Paulo sugere que a santificação não é alcançada pelo próprio esforço, mas pelo poder santificador do Espírito Santo. Mesmo os crentes podem experimentar momentos de derrota enquanto aprendem a depender totalmente do Espírito para sua santificação.

Conclusão: A Doutrina da Santificação

Paulo enfatiza que tanto a santificação quanto a justificação são realizadas por Deus. Assim como os crentes são declarados justos pela graça, através da fé, também são transformados pelo poder do Espírito Santo. Paulo discute os dois princípios ou "leis" que influenciam a vida do crente após sua frustrante experiência com a Lei: (1) a lei do pecado e da morte e (2) a lei do Espírito que traz vida em Cristo. A salvação não significa a purificação da velha natureza do crente, mas sim o Senhor concedendo uma nova natureza e crucificando a velha.

A lei do pecado e da morte representa a velha natureza em ação, de forma que o mal ainda está presente mesmo quando o crente deseja fazer o bem. Por outro lado, a lei do Espírito que traz vida em Cristo neutraliza a lei do pecado e da morte. O crescimento em santidade e no serviço a Deus ocorre quando nos entregamos ao Espírito, e não ao tentarmos disciplinar a carne por meio de regras externas.

A aplicação prática é que não devemos tentar obedecer a Deus por nossos próprios esforços, mas sim permitir que o Espírito Santo nos capacite a atender às exigências de santidade de Deus. Devemos reconhecer nossas fraquezas e permitir que o Espírito opere a vontade de Deus em nossa vida, desfrutando da liberdade de sermos filhos de Deus e glorificando-O com uma vida santa.



[1] O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay

Liderança de Quarenta Anos em Israel: Juízes e Reis

    Ao longo da história de Israel, vários líderes, incluindo juízes e reis, governaram por um período significativo de quarenta anos. Este artigo explora esses líderes e seus legados, conforme registrado na Bíblia.

Moisés

    Moisés é uma figura central na história de Israel, liderando o povo durante quarenta anos. Atos 7:36 afirma: "Foi este que os conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, no mar Vermelho e no deserto, por quarenta anos." Durante este período, Moisés guiou os israelitas através do deserto, enfrentando inúmeros desafios e testemunhando milagres de Deus (Deuteronômio 32:51; 34:1-4).

Otniel

    Otniel, filho de Quenaz, foi o primeiro juiz de Israel após a conquista da Terra Prometida. Juízes 3:11 relata: "Então, a terra sossegou quarenta anos; e Otniel, filho de Quenaz, faleceu." Seu governo trouxe paz e estabilidade para Israel após um período de opressão.

Gideão

    Outro juiz notável, Gideão, também liderou Israel por quarenta anos. Juízes 8:28 declara: "Assim, foram abatidos os midianitas diante dos filhos de Israel e nunca mais levantaram a sua cabeça; e sossegou a terra quarenta anos nos dias de Gideão." Sua liderança foi marcada pela vitória sobre os midianitas e um tempo de paz subsequente.

Eli

    Eli, um sacerdote e juiz, liderou Israel por quarenta anos. 1 Samuel 4:18 diz: "E sucedeu que, fazendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, da banda da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu, porquanto o homem era velho e pesado; e tinha ele julgado a Israel quarenta anos." Sua morte trágica marcou o fim de seu período de liderança.

Reis de Israel e Judá

    Além dos juízes, vários reis também governaram Israel e Judá por quarenta anos:

  • Saul: O primeiro rei de Israel, Saul, reinou por quarenta anos, conforme Atos 13:21: "E, depois, pediram um rei, e Deus lhes deu, por quarenta anos, a Saul, filho de Quis, varão da tribo de Benjamim."
  • Davi: Davi, um dos mais famosos reis de Israel, também reinou por quarenta anos. 1 Reis 2:11 e 1 Crônicas 29:27 confirmam: "E foram os dias que Davi reinou sobre Israel quarenta anos: sete anos reinou em Hebrom e em Jerusalém reinou trinta e três anos."[1]
  • Salomão: O filho de Davi, Salomão, conhecido por sua sabedoria, reinou por quarenta anos. 1 Reis 11:42 e 2 Crônicas 9:30 registram: "E o tempo que reinou Salomão em Jerusalém sobre todo o Israel foram quarenta anos."
  • Jeú: Jeú reinou por quarenta anos sobre Israel. 2 Reis 12:1 e 2 Crônicas 24:1 mencionam: "No ano sétimo de Jeú, começou a reinar Joás e quarenta anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba."

