Texto: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas
para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,” (1 Ts 5.9).
Contextualizando a "Ira de Deus"
Segundo a passagem
bíblica, a "ira de Deus"
refere-se ao julgamento e condenação divina que recai sobre os pecados e a
rebelião humana. Segundo dicionário da Bíblia Almeida “A ira de Deus é a sua reação contra o pecado” (Kachel & Zimmer, 2005, p. 174).
Alguns pontos
importantes sobre a ira de Deus mencionada nesta passagem:
1. Deus não nos
destinou à ira - Ou seja, a intenção de Deus não é que os seus filhos
experimentem a sua ira e condenação “do fogo eterno”, mas sim a salvação “Viver
com Ele, Eternamente”.
2. A ira de Deus é a
consequência do pecado - A Bíblia ensina que o pecado e a desobediência a Deus
atraem o juízo e a ira divina sobre o pecador.
3. Jesus nos liberta da
ira de Deus “isto, é, Condenação Eterna” - Através da sua morte na cruz, Jesus
tomou sobre si o castigo que nós merecíamos, livrando-nos assim da condenação
da ira de Deus.
4. A salvação nos
preserva da ira vindoura - Ao crermos em Jesus, recebemos a salvação e seremos
preservados do juízo final de Deus “Trono Branco” sobre o pecado e a maldade.
Portanto, a "ira
de Deus" refere-se ao seu justo julgamento sobre o pecado, do qual fomos
libertos pela graça de Deus em Jesus Cristo.
Como ressalta o rodapé
da Bíblia Anotada LTT, o verso 1: “Acordado ou dormindo, se chegar ao dia do
Arrebatamento. Deus assegurará sua salvação, esteja ele fisicamente morto ou
vivo (quer este vivo esteja, então, vivendo em “santificação e vigilância”, ou
em “negligência e mesmo pecado”)”.(LTT, 2022.). Na Bíblia Dake, ao
comentar sobre o verso 9, é mencionado que... "Deus não destinou os cristãos a passarem pela [...] ira do inferno
eterno, mas os destinou a serem libertos por meio do arrebatamento, para que,
quer vivamos, quer morramos, vivamos com Ele para sempre (v. 9.10;
4.13-18)" (DAKE, 2010).
Interpretando o Contexto Completo
No entanto, onde há
muita confusão é que os versículos anteriores falam sobre a tribulação
"dia do Senhor". É um versículo no qual os me-tribulacionistas se
apoiam, vv 2,3, ao alegar que Cristo vem na metade da tribulação.
Quando lemos os
versículos anteriores do capítulo 5, como por exemplo, o versículo 1 ao 6,
Paulo está alegando para os cristãos que nós não vamos ser pegos de surpresa no
dia da ira do Senhor, porque andamos na luz e não na escuridão. No verso 6, na
linguagem de hoje, ele diz: "Por
isso, não vamos ficar dormindo como os outros", referindo-se à pessoa
que não tem Cristo e não está atenta
à sua vinda, enquanto nós, que temos Cristo, estamos atentos. Como disse William
Hendriksen (1900/1982): “É em razão
dessas trevas que os descrentes não são sóbrios nem vigilantes (portanto, não
se acham preparados).” (HENDRIKSEN, 2001, p. 146).
Após o arrebatamento,
as pessoas vão pensar que estão em paz e que o mundo todo estará em paz, então
começam a dizer: "Tudo está claro e
seguro, está tudo bem". Os crentes afirmam que, após serem arrebatados
para os céus, virá a grande tribulação. E, então, estaremos vivendo em paz. Como
relata Marshall (1934-2015), "A fraseologia ecoa passagens
do Antigo Testamento, tais como Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10 e Mq 3.5, que falam da
atividade de falsos profetas que asseguravam ao povo que nada tinha a temer,
apesar da podridão moral que caracterizava a sociedade."(MARSHALL,
1984, p. 162). É nesse momento que se
cumpre o que Paulo diz no verso 2: "o
dia do Senhor virá para eles de surpresa como ladrão".
No verso 8, Paulo
enfatiza que estamos em perfeito juízo e devemos usar a nossa fé, amor e
esperar por essa salvação.
Conforme
salientou Goodman (apud McNair, 1985, p. 451):
O
dia do Senhor é sempre um dia de juízo e ira (veja-se Joel 2.11 e 2 Pedro 3.10
[...] Este 'dia do Senhor' é uma expressão empregada para destacar o fato de
que vem o tempo quando 'o dia do homem' (1 Co 4.3) terminará, isto é, o período
em que ao homem é permitido fazer a própria vontade, sem ser levado a um juízo
imediato.
Como também relata no
rodapé da Bíblia de Estudo de Genebra “A
"ira", nesse contexto, evidentemente é a condenação e a punição que
sobrevirão no "dia da ira"(Rm 2.5). (SPROUL &
MATHISON).
Então, como mencionei
no início, o verso 9 fala sobre a salvação eterna, mas o verso 2 fala sobre o
juízo de Deus que será a grandetribulação.
A
igreja, porém, não partilha essa situação do mundo, mantendo-se fortemente
distinta dela.“Mas
vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia vos apanhe como ladrão.”
Afinal, sua marca é justamente, cf. 1Ts 1.10, “ser servos da gleba de Deus, do
vivo e real, e aguardar seu Filho a partir dos céus”. Como seria possível ficar
totalmente surpreso com a “chegada” de alguém já aguardado há muito tempo com
ardente alegria!
Conclusão:
Os versos 1-9 de 1
Tessalonicenses capítulo 5 falam sobre a importância de estarmos vigilantes e
alerta para o retorno de Jesus Cristo. Paulo enfatiza que não devemos ser pegos
de surpresa, como aqueles que estão dormindo, mas sim devemos estar sóbrios e
vigilantes. Ele também destaca a importância da fé, do amor e da esperança como
armaduras espirituais para nos proteger. Em resumo, esses versos nos exortam a
viver uma vida de santidade, amor e esperança, enquanto aguardamos a volta de
Cristo.
Pré-Tribulacionistas e Pós-Tribulacionistas:
Os pré-tribulacionistas
acreditam que os versos 1-9 de 1 Tessalonicenses capítulo 5 apoiam a sua crença
de que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação. Eles argumentam que
o apóstolo Paulo está a falar sobre a ira vindoura e que os crentes não estão
destinados à ira, mas à salvação. Portanto, interpretam estes versos como uma
evidência de que a igreja será arrebatada antes do período de tribulação
descrito na Bíblia.