Asa e Joás

  • Asa: Asa, terceiro rei de Judá, reinou por quarenta e um anos (911-870 a.C.). Ele é conhecido por suas reformas religiosas (1 Reis 15:9-24; 2 Crônicas 14-16).
  • Joás: Joás, oitavo rei de Judá, reinou por quarenta anos (835-796 a.C.). Ele foi coroado rei com a ajuda do sumo sacerdote Joiada, que também orientou suas reformas religiosas (2 Reis 11; 2 Crônicas 24:17-26).

Jeroboão Segundo

    Jeroboão II, rei de Israel, reinou por quarenta e um anos, conforme 2 Reis 14:23: "No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos."

Conclusão

A liderança de quarenta anos tem sido uma constante na história de Israel, tanto entre juízes quanto entre reis. Esses períodos de liderança foram marcados por significativos desafios e realizações que moldaram a nação de Israel. A continuidade desses longos reinados refletiu momentos de estabilidade e mudança, influenciando profundamente a trajetória do povo israelita.

   


[1] De acordo com a cronologia bíblica, Saul tinha cerca de 30 anos (ano 1095 a.C.) quando foi ungido rei (1Sm 13.1TB). Passou 16 anos no governo, e depois Deus o rejeitou (1Sm 15), também foi o mesmo período em que Davi nasceu. Após 16 anos, Deus mandou Samuel ungir Davi, que tinha cerca de 17 anos. Cerca de um ano depois, Davi lutou com Golias (1Sm 17), no ano de 1063 a.C. Neste mesmo ano, Saul começou a perseguir Davi. Davi foi perseguido por Saul por cerca de 7 anos, até que Saul morreu.(1Sm 31; At 13.21). Davi então passou a reinar sobre Judá, enquanto Israel ficou sob o comando de Abner. Após 5 anos, Abner constituiu Is-Bosete como rei de Israel. Ele reinou por apenas dois anos (1Sm 2.8-11) e foi morto (2Sm 4.8). Após a morte de Is-Bosete, foi que Davi passou a reinar sobre todo Israel e Judá (2Sm 5.1), no ano de 1048 a.C. reino durante 40 anos. (1 Reis 2:11 e 1 Crônicas 29:27).


Já trazendo atona que Saul tinha cerca de 30 anos (ano 1095 a.C.). Não há consenso claro sobre a idade exata de Saul quando ele começou a reinar devido às dificuldades textuais no manuscrito hebraico. O texto de 1 Samuel 13:1 é notoriamente difícil de traduzir e interpretar devido a problemas textuais nos manuscritos hebraicos. Manuscritos Hebraicos: O texto massorético (a tradição textual hebraica) tem lacunas ou corrupções neste versículo. Muitas traduções modernas e estudiosos da Bíblia observam que os números parecem estar faltando ou corrompidos.Algumas versões antigas, como a Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento), também têm variações, mas não fornecem uma solução clara para a idade de Saul quando começou a reinar. Alguns estudiosos tentam corrigir o texto com base em outros contextos bíblicos. Por exemplo, em Atos 13:21, no Novo Testamento, Paulo menciona que Saul reinou por 40 anos, mas isso não ajuda a esclarecer a idade de Saul ao iniciar seu reinado. poque também esse texto de Atos no Massorético não traz quarenta. Algumas traduções modernas inserem números plausíveis baseados em conjecturas. Por exemplo, algumas Bíblias sugerem que Saul tinha cerca de 30 anos quando começou a reinar, mas isso é baseado em suposições, não em evidências textuais diretas.A solução mais comum é que Saul começou a reinar em uma idade adulta jovem, possivelmente em seus 30 ou 40 anos, mas isso permanece uma suposição baseada na reconstrução dos textos disponíveis e não em evidências diretas do versículo em questão.

TANQUE DE BETESDA, muitas histórias têm sido inventadas, mas qual é a verdadeira?

 

TANQUE BETESDA

Mensagens que se ouvem.