Ospro-tribulacionistas. Conforme ressaltou Keith Sharp, a Bíblia usa os termos "arrebatados" que no grego é, (harpazo), "vinda" que no grego é,(parousia) e "manifestação" que no grego é, (epiphaneia), segundo ele "arrebatados", "vinda" e "manifestação" ocorrerá de forma intercambiável para descrever a segunda vinda de Cristo. O Senhor irá destruir o ímpio "pela manifestação (epiphaneia) de sua vinda (parousia)" (2 Tessalonicenses 2.8). Ressalta o mesmo que esta "vinda" (parousia) ocorrerá simultaneamente ao arrebatamento dos santos ( 1 Tessalonicenses 4.15,17). Jesus não retornará uma terceira ou quarta vez; haverá apenas a segunda vinda. (Sharp, 2004).
Considerações Finais:
Resposta: Para relatar
conforme argumenta Keith Sharp, teremos que
eliminar a Grande Tribulação e o Milênio. No entanto, a Bíblia deixa claro que
haverá tribulação e milênio, e não de forma figurada, mas sim literal. Apocalipse
20.6 “Bem-aventurado e santo aquele que
tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de
Cristo e reinarão com ele mil anos.” Se existe primeira ressurreição, é
porque tem outras, se vai reina por mil anos. é porque Milênio é
literal.
Apocalipse 20.2 “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que
é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil
anos.” Apocalipse 20.7-8,10 “E, acabando-se os mil anos, Satanás será
solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro
cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para
as ajuntar em batalha.” verso 10 “E o
diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a
besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”
no versos 11 ao 13 NTLH, indicante fala de trono branco ressureição e novo céu
e terra.
Vi também os mortos, tanto
os importantes como os humildes, que estavam de pé diante do trono.
Foram abertos livros, e também foi aberto outro livro, o Livro da Vida. Os
mortos foram julgados de acordo com o que cada um havia feito, conforme
estava escrito nos livros. 13 Aí o
mar entregou os mortos que estavam nele. A morte e o mundo dos mortos também
entregaram os que eles tinham em seu poder. E todos foram julgados
de acordo com o que cada um tinha feito.
Ainda salientou Keith
Sharp: “Estes eventos, o arrebatamento
dos cristãos e a segunda vinda de Cristo, não serão separados por 1007 anos
(como afirmam os pré-milenaristas, com a "Grande Tribulação de sete anos
seguida pelo reinado de 1000"), mas ocorrerão ao mesmo tempo” (Ibid).
Para reafirmar isso,
preciso dizer novamente: precisamos considerar a eliminação da Tribulação e do
Milênio, mas eles são literais na Bíblia. Quando lemos Mateus 24 versos 27 ao
31
27
Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente,
assim será também a vinda do Filho do Homem. [...] 29 E, logo depois da
aflição daqueles dias, [isto é Tribulação] o sol escurecerá, e a lua não
dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão
abaladas. 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas
as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homemvindo sobre
as nuvens do céu, com poder e grande glória. [Está bem claro que depois da
tribulação Ele aparecerá e todos o verão]. 31 E ele enviará os seus anjos com
forte clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro
ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Em
apenas quatro versículos, conceitualmente, prova que haverá uma primeira venda
tão rápida que ninguém verá, e logo depois virá a tribulação e, em seguida,
Cristo, que todos verão.
Obras Citadas
DAKE, F. J.
(2010). bíblia de estudo dake. (Atos, Ed.) PR.
HENDRIKSEN, W. (2001). Comentário Do Novo
Testamento Romanos. (V. G. Martins, Trad.) Clltura Cristã.
Kachel, W., & Zimmer, R. (2005). Dicionário da
Bíblia de Almeida (2a ed.). SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
LTT, B. (2022.). Bíblia LTT (Anotada) (3ª ed.).
RJ: BV FILMS EDITOR.
Marshall, I. H. (1984). I e II TESSALONICENSES
Introdução e Comentário (1º ed.). (G. Chown, Trad.) SP: SOCIEDADE RELIGIOSA
EDIÇÕES VIDA NOVA E ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO.
McNair, S. E. (1985). A Bíblia explicada (4ª
ed.). Rio de Janeiro: CPAD.
Sharp, K. (16 de Fevereiro de 2004). O
arrebatamento. Acesso em 27 de Abril de 2024, disponível em Estudos da
Biblia: https://estudosdabiblia.net/2004216.htm
SPROUL, R., & MATHISON, K. (s.d.). Bíblia de
Estudo de Genebra. SBB.
Muitas vezes ouvimos falar sobre heresia, mas você sabe realmente o que isso significa? A heresia é qualquer afirmação ou comportamento que nega a obra de Cristo, que é suficiente para nos salvar. No entanto, é importante ressaltar que heresia não é apenas um erro teológico, existem diferenças entre arminianos e calvinistas, por exemplo, mas nem todas as diferenças são consideradas heréticas.
A importância da obra de Cristo
Para entendermos melhor o que é considerado uma heresia, precisamos primeiro compreender a importância da obra de Cristo em nossa salvação. A Bíblia afirma que a salvação só existe em Cristo Jesus, ou seja, ele é o caminho, a verdade e a vida. Portanto, qualquer afirmação de que nenhum aspecto essencial da obra de Cristo pode ser considerada uma heresia.
Exemplo de heresia: negação do nascimento virginal de Jesus
Um exemplo de heresia é a negação do nascimento virginal de Jesus pela Virgem Maria. A Bíblia afirma claramente que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo, e diz que isso não aconteceu é uma heresia. Isso porque negar um aspecto tão essencial da pessoa de Jesus vai contra as escrituras e distorce a mensagem central do cristianismo.
A importância da fé em Cristo
Além disso, é importante ressaltar que um herege não deposita sua fé própria em Cristo Jesus. Ele pode se dizer cristão, mas sua fé não está fundamentada na essência da pessoa e da obra de Cristo. A salvação só acontece em Cristo Jesus, e qualquer afirmação de que negue isso é uma heresia.
Universalismo: uma heresia?
Outra heresia comum é o universalismo, que afirma que todos os caminhos levam a Deus. No entanto, Jesus mesmo afirmou que ele é o único caminho para o Pai. Dizer que tanto faz seguir Krishna, Buda, Maomé ou qualquer outra religião vai contra a essência do cristianismo, que afirma que a salvação só acontece em Cristo Jesus.
O impacto da heresia na salvação
Deus não salva o herege, porque ele nega a essência da pessoa e da obra de Cristo e seu impacto sobre nós. A salvação só é possível através da fé em Jesus Cristo, e qualquer afirmação de que negue isso não permite que uma pessoa seja verdadeiramente salva.
A fé depositada em Cristo
Nossa fé precisa ser depositada especificamente em Cristo Jesus, confirmando sua obra redentora e a importância de sua morte e ressurreição para nossa salvação. Negar qualquer aspecto essencial da obra de Cristo é negar a verdade do evangelho e, consequentemente, a possibilidade de salvação.
Conclusão
A heresia é uma afirmação ou comportamento que nega a obra de Cristo, que é suficiente para nos salvar. Negar aspectos essenciais da pessoa e da obra de Jesus podem ser considerados uma heresia, e aquele que se enquadra nessa descrição não é realmente salvo. A salvação só é possível através da fé em Cristo Jesus, confirmando sua obra redentora e importância para nossa salvação.
Negar o nascimento virginal de Jesus
Afirmar que todos os caminhos levam a Deus
Essas são apenas algumas das heresias que podem impedir a salvação. É importante estudarmos a Palavra de Deus com cuidado, para evitar cair em falsas doutrinas e afirmar a verdade do evangelho. A salvação só acontece em Cristo Jesus, e é através de sua obra que somos redimidos e reconciliados com Deus.
Portanto, devemos tomar cuidado com afirmações de que negamos a obra de Cristo e buscar uma compreensão mais profunda da verdade do evangelho. A salvação é um presente de Deus, e só é possível através da fé em Jesus Cristo.
Após o arrebatamento da Igreja, todos os membros comparecerão perante o tribunal de Cristo. Como está escrito em II Co 5.10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal". O apóstolo Paulo usou a palavra "bema", que significa "plataforma elevada", dando-nos uma ideia da solenidade desse momento.
É interessante notar que nos antigos jogos olímpicos, os atletas vitoriosos recebiam na plataforma o prêmio, a coroa, como mencionado em I Co 9.24. Da mesma forma, após o arrebatamento da Igreja, os santos comparecerão perante o tribunal de Cristo para receber galardões, que terão lugar nas regiões celestiais, como está escrito em I Ts 4.17.
Detalhes do tribunal de Cristo:
1 – Este tribunal não se trata do Grande Trono Branco mencionado em Apocalipse 20:11-15;
2 – O propósito não é julgar pecados, pois será para os salvos, como está escrito em I João 1:7;
3 – Não será um tribunal para condenar, conforme Romanos 8:1.
4 – A Igreja, composta pelos salvos, será julgada. Conforme II Coríntios 5:10, serão avaliadas as obras (I Coríntios 3:12-15), os sofrimentos (Mateus 5:11-12), os trabalhos para Deus (I Coríntios 15:58) e o tratamento para com os irmãos (Romanos 14:10), bem como a fidelidade (Apocalipse 2:10). É importante lembrar que o nosso caminhar é acompanhado por Deus (Salmo 139:13).
Galardão:
O galardão será uma recompensa, um reconhecimento pelo trabalho executado aqui no Reino de Deus, como mencionado em II Co 5.10. É importante ressaltar que a salvação não é alcançada por meio das obras, pois o cristão pratica boas ações por já ser salvo; a salvação é alcançada pela fé, conforme Ef 2:8-9.
O julgamento do tribunal de Cristo:
Em I Co 3:11-15, o apóstolo Paulo utiliza linguagem figurada para descrever como será esse julgamento. Em outras partes da Bíblia, a Igreja é representada como um edifício, mas aqui vemos o trabalho e o resultado do que a Igreja está realizando na terra.
É importante observar que três materiais são representados como aprovados por Deus, enquanto três elementos são reprovados. Isso serve como um alerta, pois muitos cristãos estão utilizando esses elementos reprovados por Deus.
Aprovados:
Ouro: Em 1 Coríntios 3.12, o ouro é mencionado como representante da "glória de Deus". Em Êxodo 37.7, 40.34-38 e Hebreus 9.5, o ouro é associado à presença e à glória de Deus. O ouro realmente é tudo o que exclusivamente glorifica a Deus, e devemos fazer tudo para a sua glória.
Prata: Também em 1 Coríntios 3.12, a prata é mencionada como significado de "resgate" no Antigo Testamento. Em Êxodo 26.19, a prata é associada ao resgate, e podemos entender isso como o empenho por resgatar vidas do pecado, oferecendo salvação para aqueles que perecem.
Pedras Preciosas:As pedras preciosas mencionadas em Êxodo 28:17-20 eram parte do peitoral usado pelo sumo sacerdote. Além disso, o Urim e Tumim, que representavam verdades e perfeições, eram colocados no peitoral e utilizados para discernir a vontade de Deus. Essas ferramentas eram consultadas em momentos difíceis, como para determinar a inocência ou culpa em determinadas situações.
Essas pedras preciosas, portanto, simbolizavam a orientação do Espírito Santo e a doutrina bíblica, conforme mencionado em 1 Timóteo 4:16. Elas representavam as obras realizadas pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, conforme descrito em João 15:4-6.
Reprovados
Madeira: A madeira é um material de pouca duração, em comparação com o ouro, a prata e as pedras preciosas, e o seu valor. Mt 3.10. O trabalho feito com madeira é a representação da natureza humana, que glorifica a si mesma. Lc 6.3436.
Feno: I Co 3.12 O feno é erva seca, comida de animais. Dn 4.23. este é o resultado de trabalhar na carne, com mundanismo e vaidade humana. I Co 2.14, 3:1.
Palha: I Co 3.12. A palha é mais baixa, sem valor, casca vazia do grão, uma vez retirado Sl 1.4. A falta de estabilidade espiritual está associada à palha. I Rs 18.20.
Recompensa:
1 - coroa da vida: Refere-se ao prémio ou recompensa que é concedido aos fiéis que perseveram e superam as provações da vida cristã de acordo com as passagens bíblicas Tg 1.12 e Ap 2.10.
2 - coroa da justiça: Indica a recompensa reservada para aqueles que permanecem fiéis e cumprem com justiça os desígnios de Deus, conforme mencionado em II Tm 4.8.
3 - coroa da glória: Esta coroa simboliza a recompensa celestial e a honra reservada aos que servem a Deus com devoção e fidelidade, conforme descrito em I Pe 5.34.
4 - coroa incorruptível: Refere-se ao prémio eterno e imperecível reservado para os que lutam a boa luta da fé, mencionado em I Co 9.25.
Conclusão
Neste estudo sobre o tribunal deCristo, podemos observar que após o arrebatamento da Igreja, os crentes comparecerão diante do tribunal de Cristo para receber galardões, que serão uma recompensa pelo trabalho executado aqui pelo Reino de Deus. Este julgamento não será para condenar, mas sim para avaliar as obras, sofrimentos, trabalhos para Deus, tratamentos para com os irmãos e a fidelidade dos santos. A salvação não é pelas obras, mas sim pela fé, e os galardões representam um reconhecimento pelo serviço prestado. Este estudo nos alerta para a importância de vivermos de acordo com a vontade de Deus, buscando glorificá-Lo em tudo o que fazemos, e nos incentiva a perseverar na fé e no serviço ao Senhor, visando as recompensas celestiais que nos aguardam.