Ouvem-se muitas mensagens (pregação, como diz o meu pastor: pregação de domingo) e cada pessoa tem uma história diferente a respeito deste texto de João 5:2-4.  O homem não era aleijado, o homem fazia 38 anos que estava à beira do tanque, não havia anjo para mover as águas, cada vez mais diferentes, para poder trazer algo novo.

O que comentam os comentaristas da Bíblia

Ao ouvir tantas dessas mensagens, fiquei profundamente envolvido nesse assunto e fui estudar porque a Bíblia não relata, mas como nem tudo foi escrito. Então descobri.

A manuscritos gregos antigos de João. As declarações podem refletir uma tradição popular associada com o tanque, de que o borbulho das águas (v. 7), que alguns eruditos acreditam fosse causado por uma fonte intermitente, era causado sobrenaturalmente por um anjo. Independentemente de a fonte das águas estar sendo agitada, o testemunho da graça da cura de Deus estava contudo, presente. (BÍBLIA ES. PENIT).

Que diz a bíblia estudo LTT Anotada:

1) Jo 5:3   Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui extirpam/ destroem (por nota/ [colchetes]) "ESPERANDO O MOVIMENTO DA ÁGUA"

2) Jo 5:4 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui extirpam/ destroem (por nota/ [colchetes]) o VERSO INTEIRO! Para deleite dos que negam anjos e a possibilidade de milagres verdadeiros! (Já ouvimos um pastor batista pseudo- fundamentalista (!) dizer para uma senhora não crer nesta passagem, a qual seria apenas uma lenda da pior superstição judaica!) - O verso está em 12 códices (3** dC em diante), 18 minúsculos, Tertuliano (200 dC), alguns "pais", a maioria dos MSS em latim, as mais antigas traduções (como a Peshitta, de cerca de 150 dC), etc. - Decisivo: a) O Cânon de quais as exatas PALAVRAS nas línguas originais foi [tacitamente] reconhecido e fechado pela adoção por todos os verdadeiros crentes contemporâneos com a Reforma e as primeiras impressões! b) Deus não falhou ao preservar o texto em TODAS [ou praticamente todas?] as Bíblias dos salvos fiéis, de 1522 a 1881 = 359 anos! (Para agora Deus ser salvo (!) e ter o texto restaurado pelo gênio do homem!) 

05:03 A declaração na nota ESV sobre um anjo do Senhor agitação da água e a primeira pessoa que entrou em cena a ser curado é encontrado em alguns manuscritos antigos, mas não o mínimo. Portanto, o versículo omitido 4 não deve ser considerada parte da Escritura, embora v. 7 (que é em todos os manuscritos) mostra que as pessoas acreditavam que algo como o que relatórios nesta declaração. (BÍBLIA ESV)

 

5.4 Falta este versículo nos melhores manuscritos do original, mas Tertuliano (145-220 d.C.) faz referência a essa tradição. (BÍBLIA SHEDO)

*...esperando que a agua se agitasse...são palavras que aparecem com alguns manuscritos, como A(2), C(3), DEFGHIKMSUVW, Gamma. Delta. Thcta, Lambda, Fam Pi Fam I Fam 13, algumas versões latinas, o Si(p)a c nas citacoes dos pais da igreja Tertuliano, Ambrosio e Crisostomo: e nisso são seguidos pelas traduções AA (como parte do vs. 4), AC, BR, F. M e PH. Todas as demais traduções omitem essas palavras, seguindo os manuscritos mais antigos P(66). P(75), A(l) BC(1)L, 157, a versão latina q, o Si(c) e o sádico. A evidencia textual mais comprovada favorece a omissao. Todas essas palavras, e o versículo quatro, em sua inteireza, não fazem parte do evangelho original dc Joao (ver as evidencias nas notas referentes ao vs.4), mas tudo isso foi acrescentado a guisa de explicação, por que tantos enfermos sc congregavam a beira daquele tanque. Fase explicação (embora não faca parte original deste evangelho) e muito antiga, e mui provavelmente faria parte da crença corrente entre a população. O vs. ל parece mostrar quc o proprio Joao devia ter consciência dessa crença, embora ele mesmo não a tivesse registrado cm seu evangelho.