Logo após a visão de Cristo no meio das igrejas, são transmitidas
mensagens para as sete igrejas. Os capítulos 2 e 3 do Apocalipse abordam
exclusivamente "as coisas que são", ou seja, os assuntos relacionados
à igreja na Terra e ao seu arrebatamento. Apocalipse 2.1—3.22
Interpretação das Sete Igrejas em Apocalipse: A abordagem
tríplice das cartas
Introdução:
O livro de Apocalipse, nos capítulos 2 e 3, apresenta mensagens diretas
às sete igrejas na Ásia Menor, revelando suas condições espirituais e oferecendo
exortações e promessas. Essas cartas, embora escritas para igrejas específicas
na época de João, têm aplicações local, profética e individual que ressoam até
os dias atuais.
a)Aplicação Local: Inicialmente, as mensagens eram dirigidas às
igrejas locais da Ásia Menor, refletindo suas condições espirituais e
oferecendo orientação para seu contexto imediato. O caráter específico das
exortações e promessas é evidente na própria estrutura das cartas e em
versículos como Apocalipse 1:4, 11 e 20.
b)Aplicação Profética: Além da aplicação local, as cartas têm uma
dimensão profética, abrangendo todas as igrejas ao longo da história até o
arrebatamento. Elas revelam a vontade de Deus para os crentes durante esta era
da igreja e oferecem direcionamento espiritual até o fim dos tempos. A natureza
profética do livro de Apocalipse confirma essa interpretação, destacando a
relevância contínua das mensagens para os crentes ao longo dos séculos.Como também
as epístolas do Novo Testamento (2Tm 3.16, 17), e outros livros a Bíblia.
As mensagens contidas nas sete cartas do Apocalipse expressam a vontade
divina em relação aos crentes desde os tempos antigos até o momento do
Arrebatamento. É evidente que as "coisas que estão ocorrendo" não
podem coincidir com as "coisas que acontecerão depois destas"
(Apocalipse 1.19; 4.1). As primeiras devem ser concluídas antes que as últimas
comecem. As sete cartas não têm apenas uma aplicação local, como outras
epístolas destinadas a comunidades e indivíduos específicos (cf. 2 Timóteo
3.16, 17). O livro como um todo é endereçado às sete igrejas, e se fosse
enviado apenas a elas, sem mais nada a se realizar, perderia sua natureza
profética de revelar "coisas que em breve acontecerão", tornando-se
apenas um registro histórico. Além disso, o Senhor não se dirige a todas as
igrejas da Ásia Menor na época de João, mas especificamente escolhe sete, pois
as condições encontradas nelas são representativas do período atual e servem
como exemplos tangíveis para as igrejas ao longo de toda essa era. Novamente,
se as cartas fossem direcionadas apenas a essas sete igrejas, não haveria
"mistério" (Apocalipse 1.20) e não haveria necessidade de um chamado
universal a todos os indivíduos desta era para ouvir e superar os desafios
propostos.
c)Aplicação Individual: As mensagens também têm um impacto
individual, alertando os crentes sobre os perigos espirituais revelados nas
cartas e encorajando-os a perseverar e superar. Cada carta oferece promessas
específicas aos que vencerem, incentivando os crentes a permanecerem fiéis em
sua jornada espiritual.
d)Refutação da Interpretação Dispensacional: Embora
algumas interpretações tentem aplicar as sete igrejas a períodos específicos da
história da igreja, essa abordagem carece de base bíblica sólida. A tentativa
de associar cada igreja a uma fase distinta da história da igreja é principalmente
baseada em teorias humanas e pode levar a interpretações equivocadas e
ensinamentos falsos.
Conclusão:
As mensagens contidas nas sete cartas do Apocalipse expressam a vontade
divina em relação aos crentes desde os tempos antigos até o momento do
Arrebatamento. É evidente que as "coisas que estão ocorrendo" não
podem coincidir com as "coisas que acontecerão depois destas"
(Apocalipse 1.19; 4.1). As primeiras devem ser concluídas antes que as últimas
comecem. As sete cartas não têm apenas uma aplicação local, como outras
epístolas destinadas a comunidades e indivíduos específicos (cf. 2 Timóteo
3.16, 17). O livro como um todo é endereçado às sete igrejas, e se fosse
enviado apenas a elas, sem mais nada a se realizar, perderia sua natureza
profética de revelar "coisas que em breve acontecerão", tornando-se
apenas um registro histórico. Além disso, o Senhor não se dirige a todas as
igrejas da Ásia Menor na época de João, mas especificamente escolhe sete, pois
as condições encontradas nelas são representativas do período atual e servem
como exemplos tangíveis para as igrejas ao longo de toda essa era. Novamente,
se as cartas fossem direcionadas apenas a essas sete igrejas, não haveria
"mistério" (Apocalipse 1.20) e não haveria necessidade de um chamado
universal a todos os indivíduos desta era para ouvir e superar os desafios
propostos.
Pontos de Semelhança nas Cartas às Sete Igrejas em Apocalipse
1.Referência às Características de Cristo: Em quase
todas as mensagens, há menção a uma ou várias das oito características de
Cristo enumeradas em Apocalipse 3, evidenciando a importância da figura de
Cristo nas exortações às igrejas.
2.Correspondência com os Cabeçalhos das Cartas: Os
cabeçalhos das cartas dirigidas aos diversos pastores correspondem a essas
características de Cristo, estabelecendo uma ligação direta entre a identidade
de Cristo e os desafios e encorajamentos dados a cada igreja.
3.Elogio às Obras e Virtudes: Cristo
elogia todas as igrejas por suas obras e outras características virtuosas,
exceto a última, destacando a importância do serviço e da retidão diante de
Deus.
4.Repreensão das Igrejas: Com exceção
da segunda e sexta igrejas, todas recebem repreensões de Cristo, evidenciando a
necessidade contínua de correção e transformação espiritual.
5.Ordem de Arrependimento: A primeira,
terceira, quinta e sétima igrejas recebem ordem de se arrepender, enquanto a
segunda, quarta e sexta são poupadas dessa exortação devido à sua fidelidade ou
purificação através da perseguição.
6.Advertência de Juízo: Todas as igrejas, exceto a segunda
e a sexta, recebem uma advertência de juízo, ressaltando a importância da
obediência e fidelidade a Deus.
7.Progressão na Corrupção: Cada igreja é apresentada como mais
corrupta que a anterior, exceto a segunda e a sexta, culminando na sétima
igreja, que é descrita como a mais corrupta de todas, sem uma única virtude a elogiar.
8.Promessa ao Vencedor: Em cada
carta, há uma promessa ao vencedor, destacando a recompensa reservada para
aqueles que perseveram na fé e superam os desafios espirituais.
9.Admoestação Universal: A mesma admoestação é dada a cada
igreja: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas",
ressaltando a importância da atenção espiritual e receptividade às mensagens
divinas.
10.Orientação de João: Em cada carta, João é instruído por Cristo a
escrever, indicando sua orientação divina e a sequência consecutiva das
mensagens, culminando na revelação das "coisas que depois destas devem
acontecer".
Portanto, uma nova sequência de eventos se desenrola após o período das
igrejas, que não se relaciona com a igreja na Terra, pois ela está
celestialmente presente durante os eventos descritos em Apocalipse 4.1 e 19.10.
A igreja retornará à Terra junto com Cristo durante Seu Segundo Advento, como
narrado em Apocalipse 19.11-21.
Igreja em Éfeso
Introdução:
A mensagem à igreja em Éfeso, como descrita no livro do
Apocalipse, apresenta uma análise minuciosa das suas ações e posturas
espirituais. Inicialmente, o Senhor elogia suas virtudes, tais como obras,
trabalho árduo, paciência e discernimento ao lidar com falsos apóstolos.
Contudo, uma repreensão crucial é feita: eles abandonaram o seu primeiro
amor, isto é, perderam a paixão e a intimidade espiritual com Deus. O
chamado é claro: recordar-se da sua queda, arrepender-se e retornar ao fervor
espiritual inicial, ou então sofrer as consequências.
É significativo observar a aversão às práticas dos nicolaítas, um
grupo associado a comportamentos contrários aos ensinamentos de Cristo. Isso
ressalta a importância da santidade e da fidelidade aos princípios cristãos.
A mensagem conclui com uma exortação universal a todos os ouvintes
espirituais e uma promessa aos vencedores: o privilégio de desfrutar da árvore
da vida no paraíso de Deus, simbolizando a vida eterna e a comunhão restaurada
com Ele.
Essa promessa não se limita a Éfeso, estendendo-se a todas as
igrejas e crentes fiéis. A referência a outras passagens bíblicas, como Mateus
26:29 e João 21:5-14, reforça a ideia de que os santos usufruirão
plenamente das bênçãos divinas em seu estado glorificado. Assim, a mensagem à
igreja em Éfeso serve como um lembrete para todos os crentes sobre a
importância de manter o fervor espiritual e a devoção a Cristo, assegurando
assim a participação nas promessas divinas de vida eterna e comunhão íntima com
Deus. Contexto da Mensagem: A carta à igreja em Éfeso começa com uma
descrição de Cristo como aquele que tem nas mãos as sete estrelas e anda no
meio dos sete castiçais de ouro, símbolos da autoridade e presença de Cristo
nas igrejas (Apocalipse 1:20).
Elogios e
Repreensões: Cristo elogia a igreja em Éfeso por suas
obras, trabalho árduo, paciência e discernimento espiritual ao testar os falsos
apóstolos. No entanto, ele também a repreende por ter abandonado seu
primeiro amor, uma indicação de que eles haviam perdido o fervor espiritual e a
paixão inicial por Cristo e seu evangelho.
Exortação
ao Arrependimento: Cristo instrui a igreja a lembrar-se de sua condição
espiritual anterior, arrepender-se e voltar às práticas e ao fervor inicial.
Ele adverte que, se não se arrependerem, ele removerá seu castiçal,
simbolizando a retirada de sua presença e bênção daquela igreja.
Rejeição
das Obras dos Nicolaítas: Cristo elogia a igreja por odiar as obras dos nicolaítas,
um grupo cujas práticas são desconhecidas, mas que eram contrárias aos
ensinamentos de Cristo e dos apóstolos.
Promessa
ao Vencedor: A carta termina com uma promessa aos que vencerem,
indicando que eles terão o direito de comer da árvore da vida, que está
no paraíso de Deus, uma imagem simbólica da vida eterna e da comunhão íntima
com Deus.
Conclusão:
Essas promessas ao vencedor refletem a esperança da vida eterna e da
comunhão restaurada com Deus para aqueles que permanecem fiéis até o fim. Elas
são um lembrete do destino glorioso reservado para os santos de Deus.
Igreja em Esmirna
Introdução:
A carta à igreja em Esmirna, conforme registrada no livro de Apocalipse,
é uma mensagem de encorajamento e promessas divinas em meio às adversidades
enfrentadas pelos crentes. Neste estudo, analisaremos os desafios enfrentados
por essa igreja e as promessas feitas aos vencedores, destacando sua relevância
contínua para os cristãos em todas as épocas.
1.Identificação do Remetente e
Reconhecimento das Circunstâncias: O Filho de Deus se apresenta como
"o Primeiro e o Último, que foi morto, e reviveu",
demonstrando Sua autoridade sobre a vida e a morte. Ele reconhece as
tribulações e a pobreza enfrentadas pela igreja em Esmirna, bem como a
blasfêmia dos falsos judeus que os perseguem, identificando-os como uma sinagoga
de Satanás (Apocalipse 2:8-9).
2.Exortação à Fidelidade e Promessa de
Recompensa: Apesar das dificuldades iminentes, os crentes são
encorajados a permanecerem firmes na fé, mesmo que isso signifique
enfrentar perseguição até a morte. A promessa é de uma coroa da vida para
aqueles que permanecerem fiéis até o fim, demonstrando a recompensa reservada
aos vencedores (Apocalipse 2:10).
3.Interpretação das Promessas ao
Vencedor: A promessa de não ser lançado no lago de fogo é uma garantia de
salvação eterna para os vencedores. Isso é corroborado por outras passagens das
Escrituras que falam sobre o destino final dos incrédulos no lago de fogo,
contrastando com a segurança dos redimidos (Apocalipse 14:9-11; 19:20;
20:13-15; 21:8).
Conclusão:
A mensagem à igreja em Esmirna nos lembra da realidade da
perseguição enfrentada pelos crentes e da importância da fidelidade até a
morte. No entanto, também oferece consolo e esperança, garantindo a recompensa
da coroa da vida e a segurança da salvação eterna para aqueles que permanecem
fiéis. Que possamos nos inspirar na coragem e na fé desses irmãos e confiar nas
promessas do nosso Senhor, mesmo em meio às tribulações.
Igreja em Pérgamo
Introdução: A carta à
igreja em Pérgamo, presente no livro
de Apocalipse, oferece uma visão reveladora das condições espirituais e morais
dessa comunidade cristã do primeiro século. Neste estudo, exploraremos as
palavras dirigidas a essa igreja, destacando tanto seus elogios quanto suas
advertências, assim como as promessas feitas aos vencedores.
1.Reconhecimento dos Aspectos Positivos: O Senhor Jesus começa
reconhecendo as obras da igreja em Pérgamo, assim como sua fidelidade em
manter Seu nome e Sua fé, mesmo em meio a uma atmosfera hostil onde
Satanás tinha influência. A menção de Antipas, um mártir fiel, destaca a
coragem e a dedicação dessa comunidade diante da perseguição (Apocalipse
2:13).
2.Identificação dos Problemas: No entanto,
Jesus identifica alguns problemas dentro da igreja, especialmente relacionados
à presença daqueles que seguem as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas.