...Porquanto um anjo descia cm certo tempo, agitando-a; c o primeiro que entrava no tanque...sarava dc qualquer doenca quc tivesse.... Os manuscritos Λ. C(3), EFGHIJLMUV, Gamma. Delta. Psi. Pam Pi. Fam 1,

Fam 13, alem dc muitas vcrsocs latinas, c também a versão Si(p) c o pai da igreja Tertuliano. retém esse versículo. Entretanto, o versiculo e omitido pelos mss P(66), P(75), Aleph. BC(1), DW,33,157, as versões latinas f. I. q. u e vg(w), c a vcrsao Si(c). Evidencias sobre a tradição suo oferecidas nas notas expositivas sobre o vs.3, na nota anterior. Este quarto versiculo nao faz parte original do evangelho de Joao, conforme fica demonstrado pela nota referente ao vs. 3, c segundo fica comprovado pela evidencia dos mais antigos manuscritos, incluindo os meus P(66) c P(75). Que são os mais antigos manuscritos do evangelho de Joao. Algum escriba subsequente c que deve ter adicionado esse versículo (bem como a ultima parte do vs. 3). com a finalidade de explicar por qual motivo tantas pessoas costumavam ali reunir-se, sendo evidente que o autor deste quarto evangelho tinha conhecimento da tradição, conforme o seu comentário, quc aparccc no vs. 7 deste mesmo capitulo, parece demonstrar.

No quc concerne a essa tradicao. quc deve ter tido alguma base nos fatos, Ellicott diz(t>1 loc.): Naoconheciam os seus elementos constituintes, c nem podiam tracar a lei de sua acao, mas conheciam a Fonte dc todo o bem, quc deu intelecto aos homens e influencia curadora a materia, efeito para remediar e habilidade ao medico; c assim aceitavam o dom como algo vindo diretamente dele. Em suas notas seguintes, acerca desse mesmo versiculo, Ellicott expressa fe na suposicao de que a Causa Oltima se utiliza de agentes intermediarios, e que esses intermediarios nSo devem ser encarados como leis ׳ abstratas c. destituidas de vida. e, sim. como a via intermediaria> do

Deus vivo, expressa na pessoa e atraves dc seres inteligentes. (Ver as notas sobre Joao 5:3, quanto a observacoes de naturez.a semelhante).

Uma interessante lenda arabe foi criada em torno dessa narrativa, que substitui o anjo por um dragao vindo do abismo. Quando ele despertava, fazia parar a agua; porem, quando dormia, a agua se agitava, e as convulsoes desse dragao e que provocariam a agitacao e a cura. O mais provavel . que se tratasse de uma fonte intermitente, o que deu origem a lendas diversas; mas, apesar disso, as curas eram reais.

(CHAMPLEN p.341VL 2).

 

Bíblia de estudo de Genebra

Pois um anjo desceu em certa estação no tanque, e agitou a água: aquele que então primeiro, depois da agitação da água, entrou foi curado de todas as doenças que ele tinha.

Exposição de Gill da Bíblia inteira

Pois um anjo desceu em certa estação no tanque, ... Este anjo não deve ser entendido como um mensageiro enviado do sinédrio, ou pelos sacerdotes, como o Dr. Hammond pensa; que tem uma estranha concepção de que este tanque era usado para lavar as entranhas dos sacrifícios; e que na páscoa sendo muito numerosa, a água misturada com o sangue das entranhas, possuía uma virtude curativa; e que, sendo agitado por um mensageiro enviado do sinédrio para esse propósito, quem entrou diretamente recebeu uma cura: mas este anjo era "um anjo do Senhor", como a Vulgata Latina, e duas das cópias de Beza lêem; e assim a versão Etíope lê, "um anjo de Deus"; que ou em uma forma visível desceu do céu, e foi para o tanque, a versão Etíope erroneamente traduz, " já que era sábado; ou pode ser que não houvesse um período fixo para isso, mas em algumas épocas e estações do ano assim era, o que mantinha as pessoas continuamente esperando por isso: já que era sábado; ou pode ser que não houvesse um período fixo para isso, mas em algumas épocas e estações do ano assim era, o que mantinha as pessoas continuamente esperando por isso:

Gnomen de Bengel

João 5: 4 . Ἄγγελος , um anjo ) Para muitos, sem dúvida, esse evento pareceu puramente natural [não sobrenatural]; porque ocorreu κατὰ καιρόν .— κατὰ καιρόν , em certos momentos ) Esses momentos foram em intervalos iguais? Eram especialmente sobre o tempo de Pentecostes? Quem sabe? - κατέβαινεν , costumava descer [ desceu ]) Passado o tempo. Portanto, este fenômeno havia cessado antes que João escrevesse. - ἐταράσσετο , estava preocupado) Pelo verbo passivo é expresso o fenômeno tal como se apresentava aos olhos de todos, embora eles não conhecessem a ação do anjo. [103] - ΠΡῶΤΟς , o primeiro ) Ao que tem, será dado. (fonte) [1]

 

Muitos afirmam que as maiorias das novas traduções já não tem mais este texto de João 5.4. Mas não vejo isto, confira:

 

Bíblia King James.
pois um anjo do Senhor descia em certas épocas no tanque e agitava a água; quem então primeiro, depois de agitar a água, pisou nele ficou curado de qualquer doença com a qual ele estava afligido.] Bíblia ampliada para um anjo do Senhor desceu ao tanque em épocas determinadas e agitou a água; o primeiro a entrar depois que a água foi mexida foi curado de sua doença.] Holman Christian Standard Bible porque um anjo descia na piscina de vez em quando e agitava a água. Então, o primeiro que entrou depois que a água foi agitada se recuperou de qualquer doença que tivesse. American Standard Version pois um anjo do Senhor descia em certas épocas no tanque, e agitava a água: aquele que então primeiro, depois da agitação das águas, entrou foi curado, com todas as doenças que ele foi detido. A Bíblia Aramaica em Inglês Simples Foran Angel descia à piscina batismal de vez em quando e movia a água para eles; quem quer que primeiro desceu após o movimento da água foi curado de todas as doenças que ele tinha. Bíblia Douay-Rheims E um anjo do Senhor desceu em certos momentos na lagoa; e a água foi movida. E aquele que desceu primeiro na lagoa após o movimento da água, foi curado, de qualquer enfermidade em que se deitou. Versão Revisada em Inglês Versão Padrão Internacional Em certos momentos, um anjo do Senhor descia até o tanque e agitava a água, e quem entrasse primeiro depois de mexer a água era curado de qualquer doença que tivesse. Versão literal padrão para um mensageiro em um determinado momento estava afundando na piscina, e estava perturbando a água, o primeiro depois de ter entrado após a agitação da água, tornou-se completo de qualquer doença em que estava.]] Weymouth Novo Testamento A Bíblia em inglês para um anjo descia em certos momentos na piscina e agitava a água. Quem quer que entrasse primeiro depois de mexer a água ficava curado de qualquer doença que tivesse. Tradução literal de Young pois um mensageiro em um determinado momento estava descendo no tanque, e estava agitando a água, o primeiro então tendo entrado após a agitação da água, ficou curado de qualquer doença em que estava. Traduções adicionais ... (varias traduções)[2]

Pois um anjo desceu em certa estação no tanque, e agitou a água: aquele que então primeiro, depois da agitação da água, entrou foi curado de todas as doenças que ele tinha. Nova Versão King James Pois um anjo desceu em um determinado momento no tanque e agitou a água; então, quem quer que entrasse primeiro, depois de mexer a água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. New American Standard Bible NASB 1995 para um anjo do Senhor descia em certas estações no tanque e agitava a água; quem então primeiro, depois de agitar a água, pisou nele ficou curado de qualquer doença com a qual estava afligido. NASB 1977

João 5:4 NVI[3]

De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse.

 

 



[1] https://biblehub.com/commentaries/john/5-4.htm

[2] https://biblehub.com/john/5-4.htm

[3] https://www.bible.com/pt/bible/129/JHN.5.4.NVI

Andar no espírito e vencer os desejos da carne

 São temas centrais na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Aqui estão alguns pontos-chave que a Bíblia ensina sobre como fazer isso:

1. Reconheça a Nova Vida em Cristo

  • Romanos 6:6-7: "Sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; pois quem está morto está justificado do pecado."
  • 2 Coríntios 5:17: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."

2. Viva de Acordo com o Espírito Santo

  • Gálatas 5:16-17: "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis."
  • Romanos 8:5: "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito."