Essas doutrinas comprometiam a pureza doutrinária e moral da igreja, levando-a
a se envolver em idolatria e imoralidade (Apocalipse 2:14-15).
3.Chamado ao Arrependimento e Advertência: O Senhor
adverte a igreja a se arrepender de sua tolerância com essas doutrinas
corruptas, ameaçando intervir se o arrependimento não ocorrer. Ele promete
lutar contra essas práticas com a "espada da Sua boca", representando
Sua palavra de julgamento e autoridade (Apocalipse 2:16).
4.Promessas ao Vencedor: Para aqueles que permanecerem fiéis
e vencerem, há promessas de recompensa. O vencedor receberá o privilégio de
comer do "maná escondido" e será dado uma "pedra
branca" com um novo nome inscrito nela. Essas imagens simbólicas
representam bênçãos espirituais e vitória espiritual para os fiéis (Apocalipse
2:17).
Conclusão:
A carta à igreja em Pérgamo é uma poderosa exortação que ressoa ao
longo dos séculos, chamando os crentes a permanecerem fiéis à verdade e a
resistirem às influências corruptas ao seu redor. As promessas feitas aos vencedores
destacam a esperança e as recompensas reservadas para aqueles que perseveram na
fé, apesar das adversidades. Que possamos aprender com as lições dessa carta e
permanecer firmes na verdade, buscando as promessas do Senhor com confiança e
determinação.
Igreja em Tiatira
Introdução:
Continuando nosso estudo das mensagens às sete igrejas da Ásia, agora nos
voltamos para a carta à igreja em Tiatira. Esta carta, enviada pelo
apóstolo João, oferece uma análise das condições espirituais dessa congregação
específica e traz lições relevantes para a igreja de Cristo em todas as
épocas.
1.Análise das Condições Espirituais: A mensagem
começa com uma descrição do Filho de Deus, que possui olhos como chamas de fogo
e pés semelhantes ao latão reluzente. Ele conhece as obras, a caridade,
o serviço e a fé da igreja em Tiatira, mas também reprova a tolerância
em relação à influência nociva de uma mulher chamada Jezabel, que ensinava falsas
doutrinas e levava os servos de Deus à idolatria (Apocalipse 2:18-20).
2.Exortação ao Arrependimento: Apesar de
ter sido dado tempo para que Jezabel se arrependesse, ela persistiu em
sua maldade, trazendo sobre si e sobre seus seguidores uma severa punição. No
entanto, aos fiéis que permanecem firmes na verdade e não cedem à influência
maligna, é dada a promessa de que não serão sobrecarregados além do que podem
suportar (Apocalipse 2:21-25).
3.Promessas ao Vencedor: Para
aqueles que vencem e perseveram até o fim, são feitas promessas de autoridade
sobre as nações, conforme foi prometido a Cristo e aos santos ao longo
da história. Além disso, o vencedor receberá a estrela da manhã, símbolo
de bênção e orientação divina (Apocalipse 2:26-28).
Conclusão:
A carta à igreja em Tiatira oferece uma advertência clara sobre os
perigos da tolerância à falsa doutrina e da participação na idolatria.
Ao mesmo tempo, ela encoraja os fiéis a permanecerem firmes na verdade, mesmo
diante das adversidades. As promessas feitas aos vencedores demonstram o
cuidado e a fidelidade de Deus para com aqueles que permanecem fiéis,
mesmo em meio à oposição e perseguição. Que possamos aprender com essas lições
e buscar viver uma vida que honre ao Senhor em todos os aspectos.
Igreja em Sardes
Introdução:
Nossa jornada pelas cartas às sete igrejas da Ásia nos leva agora à
mensagem dirigida à igreja em Sardes. Esta carta, enviada pelo apóstolo
João, traz consigo exortações, advertências e promessas que são igualmente
relevantes para os cristãos de todas as épocas.
1.A Condição Espiritual da Igreja: A mensagem
começa com uma descrição daquele que possui os sete Espíritos de Deus e
as sete estrelas. A igreja em Sardes é repreendida por ter uma reputação
de estar viva, mas, na realidade, estar espiritualmente morta. A exortação
é para que despertem, se arrependam e fortaleçam o que resta, pois suas obras
não são perfeitas diante de Deus (Apocalipse 3:1-2).
2.Chamado ao Arrependimento e
Vigilância: A igreja é lembrada de guardar o que receberam e
ouviram, e se arrependerem de seu estado de letargia espiritual. A advertência
é clara: se não vigiarem, o Senhor virá sobre eles como um ladrão,
pegando-os desprevenidos. No entanto, há uma nota de esperança, pois mesmo em Sardes
existem aqueles que permanecem puros e dignos perante Deus (Apocalipse 3:3-4).
3.Promessas ao Vencedor: Para
aqueles que vencem, são feitas promessas de vestes brancas, simbolizando pureza
e justiça, além da garantia de que seus nomes não serão riscados do Livro da
Vida. Além disso, o Senhor promete confessar o nome do vencedor diante de Deus
e dos anjos (Apocalipse 3:5-6).
Conclusão:
A carta à igreja em Sardes nos lembra da importância da vitalidade
espiritual e da vigilância constante na vida cristã. Ela nos adverte contra a
complacência e nos chama ao arrependimento genuíno. No entanto, também nos
oferece esperança e encorajamento, prometendo recompensas eternas para aqueles
que permanecem fiéis até o fim. Que possamos aprender com as lições desta carta
e buscar viver uma vida de fidelidade e compromisso com nosso Senhor Jesus
Cristo.
Igreja em Filadélfia
Introdução:
A mensagem destinada à igreja em Filadélfia, registrada no livro
de Apocalipse, é uma carta repleta de promessas e encorajamento para os fiéis.
Neste estudo, exploraremos as exortações, promessas e simbolismos contidos
nesta carta, que ressoam através dos tempos, oferecendo orientação espiritual e
esperança aos crentes.
1.Comenda à Fidelidade: O Filho de
Deus se apresenta como o Santo e Verdadeiro, detentor das chaves de
Davi, destacando sua autoridade soberana sobre todas as coisas. Ele elogia a
igreja em Filadélfia por suas obras e fidelidade, apesar de sua aparente
fraqueza. Uma porta foi aberta diante deles, simbolizando oportunidades divinas
que ninguém pode fechar (Apocalipse 3:7-8).
2.Promessas de Proteção e Reconhecimento: A igreja é
assegurada de que aqueles que se opõem a eles, representados como a sinagoga de
Satanás, serão subjugados e forçados a reconhecer o amor de Deus por
eles. O Senhor promete protegê-los da hora da tentação que sobrevirá ao mundo.
Ele encoraja-os a manterem-se firmes, prometendo guardar suas coroas e
recompensar os vencedores com uma posição de autoridade permanente no templo de
Deus, tendo seus nomes inscritos com o nome de Deus e da nova Jerusalém (Apocalipse
3:9-12).