3. Renove a Mente

  • Romanos 12:2: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

4. Foco nas Frutas do Espírito

  • Gálatas 5:22-23: "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei."
  • Colossenses 3:12-14: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição."

5. Ore e Estude a Palavra

  • Efésios 6:17-18: "Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda a perseverança e súplica por todos os santos."

6. Confie no Poder de Deus

  • Efésios 3:20: "Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera."

Seguir esses princípios pode ajudar a viver uma vida que agrada a Deus e vencer os desejos da carne, conforme ensinado na Bíblia.

Sete perguntas principais que os pós-tribulacionistas têm feito

E quero responder cada uma de maneira bem objetiva.

Primeira pergunta: Qual o texto que fala das bodas do Cordeiro durarem sete anos? 

    Essa pergunta assume que os pré-tribulacionistas afirmam que as bodas do Cordeiro duram sete anos. Não é bem assim. A posição pré-tribulacionista afirma que as bodas do Cordeiro ocorrem simultaneamente ao período tribulacional, que é de sete anos, conforme a profecia de Daniel 9:24-27. No entanto, o tempo no céu é diferente do tempo na Terra. Deus controla tanto o Cronos (tempo cronológico) quanto o Kairós (tempo divino). Portanto, enquanto as bodas ocorrem simultaneamente à tribulação de sete anos na Terra, a percepção de tempo no céu é diferente.

Segunda pergunta: Qual o texto mostra a vinda secreta e imperceptível ao mundo?

    Em Apocalipse 1:7, é dito que "todo olho verá" Jesus, referindo-se à sua manifestação em glória. No entanto, Hebreus 9:28 menciona que Jesus aparecerá "aos que o esperam para salvação". Esse verbo grego "horaō" (ser visto) é o mesmo usado em 1 Coríntios 15, onde só a igreja viu Jesus ressuscitado. Assim, o arrebatamento será invisível para o mundo, embora depois as pessoas percebam que os cristãos desapareceram.

Terceira pergunta: Qual o texto mostra conversões depois do Arrebatamento? 

    Os pré-tribulacionistas acreditam que a igreja não passará pela grande tribulação. Em Apocalipse 1:19, Jesus dá a divisão do livro a João: "as coisas que tens visto, as que são, e as que depois destas hão de acontecer." A partir do capítulo 4, João vê os 24 anciãos no céu, que representam a igreja glorificada. A abertura dos selos em Apocalipse 6 marca o início da tribulação, indicando que a igreja já está no céu. Durante a tribulação, haverá conversões, como mostrado pelos mártires do período tribulacional em Apocalipse 6:9 e 7:14.

Quarta pergunta: Quem são os santos mencionados durante a tribulação? 

    Os santos mencionados durante a tribulação são os mártires que se converteram nesse período, conforme Apocalipse 6:9 e 7:14. Eles serão salvos pela graça, assim como todos os cristãos, e não por darem suas vidas.

Quinta pergunta: A ressurreição em 1 Coríntios 15 é na última trombeta? 

    A "última trombeta" de 1 Coríntios 15:52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17 não é a mesma trombeta de Apocalipse 11:15. A trombeta de Apocalipse 11:15 é a última de uma série de sete trombetas de juízo. Os juízos continuam após essa trombeta com as sete taças de juízo. A trombeta do arrebatamento é uma trombeta de convocação para a igreja, enquanto a de Apocalipse é de juízo.

Sexta pergunta: Jesus disse que sua volta será depois da grande tribulação? 

    O Sermão Profético de Jesus não está rigorosamente em ordem cronológica. Jesus responde à pergunta tripartida dos discípulos sobre a destruição do templo, o sinal da sua vinda e o fim dos tempos. Ele fala sobre eventos que acontecerão com Israel durante a tribulação e depois sobre sua manifestação em glória. A partir de Mateus 24:36, Jesus fala sobre a iminência do arrebatamento, destacando a necessidade de vigilância e prontidão.

Sétima pergunta: Onde está a pausa nos sete anos restantes de Daniel 9:24-27? 