3.Interpretação Literal das Promessas: As promessas feitas aos
vencedores, como torná-los pilares no templo de Deus com nomes escritos,
são interpretadas literalmente, como qualquer outra forma de escrita visível
nas Escrituras. Isso contrasta com interpretações simbólicas, pois o
contexto sugere uma recompensa tangível e duradoura para os fiéis (Apocalipse
3:12).
Conclusão:
A carta à igreja em Filadélfia oferece uma mensagem de esperança e
incentivo para os crentes em todas as eras. Ela nos lembra da importância da fidelidade,
mesmo diante da adversidade, e das promessas divinas de proteção,
reconhecimento e recompensa para aqueles que permanecem fiéis. Que possamos nos
inspirar na experiência desta igreja e buscar viver uma vida de dedicação e
serviço ao nosso Senhor, confiando em Suas promessas para o futuro.
Igreja em Laodiceia
Introdução: A carta à igreja em Laodiceia, presente no livro do
Apocalipse, é uma chamada à reflexão e arrependimento. Neste estudo,
examinaremos as exortações e promessas contidas nesta carta, que oferecem uma
visão penetrante da condição espiritual da igreja e um convite para uma
transformação genuína.
1.Repreensão à Complacência Espiritual: O Senhor se identifica como "o
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus", e
repreende a igreja em Laodiceia por
sua complacência espiritual. Ele observa que são mornos, nem fervorosos nem
frios, e adverte sobre as consequências dessa condição (Apocalipse 3:14-16).
2.Convite ao Arrependimento e
Restauração: Apesar
da repreensão, o Senhor oferece uma
oportunidade de arrependimento e restauração. Ele aconselha a igreja a buscar
verdadeiras riquezas espirituais, vestes brancas da justiça e a cura espiritual para sua cegueira. Ele os
exorta a serem zelosos e se arrependerem, abrindo a porta para que Ele entre e
comungue com eles (Apocalipse 3:17-20).
3.Promessa de Autoridade e Comunhão: Aos vencedores, é prometido um lugar
de honra e autoridade ao lado do Senhor em Seu trono, refletindo Sua própria
vitória e exaltação. Esta promessa destaca a recompensa reservada para aqueles
que superam a complacência espiritual e perseveram na fé (Apocalipse 3:21).
Conclusão: A carta à igreja em Laodiceia nos lembra da seriedade da complacência
espiritual e da importância do arrependimento genuíno. Ela nos desafia a
examinar nossas próprias vidas e buscar uma renovação espiritual através do
arrependimento e da busca por uma comunhão mais profunda com o Senhor. Que
possamos responder ao convite do Senhor para abrir a porta de nossos corações e
permitir que Ele entre, transformando-nos e capacitando-nos a vencer as
tentações da complacência e a desfrutar da plenitude de comunhão com Ele.
A Bíblia não contém erros, como já foram
mencionados neste livro, os erros que existe não tira a sua inspiração.
A Bíblia utiliza uma linguagem simples e
comum, do quotidiano, que destaca a ocorrência de um não tem uma base científica.
Isso não quer dizer que os autores usassem uma linguagem anti-científica ou que
negassem a ciência, mas sim uma linguagem popular para descrever fenómenos
científicos. (GEISLER, 1997, p.23).[i]Para compreender as escrituras, é necessário
entender as três linguagens da Bíblia: a linguagem literal, a linguagem figurativa
e a linguagem simbólica. A linguagem literal refere-se à interpretação ao pé da
letra, enquanto a linguagem figurativa abrange as figuras de linguagem
presentes na Palavra de Deus. No entanto, é importante lembrar que "é o
Espírito que abre os olhos do entendimento" (Lucas 24.45).
Conforme afirmou Vilson Scholz,
"A Bíblia não contém contradições, ela se interpreta a si mesma; a Bíblia
também se explica por si só, sendo sua própria intérprete". (SCHOLZ, 2006,
pp.10,11).[ii]
O mesmo indivíduo ainda acrescentou:
A Bíblia não tem como objetivo contar histórias antigas ou
satisfazer a curiosidade dos seus leitores sobre o passado, presente ou futuro.
Ela não é um livro que contém todas as respostas, pelo menos não as respostas
específicas para perguntas muitas vezes sem grande importância. No entanto, ela
responde às grandes questões da vida e da morte. A grande novidade da Bíblia
também não está no seu ensino ético. O que a Bíblia realmente quer é tornar-nos
sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus, para que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Tm 3.14-17).
No Livro Cristianismo em Crise, Hank Hanegraaff,[1]utilizando a palavra ligths, em inglês, mostra como se deve interpretar as Sagradas
Escrituras.
Hank Hanegraaff destacou que um método
eficaz para combater o ensino herético é através de um sólido treinamento
hermenêutico, que consiste na ciência e na arte da interpretação bíblica. A hermenêutica
é considerada uma ciência por estar fundamentada em regras específicas,
enquanto também é uma arte devido ao envolvimento da intuição e análise perspicaz.
Um acrônimo útil para lembrar as diretrizes hermenêuticas é L-I-G-H-T-S
("luzes"). Esse método irá esclarecer o caminho enquanto se navega
pela Palavra. O acrônimo representa os seguintes elementos importantes na
interpretação da Bíblia:
L = Interpretação Literal
I = Iluminação Espiritual
G = Princípios Gramaticais
H = Contexto Histórico
T = Ensino Teológico
S = Simetria Bíblica
Temos também na bíblia as figura de
linguagem
O
que são as figuras de linguagem
... São recursos
linguísticos empregados pelo literato para expressar de modo concreto suas ideias,
evocando algum tipo de imagem real, comparação, ou de correspondência entre as
palavras e pensamento”
(BENTHO, 2005, p. 307)[2]
A Bíblia utiliza várias figuras
de linguagem, todas elas são importantes para ilustrar verdades profundas e
divinas. Para compreender a Bíblia, é necessário conhecer essas figuras de
linguagem. (PIONEIRA.2010)[3]
Por
que usá-las?
Elas
contribuem para a fixação da mensagem na mente, conferem clareza, causam
impacto e também captam a atenção pela sua beleza.[4]
O
Pr. João de Souza comentou: É fundamental ter em mente a importância do
conhecimento das figuras de linguagem para a interpretação de textos. A palavra
de Deus é composta por palavras ensinadas pelo Espírito Santo (1 Co 2.13; 1 Ts
2.13; 2 Tm 3.16; 2Pd 1.21, etc.). (Souza. 2010)[5]
CLASSIFICAÇÃO
Bentho
(2005, p. 307 ss) categoriza as figuras de linguagem bíblicas da seguinte
forma: Comparação: Símile e Metáfora. Dicção: Pleonasmo e Hipérbole. Relação:
Sinédoque e Metonímia. Contraste: Ironia, Parábola, Litote e Eufemismo. Caráter
pessoal: Prosopopeia e apóstrofe.
Vamos
destacar alguas delas
ANTROPOMORFISMO
- É a linguagem que atribui a Deus ações e características humanas, inclusive órgãos
e membros do corpo humano. Por exemplo: "E o Senhor apreciou o agradável
aroma e refletiu consigo mesmo... (Gn. 8.21). "Por que escondes a tua mão
e a tua direita no teu seio?" (Sl. 74.11). (PIONEIRA.2010)
HIPÉRBOLE - Figura de estilo que recorre a um
exagero óbvio e intencional para enfatizar ou causar uma impressão mais
profunda. As hipérboles não devem ser interpretadas literalmente.
Jesus
utilizou muitas figuras de linguagem no seu ensino. Por exemplo, ele disse:
“Porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave
que está no teu próprio olho?” (Mt 7.3) Outro exemplo: “E nem um só cabelo da
vossa cabeça perecerá” (Lc 21.18) É evidente que Jesus não estava a afirmar que
todos os cabelos de cada um dos seus discípulos seriam preservados. Ele
utilizou uma figura de linguagem para realçar que os seus seguidores seriam
protegidos apesar de serem “odiados por todos”. (Lc 21:17).[6]
“Passaram-se dez minutos, dez séculos de ansiedade
para Lenita.” (Júlio Ribeiro) citado por Eduardo Cajueiro.
“Torrentes de água derramaram os meus olhos
por causa da destruição da filha do meu povo.” (Lm 3.48)
“Aqueles que me aborrecem sem causa são mais
do que os cabelos da minha cabeça...” (Sl 69.4)[7]
TROPOLOGIA
- ( modo figurativo de fala ou escrita).[8]
METÁFORA
- Uma comparação em que um elemento imita ou representa outro, quando são essencialmente
diferentes (“Eu sou a porta” [Jo 10.7,9][9]
Alguns
versículos com a figura de linguagem Metáfora
HISSOPO
- Planta com folhas e ramos finos utilizada para borrifar sangue ou água
durante cerimónias de purificação. Provavelmente, tratava-se da manjerona
(Origanum maru; Origanum syriacum). O hissopo mencionado em João 19.29 poderia
ser manjerona amarrada a um galho ou a uma haste de sorgo (Sorghum vulgare),
uma vez que esta planta poderia ser suficientemente longa para levar a esponja
com o vinho azedo à boca de Jesus. (Êx 12:22; Sl 51:7).[10]
HIPOCATÁSTASE
- A hipocatastase é uma
figura de linguagem que faz uma comparação implícita, utilizando uma palavra no
lugar de outra com a qual possui uma relação de semelhança no contexto específico.
No trecho "Eis os Cordeiro de Deus" (João 1.29), o termo
"Cordeiro de Deus" é uma hipocatastase que se refere a Jesus Cristo.
A semelhança é indicada diretamente, pois Jesus é associado a um cordeiro,
sugerindo sua pureza, sacrifício e redenção, como o cordeiro sacrificial do
Antigo Testamento.
PROSOPOPEIA
-A prosopopeia é uma figura de linguagem que atribui características
humanas a seres inanimados, irracionais ou abstratos. Aqui estão os exemplos
bíblicos fornecidos:
"Todos
os meus ossos dirão: Senhor, quem contigo se assemelha?" (Salmos 35:10) -
Neste versículo, os ossos são personificados, sendo atribuída a eles a
capacidade de falar e expressar louvor ao Senhor.
"Pergunte
agora às alimárias; e cada uma delas te ensinará; e as aves dos céus, e elas te
falarão saber". (Jó 12:7) - Neste caso, animais como as alimárias e as
aves dos céus são personificados, sendo apresentados como capazes de ensinar e
falar conhecimento.
"A
voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim". (Gênesis 4:10) - Aqui, o
sangue de Abel é personificado como tendo uma voz que clama a Deus da terra,
após o assassinato cometido por Caim.(PIONEIRA.2010)
PROSOPOPEIA
- A personificação consiste na atribuição de características, ações ou sentimentos
humanos a seres inanimados, irracionais ou abstratos. O coqueiro não se
importava com o vento que lhe desarrumava os cabelos, e continuava a interagir
com o mar em fúria. (Preocupar-se e interagir são comportamentos próprios de pessoas,
não de coqueiros e mares.)
"…os montes e os outeiros exultarão diante da
vossa presença, e todas as árvores do campo aplaudirão." (Is 55.12) (A
capacidade de exultar e aplaudir pertence aos seres humanos, não aos outeiros e
árvores.)
Clamar
e responder são atitudes próprias de seres humanos, não de paredes e vigas.[11]
[1] HANEGRAAFF,
H. (s.d.). Cristianismo em Crise. RJ: CPAD.
[2]
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 3 ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2005.
[3]
PIONEIRA. ASSEMBLEIA DE DEUS A. ALGUMAS LINGUAGENS FIGURADAS DA BÍBLIA
Dispunível em Nov-2010 https://adpioneiramidia.webnode.com.br/news/algumas-linguagens-figuradas-da-biblia/>
Acessado em 20 Set. 2021.
[4]
FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO Site Teologia & Discernimento"—
Transcrição da apresentação. Disponível emhttps://slideplayer.com.br/slide/13049958/
[5]SOUZA Pr. João de. Figuras de linguagem Acessado em 7 Jan. 20210
< https://www.pastorjoaodesouza.com.br/123/?p=936 > Disponível em 16Set. 2021
[6]Disponível em 15 Set 2021: <
https://www.jw.org/pt/biblioteca/livros/glossario-da-biblia/hiperbole/
[7]
Eduardo Cajueiro “FIGURAS DE LINGUAGEM” . disponível em 16 Fev.. 2011<http://gramaticanabiblia.blogspot.com/2011/02/figuras-de-linguagem-grupo-1.html>disponível em 16 Set. 2021
[8]
FEST – Filemom Escola Superior de Teologia “Formando Obreiros Aprovados”,
Grego, p. 25
[9]
"FIGURAS DE LINGUAGEM NO TEXTO BÍBLICO Site Teologia &
Discernimento"— Transcrição da apresentação. Disponível emhttps://slideplayer.com.br/slide/13049958/
[10]Disponível em 15 Set 2021: <
https://www.jw.org/pt/biblioteca/livros/glossario-da-biblia/hiperbole/
[11]
Gramática na Bíblia http://gramaticanabiblia.blogspot.com/2011/02/figuras-de-linguagem-grupo-1.html
[i] GEISLER,
Norman & William Nix. Introdução Bíblica - Como a Bíblia Chegou Até Nós,
editora vida, SP, ed. 1997.
[ii] SCHOLZ,
Vilson. Princípios de Interpretação Bíblica. Editora ULBRA. 1 Edição 2006.