    As setenta semanas de Daniel são divididas em três partes: sete semanas (49 anos), sessenta e duas semanas (434 anos) e uma semana restante (sete anos). Após a morte do Messias, houve uma pausa, referida como o "tempo dos gentios" (Lucas 21:24, Romanos 11). A última semana, de sete anos, corresponde ao período tribulacional. Estamos atualmente vivendo no intervalo entre a 69ª e a 70ª semana.

Que Deus abençoe a todos.

 

O Inferno: Origem, Significados e Interpretações Religiosas e Culturais

 

Introdução

O inferno é um conceito amplamente conhecido, transcendente do contexto religioso, incorporado na literatura, arte e expressões populares. Neste estudo, vamos explorar a origem do termo "inferno", suas diferentes interpretações ao longo da história e seu significado em várias religiões. Também discutiremos como o conceito de inferno se expandiu além de suas raízes teológicas para representar estados de espírito e condições humanas.

Origem do Termo "Inferno"

A palavra "inferno" deriva do latim "infernum", que significa a passagem para o mundo destinado às almas perdidas, assim como o próprio mundo dos mortos. O adjetivo latino "inferus" significa inferior, relacionado ao termo "infra", que se refere ao que está por baixo. Historicamente, "inferno" descrevia um lugar ou estado abaixo da superfície da Terra, destinado às almas dos mortos.

Significados Contemporâneos

Hoje, a palavra "inferno" possui uma gama de significados além do religioso:

  • Religioso: Lugar de punição para os condenados após a morte.
  • Mitológico: Morada das almas depois da morte.
  • Popular: Desordem, lugar de sofrimento, coisa desagradável ou desassossego.
  • Figurado: Estado de espírito ou sofrimento terreno.

Inferno na Literatura e Arte

O conceito de inferno tem inspirado uma vasta produção artística e literária. Poetas, escritores, dramaturgos e filósofos frequentemente utilizam o inferno em sentido figurado para descrever estados de angústia e sofrimento humanos. Um exemplo clássico é a frase de William Shakespeare: "O inferno está vazio, e todos os demônios estão aqui," sugerindo que o mal pode estar presente na Terra e nas ações humanas.

Inferno nas Religiões

  • Cristianismo: A crença no inferno como um lugar de punição eterna para os pecadores é central. A interpretação tradicional vê o inferno como um lugar de sofrimento físico, com a alma do pecador ardendo em um lago de fogo. No entanto, a doutrina moderna enfatiza mais o aspecto espiritual do inferno como separação definitiva de Deus. Existem divergências sobre a eternidade do castigo, com figuras como Santo Agostinho defendendo sua eternidade, enquanto Orígenes e outros defendem a misericórdia infinita de Deus.
  • Judaísmo: O conceito de inferno, ou "Geena", é diferente do cristianismo. O inferno é visto mais como um processo de purificação do que um lugar de tormento eterno. As almas passam pelo inferno para limpar suas máculas, sentindo vergonha das ações passadas. No paraíso, as almas estão mais próximas de Deus e encontram respostas para suas dúvidas.
  • Mitologia Grega: Hades é tanto o deus do submundo quanto o nome do reino dos mortos. O Tártaro, uma parte mais profunda do Hades, é reservado para os perversos, enquanto os Campos Elísios são o lugar de repouso das almas virtuosas.

Desenvolvimento Histórico do Conceito de Inferno

Na antiguidade, muitas culturas desenvolveram suas próprias ideias sobre o que acontece após a morte. No judaísmo antigo, "Sheol" era o destino dos mortos, não necessariamente um lugar de punição. Com o advento do cristianismo, o conceito de inferno evoluiu para incluir a ideia de punição eterna, influenciado por teólogos como Santo Agostinho.

Reflexões Filosóficas e Sociais

A frase de Shakespeare levanta uma questão filosófica: o inferno existe após a morte ou é algo que experimentamos em vida? A existência humana, repleta de sofrimentos como guerras, miséria e injustiças, pode ser vista como uma forma de inferno terrestre. Essa visão sugere que o inferno não é apenas uma condição pós-vida, mas também uma realidade presente na sociedade.

Conclusão

O inferno é um conceito complexo com raízes profundas na religião, mitologia e cultura. Sua evolução ao longo dos séculos reflete mudanças na compreensão humana sobre a vida após a morte, a justiça divina e a natureza do sofrimento. Embora suas representações variem, o inferno continua a ser um tema poderoso na arte, literatura e filosofia, simbolizando tanto o castigo eterno quanto as dificuldades e desafios da vida.

Reflexão Final

E para você, o que é o inferno? É uma realidade pós-vida ou uma condição presente na Terra? Deixe seus comentários e compartilhe sua opinião sobre este fascinante e misterioso conceito. Espero que tenha gostado deste estudo e que ele tenha ampliado sua compreensão sobre o inferno e suas múltiplas interpretações.

 Estudo Bíblicos Sobre o Mundo dos Mortos, Seol AT e Hades NT

Estudo sobre os Termos Geena, Sheol, Inferno, Shellhead, Qever e Mnemeion

Estudo Sobre os Termos Bíblicos: Inferno, Hades, Tártaro e Lago de Fogo

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Introdução

Os termos "Seol" e "Hades" são cruciais para a compreensão bíblica do estado intermediário dos mortos. Apesar de suas origens distintas, com "Seol" sendo hebraico e "Hades" sendo grego, ambos os termos expressam a mesma ideia no contexto das escrituras. Este estudo examina suas ocorrências na Bíblia, seus significados, e o que eles revelam sobre a condição das almas entre a morte e a ressurreição.

Significados e Ocorrências

  • Seol: Aparece 65 vezes no Antigo Testamento. É o termo hebraico para o lugar dos mortos, frequentemente traduzido como "sepultura", "além-túmulo" ou "inferno".
  • Hades: Aparece 10 vezes no Novo Testamento. É o termo grego que corresponde ao hebraico "Seol", usado para descrever a morada dos mortos.

Equivalência de Termos

A equivalência entre "Seol" e "Hades" é clara em passagens como Atos 2:27, que cita Salmo 16:10. No Salmo, a palavra usada é "Seol", enquanto em Atos, Lucas usa "Hades" na tradução grega. Ambos os termos indicam o mesmo conceito de uma habitação dos mortos, um estado intermediário entre a morte e a ressurreição.

O Estado dos Mortos

A Bíblia sugere que o "além-túmulo" é mais um estado ou condição do que um lugar físico específico. Em Gênesis 37:35, Jacó expressa a crença de que encontraria seu filho José no Seol, indicando uma visão de continuidade após a morte.

  • Antigo Testamento: "Seol" é a habitação dos mortos, o antônimo da "Terra dos Viventes". Jó e outros livros poéticos referem-se ao Seol como um lugar de espera. Em 1 Samuel 2:6, o Senhor é descrito como capaz de fazer descer à cova (Seol) e tornar a subir.
  • Novo Testamento: "Hades" mantém a mesma ideia de um estado de espera. Em Lucas 16:23, o rico, em tormento no Hades, contrasta com Lázaro no seio de Abraão, sugerindo que Hades inclui tanto o tormento para os ímpios quanto o consolo para os justos.

Condição dos Justos e dos Ímpios

  • Justos: No Antigo Testamento, os justos veem o Seol como um lugar de refúgio em tempos de aflição (Jó 14:13). No Novo Testamento, Paulo expressa o desejo de estar com o Senhor após a morte, considerando isso melhor do que a vida terrena (Filipenses 1:23).
  • Ímpios: Para os ímpios, o Seol e o Hades são lugares de sofrimento. Salmos 116:3 e Eclesiastes 8:6 descrevem a angústia e o tormento associados a esse estado. Em Lucas 16:19-31, o rico é atormentado no Hades, sem alívio, e preocupado com os vivos.

Ressurreição e Juízo

A Bíblia fala de um dia em que Hades entregará os mortos para o julgamento final, como descrito em Apocalipse 20:13-14. No julgamento, os mortos serão lançados no Lago de Fogo, um destino final de tormento eterno para os ímpios.

Conclusão

"Seol" e "Hades" são termos que, embora de origens linguísticas diferentes, referem-se ao mesmo conceito de um estado intermediário dos mortos. Eles não especificam um local físico, mas sim uma condição em que as almas esperam a ressurreição e o julgamento final. Para os justos, é um estado de consolo, enquanto para os ímpios é de tormento. Compreender esses termos é essencial para uma interpretação mais profunda e precisa dos textos bíblicos e da teologia cristã sobre a vida após a morte.

 SAIBA MAIS: 

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